28 de Maio 1926

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JPM

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« Responder #30 em: Janeiro 04, 2008, 01:09:42 am »
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Que na parte final da Republica, antes do "milagre" 28 Maio de 1926, a contas publicas (o já famoso défice) estvam no bom caminho, que o grande descalabro foi provocado pelos militares no poder (que chamaram um professor de finanças de Coimbra para limpar a porcaria por eles aumentada...)?

Podia elaborar? É que eu tenho aqui numas estantes uns quantos livros contemporâneos e da época que não estão de acordo consigo... Até falam, veja lá, numa dívida publica de 3.300 milhares de contos numa altura que o valor do somatório de todos os bens (populares e do estado) existentes em Portugal era avaliado em 3.500 milhares de contos. As contas públicas estavam, sem dúvida, num bom caminho...  :lol:  :roll:
Eu até estava na ideia que, quando rebentou a revolução dos cravos, Portugal era um dos cinco países do mundo com maiores reservas de ouro, tinha um crescimento do PIB superior à média europeia e uma inflação muito baixa - isto apesar das grandes despesas causadas pela guerra de defesa das nossas colónias. Devo estar a ficar mesmo senil...

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Em 25 de Abril de 1974 surge então a perspectiva de se estabelecer uma "verdadeira" Democracia. Contudo, uma vez mais a instabilidade (política, social, mas também económica [nacionalizações, reforma agrária, etc.]) mantêm-se até 25 de Novembro de 1975 e, em menor grau, até meados da década de 80 (revisões constitucionais de 1982 e 1989 e adesão à CEE em 1986).


Estou farto de ouvir nomear, neste fórum, essa tal de "Democracia"?
Afinal o que é isso? Dá para comer? Garante que não sou assaltado na rua ? É este sistema onde dois clubes vão partilhando a palha por onde nos sugam o dinheiro e a vitalidade? Expliquem-me lá isso, porque não conheço nem nunca vi essa tal de "democracia".

Ai, o que estes quase 34 anos de "democracia" fizeram ao meu querido Portugal. :cry:
 

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balburdio

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« Responder #31 em: Janeiro 04, 2008, 01:16:46 am »
Citação de: "Rui Monteiro"
Meu caro balburdio

Convido-o a participar no Fórum Democracia Real

http://democracia-real.goo-board.com/

Cumprimentos Monárquicos


agradeço-lhe o convite
 

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balburdio

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« Responder #32 em: Janeiro 04, 2008, 01:32:19 am »
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Essa afirmação é tão "gratuita" como dizer algo do tipo:
qual é o problema? é que esta monárquia é filha da outra. e cá temos os herdeiros dos filipes a governarem(-se)
a subtil diferença, que lhe escapa, é que a primeira é verdadeira, a segunda é falsa. mas para quê preocuparmo-nos com isso!!

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Não quero dizer com isso que a Primeira República não fosse um regime imperfeito, até pouco democrático face ao padrões actuais e (a alguns) da altura. Nem dizer que a Monárquia Constitucional fosse uma Ditadura.
sim, ainda não nos deu para assassinar presidentes, perseguir e matar padres e ameaçar a população



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As contradições da Primeira República eram em parte as mesmas da Monárquia Constitucional, falta de uma estrutura social, cultural e, até, económica que permitisse o desenvolvimento de uma "verdadeira" Democracia ou, se preferirem, uma Democracia "avançada".
curiosamente são precisamente as faltas actuais, daí continuarmos nesta democracia atrasada. permita-me pensar que teriamos avançado mais rapidamente vivendo em monarquia


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Ao "rotativismo" da Monárquia Constitucional sucedeu um "rotativismo" baseado em Partidos não-ideológicos, normalmente com uma lógica de liderança unipessoal (Democrático [Afonso Costa], Unionista [Brito Camacho], Evolucionista [António José de Almeida], etc.).
nem sabe do que está a falar. sou perfeitamente a favor de partidos não ideológicos e baseados no valor real das pessoas. estou farto de quem se oculta atrás da pretensa ideologia do seu partido


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À débil estrutura económica e social do Portugal do princípio do século XX, juntou-se todos os problemas criados pela I Guerra Mundial, bem como as contradições internas do novo regime parlamentar republicano, extremamente fragmentado e instável.
uma desgraça como diz.


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Face a estas problemáticas, os militares decidem assumir as "rédias do poder" em 28 de Maio de 1926, entregando posteriormente o poder a Oliveira Salazar em 1932/33. Que, se numa primeira fase, conseguiu equilibrar as contas públicas, modernizar a administração pública e até promover, algum, crescimento económic; numa segunda fase, correspondente às décadas de 50, 60 e 70, persistiu em manter uma estrutura económica (e social) arcaíca, aliada a uma "desgastante" Guerra Colonial, cujos reflexos económicos, sociais, culturais e, até, demográficos se fazem sentir até hoje.
sim realmente se temos comboios, electricidade, segurança social, bancos portugueses, transportes aéreos e alguma industria de base, devemos ao botas.
de lembrar que muitos dos altos principios humanos como a honra parecem estar a tornar-se arcaísmos.


Citar
Neste sentido, 33 anos após o 25 de Abril podemos não ter a almejada Democracia "avançada", mas certamente vivemos o período mais democrático dos últimos 800 anos [não obstante a bicéfalia Sócrates-Cavaco c34x ].  

com sua licença o periodo mais democrático acorreu em 1385 quando o povo tinha representação directa na corte, depois no reinado de D. João II quando a vontade do povo prevalecia sobre a da nobreza e clero.

o que temos hoje é uma caricatura da democracia onde o partido no poder controla a sociedade atravez dos media, das empresas motrizes da economia, da ingerencia na justiça, etc.


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Deste modo, a minha "tese" será no sentido em o grande desafio consiste em melhorar a Democracia e os niveís de Desenvolvimento Humano em Portugal, nomeadamente se considerar-mos que estes factores se retroalimentam mutuamente.
não se pode melhor algo que está morto!

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Não quero com isto dizer que não se possa falar da História, discutir a questão República-Monárquia, ou até apontar os erros e contrariedades da Primeira República. Mas devemos considerar que essa discussão só será "produtiva" se, aprendendo com os erros do passado, conseguirmos melhorar no futuro.
o erro consiste precisamente na república, só que temos tido grandes problemas de aprendizagem


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Face aos paradigmas actuais em termos político-constitucionais na Europa. A dicotomia República-Monárquia assenta apenas na questão do estatuto do Chefe de Estado. Neste sentido, face ao facto de um Rei não ter poder executivo, nem legislativo, nem mesmo um poder moderador legalmente constituido, não consigo deslumbrar qualquer benefício material ou objectivo da Monárquia.
numa reveladora palavra : isenção!


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Alguns podem falar de um "benefício" simbólico ou "espiritual" da Monárquia...mas sinceramente isso não me "interessa" e acredito que não "interessa" também a muita gente...

convinha pois esclarecer de quanta gente se trata afinal, daí a necessidade de um referendo, mas claro... os seus altos ideais democráticos acabam aí! não é?
 

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PereiraMarques

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« Responder #33 em: Janeiro 04, 2008, 01:54:27 am »
Citação de: "JPM"

Foi? E eu a pensar que durante essas três décadas o PIB nacional tinha crescido a uma média de quase 6% ao ano (reforço, durante essas três décadas)...  :idea: ) de fósforos] e/ou Planos de Fomento não aplicados e centrados na Agricultura, aqui ao lado Franco "abria as portas" ao Capital Estrangeiro.

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Estou farto de ouvir nomear, neste fórum, essa tal de "Democracia"?
Afinal o que é isso? Dá para comer? Garante que não sou assaltado na rua ? É este sistema onde dois clubes vão partilhando a palha por onde nos sugam o dinheiro e a vitalidade? Expliquem-me lá isso, porque não conheço nem nunca vi essa tal de "democracia".

Ai, o que estes quase 34 anos de "democracia" fizeram ao meu querido Portugal. :cry:


Se não lhe dá para comer ao menos dá-lhe a possibilidade de dizer mal da mesma, já de Oliveira Salazar só se fosse para a "Revista". A alternância entre os dois partidos centrais do espectro político acontece em quase todos os países democráticos, mesmo na Monárquia Constitucional portuguesa ocorria precisamente o "rotativismo" entre dois partidos.
 

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JPM

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« Responder #34 em: Janeiro 04, 2008, 02:38:43 am »
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Também Moçambique tem crescido nos últimos anos a taxas de 10% ao ano e não deixa de ser um dos países mais pobres do mundo. Portugal não tinha estruturas empresariais e de emprego nem de perto semelhantes à dos países da Europa Ocidental. Os países mais desenvolvidos do mundo são desenvolvidos porque têm um conjunto de empresas e de mão-de-obra evoluída ou porque que têm reservas de ouro? Enquanto Oliveira Salazar mantinha o Condicionalismo Industrial [de recordar a interessantíssima licença de porte de isqueiro, como forma de proteger a indústria (estratégica :idea: ) de fósforos] e/ou Planos de Fomento não aplicados e centrados na Agricultura, aqui ao lado Franco "abria as portas" ao Capital Estrangeiro.

Desculpe que lhe diga, mas está mal informado. A abertura ao capital estrangeiro em Portugal surgiu na década de 50. E deu, realmente, um empurrão no nosso desenvolvimento. Também é verdade que o PIB per capita, estava longe do dos países desenvolvidos da Europa ocidental. No entanto, essa diferença estava a decrescer a um ritmo rápido. Outro factor que não referi foi o facto do desemprego ser virtualmente inexistente nessa data.
Agora, com a vossa querida democracia, mantém-se a discrepância de rendimento per capita , com a agravante que esse fosso está a aumentar. As reservas de ouro estão transformadas numa fracção do que eram e o desemprego está a raiar os 10% (mais de meio milhão de pessoas desempregados).
O senhor está realmente a queixar-se de quê? Agora estamos pior, em termos económicos. E só estamos assim graças aos biliões que foram injectados pela comunidade Europeia!

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Se não lhe dá para comer ao menos dá-lhe a possibilidade de dizer mal da mesma, já de Oliveira Salazar só se fosse para a "Revista". A alternância entre os dois partidos centrais do espectro político acontece em quase todos os países democráticos, mesmo na Monárquia Constitucional portuguesa ocorria precisamente o "rotativismo" entre dois partidos.


A "censura" não era assim tão apertada como a pinta. Para lhe dar um exemplo, um parente da minha mulher escrevia sob pseudónimo para o jornal "Os Ridículos". Embora dissesse mal de Salazar em grande parte dos artigos, estes só por algumas vezes foram censurados. A grande parte foi publicada. O senhor irá dizer-me "Por alguma razão ele escrevia sob pseudónimo" - Não era medo de ser preso, ele apenas tinha um grau de parentesco muito próximo com Salazar...
Como este posso dar-lhe muitos mais exemplos.

A repressão politica foi bastante branda, quando comparada com outros regimes da época. Até os Americanos, naqueles dias, exercerem repressão contra os seus cidadão.
Repare que, aparte de umas visitas à prisão e umas sovas ocasionais, os presos a que os Abrilistas chamam de "Políticos" pouco mais sofreram. Resultado? Veio a traição de Abril e bem se viu o que fizeram ao país. Eles sim, prenderam mais do que o Estado Novo e mataram que se lhes opunha. Seguiu-se a doutrinação escolar e popular. Agora enchem os bolsos à custa de todos nós. Na minha opinião, deviam ter sido todos passados a bala. Salazar foi muito brando com os opositores, era um homem de bom coração.

É tudo uma questão de prioridades, suponho eu. No meu entender é mais importante ter comida na mesa, emprego e segurança. Já o senhor antes quer poder dizer mal. Diga à sua vontade....
Para mim o povo não devia ter o direito de escolher quem o governa, mas sim o direito de ser bem governado.

Acrescento que não sou democrata e não me revejo em nenhuma forma de governo "tradicional". Aceito a monarquia absolutista, não a liberal. Se querem ter as honras, tenham também as responsabilidades.
« Última modificação: Janeiro 04, 2008, 02:48:48 am por JPM »
 

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PereiraMarques

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« Responder #35 em: Janeiro 04, 2008, 02:43:11 am »
Citação de: "balburdio"
a subtil diferença, que lhe escapa, é que a primeira é verdadeira, a segunda é falsa. mas para quê preocuparmo-nos com isso!!

Deve estar a confundir os poucos elementos marxistas ainda presentes na versão da Constituição em vigor, com jacobinismos. Mas para quê preocupar-nos, com certeza que Monárquia Constitucional e Absolutismo também devem ser a mesma coisa, mete tudo Reis e Coroas e tal c34x .

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sim realmente se temos comboios, electricidade, segurança social, bancos portugueses, transportes aéreos e alguma industria de base, devemos ao botas.
de lembrar que muitos dos altos principios humanos como a honra parecem estar a tornar-se arcaísmos.

Conforme referi, a acção de Oliveira Salazar, no aspecto financeiro e económico durante as décadas de 30 e 40, pode ser encarada de uma forma positiva, já depois :!:

Citar
convinha pois esclarecer de quanta gente se trata afinal, daí a necessidade de um referendo, mas claro... os seus altos ideais democráticos acabam aí! não é?


Não me incomoda nada a realização de um possível referendo sobre a matéria. O único inconveniente, na minha perspectiva convém frisar, é que teria uma taxa de participação reduzida e não seria vinculativo, os Monárquicos conseguiram "arregimentar" melhor os seus votantes (porque o assunto interessa-lhes particularmente a eles) e conseguiriam os seus 20 ou 30%. Conclusão, não se "calariam", seria a sua "vitória" ao demonstrar que o "espírito monárquico" continua vivo e todos os anos estariam a exigir novos referendos até que, por hipótese, finalmente conseguissem levar a "água ao seu moinho".
 

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« Responder #36 em: Janeiro 04, 2008, 09:23:33 am »
Caro Luso

Não é a esmagadora maioria que se está a borrifar para a Causa Monárquica. Segundo um estudo feito pelo CESOP em 2002, foi feio um inquérito onde 20% da população Portuguesa é à partida a favor de um Rei no poder e 30% estão indecisos. Por isso como já disse por carta a Vital Moreira :

"não somos meia dúzia de queques que gosta de toradas e fados e se orgulha do passado de sangue azul da sua família"

As pessoas é que não se manifestam, e essas percentagens podem ser muito maiores do que se pensa tendo em conta que normalmente há muitas pessoas que são Monárquicas mas por medo de serem julgadas não respondem.
 A Sonae pediu a D.Duarte a autorização do mesmo para usar a sua imagem em publicidade das suas superfícies comerciais ( modelo e continente ). O Tio Belmiro de Azevedo não faz as coisas sem ter a certeza que vai ter lucro, se querem usar a imagem de D.Duarte é porque devem ter feito estudos de mercado favoráveis à imagem D.Duarte e no extremo à Causa que ele representa.

Por isso não nos menosprezem, "aquele que menospreza o seu inimigo acaba por ser derrotado por ele"  :lol: [/i]
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ricardonunes

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« Responder #37 em: Janeiro 04, 2008, 09:33:01 am »
O que é isso de "sangue" azul  :?:
Potius mori quam foedari
 

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Rui Monteiro

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« Responder #38 em: Janeiro 04, 2008, 09:50:40 am »
Sangue azul é a razão pela qual temos canetas de tinta permanente que se chama "royal blue" LOLOLOLOL

Sangue Azul = origem Nobre LOLOL
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« Responder #39 em: Janeiro 04, 2008, 10:55:00 pm »
Citação de: "Rui Monteiro"
Sangue Azul = origem Nobre LOLOL


Com mercedes importados de .... e com autocolantes monarquicos colados na traseira do carro  :?:  :arrow: Stattmiller (meu professor de tiro com arco), Távora (amiga) e Bourbon (colega de colégio), e nenhum deles armados...

É por isso que levo este "paleio" "elistista" na brincadeira, porque ... acho...

Ou "titalos" comprados (made in Feira da ladra), gabarolice bacoca de queques marialvas :lol:
Potius mori quam foedari
 

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Rui Monteiro

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« Responder #40 em: Janeiro 05, 2008, 10:14:33 am »
Não é condição necessária e suficiente para ser monárquico, a minha família materna antes e depois de 1910 sempre foi monárquica mas no entanto eram do povo.

No entanto há uns republicanos por aí  que são mais marialvas do que os próprios monarquicos. À 100 anos falava-se na luta de classes, hoje não temos um Rei a reinar mas as classes continuam a existir e hoje existem republicanos que substituiram as ditas cujas classes que à 100 anos os republicanos de então condenávam.

No fundo "temos é mais cães a comer do mesmo prato"
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balburdio

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« Responder #41 em: Janeiro 05, 2008, 03:50:07 pm »
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Também Moçambique tem crescido nos últimos anos a taxas de 10% ao ano e não deixa de ser um dos países mais pobres do mundo. Portugal não tinha estruturas empresariais e de emprego nem de perto semelhantes à dos países da Europa Ocidental. Os países mais desenvolvidos do mundo são desenvolvidos porque têm um conjunto de empresas e de mão-de-obra evoluída ou porque que têm reservas de ouro? Enquanto Oliveira Salazar mantinha o Condicionalismo Industrial [de recordar a interessantíssima licença de porte de isqueiro, como forma de proteger a indústria (estratégica :idea: ) de fósforos] e/ou Planos de Fomento não aplicados e centrados na Agricultura, aqui ao lado Franco "abria as portas" ao Capital Estrangeiro.

quanta falácia, o desemprego na altura era bem inferior ao actual
e portugal não era propriamente um pais do 3º mundo logo a comparação é abusiva.
os planos de fomento foram aplicados e mais que a agricultura centraram-se nas industrias básicas(madeiras, texteis, alimentares, etc), nos transportes(tap, estradas e autoestradas, cp, portos, navegação maritima, etc.), na energia(barragens, rede electrica), na indistria pesada (siderurgia, cimenteiras, metalurgias, industria naval, grandes obras, etc.)
curiosamente hoje em dia não ha planos de fomento como esses



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Se não lhe dá para comer ao menos dá-lhe a possibilidade de dizer mal da mesma, já de Oliveira Salazar só se fosse para a "Revista". A alternância entre os dois partidos centrais do espectro político acontece em quase todos os países democráticos, mesmo na Monárquia Constitucional portuguesa ocorria precisamente o "rotativismo" entre dois partidos.

grande compensação, dizer mal, é fe facto o desporto nacional, à falta de melhor alternativa, como dizer bem por exemplo!
é que na altura podia-se dizer bem de Salazar, não faltava assunto, o homem era sério, dedicado, patriota, havia autoridade(hoje ão há), lei, ordem, etc. Não se podia dizer mal? não é bem assim, o regime era tolerante a criticas construtivas vindas de pessoas de bem, isto claro, exclui os comunistas e outros radicais anti-regime. mas todos os regimes são assim, este tb prende "skinheads" e afins.
O grande problema, é que hoje em dia não podemos dizer bem de nada, não há assunto!!
Quanto ao rotativismo o problema é que não havia possibilidade de aplicar um plano de governação a longo prazo, isso é de facto um problema na actualidade, um problema portugues, noutros paises a tendencia é a de que os governos durem mais tempo e governem bem, por cá duram pouco tempo e governam mal.
 

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balburdio

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« Responder #42 em: Janeiro 05, 2008, 04:10:55 pm »
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Deve estar a confundir os poucos elementos marxistas ainda presentes na versão da Constituição em vigor, com jacobinismos. Mas para quê preocupar-nos, com certeza que Monárquia Constitucional e Absolutismo também devem ser a mesma coisa, mete tudo Reis e Coroas e tal c34x .
talvez de facto seja esse o seu problema, explicasse mal, ou isso ou aquilo diz não faz qualquer sentido. alguma vez o marxismo ou o socialismo quis saber do que querem ou deixam de querer as pessoas?
eles tem é uma formula social para mpor ás massas! um modelo de sociedade, desgraçadamente utopista e que elimina o homem enquanto tal da equação.
esse tipo de ideologias, no dizer de um certo personagem, "so se for para limpar o rego do 'ass'"


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Conforme referi, a acção de Oliveira Salazar, no aspecto financeiro e económico durante as décadas de 30 e 40, pode ser encarada de uma forma positiva, já depois :!:

isenção começa precisamente no campo da acção, e para quem gosta tanto de acção vejo que se socorre muito dos latins


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Não me incomoda nada a realização de um possível referendo sobre a matéria. O único inconveniente, na minha perspectiva convém frisar, é que teria uma taxa de participação reduzida e não seria vinculativo, os Monárquicos conseguiram "arregimentar" melhor os seus votantes (porque o assunto interessa-lhes particularmente a eles) e conseguiriam os seus 20 ou 30%. Conclusão, não se "calariam", seria a sua "vitória" ao demonstrar que o "espírito monárquico" continua vivo e todos os anos estariam a exigir novos referendos até que, por hipótese, finalmente conseguissem levar a "água ao seu moinho".


"não me incomoda nada...o unico inconveniente é..."
o que tú queres sei eu!!

toda essa arrenga serve fundamentalmente para evitarem um referendo qe não tem a certeza de ganhar, aliás quanto mais o adiarem pior para voces. hoje poderiam ganhar, em 10 anos perdem decerteza!

contra o caos dos vossos quase 98 anos, temos séculos de glória!
não temos pressa! o dia virá!
 

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PereiraMarques

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« Responder #43 em: Janeiro 05, 2008, 04:15:19 pm »
Citação de: "balburdio"
quanta falácia, o desemprego na altura era bem inferior ao actual
e portugal não era propriamente um pais do 3º mundo logo a comparação é abusiva.
os planos de fomento foram aplicados e mais que a agricultura centraram-se nas industrias básicas(madeiras, texteis, alimentares, etc), nos transportes(tap, estradas e autoestradas, cp, portos, navegação maritima, etc.), na energia(barragens, rede electrica), na indistria pesada (siderurgia, cimenteiras, metalurgias, industria naval, grandes obras, etc.)
curiosamente hoje em dia não ha planos de fomento como esses

Era menor em Portugal e menor em todos os países ocidentais, até ao choque petrolifero dos anos 70, no pós-II Guerra Mundial viveu-se um período de "ouro" conhecido como os "Gloriosos Trinta" e que marcou a geração dos "Baby-boomers". O desemprego era menor fruto do sub-emprego (30 homens a cavar o mesmo que um tractor podia fazer, por exemplo) e da "exclusão" das mulheres do mercado de trabalho.

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Não se podia dizer mal? não é bem assim, o regime era tolerante a criticas construtivas vindas de pessoas de bem, isto claro, exclui os comunistas e outros radicais anti-regime.


Ministros e Generais a serem "dispensados" porque eram progressistas e ofuscavam a "clarividência" do "Salvador da Pátria" (ex: Adriano Moreira, Gen. Deslandes, etc.)
 

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Rui Monteiro

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« Responder #44 em: Janeiro 05, 2008, 05:24:21 pm »
Desculpem meus senhores ...

O Estado Novo ERA UMA REPUBLICA ... não nos esqueçamos disso  :evil:
Causa Monarquica : http://www.causa-monarquica.tk
Forum Realistas : http://www.realistas.org
Instituto da Democracia Portuguesa : http://www.democraciaportuguesa.org/