É por demais evidente, nos comentários dos nossos camaradas brasileiros, que o maior problema do KC-390 é ter sido concebido de acordo com as necessidades da FAB. Passo a explicar: como necessitam do aparelho, essencialmente para operar sobre o extenso território brasileiro, partem do princípio que os outros potenciais utilizadores têm os mesmos requisitos operacionais. Ora, por exemplo, não é necessariamente linear que outros operadores vão empregar os seus aparelhos de transporte sobre território amigo. É que por maior que seja o Brasil, há sempre aeródromos acessíveis; o mesmo não é necessariamente verdade num voo entre Lisboa e Maputo, por exemplo.
Se os amigos Victor e Tikuna tiverem paciência para ler o tópico do C-130 da FAP vão perceber que a FAP actua e actuou em cenários bem mais distantes que os Açores, Madeira, RCA ou Mali. Claro como o C-130 também tem pernas curtas e capacidades limitadas, muitas vezes, tem havido a necessidade de alugar meios civis mais pesados, ou recorrer a meios aliados.
Para as necessidades da FAP, na minha modesta opinião, necessitávamos de 4 A-400M, 2 A330 MRTT e 4 C-295 adicionais.
Espero que me perdoem se as minhas posições lhes parecerem paternalistas, ao pretender entender as reais necessidades da FAB, mas como, de certa forma, vocês também o fizeram em relação à FAP, ficamos empatados.
