Continuo a achar que, para já, a prioridade deveria ser aumentar o investimento individual de cada país. Não dá para continuar com uns bem preparados (ou quase), e outros (como Portugal) a servirem de contra-peso.
Investimento já feito, seria sempre caro reverte-lo, evidentemente.
Mas a cooperação a um certo nível, implica sempre a necessidade de uniformização.
A uniformização e uma visão integrada das forças armadas dos vários países poderia ser organizada de forma a que todos pudessem dar o seu contributo.
Nós temos uma certa tendência para olhar para a galinha da vizinha e achar que é melhor que a nossa. Toda a gente faz isso. Há uns tempos atrás, dos seis submarinos U212 alemães, cinco estava inoperacionais.
Dos submarinos da Espanha, é melhor nem falar.
O nível de operacionalidade das forças armadas da Alemanha é para alguns impressionante de mau.
Mesmo o exército de Putin, em estado de prontidão máxima, saido de exercicios militares, tropeça e manca enquanto avança, muito mais com base na força bruta e nos números que na tecnologia.
É enorme o número de T90 russos destruidos (e já não dá para esconder isso).
Pior, os russos estão já a utilizar camiões ligeiros civis para transportar material para as tropas (há imagens de camiões GAZ civis)
Toda a gente anda aos papeis e quanto mais projetos separados e independentes existirem, maior é a possiblidade de problemas.
A questão naval assume agora uma importância muito menor.
Durante a primeira guerra fria, temia-se que os russos conseguissem chegar a Berlim em pouco tempo, antes de os reforços americanos chegarem. Para impedir isso, a Russia poderia fazer tudo para impedir os americanos de controlar o Atlantico.
Mas agora, a Rússia sabe que já não é tão importante impedir o reabastecimento da Europa, porque sabe que, no seu conjunto a Europa é mais forte que a Rússia em praticamente tudo.
As fraquezas europeias são: Descoordenação, equipamentos dispares e ausencia de capacidade para uma resposta nuclear táctica, que leve Putin a pensar duas vezes antes de fazer ameaças.