As imagens que aqui estão foram tiradas na última semana de Novembro de 2007.
Região entre Maputo e Inhambane.
Praia do Tofo e cidade de Inhambane





Maputo

Centro comercial em Maputo (notar a diferença com o centro comercial em Inhambane)

Fachada do Museu de História Natural

Igreja de Santo António (construida nos anos 60, destruida e entretanto recuperada)


Fortaleza de Maputo


Museu da Revolução
(Não me perguntem o que está a bombarda a fazer naquele lugar, que eu não sei)



Primeira imagem da volta a casa

Algumas notas:
Muito da cidade de Maputo está meio decadente. Grande parte dos edificios «coloniais» está decadente, embora algum cuidado tenha sido tido com os mais emblemáticos
Quando ouvimos os programas sobre a guerra, que presentemente passam na TV portuguesa, fica-se espantado com o tipo de comportamento que muitos africanos têm para com os seus próprios conterrâneos.
As pessoas com mais dinheiro, tratam com algum desprezo muitos dos moçambicanos que moram nas regiões limitrofes ou que vêm da província.
Quem tem um salário de nível europeu, pode ter muitos serviçais, a quem se paga qualquer coisa como 40 euros por mês.
Fora de Maputo o salário pode ser de apenas 20 Euros por mês.
Para quem vem da Europa, a forma de tratamento que as pessoas com mais dinheiro dispesam aos mais humildes é muito pouco aceitável.
A maioria das pessoas mais humildes não está habituada a protestar e na maior parte das vezes cala-se e baixa a cabeça, afinal, 40 euros é melhor que nada.
Os preços dos produtos não são mais baratos que em Portugal e muitas vezes são mesmo mais caros. Quem gostar de marisco, no entanto, está no paraiso. Um refeição num restaurante de classe fica por €10 a €15 com tudo incluido.
A algumas centenas de quilometros de Maputo, as crianças ficam confusas, quando em lugares de turistas, tentam estabelecer contacto com um turista em inglês e percebem que o turista fala português.
Nas estradas tentam vender qualquer coisa, desde sacos de castanha de Cajú a outras quinquilharias. Não tendo o que vender, muitos pedem alguns meticais.
Por alguma razão quando se apercebem que as pessoas vêm de Portugal, alguns miudos pedem lapis e papel ou cadernos, porque só têm direito a um e se o perdem têm que ficar à espera de outro.
Em lugares onde normalmente os turistas são brancos e falam inglês, os portugueses normalmente conseguem preços mais baratos, desde que saibam regatear o preço.
Moçambique pode aderir à Commonwealth, à Comunidade francesa, ou mesmo tibetana.
Mas ninguem consegue apagar 500 anos de História.
Esta é a realidade da semana passada, não a realidade dos jornalistas dos livros, ou dos senhores doutores e engenheiros especialistas.