Julgo que a entrada no programa FCAS ou semelhante, implicaria manter e modernizar os F-16 até começarem a chegar os primeiros caças do respectivo programa. No entanto, dada a crise actual, talvez seja a opção mais viável, com custos inferiores a curto/médio prazo, e deixando o investimento a sério, num novo caça, para 2040 em diante.
Parece-me que nesta fase a maioria dos projectos das FA poderá estar dependente de opções em segunda mão. Ou isso ou ficará tudo em água de bacalhau, e nem o LPD nem AOR nem NPOs veremos dentro das datas previstas, muito menos caças novos.
Ok, tem logica, mas como podemos modernizar os F-16 se as celulas já estão no limite do que é possivél!?
Antes fosse possivel passar os nossos directamente para o V, mas se não dá não sei até que ponto vale a pena gastar mais dinheiro neles....

Falo em modernizar F-16 vindos do AMARG, mediante uma avaliação da FAP em que compare a margem de manobra entre os nossos e os que lá estão armazenados. Com jeito, ainda conseguíamos ir buscar uns C/D ao AMARG, e ir modernizando gradualmente, e à medida que iam entrando ao serviço, ia-se vendendo alguns MLU, por exemplo, para a Roménia. Sempre permitia abater algum do custo deste programa e uma entrada antecipada ao serviço de novos caças livrando-nos de uma das dores de cabeça da década de 30. Calculo que se começassem a chegar entre 2025 e 2030, estes aguentariam até 2040/45.
E o que acharias dos C/D do AMARG?
Nada contra, mas a evolução vai sempre para a nova geração, tudo depende de até quando o F-16 MLU aguenta (2030, 2040?) e quando teremos capacidade e vontade de adquirir um caça de nova geração (2030, 2040, 2050), tudo depende do gap entre estes dois, idealmente passávamos de um para o outro como os restantes parceiros EPAF, mas se não for assim, teremos que ter um avião para o período intermédio, se for pouco tempo, menos de 20 anos, um caça em 2a mão é capaz de ser suficiente, como esses F-16C/D, do AMARG, se for mais anos, se calhar já é melhor apostar num novo geração 4.5.
O que eu acredito é que esquecemos grandes upgrades aos EH101 e C295, vão ser upgrades tipo C130/Falcon, o suficientes para voarem em segurança. Os caças vão ter prioridade.
A ideia dos C/D em segunda mão, seria para modernizar para V também.
Os MLU devem aguentar até 2030, talvez 35 se começarem a canibalizar as células em pior estado para manter as melhores, estilo Alpha Jet.
O novo caça não pode ser de geração 4.5 (novo) porque nos leva a comprometer por uns 30 anos a partir de 2030 com uma aeronave que, chegando ao fim do seu tempo, corre o risco de estar 2 ou 3 gerações atrasada. Em 2060 já esperaria as potências a encaminhar-se para a sétima geração, e nós presos na 4.5. Além de que continua difícil justificar um investimento destes em caças novinhos em folha que, em 2030/35, já possam ser considerados de segunda linha. Imagina vencer o Typhoon, e justificar gastar tanto dinheiro num avião igual ao que os espanhóis já operavam 25/30 anos antes, e que a FAP ia ter de o operar até no mínimo 2060... Se a imagem das FA para o povo já é o que é, nesta situação seria ainda pior...
Quanto a LPDs e afins, a única hipótese que temos de estes se concretizarem nesta altura, é por alguma pressão para criar empregos na área da construção naval após esta crise. Aí sim talvez se adiantassem com LPD, NPOs e companhia.