« Responder #3 em: Setembro 06, 2007, 06:04:36 pm »
George W. Bush pede solidariedade internacional em encontro com Hu JintaoO presidente norte-americano frisou hoje a importância da solidariedade internacional no processo nuclear iraniano durante um encontro em Sydney com o homólogo chinês, que por seu turno lhe chamou a atenção para a república "rebelde" de Taiwan.
Acerca do regime dos ayatollahs, que corre o risco de ser alvo de sanções adicionais do Conselho de Segurança da ONU por não acatar resoluções para pôr termo ao enriquecimento de urânio, James Jeffrey, conselheiro adjunto de George W. Bush para a Segurança, defendeu um "terceiro pacote" de medidas punitivas.
Bush, que tal como Hu Jintao está em Sydney para a cimeira do Fórum de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), sábado e domingo, sublinhou a "importância da solidariedade internacional" sobretudo dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.
São eles os Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China, que têm direito a veto.
Relativamente a Taiwan, o presidente chinês chamou a atenção para o momento "sensível e particularmente perigoso" que atravessa a república "rebelde", por Pequim a considerar como parte da sua soberania, apesar da separação formal já ter ocorrido há quase meio século (1949).
"As autoridades locais estão a promover, sem justificação, um referendo visando aderir à ONU", denunciou Hu Jintao.
O partido no poder em Taiwan tenciona organizar um referendo para a adesão da ilha às Nações Unidas, questão que exaspera Pequim.
Bush e Hu, líderes de dois dos países mais poluidores do mundo, falaram também do aquecimento global, tema que a Austrália quer como prioritária na cimeira da APEC, para preparar o quadro pós-Protocolo de Quioto.
Este protocolo (1997) - só vigente desde 2005 e que expira em 2012 - impõe reduções nas emissões de gases com feito de estufa, mas tão só aos países industriais.
Hu admitiu à saída do encontro com Bush que "o aquecimento global está ligado ao bem-estar humano e ao desenvolvimento sustentável do planeta", sendo portanto uma matéria a exigir "uma abordagem apropriada através do reforço da cooperação multilateral".
Mas a China está reticente em sacrificar o seu crescimento à luta contra o aquecimento global e, daí, Hu ter aludido à necessidade de o seu país merecer um "tratamento diferenciado".
Ambos os estadistas conversaram igualmente sobre a Organização Mundial do Comércio (OMC), onde o impasse verificado desde há meses no andamento das negociações vai justificar dos responsáveis da APEC o envio de uma forte mensagem política no termo da cimeira.
Bush pediu a Hu para dotar de maior flexibilidade a moeda chinesa (yuan), cuja cotação - para Washington - vem sendo mantida artificialmente baixa com o objectivo de penalizar as importações dos Estados Unidos.
A chegada do presidente chinês hoje à Austrália foi alvo do protesto de centenas de manifestantes, entre os quais o carismático dissidente Wei Jingsheng.
Agência Lusa/RTP
Quando se trata de salvar a mãe Terra não devia haver exepções para ninguém.
