Fico surpreendido com tanta surpresa com a detenção do Sócrates.
O que corria nas conversas de café, mesmo descontando 90% do que se diz que costuma ser resultado de boatos, seria suficiente para prender o individuo ainda antes de ele ser primeiro ministro.
Há que encarar as coisas como elas são.
Sempre aqui disse que dentro do PS (Partido Socialista) existe uma Máfia corrupta constituida pelos maiores escroques do país e por um exército de serviçais, dispostos a fazer trabalho sujo a troco de um epregozito na função pública.
E não me venham com a desculpa do costume, típica dos criminosos, de que todos são bandidos e todos são iguais.
NÃO SÃO ! ! !
Quando António Guterres chegou a primeiro ministro, ficou famoso pela frase «No jobs for the boys» e os boys do PS juraram vingar-se e complicaram a vida a Guterres sempre que possível.
É a Máfia interna dentro do PS que leva Guterres a afastar-se por causa do famoso pântano.
É essa gentinha, que preferiu colocar no poder outro partido, ir para a oposição, para assim garantir que chegava à teta quando a alternância ditasse a volta ao poder do PS.
A acreditar em tudo o que corre nos jornais, na comunicação social e na rua, mesmo descontando a probabilidade de rumores sem sentido, tudo leva a acreditar que Sócrates foi o testa de ferro dessa Máfia, que sabia perfeitamente quem estava a colocar em São Bento.
No entanto, para mim, o maior crime de Sócrates não foram uns quantos milhões de Euros que pode ter conseguido de forma corrupta, através da prostituição política. O principal crime foi levar todo um país à falência, anestesiando toda a gente com subsidios que conseguia dar com dinheiro que pedia emprestado, dando a Alemanha como garantia.
Mas esse crime, só poderia ser comprovado com "prova circunstâncial", e como sabemos, contra "prova circunstâncial" pode ser sempre avançada a famosa "dúvida razoável".
A "duvida razoável" no caso de Sócrates, é que não cometeu crime nenhum, apenas foi incompetente. E ser corrupto dá cadeia, ser incompetente não dá.
Agora não deixa de ser engraçado ver os camaradas calados que nem ratos, especialmente se a podridão chegar até à Venezuela do glorioso comandante Hugo Chavez.