Cultura: Tratado de Tordesilhas exposto pela primeira vez por ocasião de assinatura de protocolo entre Direcção-geral de Arquivos e REN Lisboa, 12 Jul (Lusa) - O Tratado de Tordesilhas, assinado entre Portugal e Espanha em 1492, será exposto pela primeira vez ao público a partir de quinta-feira, na Torre do Tombo, em Lisboa. A exposição do Tratado e de cinco dos mais de 83.000 documentos do Corpo Cronológico, assinalam a assinatura, quinta-feira, de um protocolo de cooperação entre a Direcção-geral de Arquivos (DGA) e a Rede Eléctrica Nacional (REN) que permitirá o tratamento e digitalização de documentação relativa à Inquisição de Lisboa. Os termos do protocolo estabelecem um apoio mecenático no valor de 600.000 da REN à DGA para "a conservação, restauro, descrição e digitalização de um subfundo documental relativo à Inquisição de Lisboa", explicou à Lusa Silvestre Lacerda, director-geral dos Arquivos. Fonte do ministério da Cultura disse por seu turno à Lusa que este protocolo "é o primeiro resultado efectivo do jantar de mecenas realizado pela ministra da Cultura, em Novembro, onde sensibilizou diferentes empresários para a importância do mecenato na área cultural". A mesma fonte realçou ainda "a importância da aposta numa área menos visível do público, mas de grande importância para a identidade nacional". Silvestre Lacerda sublinhou este facto, tendo afirmado à Lusa que "a Torre do Tombo, por exemplo, não tem qualquer mecenas institucional, ao contrário do que acontece com outras entidades do Ministério da Cultura, precisamente por ser menos visível junto do público". Os 600.000 euros serão disponibilizado ao longo de três anos, tendo sido escolhida a documentação da Inquisição "por ser a mais procurada, tanto por nacionais como por estrangeiros", disse Lacerda. Segundo o responsável, vários investigadores tanto nacionais como oriundos dos Estados Unidos e Brasil, especialmente da comunidade judaica, procuram muito esta documentação. Além da conservação, restauro e descrição, todos os documentos estão digitalizados e disponibilizados gratuitamente na Internet através do site da DGA - http://ttonline.iantt.pt/ -. "Consideramos que projectos financiados com fundos públicos devem ser disponibilizados gratuitamente ao público, e o mesmo se aplica neste caso, facilitando o acesso a investigadores do mundo inteiro", disse Lacerda. Esta consulta através da Internet "salvaguarda também o documento", realçou. Por ocasião da cerimónia de assinatura do protocolo pelo presidente da REN, José Penedos, e o director-geral de arquivos, a que preside a ministra da Cultura, será inaugurada uma exposição de alguns documentos portugueses, nomeadamente o Tratado de Tordesilhas. O Tratado foi recentemente declarado pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) como "Memória do Mundo", assim como o Corpo Cronológico, um fundo que agrupa documentos do século XII a XVIII. "Do Corpo Cronológico, que agrupa 83.312 documentos serão expostos cinco documentos", afirmou Lacerda. Para o responsável, esta exposição "é também uma forma de sensibilizar o público em geral para a importância do património documental e o papel importante que Portugal desempenha no concerto das nações". Segundo nota da DGA, é a primeira vez que estes documentos são expostos ao público, ficando patentes na Torre do Tombo, em Lisboa, à Cidade Universitária, até finais de Agosto. "Além de promovermos visitas guiadas pré-marcadas, disponibilizamos um desdobrável com a informação essencial sobre os documentos", disse Lacerda.
:Palmas: :Palmas: :Palmas: :shock:
O Dr. Luciano da Silva é um grande Português, e uma figura ímpar na comunidade Lusa da Nova Inglaterra.