Acabei de ler este livro pela segunda vez, e posso fazer uma análise um pouco mais profunda.
Apesar de alguns defeitos menores que enumerarei, não deixo de o recomendar a quem se interessa por este assunto.
O livro tem algumas gralhas ortográficas. Diogo é repetidamente escrito como Diego; os fuzileiros são referidos como "fuzileiros navis" o que já seria mau em si se não houvesse o erro ortográfico a complicar ainda mais o assunto. O golpe do 25 de Abril é referido como o golpe de de 24 de Abril. Enfim, poderia ser melhor neste aspecto.
A organização do livro também é um pouco desorganizada e não segue uma lógica muito coerente. Há capítulos sobre a Guiné, Angola, Moçambique e novamente a Guiné é referida num capítulo sobre a a Operação Mar Verde.
Reconhecendo-lhe alguns problemas ortográficos e de organização menores, o livro é uma fonte riquíssima de informações sobre a organização, o pessoal, o material e as operações da Marinha no Ultramar. O autor faz ainda uma análise da dicotomia existente entre a Marinha e o Exército e como este conflito inter-ramos teve resultados negativos, especialmente na Guiné e em Moçambique na condução da guerra.