RTP, José Rodrigues dos Santos - a ingerencia do governo

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RTP, José Rodrigues dos Santos - a ingerencia do governo
« em: Outubro 09, 2007, 08:07:19 pm »
José Rodrigues dos Santos suspenso
2007/10/09 | 17:53
Pivot já não apresenta o Telejornal de hoje e pode ser despedido
 
MAIS:
  ERC já ouviu Rodrigues dos Santos
  RTP: administração «passa recados» do poder

(Actualizado às 19.00)

José Rodrigues dos Santos foi suspenso de funções e que será alvo de um processo disciplinar que visa o despedimento, avança o site do Expresso. Segundo o jornal, o pivot já não apresentará o Telejornal hoje.

O conselho de administração da RTP reagiu esta terça-feira à entrevista de José Rodrigues dos Santos, publicada na revista Pública deste domingo. Em comunicado, a administração da empresa «repudia veementemente, por serem falsas, as afirmações proferidas por aquele empregado, às quais atribui a maior gravidade, uma vez que põe em causa a imagem da RTP».

Na entrevista, o jornalista acusa a empresa de interferências ilegítimas em matéria editorial, de veicular recados do poder político e de o sujeitar a tratamentos indignos. A RTP diz que Rodrigues dos Santos terá de «fundamentar» estas acusações e recorda que o ex- Director de Informação apenas «concretiza com um facto ocorrido há 3 anos e que na altura foi esclarecido nos locais próprios», além de que «tal facto não envolveu por parte da Administração qualquer interferência editorial, mas sim e apenas uma legítima decisão de gestão».

A empresa diz ainda que embora tenha deixado de ser Director de Informação em 2004, José Rodrigues dos Santos «continuou a auferir a mesma remuneração que o coloca como um dos quadros mais bem pagos da RTP». O comunicado adianta que recentemente o jornalista «mostrou alguma incomodidade por ter de cumprir horários normais como os demais quadros da empresa, tendo-lhe sido recusado o pedido para ser tratado com regime de excepção mais favorável». «Será isto o tratamento indigno a que se refere o Sr. Dr. José Rodrigues dos Santos?», questiona o conselho de administração.

Assim, «face à gravidade dos factos ocorridos, e para salvaguarda do bom nome da RTP e dos seus quadros, o Conselho de Administração decidiu iniciar os procedimentos legais que as circunstâncias requerem». O PortugalDiário tentou saber a que procedimentos recorreu a RTP, mas a empresa não respondeu.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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MERLIN

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« Responder #1 em: Outubro 09, 2007, 10:43:24 pm »
Este pais anda louco. Volta Antonio estas quase perdoado!!!
cumpto
"Se serviste a patria e ela te foi ingrata, tu fizestes o que devias, ela o que costuma"
Padrea Antonio Vieira
 

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André

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« Responder #2 em: Outubro 09, 2007, 10:45:16 pm »
RTP nega suspensão de José Rodrigues dos Santos

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Luís Marques, administrador da RTP, revelou ao SOL que «o Sr. Dr. José Rodrigues dos Santos não foi suspenso». O jornalista também não tem conhecimento de qualquer processo disciplinar e afirmou não ter medo do comunicado emitido pelo Conselho de Administração do canal público: «A razão da força pode estar do lado da Administração, mas a força da razão está do meu lado».

Questionado pelo SOL sobre a acusação de incumprimento de horários, o jornalista considera que «as referências despropositadas a remunerações e horários revelam o desespero da Administração em desviar o assunto da questão essencial: o órgão regulador da comunicação social deu como provada a interferência da Administração na área editorial».

Luís Marques reiterou que não houve qualquer tentativa por parte da administração de interferir na linha editorial de informação do canal. E que não sabe a razão das declarações do jornalista ao jornal Público, onde este recordava o episódio de 2004 em que a nomeação de um correspondente para Madrid foi decidida pela administração.

Recorde-se que em Novembro de 2004 Rodrigues dos Santos demitiu-se de director de informação da RTP por não concordar com a nomeação de Rosa Veloso para correspondente em Madrid, uma vez que esta estava em quarto lugar no concurso para o cargo.

Numa entrevista ao SOL, publicada em 21 de Outubro do ano passado, José Rodrigues dos Santos afirmava:«A lei define que o director é o responsável exclusivo pela Informação. Entendo que nomear quem faz reportagens para o Telejornal – no Parlamento, numa manifestação que é no Porto, em Freixo de Espada à Cinta, em Madrid, ou em qualquer sítio – faz parte da responsabilidade editorial: é o director quem nomeia».

José Rodrigues dos Santos, na mesma entrevista acrescentava que «nunca pode haver uma nomeação que seja contrária à opinião do director, porque interfere grosseiramente com o texto da lei. Quando isso aconteceu, pensei que tudo era possível. Se o director perde o poder de nomear quem faz reportagens para o telejornal está tudo dito».

Em 2006, José Rodrigues do Santos foi considerado o melhor pivô, segundo um estudo da Obercom. O jornalista afirmou, na altura (31 de Março), ao SOL que acreditava que os portugueses o consideravam um bom profissional por defender a independência da RTP, «mesmo com custos profissionais e pessoais».

SOL

 

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papatango

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« Responder #3 em: Outubro 10, 2007, 01:57:28 am »
Essa Rosa Velozo, foi imposta pelos espanhóis, que exigiram que fosse ela a relatar as noticias de Madrid.

Não gostaram que os restantes comentadores se referissem à ETA como separatista e exigiram uma TIPA que se colocasse de joelhos e fizesse o servicinho conforme a espanholada manda.

Além do mais é especialista em passagens de modelos, coisas de arte e cultura e nunca mais houve uma notícia sobre os podres da Espanha. É só noticias boas, os principezinhos, a princezinha Letizia (outra tipa que passaria despercebida no Intendente) e mais nada.

O escandalo ROSA VELOSO foi um dos mais tenebrosos casos de ingerência directa dos espanhóis em Portugal, além claro da vergonhosa venda da TVI à CAMORRA de Madrid, do sr. Polanco.

Mas claro, é tudo invenção, é tudo paranóia, as coisas vão acontecendo e estamos todos a olhar para o passado. Isto é tudo invenção de papatangos e outros.

Senhores...

NO PASSA NADA...
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 

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« Responder #4 em: Outubro 10, 2007, 08:32:09 am »
Pivô da RTP afirma que ainda não foi contactado pelo Conselho de Administração
Rodrigues dos Santos continua a apresentar o Telejornal

10.10.2007 - 00h23 Maria Lopes, Ana Machado


As notícias veiculadas nas últimas horas que davam conta de que José Rodrigues dos Santos ia ser alvo de um processo disciplinar e que já não apresentava mais o Telejornal não se confirmam. Em declarações ao PÚBLICO o pivô da RTP afirma que ainda não foi contactado pelo Conselho de Administração (CA) do operador público no âmbito das suas declarações à PÚBLICA no passado domingo. E o próprio CA ainda está a estudar as medidas a tomar.

"Vamos iniciar, para já, um esclarecimento rigoroso sobre o que foi dito por José Rodrigues dos Santos a todos os órgãos de comunicação porque há versões contraditórias nas suas diversas declarações", disse ao PÚBLICO o administrador da RTP, Luís Marques, quando questionado sobre o significado do que são os "procedimentos legais" que a administração da estação afirma no comunicado que vai desencadear.

Luis Marques nega que o pivô já tenha sido afastado do telejornal: "Não é verdade que ele tenha sido afastado do Telejornal. Apenas não o está a apresentar porque quem está na escala esta semana é o José Alberto Carvalho. Se estiver escalado para a próxima, é lógico que o apresentará – mas não sei se está, as escalas são feitas pela Direcção de Informação e a administração não tem conhecimento delas", esclareceu o administrador Luís Marques. O PÚBLICO sabe que José Rodrigues dos Santos estará ausente do país esta semana e só não se ausentou ontem devido ao facto de ter sido convocado para uma audição no conselho de redacção da RTP.

"Em função das conclusões faremos uma avaliação do procedimento a seguir e tomaremos a decisão que melhor defenda os interesses da RTP", acrescentou o administrador. O processo será levado a cabo pelo departamento jurídico da empresa – um procedimento normal num caso destes, esclareceu. Serão analisados todos os artigos e o jornalista poderá ser questionado sobre as declarações que fez. No final, tanto se pode concluir que "não há nada a apontar" como lhe pode ser levantado um processo disciplinar, adiantou, negando que já tenha sido tomada alguma decisão do caminho a tomar. Para já, o jornalista continua nas suas funções normais, garante o administrador.

O caso na origem desta luta entre um dos principais pivôs do Telejornal e o CA da RTP remonta a 2004. Na altura a decisão do CA de escolher para correspondente em Madrid a quarta classificada do concurso de candidatura à vaga levou a que Rodrigues dos Santos, então director de informação, se demitisse.

No comunicado emitido, o CA acusa Rodrigues dos Santos de "singular sentido de oportunidade" , de ser "um dos quadros mais bem pagos da RTP", e de auferir da mesma remuneração de quando era director. Acusa ainda José Rodrigues dos Santos de ter pedido um regime de excepção mais favorável em termos de horários, algo que lhe foi negado. Mas Rodrigues dos Santos nega a acusação: "Não percebo porque é que falam em histórias de remunerações e de horários porque não é isso que está em causa. A independência da RTP é que está em causa desde o princípio", afirma, acrescentando que para si, "esta parece ser uma tentativa desesperada e mesquinha de divergir da questão essencial".

"A minha desmotivação tem a ver com o facto do CA ter interferido numa competência da direcção de informação e esse acto ter resultado impune", diz, acrescentando que as questões laborais com a empresa serão tratadas em fórum próprio. "O que o CA está a fazer revela tudo sobre o que o CA é realmente. E nada revela sobre mim", conclui.

"Desculpas esfarrapadas"
Sebastião Lima Rego, antigo membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social (AACS), já extinta, lembra o caso de 2004 que levaram à demissão de Rodrigues dos Santos: "Um dos argumentos esfarrapados da administração foi que a ordem hierárquica de escolha dos candidatos a correspondente, nunca tinha sido um critério". Rodrigues dos Santos afirmava que sempre tinha sido respeitada a hierarquia de classificação do concurso, Almerindo Marques disse que não.

À falta de um regulamento de concurso que ditasse a regra, a entidade reguladora pediu para analisar outros casos de nomeação de correspondentes. E verificou que sempre tinha imperado a ordem hierárquica das classificações na nomeação. Verificou-se que os factos davam razão a Rodrigues dos Santos e que, quer no Parlamento, quer junto do regulador, o CA da RTP tinha prestado falsas declarações.

"Muito embora as versões da administração e do director de informação cessante divirjam, [...] a verdade é que o sustentado pelo director de informação é mais detalhado, sólido e credível, não tendo a administração apresentado, na documentação que posteriormente fez chegar à AACS, um acervo factual que abonasse a sua tese inicial, muito antes pelo contrário". É isto que se pode ler na deliberação da antiga AACS.

Mas a questão essencial, segundo Lima Rego, que foi relator da deliberação, é outra: "A nossa posição foi clara. Não pode ser a administração a nomear correspondentes. O correspondente é um jornalista. Este é um cargo exclusivamente de contornos jornalísticos. Então a RTP tem embaixadas?"

Para resolver o problema da falta de um regulamento de concurso que ditasse as regras claras da escolha de um correspondente, a administração redigiu um regulamento, que hoje existe, com data de 7 de Janeiro de 2005. No ponto 6 pode ler-se que é o Conselho de Administração que nomeia o correspondente, tendo em conta a proposta da direcção de informação.

Sobre o facto de o assunto ter sido agora levantado por Rodrigues dos Santos, Lima Rego afirma: "Uma injustiça é sempre uma injustiça. O Papa pediu desculpa pela Inquisição 500 anos depois. Se o asunto voltou para a agenda, ainda bem". E afirma que o actual regulador tem aqui matéria para agir.


FONTE
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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« Responder #5 em: Outubro 10, 2007, 08:35:41 am »
Media
RTP instaurou onze processos disciplinares só este ano
10.10.2007 - 07h49 Margarida Gomes, Maria Lopes, Ana Machado


A RTP vai avaliar todas as declarações que José Rodrigues dos Santos fez nos últimos dias sobre as alegadas interferências da administração em questões editoriais da estação. No limite, o actual pivô e anterior director de informação da TV pública arrisca um processo disciplinar que, a confirmar-se, elevaria para 12 o número de processos desta natureza instaurados pelo conselho de administração (CA) da RTP só este ano — um número recorde face à média de três a quatro processos anuais e que é também o mais elevado dos últimos 15 anos.

"Vamos iniciar, para já, um esclarecimento rigoroso sobre o que foi dito por José Rodrigues dos Santos a todos os órgãos de comunicação, porque há versões contraditórias nas suas diversas declarações", disse ao PÚBLICO o administrador da RTP, Luís Marques, referindo-se à entrevista do pivô publicada domingo no PÚBLICO e às notícias que se lhe seguiram noutros órgãos de comunicação social. José Rodrigues dos Santos desconhece para já que diligências serão seguidas pelo CA, mas é expectável que seja ouvido nos próximos dias e que a partir daí a administração da RTP tome uma decisão de fundo

Em comunicado emitido ontem à tarde, o CA anuncia, sem concretizar, que vai "iniciar os procedimentos legais" com vista ao apuramento de responsabilidades neste caso. O processo será conduzido pelo departamento jurídico da empresa — um procedimento normal, esclarece Luís Marques. Serão analisados todos os artigos e o jornalista poderá ser questionado sobre as declarações que fez. No final, tanto se pode concluir que "não há nada a apontar" como lhe pode ser levantado um processo disciplinar, sendo que a decisão será aquela “que melhor defenda os interesses da RTP". Para já, o jornalista continua nas suas funções normais, garante o administrador.

O caso que desencadeou esta nova polémica remonta a 2004. Na altura, a decisão do CA da RTP de escolher para correspondente em Madrid a quarta classificada no concurso de candidatura à vaga levou a que Rodrigues dos Santos, então director de informação, se demitisse.

No comunicado de ontem, o CA acusa Rodrigues dos Santos de "singular sentido de oportunidade" por trazer de novo a polémica a lume, em plena recta final do mandato da actual administração, que deve ser substituída em Dezembro. E refere que, embora afastado da direcção de informação, o pivô é "um dos quadros mais bem pagos da RTP", auferindo hoje da mesma remuneração de quando era director. O CA acusa ainda Rodrigues dos Santos de ter pedido um regime de excepção mais favorável em termos de horários, algo que lhe foi negado pela actual administração.

"Não percebo porque é que falam em histórias de remunerações e de horários porque não é isso que está em causa. A independência da RTP é que está em causa desde o princípio”, responde Rodrigues dos Santos.

"A minha desmotivação tem a ver com o facto de o CA ter interferido numa competência da direcção de informação e esse acto ter resultado impune. O que o CA está a fazer revela tudo sobre o que o CA é realmente. E nada revela sobre mim", dispara.

O Conselho de Redacção da RTP saiu ontem em defesa do jornalista, sustentando que as pessoas não podem ser penalizadas por exercerem a sua opinião.

Também o presidente da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) não vai, para já, envolver o órgão regulador na polémica que se instalou na RTP, considerando mesmo que existem condições para que o conflito seja dirimido internamente. Contudo, se surgirem outros elementos que venham a enquadra-se na esfera do órgão regulador, “a ERC actuará”, garante Azeredo Lopes. “Já o mostrei noutras ocasiões, sem qualquer receio."

FONTE
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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André

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« Responder #6 em: Novembro 14, 2007, 10:41:41 pm »
José Rodrigues dos Santos recebeu nota de culpa

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O jornalista da RTP José Rodrigues dos Santos já recebeu a nota de culpa referente ao processo disciplinar que está envolvido, disse hoje à agência Lusa o advogado do pivot da estação pública.

«O jornalista José Rodrigues dos Santos já recebeu a nota de culpa», confirmou Fernando Carvalho, escusando-se a adiantar mais pormenores sobre o processo.

As edições de hoje do Público e do Diário de Notícias avançaram que a administração da RTP instaurou um processo disciplinar ao pivot, que visa o despedimento por justa causa.

As razões invocadas pela administração do operador estatal para justificar o despedimento não se prendem com as declarações proferidas pelo jornalista à revista Pública divulgadas em Outubro, mas sim com questões laborais, nomeadamente em relação a incumprimento de horários e quebra de lealdade com a empresa, de acordo com os dois títulos.

O conselho de redacção da RTP afirmou à Lusa que está «muito atento» a esta situação.

«O conselho de redacção e a redacção mantém-se muito atentos«, referiu à Lusa o elemento do conselho Luís Castro.

O jornalista disse ainda que o conselho »apela ao bom senso e à moderação [de todos os intervenientes], porque também está em causa a imagem da RTP«, acrescentando que o órgão não irá, nesta altura, emitir qualquer comunicado sobre a situação.

Só para a semana é que a situação será alvo de um parecer da Comissão de Trabalhadores, uma vez que o órgão representativo cessou actividades e a nova comissão, eleita a dia 24 de Outubro, só irá assumir funções nos próximos dias.

Até ao momento, a administração não fez nenhum comentário sobre o assunto.

O processo disciplinar de Rodrigues dos Santos foi a consequência de um inquérito que a administração da RTP abriu contra o jornalista a 15 de Outubro - depois de o pivot ter acusado a administração de interferência na nomeação de uma correspondente, em 2004.

Nessa altura, o pivot era director de informação do canal, vindo mais tarde a demitir-se do cargo.

O Código do Trabalho estipula que as empresas para despedirem um trabalhador alegando justa causa têm de abrir um processo disciplinar, uma acção que pode ser precedida por um inquérito.

Medida que foi utilizada no caso do jornalista e que deve ser aplicada em casos em que os eventuais infractores ou factos não sejam claros, tendo a empresa um prazo de 60 dias para agir após tomar conhecimento deles.

No caso de os indícios apurados nesta fase serem considerados suficientes, a empresa abre então o processo disciplinar, implicando a elaboração de uma nota de culpa onde tem que constar uma descrição pormenorizada dos factos que justificam o despedimento do trabalhador.

Após o envio da nota, tanto ao visado como à comissão de trabalhadores da empresa, o trabalhador tem 10 dias úteis para responder, apresentar provas e as testemunhas que entender.

Numa fase seguinte, o instrutor do processo (alguém nomeado pelo conselho de administração da empresa) faz um relatório final onde contrapõe os factos apresentados pelas partes envolvidas e decide se há acusação ou não.

Se houver acusação, o auto sugere a sanção e se for o despedimento por justa causa o trabalhador não terá direito a indemnização.

A decisão da empresa pode ser ainda impugnada nos tribunais, passando o processo para as vias judiciais.

Diário Digital / Lusa

 

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ricardonunes

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« Responder #7 em: Novembro 14, 2007, 11:33:49 pm »
Potius mori quam foedari
 

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André

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« Responder #8 em: Novembro 16, 2007, 12:11:30 am »
Conselho de Redacção convoca plenário jornalistas para as 12h00m para discutir caso José Rodrigues dos Santos

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O conselho de redacção da RTP convocou um plenário de jornalistas para as 12:00 de hoje para discutir o caso de José Rodrigues dos Santos, a quem foi instaurado um processo disciplinar, disse à Lusa fonte da redacção.

Na quarta-feira, em declarações à Lusa, o advogado de José Rodrigues dos Santos confirmou que o jornalista já recebeu a nota de culpa referente ao processo disciplinar em que está envolvido, escusando-se, contudo, a adiantar mais pormenores.

Nesse dia, Luís Castro, do conselho de redacção da RTP disse à Lusa que aquele órgão estava "muito atento" a esta situação.

Até ao momento, a administração não fez nenhum comentário sobre o assunto.

O processo disciplinar de Rodrigues dos Santos foi a consequência de um inquérito que a administração da RTP abriu contra o jornalista a 15 de Outubro - depois de o pivot ter acusado a administração de interferência na nomeação de uma correspondente, em 2004.

Nessa altura, o pivot era director de informação do canal, vindo mais tarde a demitir-se do cargo.

O Código do Trabalho estipula que as empresas para despedirem um trabalhador alegando justa causa têm de abrir um processo disciplinar, uma acção que pode ser precedida por um inquérito.

Medida que foi utilizada no caso do jornalista e que deve ser aplicada em casos em que os eventuais infractores ou factos não sejam claros, tendo a empresa um prazo de 60 dias para agir após tomar conhecimento deles.

No caso de os indícios apurados nesta fase serem considerados suficientes, a empresa abre então o processo disciplinar, implicando a elaboração de uma nota de culpa onde tem que constar uma descrição pormenorizada dos factos que justificam o despedimento do trabalhador.

Após o envio da nota, tanto ao visado como à comissão de trabalhadores da empresa, o trabalhador tem 10 dias úteis para responder, apresentar provas e as testemunhas que entender.

Numa fase seguinte, o instrutor do processo (alguém nomeado pelo conselho de administração da empresa) faz um relatório final onde contrapõe os factos apresentados pelas partes envolvidas e decide se há acusação ou não.

Se houver acusação, o auto sugere a sanção e se for o despedimento por justa causa o trabalhador não terá direito a indemnização.

A decisão da empresa pode ser ainda impugnada nos tribunais, passando o processo para as vias judiciais.

Lusa