Aí tenho de discordar em absoluto consigo caro CG. A seguir essa linha de pensamento, nenhum país embarcaria no F-35, um projecto que nem é bom falar e vamos a ver se este acidente no Japão não é mais "uma falha" a ter que colocar a frota toda no chão e a fazer alguém pagar mais uns milhares de milhões para sanear a coisa.
Entendeu mal o que quis dizer pois também me fiz entender mal (é o mal dos telemóveis): o que quis dizer está obviamente ligado ao facto da opção C-130J ser comprovadamente menos complexa a muitos níveis do que a escolha pelo KC-390, tendo em conta os 42 anos de operação com o C-130H que a FAP possui; tal como o F-16V versus o F-35A, por exemplo. Caso contrário aquilo que referi seria um débil argumento, facilmente contrariável como se constatou. 
Toda e qualquer aquisição militar é, antes de tudo, uma escolha politica e basta olhar para todo um leque de aquisições efectuadas em países tão dispares dentro da nossa Europa para o ver.
Quanto à opinião das tripulações e porque tem de ser novos procedimentos e toda essa "choradinha", com todo o respeito e sem sentido de ofender os operacionais, sabe quantas vezes eu ouço isso sempre que vou a um estaleiro ou unidade fabril no apoio à introdução de novos procedimentos, consumíveis, máquinas, etc, etc. A seguir a "opinião" dos soldadores & cia, ainda andava tudo a soldar a electrodo revestido.
Quanto ao primeiro ponto que adianta estamos ambos de acordo até porque é infelizmente uma realidade que salta cada vez mais à vista, porém num mundo ideal assim não deveria ser.
No que diz respeito ao segundo ponto: embora os militares obedeçam a ordens, eu não descuraria a sua opinião assim de forma tão ligeira, se me permite que diga. Percebo onde quer chegar, no entanto os militares (e neste caso em concretos as tripulações), estão muito longe de poder ser sequer equiparados a "soldadores & cia". É óbvio que irão trabalhar com afinco e zelo com a plataforma que lhes chegar às mãos, seja esta qual for, mas daí a comparar as opiniões de quem melhor do que nós conhecerá a realidade a "choradinho", é algo com o qual não posso concordar.
Compreendo e concordo que a opção pelos J seria menos complexa para a FAP, creio que ninguém poderá contestar isso.
Entendo perfeitamente que os militares obedecem a ordens e também que as opiniões dos militares aos diversos níveis devem ser ouvidas e tidas em consideração, mas sempre com o peso com que devem ser tomadas. É transversal a qualquer profissão (atenção que não considero o militar uma profissão, contudo) que qualquer introdução de novos equipamentos, procedimentos, etc, que obrigam a uma mudança mais profunda, levanta sempre uma natural resistência. E que a malta queixa-se sempre de algo. Poderiam dar o melhor equipamento deste mundo e mesmo assim haveria queixas e "anticorpos". Não estou com isto a desvalorizar de forma alguma os profissionais e se fui entendido dessa forma peço desculpa por não ter conseguido passar de forma clara o meu ponto.
Quanto a comparações entre pilotos e tripulações vs soldadores e cia, eu não levaria a coisa de forma tão leve. Na área industrial onde trabalho, qualquer soldador consegue facilmente renumerações bem acima de qualquer piloto e não estou a falar de pilotos militares mas sim de pilotos e comandantes de aviação civil e com níveis de responsabilidade que nada devem a ninguém e sim, ouço sempre a opinião deles e depois tomo as decisões que tenho de tomar, assumindo daí as responsabilidades que advêm.