O tempo passa e os acontecimentos se sucedem de forma não tranquila para Chaves, mas tal fato, não gera tranquilidade para os países vizinhos na América Latina.
Desde a perda do Referendum Constitucional, e os sucessivos revezes internacionais como os que aconteceram após a célebre pergunta do Rei da Espanha, em primeiro com a atitude firme do presidente colombiano colocando-o fora da mediação com as FARC, em segundo com o fato das FARC terem-lhe mentido no caso do menino Emmanuel que não mais estava em seu poder e agora de resto, com a queda da popularidade que aumentou de forma visível e o fortalecimento da oposição, sobram indicativos de que Chaves possa recrudescer em atitudes belicistas.
Como o Presidente da Bolívia vem mantendo uma distância precavida nos últimos tempos quanto à influência de seu antigo mentor, as coisas se acalmaram para as banda brasileiras, tendo Lula aproveitado para reconquistar espaço perdido politicamente, junto ao país andino.
Assim, Chaves encontra-se com seus interesses voltados à conturbar a tranquilidade colombiana.
Aparentemente, com seu estapafúrdio pedido de reconhecimento internacional de um novo status às FARC, só pretende criar um mecanismo legal para poder dar-lhes uma embaixada em Caracas. Aliás, a Assembléia Nacional Venezoelana, atendeu os pedidos de Chaves quanto ao dito status. Com o reconhecimento, pode mantener inclusive os insumos necessários à guerrilha de forma legal.
Mas o que preocupa mesmo, é que possa haver em busca do reconhecimento popular interno ora perdido, uma tentativa de criar-se uma situação de guerra, agora com a Colômbia, tal como a ditadura argentina fez com o episódio das Malvinas. É que, até então, o foco de uma possível guerra envolvendo a Venezoela estava mais ligado à Guiana.