Comandos? Rangers?

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Lightning

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« Responder #90 em: Agosto 27, 2007, 09:06:48 pm »
Portugal, um pais com várias  forças especiais e de operações especiais, acho que devia haver mais treinos cruzados entre as diferentes forças como existe entre os Precursores e o DAE, fazem saltos de pára-quedas para a àgua, os precs vão à escola de fuzileiros fazer a pista de lodo e outros exercicios aquaticos.

Defendo o mesmo com os Operações Especiais e os Comandos, deviam ir à ETP tirar o curso de pára-quedismo e efectuar os saltos de manutenção, os pára-quedistas e fuzileiros irem ao CTOE tirar curso de sniper ou outros cursos que achem necessários, os comandos e OEs irem à escola de fuzileiros tirar cursos de ambiente anfíbio, coisas desse género.

Ou deve-se manter cada um na sua casa apesar de tirarem algumas qualificações idênticas mas que é possivel que sejam adaptadas a cada especialidade? Tipo sniper, montanhismo, operações aquaticas, etc?
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #91 em: Agosto 28, 2007, 10:45:15 am »
Este tópico é onde se revela as paíxões pessois de cada um. É como no futebol, por vezes as pessoas deixam-se levar pela emoção/coração (e eu estou a falar num grupo do qual eu me incluo).

Vamos por partes:

1 - Há necessidade de 3 especialidades de Tropas Especiais no Exército Português?

Resposta - as três especialidades têm uma longa tradição nas nossas forças Armadas, se formos a ver o exemplo dos outros países, há claramente espaço para estas três especialidades.

2 - A selecção, treino e manutenção dos militares da BRR está a ser feita nos melhores moldes?

R. - Eu tenho a experiência pessoal de ver Rangers a tirar o curso de Pára-quedismo e posso dizer que fiquei muito desampontado. Quando se fala de Operações Especiais uma pessoa pensa em militares com experiência e com capacidades acima da média. Eu não posso dizer que eles não tenham capacidades acima da média, isso tenho a certeza que têm. O problema é que eram tudo putos (tal como nós) e não Militares experientes (tal como os militares da Companhia de Precursores ou do DAE). Eu acho que seria muito melhor que o CTOE só aceita-se militares prontos, quer eles tivessem acabado o curso de Atiradores quer eles já estivessem à dois ou três anos, mas que já tivessem algum tipo de experiência militar e não fossem para o CTOE ainda a pensar que a formação que se recebe nas unidades de elite é como no GI Jane, como música de fundo e todos muita maus!
Ao mesmo tempo eu não percebo porque não há uma maior interacção entre as três Escolas/Centros de formação destas especialidades. Todos sabemos que os Rangers estão a anos-luz de todas as outras unidades em relação ao montanhismo, têm o treino e o equipamento para isso. A ETP pode ensinar muito em relação a missões aero-terrestres a qualquer das outras unidades (veja-se as fotos que eu coloquei no fórum acerca daqueles saltos para a água com equipamento, o DAE para conseguir isso precisou de fazer um exercicio com as Special Forces Americanas e os saltos foram de C-130 da USAAF  :oops: ), etc.

Uma coisa é tirar um curso, outra coisa é manter a operacionalidade dessa área especifica. Todos ouvimos do DAE a fazer o curso SOGA, mas será que manteram essa mesma capacidade, é que este tipo de capacidade precisa de treino constante. Eu dúvido que com excepção de alguns militares da Companhia de Precursores exista mais alguma unidade em Portugal que tenha um treino de manutenção nesse tipo de salto. Porquê? Porque ainda não há uma verdadeira politica de cooperação entre as várias unidades.

No último Apollo 07 um DAE saltou sobre uma "fábrica" (SAA) e "arrebentou-a". Ok, já houve um exercicio (em Portugal) em que eles usaram na prática o curso de Pára-quedismo, é que até aí eu sempre ouvi dizer que os BIParas saltavam de avião os Rangers iam de heli... :roll:

Eu espero que isto seja uma amostra da BRR, em que o facto de agora haver um comando conjunto das várias Tropas de Elite do Exército Português, vai fazer com que a formação e treino dessas mesmas tropas dê um passo em frente no que se refere à cooperação.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lightning

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« Responder #92 em: Agosto 28, 2007, 12:19:38 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Eu acho que seria muito melhor que o CTOE só aceita-se militares prontos, quer eles tivessem acabado o curso de Atiradores quer eles já estivessem à dois ou três anos, mas que já tivessem algum tipo de experiência militar e não fossem para o CTOE ainda a pensar que a formação que se recebe nas unidades de elite é como no GI Jane, como música de fundo e todos muita maus!


Eu até acho que nos paises ocidentais Portugal é dos poucos em que se pode ir directo da vida civil para as operações especiais.

Deve ser por isso que existe no CTOE o tal grupo alfa que é só composto por oficiais e sargentos do QP, é um grupo mais maduro concerteza.
 

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nonameboy

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« Responder #93 em: Agosto 28, 2007, 12:31:27 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Este tópico é onde se revela as paíxões pessois de cada um. É como no futebol, por vezes as pessoas deixam-se levar pela emoção/coração (e eu estou a falar num grupo do qual eu me incluo).


E eu tambem me incluo de certeza :)

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zecouves

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« Responder #94 em: Agosto 28, 2007, 02:12:54 pm »
 

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acpool

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« Responder #95 em: Agosto 28, 2007, 04:08:38 pm »
Pelo conhecimento que tenho, nas Forças Amadas Portuguesas existe espaço para as três forcas especiais por parte do exército, já que elas têm missões completamente diferentes a nível de emprego táctico, por isso é que tem efectivos completamente diferente entre eles.

O Goe Alfa, como já se leu em algumas reportagens, não é um grupo formado, não tem um numero fixo de efectivos nem são todos do QP, este grupo é formado em caso de necessidade, sendo reabastecido ou composto pelos elementos dos outros grupos da FOE.

Possivelmente quando os contratados do CTOE que vão á ETP tirar o curso de pára-quedismo vai com intenção de se divertir e tirar mais um curso, e no fim do mês receber mais um pouco de dinheiro, infelizmente é assim, porque?
Possivelmente e com quase de certeza é por eles serem contratados, estão ali para futuramente receberem mais dinheiro, para após o termino do curso poderem ir fazer exercícios no estrangeiro, ou mesmo por realização pessoal, não se esqueçam que a vida de um contratado actualmente é de 6 anos no exercito, a maioria de quem vai frequentar o curso na ETP já deve ter pelo menos 3 a 4 anos de contrato.
Penso eu estes militares vão para a ETP já com muitas cambalhotas em cima do lombo, então vão para a ETP para se divertirem e fazer o trabalho que têm de fazer, acabar o curso e voltar para a sua unidade para poderem fazer exercícios diferentes, a guerra no CTOE é diferente.
Em questões de saltos os militares do CTOE e DAE participam em exercícios nacionais e internacionais em que as infiltrações são feitas por salto de avião e estes saltos (normalmente internacional) não contam penso que é para aqueles saltos que se tem de fazer de X em X meses.

Em vês de questionar se a entrada para o CTOE só seria para QP ou pessoal pronto, porque não fazerem quadros para estes militares?
O pessoal pronto penso que deverá estar fora de questão, porque estes já estão conformados com a sua situação, e actualmente os prontos podem ir tirar o curso ao CTOE, mas estes militares já vêm com vícios e com a ideia de que percebem de tropa (OPERACIONALIDADES).

Façam um raciocínio, um militar do CTOE chega ao mais perto do topo de conhecimento em matéria de OE quando está a chegar o fim dos seus contratos 6 ou 7.
Estes militares se forem dos ditos operacionais já tem mais de meia dúzia de cursos e várias dezenas de exercícios e pouco mais de centenas de dias a caminhar no mato, já trabalharam com explosivos, tem conhecimentos de combate e em armamentos, alguns deles tem o curso de sniper, penso que não é necessário dizer o que estes homens são capazes de fazer quando saem para a vida civil, por isso não será melhor criar quadros para estes homens.



Cumprimentos
 

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ricardonunes

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« Responder #96 em: Agosto 28, 2007, 04:15:48 pm »
Ena uns poster's velhotes c34x

São modelitos contratados :wink:
Potius mori quam foedari
 

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zecouves

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« Responder #97 em: Agosto 28, 2007, 09:52:13 pm »
Caros foristas,

Quanto a um QP de Praças podem esquecer no longo prazo porque nem as chefias militares nem os politicos estão para isso.

Quanto aos craques do exército (não falo da FA e da Marinha porque não sei o que lá vai), posso garantir com base na minha longa experiencia e na experiencia de N camaradas de armas (alguns até amigos pessoais) que, especialmente nas areas mais técnicas somos no essencial um "bando" de amadores que para nos sentirmos satisfeitos só olhamos para o nosso umbigo (leia-se dentro do exército), convencemo-nos que somos melhores do que os outros e até há quem tenha longas discussões sobre isso! Isto acontece porque a qualidade do pessoal é intrinsecamente fraca? Não, é porque o sistema é mesmo assim. Os ditos "operacionais" não treinam o suficiente, não possuem meios de ponta e andam demasiadas vezes ocupados a fazer outras coisas, como por exemplo ministrar cursos, fazer serviços (porta de armas, etc) treinar e participar em cerimónias, limpezas variadas, etc, etc ... e assim nos andamos a enganar.

Quem não concordar comigo que prove o contrário e me indique uma area de excelência, pode ser que eu também fique convencido.

Passem bem.
 

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SSK

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« Responder #98 em: Agosto 28, 2007, 10:59:12 pm »
Citação de: "zecouves"
Caros foristas,

Quanto a um QP de Praças podem esquecer no longo prazo porque nem as chefias militares nem os politicos estão para isso.

Quanto aos craques do exército (não falo da FA e da Marinha porque não sei o que lá vai), posso garantir com base na minha longa experiencia e na experiencia de N camaradas de armas (alguns até amigos pessoais) que, especialmente nas areas mais técnicas somos no essencial um "bando" de amadores que para nos sentirmos satisfeitos só olhamos para o nosso umbigo (leia-se dentro do exército), convencemo-nos que somos melhores do que os outros e até há quem tenha longas discussões sobre isso! Isto acontece porque a qualidade do pessoal é intrinsecamente fraca? Não, é porque o sistema é mesmo assim. Os ditos "operacionais" não treinam o suficiente, não possuem meios de ponta e andam demasiadas vezes ocupados a fazer outras coisas, como por exemplo ministrar cursos, fazer serviços (porta de armas, etc) treinar e participar em cerimónias, limpezas variadas, etc, etc ... e assim nos andamos a enganar.

Quem não concordar comigo que prove o contrário e me indique uma area de excelência, pode ser que eu também fique convencido.

Passem bem.


Do que eu conheço da marinha, basicamente é igual :cry: . Tirando os DAE que estão dispensados, menos das cerimónias.
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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Lightning

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« Responder #99 em: Agosto 28, 2007, 11:29:29 pm »
E para não ser diferente eu também acho que na FAP é sensivelmente a mesma coisa :twisted:

Outra coisa engraçada é a mania de por alcunhas em tudo e todos :lol: .
A PA é os cabeça de taco, os mecanicos são os besuntas, os bombeiros são os "gajos da mangueira", os mecanicos de armamento são os metralhas e as outras especialidades porventura também terão.
A nivel de aeronaves também eram giras, o Puma era a batedeira,, o Aviocar é a Ford Transit, o P-3 é o bacalhoeiro.

Depois há aquelas longas conversas de como é injusto o senhor primeiro sargento estar no mesmo posto à 15 anos quando ele sabe que um sargento do exército com o mesmo tempo já é Sargento-Ajudante, e etc
Mas também já vi isso nos oficiais do género, um Capitão de uma especialidade qualquer ter um piloto do mesmo ano de academia já ser Major ou Tenente-Coronel.

Para resumir na FAP todos de queixam mas poucos dos que estão no QP saiem antes do tempo, a exepção são mesmo os pilotos que querem ir para as companhias de aviação comercial ganhar muito mais, apesar de serem eles que tem a melhor progressão de carreira na Força Aérea, pois practicamente todas as posições de oficiais generais e coroneis é para pilotos com meia duzia de exepções.
 

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nonameboy

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« Responder #100 em: Agosto 29, 2007, 12:46:10 pm »
Acho que este forum devia ter uma galeria de fotos... Essas fotos das OE's estavam muito boas e acredito que ha melhores! :D

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Cabeça de Martelo

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« Responder #101 em: Agosto 29, 2007, 12:50:52 pm »
Já são muito velhinhas, acho que é de um livro que eu tenho e de revistas. De qualquer maneira é sempre haver um acervo desse tipo de imagens. Felizmente há websites muito bons sobre os Pára-quedistas e as novidades ( www.paraquedistas.com.pt e www.boinas-verdes.com ), entre outros.  :wink:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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HJERONIMO

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extinção do corpo de páras
« Responder #102 em: Agosto 30, 2007, 07:47:59 pm »
Não estou informado sobre o assunto mas não me parece uma opção viável pois este contigente está vocacionado para a projecção de tropas via aéria , o meio que mais rápido e mais longe pode ir , mas neste pais tudo é possivel...lol.

Também já tentram terminar com os comandos , não sei se a opção era substitui-los pelos OE (que raio de opção , não têm nada a ver nem a nivel de dimensão nem a filosofia inerente á formação e emprego de meios) e a coisa correu mal.

Parece-me que uma ideia que tinha sido implementada , junção de páras e comandos , era exequível mas , mais uma x , têm formação diferente.
etc
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #103 em: Agosto 31, 2007, 10:08:17 am »
HJERONIMO a idéia original era ter algo como a Brigada Pára-Comando Belga, ou seja, na mesma brigada teria-se concentrado as principais unidades de elite Portuguesas. Mas a coisa correu mal, poucos Comandos deram-se como voluntários e mesmo os que deram houve militares que foram eliminados. Não sou desse tempo mas verdade seja dita, tanto os Pára-quedistas como os Comandos relembram essa data com pesar. Foi uma boa idéia que acabou terrivelmente mal. Hoje em dia conseguiu-se exactamente o que se estava a tentar em 1993, não forçando unificações, mas criando um comando comum. Até agora nenhuma das unidades/especialidades perdeu seja o que fosse com isso e isso é o que interessa.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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zecouves

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« Responder #104 em: Agosto 31, 2007, 10:45:14 am »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
HJERONIMO a idéia original era ter algo como a Brigada Pára-Comando Belga, ou seja, na mesma brigada teria-se concentrado as principais unidades de elite Portuguesas. Mas a coisa correu mal, poucos Comandos deram-se como voluntários e mesmo os que deram houve militares que foram eliminados. Não sou desse tempo mas verdade seja dita, tanto os Pára-quedistas como os Comandos relembram essa data com pesar. Foi uma boa idéia que acabou terrivelmente mal. Hoje em dia conseguiu-se exactamente o que se estava a tentar em 1993, não forçando unificações, mas criando um comando comum. Até agora nenhuma das unidades/especialidades perdeu seja o que fosse com isso e isso é o que interessa.


Eu tenho outra leitura dos acontecimentos:

A dita "unificação" dos comandos e páras foi de facto uma inciativa para, com a desculpa de uma pretensa "unificação", extinguir os comandos. Basta ter em conta que deixaram de estar previstos cursos de comandos :twisted: