S. Jacinto: Regimento de Infantaria nº 10 realiza simulacro a bordo de embarcação Uma granada rebenta na lancha e provoca um incêndio a bordo, afectando o leme. A tripulação perde o governo da embarcação e tem que recorrer aos respectivos meios de combate. Este foi o simulacro realizado, ontem, pelo Regimento de Infantaria nº 10O Regimento de Infantaria (RI) nº 10 da Base Militar de S. Jacinto realizou, ontem, um simulacro de incêndio e avaria no leme da sua lancha de desembarque média. O simulacro constou de um incêndio a bordo, tendo sido colocada uma granada de fumo verde junto ao posto de comando. O alerta foi dado pelo primeiro tripulante a aperceber-se do incêndio, e foram utilizados os respectivos meios de combate. Seguiu-se uma avaria no leme, que foi afectado pelo incêndio. O comandante perdeu a governação do barco, pelo que lançou de novo um alerta, e a embarcação passou a ser governada pelo leme manual. Também este teve uma avaria e, na impossibilidade de conduzir a embarcação, teve que ser lançada a âncora, para que não fosse levada pela corrente ou embatesse nalgum obstáculo.
O cabo-adjunto Silva, que foi o patrão da embarcação, contou com o apoio de outros três elementos: dois bossas (os homens que lançaram o cabo para atracar e desatracar) e um homem responsável pelos motores.
A proceder à avaliação do exercício esteve César Magarreiro, que fez uma apreciação à forma como a tripulação reagiu ao incidente provocado. Na opinião do 1.º tenente, «o exercício correu muito bem», tendo dado os parabéns aos elementos intervenientes. César Magarreiro continuou afirmando que «esta prestação prova que o treino é fundamental para um bom desempenho», classificando o exercício com 17 valores, numa escala de zero a 20.
Prevenção de acidentes
Esta actividade, prevista no Programa de Prevenção de Acidentes do RI 10 para este ano, teve por objectivo testar a capacidade de reacção e treino das tripulações das embarcações desta unidade, em situações de emergência.
De acordo com o tenente-coronel Jacinto Silva, o elemento responsável pela Secção de Prevenção de Acidentes deste Regimento, esta acção integra-se nas «medidas preventivas que têm vindo a ser tomadas na salvaguarda da segurança do pessoal e dos recursos materiais do Exército Português».
A lancha de desembarque média é utilizada diariamente para o transporte de militares e civis, entre a unidade e o Forte da Barra. Jacinto Silva sublinha que «esta é apenas uma das actividades que nós realizamos no âmbito da prevenção de acidentes», explicando que «existem outras acções de formação e palestras noutras áreas, como por exemplo através dos meios aéreos e pára-quedas».
O processo de simulação contou com a colaboração directa da Capitania do Porto de Aveiro, na medida em que se trata da autoridade marítima com jurisdição sobre o espaço onde teve lugar (Ria de Aveiro), bem como por ser a entidade responsável pela coordenação dos meios de salvamento marítimo e fluvial na região. Esta estreita ligação com a Capitania tem vindo a ser mantida, também ao nível da formação das tripulações que manobram a lancha, assim como do apoio técnico que tem prestado ao RI 10 na elaboração do plano de emergência com as embarcações.
Presente nesta acção esteve o major-general Carlos Jerónimo, comandante da Brigada de Reacção Rápida, o comandante do RI 10,coronel Marquilhas, do representante da Capitania do Porto de Aveiro, 1.º tenente César Magarreiro, e o responsável pelo Gabinete de Prevenção de Acidentes da Brigada de Reacção Rápida, tenente-coronel Ribeiro.[/quote]
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