Tenho sérias dúvidas acerca dessas contas. Marrocos em 2019 contratualizou o upgrade a 23 F-16 para V, por 985M de dólares o que na altura dava cerca de 880M de euros (pouco mais caro que o programa KC).
Se assumirmos que isto é sem motores, os 23 motores não custariam 500M. No caso português, se em 2019 quiséssemos modernizar todos os 28, este valor deveria ficar abaixo dos 1500M, incluindo motores. Claro que um pacote de armamento seria contabilizado à parte.
Hoje em dia, talvez o upgrade à frota toda ficasse pelos 2000-2500M.
É legítimo questionar se valia a pena isto, ou simplesmente dar já o salto geracional. Mas também era legítimo fazer upgrade a pouco mais de metade da frota, e em simultâneo adquirir 1 esquadra de F-35, com um pacote de armamento a ser "partilhado" entre os dois programas.
Agora o que continua a não fazer sentido, é a fantasia dos Eurofighter. Entre custo de aquisição, custos associados à criação de logística em torno desta frota, o custo com a formação de pessoal, incluindo pilotos para um avião completamente diferente, mais o custo do upgrade, ao mesmo tempo que se quer 20 F-35, é algo completamente descabido.
Com isto tudo, e feitas as contas, 20 F-35 + 20 Typhoon Tranche 2, ficavam quase ao preço de 40 F-35 novos, com estes últimos a ter a vantagem a médio/longo prazo de se ter que sustentar apenas um modelo.
Do que estou a ver, com tantas invenções, ainda acabam é por comprar 20 Typhoon ou Gripen, e cagam nos F-35 para ir comprar STs e KCs. Isto de juntar lobbies com incompetência das chefias militares e estupidez política, tem tudo para dar certo.