Relações Portugal-Venezuela

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comanche

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Relações Portugal-Venezuela
« em: Novembro 20, 2007, 01:28:29 am »
Hugo Chávez em Lisboa recebe críticas dos EUA


 
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Os Estados Unidos estão atentos aos passos de Hugo Chávez, que hoje passará por Portugal para um jantar com José Sócrates. Mas a visita não incomoda, garante o embaixador dos Estados Unidos ao mesmo tempo que vai vincando, em tom de alerta, a necessidade “do respeito pela democracia”. Até na política energética.

Classificou de “perigosa” a relação da Galp com a Petróleos da Venezuela e com a Gazprom. Acha estranho que o primeiro-ministro português receba o Presidente Chavéz ?
Portugal e os Estados Unidos partilham uma tradição de respeito pela democracia, e nós estamos empenhados em promover os valores democráticos na região e no mundo. Portugal, enquanto estado soberano e actualmente na presidência da UE, tem obviamente o direito de tomar as suas próprias decisões acerca de como melhor fomentar o respeito pela democracia e nós aceitamos isso. Pela nossa parte, vários representantes do governo americano já condenaram inúmeras vezes, tanto em público como em privado, os esforços para limitar as liberdades democráticas na Venezuela.

O presidente da Galp respondeu ao seu comentário dizendo que existem duas petrolíferas norte-americanas a fazer negócio na Venezuela (Texaco e Chevron).
Nenhum país compreende melhor do que os Estados Unidos o valor da segurança energética, razão pela qual estamos a tentar diversificar as nossas fontes de energia e também proteger o ambiente. Mas a política energética não pode entrar em contradição com o respeito pela democracia, pelos direitos humanos e pela prosperidade das populações. Como disse o Presidente Bush, os Estados Unidos desejam que “as Américas sejam uma região onde a dignidade de cada um é respeitada, onde todos têm um lugar à mesa e onde as oportunidades chegam as todas as comunidades e a todas as casas”.

Causa algum ruído entre Portugal e Estados Unidos esta relação política e comercial de Lisboa com a Venezuela?
Não.

Como viu o recente incidente entre o Rei de Espanha e o presidente venezuelano?
Cabe ao Rei de Espanha falar sobre esse assunto. O que eu gostava de realçar é aquilo que o Secretário de Estado Adjunto americano para os Assuntos do Hemisfério Ocidental, Tom Shannon, tem repetidamente enfatizado: os Estados Unidos estão disponíveis para manter uma relação positiva com a Venezuela, mas o Presidente Chávez já deixou claro através da sua retórica que, pelo menos por agora, não reconhece valor a este tipo de abordagem. O que é mau tanto para os Estados Unidos como para a Venezuela.


Espanha desvaloriza encontro de Chávez com Sócrates
‘No pasa nada’. Na embaixada de Espanha vive-se com tranquilidade esta passagem do Presidente venezuelano por Portugal, que inclui um jantar com quem diz ter por “melhor amigo político” o primeiro-ministro espanhol: o homólogo português, José Sócrates. E isto apesar da tensão diplomática entre Espanha e Venezuela, depois de o rei espanhol ter mandado calar um Hugo Chávez empenhado em atacar Aznar, na cimeira ibero-americana. O incidente foi relevado por Chávez que lançou o aviso: “Neste momento estou a submeter a uma profunda revisão as relações políticas, diplomáticas e económicas com Espanha”.  O conselheiro de imprensa do embaixador, garantiu ao Diário Económico que “não há nada a dizer” sobre uma visita que “não preocupa” Espanha e que Enrique Calpe terá hoje uma “agenda normal”.


Petróleo e gás natural ao lanche e comunidades ao jantar
Hoje ao fim da tarde, José Sócrates reúne-se com Hugo Chávez em São Bento, seguindo-se um jantar para o qual o primeiro-ministro chamou também o ministro da Economia e o secretário de Estado das Comunidades. E isto porque se o encontro entre Sócrates e Chávez se debruça sobretudo sobre a situação da “comunidade portuguesa na Venezuela” (1,5 milhões de pessoas),  durante a tarde a hora será de outros negócios. O ministro Manuel Pinho assinará com o ministro da Energia e do Petróleo venezuelano um acordo complementar ao memorando de entendimento assinado em Outubro, com a Petróleos da Venezuela, para a área da pesquisa e produção de petróleo e para o gás natural.
 

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« Responder #1 em: Novembro 21, 2007, 02:44:48 pm »
Portugal vai enviar missão à Venezuela


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Portugal vai enviar uma missão ministerial e empresarial à Venezuela, para definir as "vastas" áreas de cooperação que se abriram com a passagem do presidente venezuelano por Lisboa, ontem à noite.
A informação foi avançada aos jornalistas pelo próprio Hugo Chávez, momentos antes de descolar de Lisboa, rumo a Havana, onde terminará um périplo a quatro países antes de regressar a Caracas.

Hugo Chávez referia-se ao encontro, seguido de jantar, que manteve com o primeiro-ministro português, José Sócrates, no Palácio de São Bento. "Foi um encontro extraordinário e maravilhoso. Falámos de muitos temas, de intercâmbio entre Portugal e a Venezuela, sobretudo dos mecanismos de cooperação bilateral", sublinhou aos jornalistas, no aeroporto militar de Figo Maduro.

"Solicitámos apoio ao primeiro-ministro, a Portugal, na área da alimentação, sobretudo no envio de alimentos, transferência tecnológica para a produção de alimentos, para o desenvolvimento técnico e científico da nossa agricultura", afirmou.

Hugo Chávez destacou que a conversa permitiu também abordar uma "questão muito importante": o das energias alternativas.

"O petróleo algum dia vai acabar. Portugal tem um longo caminho já percorrido e é um bom exemplo. Tem uma alta percentagem de consumo de energia que vem das energias eólica, solar, marítima, das fontes alternativas. Começou-se um trabalho firme nesse sentido", referiu. "Assim que for possível, o ministro da Economia português vai visitar a Venezuela com um grupo de empresários", acrescentou.

O presidente venezuelano disse ainda ter "explicado" a José Sócrates a evolução da economia venezuelana, "que está a crescer a um ritmo de 11,5/12 por cento anualmente, nos últimos três anos" e que o consumo também tem aumentado. "Lembrei que o país precisa do investimento de empresas portuguesas sérias que contribuam para o desenvolvimento dos caminhos-de-ferro, auto-estradas, novas cidades, habitação, novos projectos agrícolas, sistemas de rega, enfim, um mundo de coisas", sustentou.

"Creio que hoje se abriu um grande número de expectativas na cooperação entre os dois países", frisou Hugo Chávez.

Questionado pelos jornalistas sobre que garantias poderá dar à segurança da comunidade portuguesa residente na Venezuela, Hugo Chávez assegurou que o seu governo vai continuar a apoiá-la.

"Há uma grande comunidade. Creio que não há uma localidade na Venezuela onde não haja portugueses. Afortunadamente, ganharam o carinho do povo venezuelano. É uma comunidade que se caracteriza por ser amigável, alegre, trabalhadora. Sempre tiveram o afecto do nosso governo, o apoio do nosso governo e assim continuará", garantiu.

Hugo Chávez esteve em Lisboa numa escala técnica de cerca de quatro horas, terminando o seu périplo pela Arábia Saudita, onde participou na reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), pelo Irão, onde assinou vários acordos de cooperação industrial e energética, e a França, onde se reuniu com o seu homólogo francês, Nicolas Sarkozy.

Em Havana, onde irá encontrar-se com Fidel Castro, o presidente venezuelano terá também reuniões de trabalho com as mais altas personalidades do regime cubano.
 

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comanche

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« Responder #2 em: Dezembro 01, 2007, 10:18:56 pm »
Venezuela/referendo: Ex-ministro da Defesa tranquiliza portugueses

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Caracas, 01 Dez (Lusa) - O ex-ministro de Defesa da Venezuela Raul Baduel instou hoje os portugueses a ir votar no referendo de domingo e garantiu à Lusa que as Forças Armadas "não estão ao serviço de pessoas ou de movimentos políticos".

"Tenho elementos suficientes para indicar que as nossas Forças Armadas, todos os homens e mulheres que as integram, estão conscientes do mandato que o povo venezuelano lhes confiou" disse Raul Baduel à agência Lusa.

Baduel explicou que as Forças Armadas Venezuelanas (FAV) são, "essencialmente, profissionais, sem militância política", e estão formadas para "garantir a segurança, independência e soberania da nação e assegurar a integridade do espaço geográfico".

"[As Forças Armadas] não são um árbitro da contenda política. Estão ao serviço exclusivo da nação e não de pessoas ou movimentos políticos. Posso dar fé disso, da obediência legítima e devida aos supremos interesses da nação", disse.

Raul Baduel fez, também, referência às recentes advertências do presidente venezuelano, Hugo Chávez, sobre a existência de uma "operação +tenaza+", através da qual a agência norte-americana CIA pretende assassinar o Chefe de Estado venezuelano.

"Eu denuncio ante o mundo que isso [o plano +tenaza+] é uma 'patranha' para gerar um clima de desconfiança, para procurar acovardar os esforços que, desde o espaço do civismo, estão fazendo muitos venezuelanos", afirmou.

O ex-ministro da Defesa falou, ainda, sobre a possibilidade de surgirem posições xenófobas no país, considerando que estas não são viáveis, principalmente nas FAV, "porque há uma muito boa quantidade de companheiros e companheiras de armas que são descendentes directos de pessoas de outras partes do mundo".

Por isso, diz, a comunidade pode estar tranquila, porque "não é próprio da natureza dos venezuelanos essa natureza xenófoba".

Nas declarações à Lusa, Raul Baduel enaltece a comunidade portuguesa na Venezuela e desvaloriza eventuais episódios de violência contra negócios detidos por estrangeiros.

"Se alguma comunidade ganhou uma alta estima e prestígio no seio da nossa sociedade é a portuguesa, por ser trabalhadora", disse.

"Sempre identificamos o 'portu' [diminutivo carinhoso para os portugueses] com o trabalho. São exemplos, chegaram aqui com poucos recursos económicos, forjaram a economia e fundaram família e negócios, normalmente nas padarias e comércios de venda de víveres", afirmou.

General na reforma e tido como homem de confiança do presidente Hugo Chávez, Raúl Isaías Baduel foi um dos responsáveis pelo regresso de Chávez ao poder, em Abril de 2002.

Em Julho, demitiu-se das funções de ministro do Poder Popular para a Defesa, defendendo que o socialismo do século XXI deveria ser democrático e distanciado-se do "capitalismo de Estado" e da ortodoxia marxista.

A 5 de Novembro, acusou o Parlamento e o Governo de consumarem, "na prática, um golpe de Estado, violando de maneira descarada o texto constitucional e os seus mecanismos" e alertou para as consequências imprevisíveis do processo.

Fontes militares avançaram à agência Lusa que, ante a posição pública do ex-ministro da Defesa, o Governo ordenou aos oficiais das guarnições que percorram o país e ponham em questão, perante as tropas, a moral e imagem de Raúl Baduel.

 

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comanche

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« Responder #3 em: Janeiro 18, 2008, 10:21:59 pm »
Portugal/Venezuela: Acordos bilaterais no comércio e energia na agenda da visita de secretário Estado

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Lisboa, 18 Jan (Lusa) - Portugal e a Venezuela estão a preparar acordos bilaterais nas áreas do Comércio e Energia, que serão adiantados durante a visita oficial do secretário de Estado do Comércio ao país sul-americano, entre 21 e 23 de Janeiro.

O secretário de Estado Fernando Serrasqueiro tem agendado para o primeiro dia da visita (segunda-feira) reuniões com o Ministério de Energia e Petróleo da Venezuela e com uma delegação governamental e empresarial, para preparar o referido acordo "de cooperação energética", segundo disse à Lusa fonte diplomática.

De acordo com a mesma fonte, a visita tem ainda como objectivo "estabelecer um conjunto de contactos que permitam abrir oportunidades de negócios para empresas portuguesas".

O Ministério da Economia adianta que será preparado um acordo comercial durante a visita.

A comitiva portuguesa integra 15 empresários, dos sectores de agro-alimentação, energia, equipamentos para a indústria pretrolífera, construção, indústria farmacêutica, telecomunicações e turismo.

Segundo informação disponibilizada pelo Ministério da Economia, entre as empresas representadas estão a Galp Energia e a Petrotec, que se dedica à produção de equipamentos para indústria petrolífera.

O sector agro-alimentar é representado pela Cofaco Açores, Rui Costa e Sousa & Irmão, Vetagri Humana, GelPeixe e Atlantic Meals, enquanto da construção vêm Mota/Engil, DST, Edifer, Teixeira Duarte.

A delegação empresarial é completada por Grupo Azevedos (Indústria farmacêutica, L.N. Moldes (moldes), SGC Telecom e Instituto do Turismo de Portugal.

Para os dias 22 (terça-feira) e 23 (quarta-feira) do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor e os empresários portugueses manterão contactos a nível político em diferentes ministérios venezuelanos.

Estão agendados contactos com diversos departamentos do governo venezuelano, nomeadamente da Saúde, Ciência e Tecnologia, Infraestruturas, Telecomunicações, Ambiente, Turismo, Agricultura, Energia e Petróleo.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, em 2006 Portugal exportou para a Venezuela produtos no valor de 17,3 milhões de euros, tendo as exportações para o país sul-americano crescido em média 16,5 por cento ao ano desde 2002.

Entre as principais exportações estão os produtos agrícolas, máquinas e aparelhos, produtos alimentares, metais, têxteis e madeira e cortiça

A balança comercial entre os dois países é claramente desfavorável a Portugal, tendo atingido 211 milhões de euros no ano passado, quase o dobro do registado em 2002.

O petróleo constitui a quase totalidade das compras portuguesas à Venezuela.

 

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comanche

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« Responder #4 em: Janeiro 20, 2008, 01:08:39 pm »
Governo de Chávez recebe empresas portuguesas



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Assinatura de contratos e acordos em Março
O Governo português quer reequilibrar a balança comercial com a Venezuela e levar as empresas nacionais a investirem mais naquele mercado. Este é o objectivo que o Secretário de Estado do Comércio, Fernando Serrasqueiro, leva na bagagem, na visita de dois dias que vai fazer ao país de Hugo Chávez.

Na deslocação que começa amanhã, Serrasqueiro será acompanhado por uma comitiva de representantes de 15 empresas que no conjunto vão ultimar um acordo comercial complementar, que permitirá aumentar as exportações nacionais para o mercado venezuelano dos actuais 17 milhões de euros para 270 milhões até 2009. Um acordo que, no entanto, só deverá ser assinado em finais de Fevereiro ou princípios de Março, entre os dirigentes dos dois países, adiantou ao DN Fernando Serrasqueiro.

Também na mesma altura deverão ser assinados contratos entre empresas portuguesas e venezuelanas, que há meses desenvolvem contactos, e formalizadas candidaturas a projectos, sublinha o governante. As negociações de empresas do sector alimentar são as mais adiantadas, mas não quer dizer que na área da energia, da construção, ou mesmo de outros sectores não possa haver também já alguns negócios concretos, admitiu.

Aquando da visita oficial do primeiro ministro português à Venezuela - em Março, de acordo com informações divulgadas num site oficial do governo venezuelano, e não desmentida pelo gabinete de Sócrates -, deverá realizar-se uma feira de produtos portugueses e um encontro de negócios entre empresários nacionais e venezuelanos. Porque o outro objectivo do Governo "é levar as empresas portuguesas a explorar um conjunto de oportunidades que vão existir naquele mercado, na sequência do programa de investimentos que o executivo venezuelano pretende levar a cabo nas áreas da habitação social, das infra-estruturas, da energia e mesmo da saúde", afirmou o secretário de Estado do Comércio.

"Queremos aproveitar as boas relações políticas e diplomáticas que temos com aquele país para desenvolvermos as nossas relações económicas", acrescenta o governante, que com esta já é a terceira visita que faz à Venezuela.

Na construção civil e obras públicas, bem como na construção naval e na área energética, Fernando Serrasqueiro diz que há grandes possibilidades para as empresas nacionais naquele país. E quando fala da área energética não está só a referir-se ao petróleo e ao gás, onde as relações já existentes entre a Galpenergia e a Petróleos da Venezuela poderão dar bons frutos, mas também ao sector das energias alternativas.

"Podemos ser fornecedores de equipamentos para a produção de energia eólica", diz Serrasqueiro a título de exemplo. Para o governante, Portugal tem condições para ser um dos principais fornecedores de alguns produtos para a Venezuela.
 

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André

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« Responder #5 em: Janeiro 21, 2008, 04:23:01 pm »
PM português vai a Caracas assinar acordos para reduzir desequiibrio da balança de pagamentos

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O primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, visita em breve a Venezuela, acompanhado por uma delegação empresarial, anunciou à Agência Lusa fonte diplomática.

Segundo a fonte a visita poderá decorrer entre a segunda quinzena do próximo mês de Fevereiro e a primeira de Março, altura em que se realiza uma feira portuguesa no Forte de Tiúna, principal instituição militar de Caracas.

Segundo referiu à Lusa o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor de Portugal, Fernando Serrasqueiro, a deslocação está pendente da negociação de acordos a realizar durante a visita de quatro dias que este governante iniciou no domingo a Caracas.

Os acordos visam "reequilibrar a balança comercial portuguesa que hoje está muito desequilibrada dadas as importações de petróleo que Portugal faz da Venezuela" e os baixos valores das exportações.

Fernando Serrasqueiro lembrou à Lusa que visita Caracas pela terceira vez e que "as boas relações de natureza político-diplomática têm vindo a ser favoráveis" para criar condições para reequilibrar a balança comercial.

"Estamos neste momento a trabalhar num complemento a um acordo já existente (...) e, se tudo correr bem, quer dizer, se de facto eu conseguir fechar o acordo (...), há a possibilidade de se poder assinar o acordo aqui na Venezuela" entre o primeiro-ministro português e o presidente Hugo Chávez, disse.

O secretário de Estado adiantou que "há ainda algum trabalho para fazer até chegar a essa situação" e a realização da feira servirá para os portugueses mostrarem os produtos tradicionais mais conhecidos, mas também aqueles que são menos conhecidos na Venezuela e têm a ver com o Portugal moderno e as novas tecnologias.

Trata-se de negociações que estão a decorrer de maneira "bastante rápida (...) Eu estive aqui há dois meses e meio e depois disso os venezuelanos estiveram em Lisboa. Agora estou de novo aqui e já temos programado um outro espaço no sentido de poder proporcionar o equilíbrio da balança comercial", afirmou.

Fernando Serrasqueiro chegou no domingo à tarde a Caracas para uma visita de quatro dias, acompanhado por uma comitiva que integra 15 empresários dos sectores de agro-alimentação, energia, equipamentos para a indústria petrolífera, construção naval, indústria farmacêutica, telecomunicações e turismo.

Para hoje, primeiro dia da visita oficial, Serrasqueiro tem previstas reuniões com representantes do Ministério de Energia e Petróleo da Venezuela e com uma delegação governamental e empresarial, visando preparar o acordo "de cooperação energética".

Durante os restantes outros dois dias manterá uma série de encontros em diversos Ministérios com o objectivo de "estabelecer um contactos que permitam criar oportunidades de negócios para empresas portuguesas".

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística, em 2006 Portugal exportou para a Venezuela produtos no valor de 17,3 milhões de euros, tendo as exportações para o país sul-americano crescido em média 16,5 por cento ao ano desde 2002.

Entre as principais exportações estão os produtos agrícolas, máquinas e aparelhos, produtos alimentares, metais, têxteis e madeira e cortiça.

A balança comercial entre os dois países é claramente desfavorável a Portugal, tendo atingido 211 milhões de euros no ano passado, quase o dobro do registado em 2002.

O petróleo constitui a quase totalidade das compras portuguesas à Venezuela.

Lusa

 

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André

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« Responder #6 em: Janeiro 24, 2008, 06:23:52 pm »
Objectivos da visita «totalmente atingidos» e perspectivam cimeira Sócrates/Chávez

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Os objectivos das negociações entre Portugal e Venezuela com vista ao equilíbrio da balança comercial entre os dois países «foram totalmente atingidos», revelou o secretário de Estado do Comércio português, e perspectivam uma visita em breve de José Sócrates a Caracas.

Fernando Serrasqueiro falava à Agência Lusa ao finalizar uma visita de quatro dias à capital venezuelana, onde manteve contactos com os responsáveis pelos ministérios de Energia e Petróleo, da Saúde, e ainda com as tutelas das telecomunicações, construção, turismo, infra-estruturas e ambiente.

«Foi excelente (a visita), os resultados foram totalmente atingidos e o clima é óptimo (para as negociações). Deu-se um passo para realizar uma cimeira entre o primeiro-ministro José Sócrates e o Presidente Hugo Chávez, que poderá decorrer muito proximamente» numa visita que realizará a Caracas, disse.

«As relações melhoraram substancialmente e essa visita e a cimeira vão criar novas condições para a comunidade», disse.

Por outro lado o próprio ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou que a visita poderá ocorrer até meados do próximo mês de Março e que, nessa ocasião, será assinado um «mega acordo» com Portugal no qual o governo de Caracas quer que a comunidade lusa participe.

A partir dessa altura Portugal pagará parte da factura petrolífera com produtos alimentares, medicamentos, formação turística e a criação de infra-estruturas.

A data da visita permanece em aberto, estando pendente das agendas de ambos países, e nessa altura terá lugar, em Caracas, um feira portuguesa, que, além de exibir produtos tradicionais portugueses, dará a conhecer aqueles com os quais os venezuelanos não estão familiarizados.

Segundo Fernando Serrasqueiro, nas reuniões foram também abordados temas relacionados com a construção naval e as energias renováveis.

«Foi-nos dado conta da necessidade premente da construção de navios de transporte de crude e combinámos que, no dia 28, uma comissão técnica irá a Portugal para contactar as duas principais empresas de construção e reparação naval, que são a Lisnave e os Estaleiros de Viana do Castelo», disse.

Essa comissão será composta ainda por técnicos das áreas de turismo, infra-estruturas e tecnologia, precisou.

Serrasqueiro explicou também que em matéria de energias renováveis, eólicas, «vão ser atribuidas licenças para a exploração de 200 megawatts, numa área próxima da Colômbia, com muito vento e portanto com condições para a instalação de torres para a produção de energia».

«Há já uma candidatura da GALP para poder entrar nessa operação», disse.

O secretário de Estado do Comércio de Portugal precisou ainda que foram feitos «pontos de contacto» para os empresários lusos da Venezuela para a eventualidade de se negociar com as principais cadeias de distribuição portuguesas a venda de alguns produtos.

Segundo Serrasqueiro, há a possibilidade de os investidores de Portugal participarem «em projectos de ambiente, saneamento e de construção de hospitais» e outros que o governo venezuelano pretende lançar nos próximos meses.

«Esta viagem já tem resultados», enfatizou.

Por outro lado precisou que a visita que o primeiro ministro português efectuará proximamente a Caracas poderá ser uma oportunidade para tratar de um conjunto de acordos que estão pendentes.

Lusa/SOL


Será que o José Socrátes vai dizer que o seu maior amiguinho na América do Sul é o Chávez ....  :lol:  :roll:

 

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tsumetomo

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« Responder #7 em: Janeiro 24, 2008, 10:53:16 pm »
Citação de: "André"
Será que o José Socrátes vai dizer que o seu maior amiguinho na América do Sul é o Chávez ....  :lol:  :roll:
Se o Chavez fornecesse petroleo a 50% de desconto, ainda era naquela..
 

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André

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« Responder #8 em: Fevereiro 01, 2008, 08:39:43 pm »
Pinho e ministro da venezuelano assinam domingo memorando para investimentos bilaterais

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Os ministros da Economia português e o da Energia e Petróleo venezuelano assinam domingo um memorando de entendimento para definir um plano de actividades com vista à celebração de contratos de exportação e investimento em vários sectores.

Segundo o Ministério da Economia e da Inovação, Manuel Pinho e Rafael Ramírez assinam o memorando com vista "à celebração de contratos de exportação e investimento em vários sectores de actividade económica entre os dois países".

Portugal tem mantido contactos para estreitar contactos com a Venezuela, dando especial atenção ao sector da energia, já que aquele país sul-americano tem um dos maiores recursos de petróleo do mundo, com 100 mil milhões de barris em reservas provadas.

Em Novembro último, quando esteve em Lisboa, o Presidente venezuelano, Hugo Chavez, disse que Portugal iria enviar, assim que fosse possível, uma missão ministerial e empresarial à Venezuela, para definir as "vastas" áreas de cooperação que se abriram com a estada do chefe de Estado a Lisboa.

Na altura, a Galp e a Petróleos da Venezuela assinaram um acordo para o desenvolvimento de projectos conjuntos na área do gás natural liquefeito (GNL), ao abrigo do qual a petrolífera portuguesa poderá vir a comprar à Venezuela 2 mil milhões de metros cúbicos por ano.

O acordo prevê ainda que o gás seja regaseificado em Sines e a participação da Galp na central de liquefacção do Gran Mariscal de Ayacucho, em que poderá vir a ter 25 por cento.

Este acordo irá permitir a Portugal aumentar de 15 para 20 por cento o peso do gás natural no portfólio da energia primária consumida no país.

A Galp assinou também em Outubro um acordo com a Petróleos da Venezuela para a certificação de reservas petrolíferas na Faixa do Orinoco.

Lusa

 

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comanche

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« Responder #9 em: Fevereiro 03, 2008, 05:14:30 pm »
Portugal/Venezuela: Protocolo assinado para multiplicar por 10 exportações portuguesas

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Lisboa, 03 Fev (Lusa) - Portugal e Venezuela assinaram hoje um protocolo que cria condições para que as exportações portuguesas para este país possam ser multiplicadas por 10 até ao montante das importações de petróleo de empresas portuguesas.

"Através deste protocolo, que será seguido por um acordo entre os dois governos, Portugal cria condições para vender à Venezuela produtos diversificados num montante até às importações de petróleo de empresas portuguesas", declarou o ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho, na cerimónia de assinatura do memorando de entendimento em Lisboa.

De acordo com Manuel Pinho, a Galp Energia estima que em 2008 as exportações de petróleo da Venezuela podem ultrapassar os 300 milhões de dólares (202,7 milhões de euros), quando o valor de exportações de Portugal para a Venezuela é actualmente de apenas cerca de 20 milhões de euros.

O objecto do acordo é assim "a prazo, equilibrar a balança comercial", entre os dois países.

O ministro explicou que "vai ser constituído em Lisboa um fundo com um montante até ao valor das compras de petróleo à Venezuela, que servirá para financiar as exportações para a Venezuela de empresas portuguesas, de acordo com uma lista previamente acordada".

Dentro de 15 dias os venezuelanos devem indicar os produtos que integrarão a lista, tendo já sido acordadas áreas prioritárias, como produtos alimentares, energias renováveis, construção e engenharia civil, medicamentos e construção naval, adiantou.

Da parte da Venezuela o memorando de entendimento foi assinado pelo ministro da Energia e do Petróleo, Rafael Ramirez, que fez escala em Lisboa no regresso a Caracas só para assinar o protocolo, o que, declarou, prova a "urgência e importância" que o governo venezuelano atribui ao acordo.

Rafael Ramirez disse que o passo seguinte é a criação das comissões mistas (com elementos dos dois países) encarregues da "identificação das áreas e volumes de intercâmbio".

O ministro venezuelano indicou ainda que o acordo formal entre os dois governos será assinado quando o primeiro-ministro português, José Sócrates, visitar Caracas, o que, segundo Manuel Pinho, deverá ser no princípio de Abril.

Trata-se "de um salto muito importante no nosso intercâmbio comercial", salientou Ramirez, referindo as boas relações entre os dois países e a "muito numerosa e importante" comunidade portuguesa na Venezuela.

Manuel Pinho explicou que o acordo foi decidido na sequência da visita a Portugal do presidente da Venezuela, Hugo Chavez, em Novembro.

Na altura, a Galp Energia e a Petróleos da Venezuela assinaram um acordo visando projectos conjuntos na área do gás natural liquefeito.

Entretanto, decorreram encontros bilaterais entre Pinho e Ramirez e há duas semanas o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro, esteve em Caracas acompanhado por duas dezenas de empresários portugueses.

"Para o progresso da economia portuguesa é, mais do que nunca, extremamente importante aumentar e diversificar as exportações e alargar o número das nossas empresas exportadoras", assinalou Pinho.

Por outro lado, salientou, "o aumento do preço do petróleo exige uma aposta nas energias renováveis e uma diplomacia comercial cada vez mais activa".

Segundo Pinho, Portugal está no bom caminho com "grandes resultados na área da energia, o que se traduz em acordos com a Argélia, Angola e Brasil".

O secretário de Estado Fernando Serrasqueiro e o presidente do Conselho Executivo da Galp Energia, Manuel Ferreira de Oliveira, estiveram presentes na assinatura do memorando de entendimento.

 

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André

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« Responder #10 em: Fevereiro 17, 2008, 02:03:41 pm »
Tintas «verdes» procuram oportunidades na Venezuela

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Empresas portuguesas, que exploram na vanguarda o mercado das tintas ecológicas destinadas a plataformas petrolíferas, negociam a exportação de produtos «verdes» para a Venezuela, no âmbito do protocolo recentemente assinado entre Portugal e aquele país.

As empresas portuguesas Triquímica Soluções Químicas e Ambientais, S.A. e Euronavy foram contactadas pela Petróleos de Venezuela (PDVSA) para estarem presentes na Feira de Caracas, a realizar-se em Abril, com a presença prevista do primeiro-ministro, José Sócrates, onde vão ser assinados os contratos para a exportação de produtos, já estabelecidos, de Portugal para a Venezuela.

«Este acordo abre as portas para a exploração mundial do mercado petrolífero», afirmou Idílio Santos, supervisor comercial da empresa Triquímica.

Esta empresa, sediada perto do Autódromo de Estoril, nos arredores de Lisboa, aliciou o mercado petrolífero venezuelano com «o produto de tratamento para a protecção anti-corrosiva de navios e plataformas petrolíferas, acima e abaixo da linha de água», esclarece.

O produto, o Triecoprimer K1, ao fim de quatro anos de estudos e ensaios, recebeu a certificação do Centro de Pesquisas da Petrobras (CENPES), petrolífera brasileira.

Com um produto semelhante, a Euronavy, única empresa não americana a fabricar tintas para os navios da armada dos EUA, espera fornecer o mercado venezuelano «com tintas para a pintura debaixo de água, que é tolerante à humidade e outros produtos complementares», disse à lusa Nuno Ribeiros do departamento de Operações Internacionais da Euronavy.

A presença de empresas portuguesas no mercado venezuelano, segundo a fonte da empresa Triquima, evidencia-se como uma «excelente criação de receitas e visibilidade para Portugal».

As empresas portuguesas Euronavy e Triquíma apresentam produtos de vanguarda no sector da indústria naval já reconhecidos por vários países, apresentando-se agora sob a mira do mercado petrolífero venezuelano.

A 03 de Fevereiro, os governos de Lisboa e Caracas assinaram um protocolo com o objectivo de aumentar as exportações nacionais para a Venezuela até ao valor da importação de petróleo proveniente deste país para Portugal.

Para tal, constituiu-se como base uma lista de produtos, indicada pela Venezuela, cujas áreas prioritárias são produtos alimentares, construção e engenharia civil, energias renováveis, medicamentos e construção naval.

Diário Digital / Lusa

 

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comanche

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« Responder #11 em: Fevereiro 23, 2008, 11:04:55 pm »
Venezuela: Fernando Serrasqueiro em Caracas para preparar visita de José Sócrates

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Caracas, 22 Fev (Lusa) - O secretário de Estado português do Comércio inicia domingo, uma visita de quatro dias a Caracas para "falar de negócios" com o ministro venezuelano da Energia e Petróleo, e "preparar" uma visita do primeiro-ministro José Sócrates.

"Trata-se de uma deslocação que se enquadra no processo preparatório da visita a Caracas do primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, prevista para meados de Abril", revelou à Agência Lusa uma fonte diplomática, que se recusou a avançar mais pormenores.

Por outro lado, o embaixador de Portugal em Caracas, João Caetano da Silva, avançou à Agência Lusa que o secretário de Estado do Comércio, Fernando Serrasqueiro, será acompanhado "por uma comitiva empresarial", composta por representantes de 15 empresas portuguesas do sector metalo-mecânico, ferragens, construção (pré-fabricados), betão e aço, agro-alimentar, energias alternativas e construção naval.

Durante a visita, Serrasqueiro vai dar continuidade "ás negociações do acordo de cooperação económica e energética entre Portugal e a Venezuela".

"Nesse sentido, estabelecerá uma série de contactos, primeiro com o ministro da Energia e Petróleo, Rafael Ramírez, o interlocutor mais directo do Governo português na negociação deste acordo, estando previsto que mantenha encontros também a nível político e nos Ministérios de Infra-estruturas, Casa e Habitação, Indústrias Ligeiras e Comércio", disse.

A Agência Lusa apurou que integram ainda a comitiva, Óscar Gaspar, assessor económico do primeiro-ministro José Sócrates, João Queiroz do Ministério de Economia, Anabela Martins e Luisa Vasconcelos da Secretaria de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor.

João Rodrigues, do ICEP, e dois representantes da GALP Energia e da EDP complementam a comitiva.

Trata-se da quarta visita de Fernando Serrasqueiro a Caracas.

 

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« Responder #12 em: Fevereiro 25, 2008, 11:37:53 am »
Portugueses estudam eólicas no país de Chavez

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A Galp, a EDP e a Martifer, três das 15 empresas que integram a comitiva empresarial que acompanha o secretário de Estado do Comércio, Fernando Serrasqueiro, numa visita de quatro dias à Venezuela, têm como objectivo estudar oportunidades de negócios no domínio das energias renováveis, nomeadamente da eólica, disse ao DN o governante.

"O Governo venezuelano tem um programa para o desenvolvimento da produção de energia eólica e prepara-se para lançar, em breve, alguns concursos para a construção de parques electroprodutores. As empresas portuguesas podem vir a explorar algumas destas oportunidades, incluindo a Galp, que além de ser uma compradora de petróleo poderá também ser fornecedora de energia daquele País", explicou Serrasqueiro. A petrolífera já deu, aliás, alguns passos no sentido de se tornar uma parceira da Venezuela para o sector energético. Em Outubro passado assinou um memorando de entendimento com a Petróleos da Venenzuela, que lhe abre perspectivas para entrar na exploração de petróleo no país de Hugo Chavez, assim como participar num projecto de liquefação de gás.

Da comitiva empresarial portuguesa fazem ainda parte empresas dos sectores da construção e reparação naval, a Lisnave, de construção civil e obras públicas, entre as quais se destaca a Lena Construções e a Ramos Catarino, da banca, a Caixa Geral de Depósitos, de eletromecânica , a Efacec, de metalomecânica, a A. Silva Matos, e ainda várias do sector agro-alimentar.

A visita que se iniciou ontem à Venezuela é a segunda que Fernando Serrasqueiro faz este ano aquele país. Depois da primeira, realizada no final de Janeiro, e na qual participaram também 15 empresas portuguesas, deslocou-se a Lisboa uma delegação de membros do governo venezuelano para visitarem, outras tantas empresas nacionais que poderiam ser suas potenciais fornecedoras de produtos e serviços, entre as quais os Estaleiros de Viana do Castelo. Após a vinda desta delegação, o ministro dos Petróleos da Venezuela, Rafael Ramirez, e o ministro da Economia português, Manuel Pinho assinaram, também em Lisboa, o memorando de entendimento que estabelece as linhas gerais de um futuro acordo comercial complementar entre Portugal e a Venezeula, que tem como objectivo reduzir o défice de 200 milhões de euros da balança comercial entre os dois países, desfavorável para o lado português.

Com excepção da Galp, nenhum das empresas que faz parte da actual comitiva esteve na anterior. O objectivo, diz o secretário de Estado, é dar a conhecer outras empresas e os produtos e serviços que podem prestar, e, por outro lado, perceber em quais a Venezuela poderá estar interessado. Tudo para que, no decurso da visita do Primeiro Ministro português aquele país, prevista para Abril, possam ser assinados contratos de investimento e de compra de produtos portugueses, que serão pagos com uma percentagem do petróleo venezuelano que consumimos. "Uma percentagem que o Governo português gostaria que fosse, no mínimo de 50%", diz Serrasqueiro.
 

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comanche

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« Responder #13 em: Fevereiro 27, 2008, 12:26:03 pm »
Comércio: Lisboa espera que Caracas diga quais os produtos portugueses que lhe interessam


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Caracas, 26 Fev (Lusa) - Portugal aguarda que a Venezuela identifique os produtos abrangidos pelo acordo comercial que os dois países vão assinar durante a visita oficial que o primeiro-ministro português efectua àquele país, em Abril, disse hoje à Lusa fonte governamental portuguesa.

Segundo o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro - que desde domingo se encontra em visita de trabalho à Venezuela -, a aplicação do referido acordo permitirá a Portugal multiplicar por 10 o montante das exportações para a Venezuela, actualmente a rondar os 20 milhões de euros.

"As comissões técnicas estão a tratar dos pormenores e estamos à espera que nos sejam ditas quais as encomendas para sabermos quais os produtos", precisou à Lusa.

O governante português acrescentou que este acordo é uma novidade para Portugal.

"Não temos ainda nenhum contrato deste género. Estamos a iniciar-nos num tipo de contrato que tem características especiais. Digamos, um acordo comercial com características especiais", disse.

Fernando Serrasqueiro classificou como "bom" o ambiente que preside às negociações com a Venezuela, país que mantém este tipo de acordos também com outros países.

"Da nossa parte temos visto que há um interesse em fortalecer as relações com Portugal. As negociações de alto nível continuam", sublinhou.

Fernando Serrasqueiro iniciou no domingo uma visita de quatro dias a Caracas onde, além de ultimar os pormenores do acordo que Portugal a Venezuela prevêem assinar em Abril, está a coordenar a realização de uma feira comercial portuguesa além de actividades culturais.

A feira realizar-se-á lugar durante a visita de José Sócrates à Venezuelaque inclui, em Caracas, uma eventual deslocação ao Centro Português, que celebra 50 anos.

Fernando Serrasqueiro encontra-se na Venezuela acompanhado por uma delegação empresarial, que estabeleceu contactos com empresas venezuelanas que integram a estatal Petróleos de Venezuela S. A. (PDVSA).

Esses contactos permitiram aos empresários portugueses avaliar melhor as possibilidades de negócios, considerou o governante.

"Serviu para que se apercebem qual é, aqui, a actividade económica, quais são as hipóteses que aqui têm", disse.

No final de um encontro com empresários portugueses radicados na Venezuela, Fernando Serrasqueiro precisou que estes estão a sentir que o acordo permitirá estabelecer "relações mais intensas" com empresas de Portugal.

Quanto à comunidade portuguesa explicou que depois de passar por momentos de alguma intranquilidade, em finais de 2007, "vive hoje um momento de maior satisfação, depois de entender que nada do que se passou justifica qualquer atitude precipitada ou pode, de alguma forma, comprometer a sua estada na Venezuela, país onde pretende continuar a viver.

"Continuam interessados e com boas expectativas, porque sabem que isto vai ser um país de futuro, porque é um país que tem riquezas naturais intensas e portanto é só uma questão de tempo", concluiu.

 

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André

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« Responder #14 em: Fevereiro 27, 2008, 09:57:08 pm »
Venezuela pode vender petróleo a Portugal, pago com bens e serviços, nomeadamente leite - diz ministro

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A Venezuela poderá vender a Portugal petróleo, que Lisboa pagará com bens e serviços, nomeadamente leite, revelou hoje à agência Lusa o ministro de Energia e Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez.

A troca deverá ser incluída num acordo de cooperação de cooperação económica e energética a assinar durante a visita à Venezuela do primeiro-ministro português, José Sócrates.

Caracas está à espera que Lisboa confirme a data da visita de José Sócrates para poder materializar o acordo de cooperação entre ambos governos, revelou o ministro Rafael Ramírez.

"Preparamos os rascunhos dos documentos que vão ser assinados (...) estamos à espera que os Ministérios (dos Negócios Estrangeiros) de Portugal e da Venezuela, confirmem a data exacta da visita do primeiro-ministro português José Sócrates", disse.

Rafael Ramírez falava à Agência Lusa, à margem de um almoço de trabalho com o secretário de Estado português do Comércio, Fernando Serrasqueiro, que terminará, hoje, uma visita de quatro dias a Caracas, para ultimar detalhes relacionados com um acordo de cooperação económica e energética que os dois governos prevêem assinar.

"Preparámos os rascunhos dos documentos que poderão ser assinados durante a visita do primeiro-ministro português. É um acordo de cooperação económica e energética que implica distintos memorandos nas áreas do gás, petróleos e construção naval", disse.

Segundo o ministro venezuelano, nos últimos dias, "houve reuniões muito importantes" entre representantes das autoridades de Caracas e Lisboa, que permitem asseverar que "a Venezuela vai fornecer petróleo e Portugal vai-nos fornecer bens e serviços, em particular alimentos", nomeadamente leite.

"As duas equipas formadas entre Portugal e a Venezuela estão a preparar a visita do primeiro-ministro José Sócrates, analisando também a formação de empresas mistas (capital privado e público)", sublinhou.

Segundo Rafael Ramírez, durante as últimas reuniões, estiveram também sobre a mesa temas como as energias alternativas, gás e a participação da GALP Energia na exploração de projectos na Faixa Petrolífera de Orinoco.

Por outro lado, precisou que o abastecimento energético de Venezuela a Portugal rondará, "numa etapa inicial" os 500 milhões de dólares (333 milhões de euros) montante que a Venezuela receberá "em alimentos, produtos portugueses e serviços".

Segundo Rafael Ramírez, Caracas está também à espera que Portugal indique qual a melhor localidade venezuelana para realizar, durante a visita de José Sócrates a Caracas, uma feira comercial portuguesa e várias actividades culturais.

A visita, disse "será um sucesso. Vamos recebê-lo com muito calor e entusiasmo".

Segundo fontes não oficiais, a visita de José Sócrates a Caracas poderá ocorrer entre 15 e 20 de Abril de 2008.

Lusa