Recordar é viver II (Bela frota tinha este valor dado, a ver se pelo menos dá desconto nos ligeiros para a FAP).
Portugal já gastou mais de 120 milhões com helicópteros que nunca receberá. Saiba tudo sobre este tema e conheça a história com 24 anos atribulados
Governo efetuou na última semana de 2014 o pagamento de 35 milhões de euros à NATO Helicopter Industries (NHI), o consórcio de fabricantes que está a produzir uma série dessas aeronaves para vários países da Aliança Atlântica. A verba não corresponde a uma qualquer tranche de pagamento por algum dos dez helicópteros, encomendados em 2001, pelo Estado português, com o objetivo de dotar a há muito existente Unidade de Aviação Ligeira do Exército (UALE) dos respetivos meios aéreos - mas sim ao pagamento de uma indemnização por ter desistido do contrato. A essa verba somam-se os, pelo menos, 87 milhões que Portugal já investiu naquele programa, entre 2011 e 2012.
Iniciada em meados de 2012, a denúncia do contrato só foi selada em outubro passado, quando uma resolução do Conselho de Ministros anunciava que o Governo teria firmado um acordo com a agência de gestão de projetos de helicópteros da NATO (NAHEMA) e a NHI, que terminaria "definitivamente" com a participação de Portugal no projeto cooperativo de desenvolvimento de aparelhos NH90 que envolve a Alemanha, França, Holanda e Itália. Nessa resolução, o Governo autorizava a que se realizasse uma despesa destinada a suportar os encargos decorrentes da desistência, até um total de 37 milhões de euros.
CUSTOS ELEVADOS
Segundo o Governo, os encargos decorrentes do projeto tinham-se tornado incomportáveis. A continuação da participação portuguesa no programa NH90 implicaria encargos num total nunca inferior a 580 milhões de euros, a pagar até 2028. Em 2012, quando foi anunciada a rescisão do contrato, pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e pelo ministro da Defesa, José Pedro Aguiar Branco, falava-se em 420 milhões.
O programa NH90 implicava o envolvimento de Portugal no desenvolvimento, produção, aquisição e apoio logístico ao longo do ciclo de vida dos helicópteros.
Os argumentos para a desistência prendem-se com a escassez de recursos financeiros e com os avultados custos da participação, além do escasso retorno económico para Portugal. Apesar de estarem envolvidas as empresas nacionais OGMA (aeronáutica), Edisoft (software) e MPV (mecânica de precisão), a quota de produção portuguesa no projeto foi apenas de 1,2 por cento - muito aquém das quotas dos parceiros: 30,9% por cento para a França (representada pela Eurocopter), 31,6% para a Itália (AgustaWestland), 30,85% para a Alemanha (Eurocopter Deutschland) e 5,5% para a Holanda (Stork Fokker).
SOBRESSALTOS
O certo é que, à data da desistência o contribuinte português já tinha enterrado 87 milhões de euros, desde que, em meados 2001, Portugal assinou, em Lebourget (perto de Paris, França), o memorando de entendimento em que se comprometeu a comprar dez aparelhos, e que lhe permitiu aderir à organização de helicópteros da NATO (NAHEMO)
- a entidade multinacional que gere a NAHEMA e todo o programa dos NH90.
Desde então, o processo sofreu vários sobressaltos, e os já referidos 87 milhões incluirão multas, pelo facto de, a pedido do Estado, as entregas terem sido adiadas. A do primeiro aparelho esteve prevista para 2008, mas, dois anos antes, o Governo Sócrates pediu para que fosse recalendarizada para 2012.
A intenção de dotar o Exército de meios de transporte tático aéreos tem quase um quarto de século. E o referido contrato já é o segundo a "borregar", para utilizar uma expressão de calão castrense. Até 2002, houve um contrato com os franceses da Eurocopter, para o fornecimento de nove aparelhos ligeiros EC-635, mas a encomenda acabou por ser cancelada por atrasos no fornecimento. O País investiu, ao longo de duas décadas, na "cavalaria aérea". A UALE foi criada e existe. Está localizada em Tancos e é uma unidade com atribuições de regimento, dispondo, assim, de unidades de apoio e de diversos esquadrões e de unidades operacionais, entre elas um grupo de helicópteros. Só não tem é aeronaves.
24 anos atribulados
http://visao.sapo.pt/actualidade/portugal/os-milhoes-que-voaram=f806357

Saudações
É por estas e outras situações idênticas a este negócio,
eu pessoalmente não acredito que esta situação, e outras como esta, tenham sido criada por acaso, que digo e reafirmo que os decisores políticos e algumas chefias Militares, que temos tido, nos últimos anos, não valem um caracol e são
incompetentes, ignorantes, oportunistas e também corruptos!!!
Nesta situação particular, acredito que terão recebido luvas e oferecido também, para que este negócio não se tivesse concretizado, mas, mais grave que isso para mim, ainda são os milhões pagos por todos nós, sem qq recebimento de equipamento como contrapartida, nem ter sido acautelada devidamente a opção desses valores puderem ser alocados a outras aquisições de equipamentos, oriundos das ditas empresas fabricantes, neste caso de material aeronautico.
São estes exemplos que me fazem afirmar que os superiores interesses da Nação,
neste caso na vertente da defesa, não são devidamente acautelados.
Estas pseudo transacções são uma completa fantochada, o seu desfecho é antecipadamente conhecido de alguns,
internamente e externamente falando, e os
(IR)responsáveis locais, civis e Militares, muitas vezes sabem que devem mas não querem, adicionar clausulas nos contratos que penalizem de algum modo os fabricantes, por exemplo o caso dos Pandur entre outros, pelas falhas ou incumprimentos dos contratos,
porque existem ligações particulares que falam mais alto que o esbanjamento do nosso dinheiro em negócios de compras que muitas vezes deveriam ser efectuados no mercado interno favorecendo as empresas/grupos nacionais, mas é melhor assim os paraísos fiscais e os bolsos dos corruptos agradecem !!!
Deve ser melhor entregar/dar 120 milhões em troca de NADA que trocar 580 milhões por nove ou dez Helis, enfim só gostaria de saber se o dinheiro fosse dos pseudo decisores, a decisão seria a mesma 
??
Penso que não !!!!Abraços
PS que o PAPA venha cá muitas vezes para vermos como os meios das FFAA/FFSS são alocados em quantidades abundantes e sem qq tipo de restrições.