Monarquia ou Republica no Pros e Contras 10/03/08

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papatango

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« Responder #15 em: Março 25, 2008, 02:30:46 pm »
Citação de: "lusitanus"
Não é um filho do merceeiro ou do gasolineiro que chega a Presidente,é sim ex-dirigentes partidários,ex-primeiro-ministros,é o que tem acontecido,que depois de ocupar o cargo paga estes "pequenos" favores aos empresários que os financiou,porque ninguém dá nada a ninguém.


Essa argumentação não é válida por uma razão muito simples:

O que você coloca em causa com esse tipo de argumento, não é a república, mas sim a democracia.

Ao argumentar que só são eleitos os deputados que os partidos querem que sejam eleitos, estamos a afirmar que é a própria democracia que não funciona.

Ou seja, o mesmo argumento que defende a monarquia, acaba por defender também a ditadura.

Pessoalmente acredito que é por causa da fraca argumentação de muitos dos sectores monárquicos, que não conseguíram ainda entender o que é uma monarquia constitucional, que a ideia monárquica em Portugal foi destruída.

Muitos monárquicos, acabam por colocar directa ou indirectamente em causa a democracia.

Numa monarquia o rei não existe para ser servido, mas sim para servir. É apenas um símbolo, absolutamente nada mais que isso.

É aliás por isso que eu não sou fundamentalista e aceitaria perfeitamente viver numa monarquia. Isto, se me explicassem como é que resolvemos o problema já referido anteriormente da necessidade de uma força que sirva para desbloquear impasses políticos, que tenha a legitimidade que só o voto pode dar.

Aqui, voltaríamos à curiosa questão apresentada por um dos participantes do debate televisivo de que falamos: A república com rei.


Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 

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Johnnie

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« Responder #16 em: Março 25, 2008, 11:39:55 pm »
A mim o que realmente me desgosta no conceito de monarquia é unica e simplesmente admitir/basear-se na existência de cargos hereditários e vitalícios...

Alguém ascende ao mais alto cargo da nação simplesmente porque é filho de alguém  :roll:  A Republica pode ter (e tem) muitos defeitos mas neste aspecto ...Sorry...
«When everything is coming your way... You are in the wrong lane!!!!"
 

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dawn_to_dusk_

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« Responder #17 em: Março 25, 2008, 11:52:11 pm »
Citação de: "Johnnie"
A mim o que realmente me desgosta no conceito de monarquia é unica e simplesmente admitir/basear-se na existência de cargos hereditários e vitalícios...

Alguém ascende ao mais alto cargo da nação simplesmente porque é filho de alguém  :roll:  A Republica pode ter (e tem) muitos defeitos mas neste aspecto ...Sorry...


Calma, antess de coroado as pessoas teem de ser eleitas em cortes como reis/rainhas. Podem existir factos que não coloquem essas pessoas como habilitadas para desempenhar essas funções.
 

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Johnnie

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« Responder #18 em: Março 26, 2008, 12:14:24 am »
Calmissimo mas foi este sistema que colocou Filipe I no trono ou não terá sido?
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dawn_to_dusk_

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« Responder #19 em: Março 26, 2008, 12:39:48 am »
Citação de: "Johnnie"
Calmissimo mas foi este sistema que colocou Filipe I no trono ou não terá sido?


Nao isso foram os interesses de alguns "ibérismos". O D.António Prior do Crato era rei de Portugal (à 9 dias) quando decidiram colocar o Filipe II de espanha no trono de Portugal.

O facto de haver traidores à pátria não culpabiliza o sistema, apenas quem consentiu tal facto. Pena que tenha demorado 60 anos até alguem os mandar embora.
 

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Lusitanus

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« Responder #20 em: Março 26, 2008, 03:42:05 pm »
Infelizmente ainda há quem viva na ilusão de estar num país democrático,onde essa democracia não é do povo mas sim das empresas por influencias monetárias.

Relembro mais uma vez que um Rei é eleito,e "se um monarca não proceder bem poderá vir a ser substituído por referendo ou plebiscito.” A História tem como grande exemplo o de D. Afonso VI.",mesmo assim há quem diga que seja ditadura?

A Republica só é democrática por interesses empresariais mexendo com o dinheiro dos contribuintes,enquanto que a Monarquia só é democrática por patriotismo e de unidade nacional,um bom desenvolvimento só é possivel com uma forte unidade nacional em que só a monarquia consegue dar,hoje em dia há quem tenha vergonha de ser portugues.A única coisa que os exalta é o futebol.
"Cumpriu-se o mar e o império se desfez
Senhor, falta cumprir-se Portugal"
 

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dawn_to_dusk_

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« Responder #21 em: Março 26, 2008, 03:51:06 pm »
Citação de: "Lusitanus"
...hoje em dia há quem tenha vergonha de ser portugues.A única coisa que os exalta é o futebol.



Certissimo!
 

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Lusitanus

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« Responder #22 em: Março 26, 2008, 04:59:03 pm »
Citação de: "Johnnie"
Calmissimo mas foi este sistema que colocou Filipe I no trono ou não terá sido?


Se formos por ai então até os Duques de Bragança podiam ser Reis de Espanha.
"Cumpriu-se o mar e o império se desfez
Senhor, falta cumprir-se Portugal"
 

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dawn_to_dusk_

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« Responder #23 em: Março 26, 2008, 05:09:03 pm »
Citação de: "Lusitanus"
Citação de: "Johnnie"
Calmissimo mas foi este sistema que colocou Filipe I no trono ou não terá sido?

Se formos por ai então até os Duques de Bragança podiam ser Reis de Espanha.


acho que há aqui um espanhol qq que os preferia como reis em vez dos bourbon e bourbon
 

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Lusitanus

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« Responder #24 em: Março 27, 2008, 11:09:03 am »
Citação de: "dawn_to_dusk_"
Citação de: "Lusitanus"
Citação de: "Johnnie"
Calmissimo mas foi este sistema que colocou Filipe I no trono ou não terá sido?

Se formos por ai então até os Duques de Bragança podiam ser Reis de Espanha.

acho que há aqui um espanhol qq que os preferia como reis em vez dos bourbon e bourbon


Quem? e porquê??
"Cumpriu-se o mar e o império se desfez
Senhor, falta cumprir-se Portugal"
 

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dawn_to_dusk_

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« Responder #25 em: Março 27, 2008, 07:25:09 pm »
Citação de: "Lusitanus"
Citação de: "dawn_to_dusk_"
Citação de: "Lusitanus"
Citação de: "Johnnie"
Calmissimo mas foi este sistema que colocou Filipe I no trono ou não terá sido?

Se formos por ai então até os Duques de Bragança podiam ser Reis de Espanha.

acho que há aqui um espanhol qq que os preferia como reis em vez dos bourbon e bourbon

Quem? e porquê??


nao me lembro do nick. Acho que é preferencia pessoal, prefere um ibérico como rei que um franciu.

mas nao me lembro bem já do resto do topico
 

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Lusitanus

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« Responder #26 em: Março 28, 2008, 08:35:24 am »
Citação de: "dawn_to_dusk_"
Citação de: "Lusitanus"
Citação de: "dawn_to_dusk_"
Citação de: "Lusitanus"
Citação de: "Johnnie"
Calmissimo mas foi este sistema que colocou Filipe I no trono ou não terá sido?

Se formos por ai então até os Duques de Bragança podiam ser Reis de Espanha.

acho que há aqui um espanhol qq que os preferia como reis em vez dos bourbon e bourbon

Quem? e porquê??

nao me lembro do nick. Acho que é preferencia pessoal, prefere um ibérico como rei que um franciu.

mas nao me lembro bem já do resto do topico


Mas eles também têm os principes das Astúrias.
"Cumpriu-se o mar e o império se desfez
Senhor, falta cumprir-se Portugal"
 

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Luso

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« Responder #27 em: Março 29, 2008, 10:55:09 am »
Nem de propósito:

29 Março 2008
Monarquia e soberania popular
 
O novo rei do Butão, Jigme Singye Wangchuck, decidiu consultar o país. Não outorgou uma Constituição; não a impôs nem se impôs. Perguntou, apenas, aos seus súbditos se queriam manter a constituição histórica do reino, fundada na tradição e no Dharma, ou se com ele [rei] queriam partilhar a soberania, afeiçoando-se ao tempo que corre. O corpo eleitoral rejubilou e a partir de hoje o pequeno reino dos Himalaias, governado pelo partido Paz e Prosperidade, é uma monarquia constitucional. Nas monarquias constitucionais, a soberania é partilhada pelo rei e pelo povo: o rei detém o poder moderador, é garante da unidade nacional, das liberdades e da lei, enquanto aos representantes do povo cabe produzir leis, exercer a administração e aplicar políticas. A grande lição desta adesão do Butão à fórmula respeitadora da vontade democrática estriba-se na evidência que as monarquias são capazes de se adaptar à mudança e constituem forte agente de paz social. Negar o tempo que passa, pretender ver no rei um chefe político, persistir na ficção de uma representação orgânica assente em corpos intermédios que deixaram de exprimir a realidade social ou conceber a instituição real como património de um homem é erro funesto. Outro reino dos Himalaias, o Nepal, escolheu o caminho inverso: fez do rei um ditador, recusou a partilha da soberania e teimosamente quis fazer da Coroa um partido ideológico. O resultado está à vista: a monarquia nepalesa vai ser abolida em Abril e o rei terá de partir para o exílio. Era isto que gostaria de lembar a tantos monárquicos: não é fazendo finca-pé, recusando teimosamente olhar o mundo e burilando excelências canónicas que se consegue ganhar a simpatia por uma ideia que é genuinamente popular. A monarquia, ou é popular ou não existe. O maior suporte das monarquias não são nem as armas, nem as elites endinheiradas, nem as velhas ideias. Os reis são amados, respeitados e obedecidos de forma diversa dos políticos: estes fundam a sua legitimidade na eleição e na obra, podendo ser reeleitos ou recusados pelos eleitores; aqueles, pelo contrário, não se dedicam ao poder instrumental da governança, não interferem no processo legislativo, não se apoiam em partidos, facções ou programas. No passado, maus reis houve que quiseram envergar a farda de ditadores. Lembro um Carol II da Roménia, lembro Afonso XIII de Espanha, que deu o poder a Primo de Rivera e Vittorio Emmanuel de Itália, que se tornou refém de Mussolini. Lembro, também, que as mais fecundas experiências reformistas não violentas do século XIX e XX tiveram triunfo assegurado em monarquias que souberam compreender o clamor das classes populares pedindo voz activa e participação. O cartismo inglês e o reformismo das monarquias nórdicas, a consolidação democrática no Japão e até a bem sucedida restauração em Espanha - diga-se o que se quiser do titular - foram resultado desta assunção de bom senso. Tudo o mais são devaneios.

Publicada por Combustões em 29.3.08


http://combustoes.blogspot.com/2008/03/ ... pular.html
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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dawn_to_dusk_

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« Responder #28 em: Março 29, 2008, 12:02:52 pm »
Citação de: "Lusitanus"

Mas eles também têm os principes das Astúrias.


e isso nao é o equivalente ao nosso principe da Beira?
 

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Lancero

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« Responder #29 em: Abril 01, 2008, 02:52:43 pm »
Citar
Terça-feira, Abril 01, 2008
Restauração da Monarquia para breve?

Em breve será anunciado ao país a realização de um referendo que perguntará aos portugueses se querem viver em Monarquia. Sabe-se que a pergunta incluirá ainda os elementos necessários para as mudanças que daí poderão advir, como a alteração do próprio nome do país, de República Portuguesa para simplesmente Portugal.

Tal como no resto da Europa, o Rei terá função representativa e sabe-se que promoverá a cultura e a identidade portuguesas, dentro e fora do nosso território, impulsionará um novo estilo nas relações luso-brasileiras e com as ex-colónias, e procurará defender a preservação da nossa língua no contexto da globalização.

Ainda não há data definitiva para a consulta popular, mas prevê-se que seja já no próximo ano, um ano antes das Legislativas e Europeias de 2009. Esta será uma forma de não politizar a discussão pela forma de representação do regime.

Em primeiro lugar, a Constituição da República Portuguesa irá desde já ser alterada, mais concretamente o artigo 288 alínea b), que obriga a haver um estado republicano.

Sabe-se agora que esta alteração já estava a ser equacionada há muito tempo e a data será antecipada em relação ao que se poderia prever, pois os republicanos querem desde já um referendo para evitar o desgaste com o segundo mandato presidencial de Cavaco Silva e as previsíveis quezílias com o Primeiro-Ministro a partir de 2010.

Os boatos dizem que foi o próprio Presidente da República que terá forçado o Primeiro-Ministro José Sócrates a apresentar a proposta para alteração da Constituição no Parlamento, depois do recente debate do “Prós e Contras” da RTP.
O Monárquico
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito