Devido à curvatura da Terra, a distância a que os alvos são detectados depende da altitude destes e da altura a que estão colocados os radares no navio. Por isso é que os designers navais tentam colocar os radares o mais alto possível na estrutura de um navio — vide o caso extremo do Daring. Se o radar estiver, por exemplo, colocado a 20 m de altura, a distância máxima a que pode detectar um míssil voando a 30 m de altitude são cerca de 40 km; se a altitude do míssil baixar para 10 m, a distância de detecção passa para 30 km.
Por isso é que mísseis como BrahMos — que se deslocam a velocidades de cerca de 1 km/s — são tão temidos, pois podem percorrer a distância entre o ponto de detecção e o navio em cerca de meio minuto, que é um tempo de reacção extremamente curto. Se num cenário ideal estes números já são extremamente assustadores, então numa situação real em ambiente ECM ainda vão ser piores e mais desfavoráveis ao navio.
Os mísseis anti-navio, em particular, os super e hiper-sónicos só vêm realçar a importância dos meios AEW em ambiente naval. Um Hawkeye ou um AWACS, voando a 10.000 pés de altitude consegue detectar um seaskimmer a cerca de 250 km; a uma altitude típica de 30.000 pés a distância de detecção passa para os mais de 400 km. Quase de certeza que os navios da task force vão operar no Ponto Euxino sob o olhar atento dos AWACS da NATO e de outros meios de patrulha aéreos.