Robert Gates no Iraque para transferir comando de guerra
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, deslocou-se hoje a Bagdad para passar o comando da guerra no Iraque para um novo general, cuja responsabilidade será manter a segurança enquanto o número de militares norte-americanos no país diminui.
Gates, que faz a oitava visita ao Iraque desde que assumiu o Pentágono, em Dezembro de 2006, disse que o número de zonas em que as forças dos EUA actuarão será cada vez menor.
As forças iraquianas lideraram todas as grandes operações de segurança nos últimos meses.
O exército norte-americano também deve transferir o controlo da segurança em mais duas províncias este ano, deixando os iraquianos no comando de 13 das 18 regiões do país.
Terça-feira, Gates vai presidir à cerimónia de transferência de comando das forças lideradas pelos Estados Unidos.
O tenente-general Ray Odierno assume o posto do general David Petraeus, cujo mandato foi marcado pela chegada de 30 mil tropas extras e pela forte queda na violência.
«Acho que o desafio do general Odierno é: como trabalhar com os iraquianos para preservar os ganhos já alcançados e expandi-los, mesmo com o número decrescente de militares norte-americanos», disse Gates a jornalistas.
Odierno, que serviu como segundo comandante no Iraque por 15 meses, até Fevereiro, será promovido a general na terça-feira.
O presidente norte-americano, George W. Bush, anunciou na semana passada que 8 mil norte-americanos serão retirados do Iraque até ao início começo do próximo ano, ficando 138 mil no país.
Criticado pelos primeiros anos da guerra do Iraque, Bush ordenou alterações no fim de 2006 e no início de 2007, quando Donald Rumsfeld foi substituído no Pentágono e Petraeus foi escolhido como novo comandante geral das tropas dos EUA no país.
Desde então, a violência no Iraque caiu para o nível mais reduzido em mais de quatro anos, mas a administração ainda é cautelosa no corte de tropas.
A decisão sobre uma grande retirada será deixada para o próximo presidente do Estados Unidos, que toma posse em Janeiro.
Lusa