Votação

Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?

Sim
30 (47.6%)
Não
33 (52.4%)

Votos totais: 63

Votação encerrada: Janeiro 09, 2007, 07:28:51 pm

Referendo do aborto

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RedWarrior

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« Responder #135 em: Fevereiro 08, 2007, 02:58:54 am »
Citação de: "Lightning"
Isso não sei mas de certeza que devem ser responsaveis pelos seus actos

 Portanto, a punição para uma mulher irresponsável, ou para a irresponsabilidade de uma gravidez não planeada, é ser mãe?? :shock:
 E como sabes que foi irresponsável?? Casos não saibas os métodos contraceptivos não são 100% seguros. Paga o justo pelo pecador?
 O Estado deve deixar de tratar fumadores por doenças relacionadas com o tabaco?
A primeira vítima de todas as guerras é a verdade
 

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komet

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« Responder #136 em: Fevereiro 08, 2007, 12:11:10 pm »
Citação de: "RedWarrior"
Citação de: "Lightning"
Isso não sei mas de certeza que devem ser responsaveis pelos seus actos
O Estado deve deixar de tratar fumadores por doenças relacionadas com o tabaco?


Bem visto.
"History is always written by who wins the war..."
 

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Jorge Pereira

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« Responder #137 em: Fevereiro 08, 2007, 12:24:49 pm »
Citação de: "RedWarrior"
Citação de: "Lightning"
Isso não sei mas de certeza que devem ser responsaveis pelos seus actos
Portanto, a punição para uma mulher irresponsável, ou para a irresponsabilidade de uma gravidez não planeada, é ser mãe?? :shock:
 E como sabes que foi irresponsável?? Casos não saibas os métodos contraceptivos não são 100% seguros. Paga o justo pelo pecador?
 O Estado deve deixar de tratar fumadores por doenças relacionadas com o tabaco?


Precisamente aí está a questão. O Estado deve é dar condições a essa mulher para ser mãe com toda a dignidade. Em casos extremos terá que garantir a essa criança uma alternativa o mais humanamente possível para substituir a mãe e eventualmente o pai biológico.

Nunca deverá é optar pela opção mais fácil mas ao mesmo tempo a mais criminosa: O extermínio de um ser inocente.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Lancero

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« Responder #138 em: Fevereiro 08, 2007, 01:10:52 pm »
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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RedWarrior

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« Responder #139 em: Fevereiro 08, 2007, 08:47:04 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
O Estado deve é dar condições a essa mulher para ser mãe com toda a dignidade.
A maternidade/paternidade é o melhor momento na vida do casal, não queiras que isso seja imposto, não queiras que isso seja uma fatalidade. Assim como o Estado deve dar condições às mães para a maternidade, também deve dar condições a quem não quer, por variadíssimas razões, ou não se sente preparada para o ser. Uma coisa não impede a outra.

Citação de: "Jorge Pereira"
Nunca deverá é optar pela opção mais fácil

 Não tem a ver com ser fácil ou não, tem a ver com o querer ou não ser mãe.
A primeira vítima de todas as guerras é a verdade
 

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RedWarrior

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« Responder #140 em: Fevereiro 09, 2007, 06:48:02 pm »
Citar
Ciência, convicções, fraude e a dor fetal

Em artigos publicados em revistas científicas (e não meras opiniões não fundamentadas, em debates televisivos), alguns têm defendido que o feto nunca sente dor. Nunca, até ao fim da gravidez. Muito provavelmente, isto não é verdade. Não é crível que assim seja. Às 24 semanas estão já estabelecidas as ligações entre o tálamo e o córtex que permitirão ao feto estabelecer contacto com o mundo exterior e sentir. Todas as mães (e muitos pais) sabem que o seu feto (bebé, criança é só quando nasce!) reage a estímulos nos últimos 3 meses da gravidez. Reage com movimentos ("pontapés") a carícias dos pais, tranquiliza-se com a voz de ambos, com música agradável.

Os receptores nervosos começam a formar-se logo entre as 8 e as 15 semanas, mas são como tomadas sem corrente num edifício em construção; a electricidade só é ligada quando passa ser habitado. Ou seja, depois das 24 semanas. Muito provavelmente só às 30, quando a EEG mostra que o feto já consegue estar "acordado".

A evidência científica actual é a de que a dor implica percepção e consciência do estímulo doloroso. A dor é uma experiência emocional e psicológica, resultado de activação cortical. A reacção a estímulos externos, às 8 semanas, é um reflexo primitivo, que pode existir com estímulos não dolorosos. Como a nossa perna salta quando o martelo bate no joelho. É resultado de um curto-circuito entre receptores e músculos, através da medula espinal, sem passar pelo cérebro. Sem vontade e sem consciência. Sem dor.

O feto de 10 semanas não tem dor, não tem vontade, não tem vigília, não tem consciência. As primeiras ligações ao córtex cerebral em formação, acontecem entre as 23 e as 30 semanas. Mas anatomia é diferente de função. A evidência mais precoce de actividade cortical é entre as 29 e as 30 semanas.

Numa área cientificamente controversa, em pleno calor de uma campanha, afirmações não comprovadas (pseudo-científicas) são tudo menos honestas e responsáveis. Não há argumentos científicos neutrais. O que há são dados científicas, que passam o rigor da comprovação, da revisão por pares antes da aceitação por revistas internacionais. E mesmo estes estão sujeitos a um escrutínio permanente por parte de novos estudos.

A Organização Mundial de Saúde aconselha mesmo que se não deve dar anestesia ao feto antes do 3º trimestre para cirurgia ou abortamento. Por não estar provado que o feto sinta dor nos seis primeiros meses (muito pelo contrário) e pelos riscos aumentados para a grávida. As afirmações em sentido contrário ao estado actual dos conhecimentos, são apenas poeira lançada aos olhos de quem já não quer ver. São convicções e crenças de quem toma partido.

Provada, essa sim, está a dor das mulheres que sofrem as complicações de saúde e as consequências legais dos abortamentos clandestinos. E há que tentar acabar com ela, como tem vindo a suceder em tantos outros países.

Aos dogmas o "não" acrescentou a fraude e a argumentação pseudo-científica. O papel da ciência é fazer perguntas e pôr dogmas em causa, desconstruir mitos e crenças e fortalecer as nossas convicções.

Pela minha parte, estou cada vez mais convicto. Por isso só poderei votar SIM.

JORGE SEQUEIROS
MÉDICO GENETICISTA, PROFESSOR CATEDRÁTICO ICBAS E IBMC (UP). PRESIDENTE DO COLÉGIO DE GENÉTICA MÉDICA (ORDEM DOS MÉDICOS); MEMBRO DO CONSELHO NACIONAL DE ÉTICA PARA AS CIÊNCIAS DA VIDA. MANDATÁRIO DO MPE.


Fonte
A primeira vítima de todas as guerras é a verdade
 

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papatango

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« Responder #141 em: Fevereiro 09, 2007, 09:48:05 pm »
Mais um texto para "enganar o pagode"  :shock:

O que eu gostava de saber, é o que é que os partidários do aborto vão fzer às mulheres que abortarem depois das 10 semanas...

Vão para a cadeia?
Vão ser sujeitas à violência do inquérito judicial?
Porque é que se liberaliza até às dez semanas e se mantem a mulher na cadeia depois?

Eu gostava de saber, porque é que o Pai não tem o direito de decidir o futuro do que seria seu filho.

Será que as crianças/fetos que são mortos, são apenas filhos da Mãe, e aparecidos por geração espontânea?

Nenhuma das perguntas sérias feitas, foi até hoje respondida.

Os partidarios do sim, são completamente omissos quando se trata destas perguntas.

Remetem-nos para leis que no futuro hão de ser feitas para que as mulheres não sejam presas, depois das 10 semanas, esquecendo que nesse caso também seria possível fazer uma lei para que não fossem presas até às dez semanas.

Devo confessar que da parte do Não, também vejo alguma hipocrisia, especialmente de entidades que não fizeram nada para resolver ou tentar resolver a questão.

No fim, resta-nos pensar pela nossa propria cabeça, e perguntar à nossa consciência, se devemos ou não devemos ter principios, ou se devemos entrar no "Vale Tudo" que caracteriza a sociedade actual.

Provavelmente até estará decidido.

Mas mesmo assim, um crime para a consciência de cada um nunca deixará de o ser, mesmo que o Estado, que dá aos bandido o direito de defesa, o recuse a seres inocentes.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
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ricardonunes

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« Responder #142 em: Fevereiro 09, 2007, 09:59:33 pm »
Citação de: "papatango"
O que eu gostava de saber, é o que é que os partidários do aborto vão fzer às mulheres que abortarem depois das 10 semanas...


Vão pedir um novo referendo para a IVG se prolongar até ás 16 semanas, depois até ás 24, depois até ás 40, e de seguida vêm argumentar do não sei o quê, e o aborto vai ser liberalizado até aos 18 anos (maioridade).

Desculpem-me este disparate, mas é o que me ocorreu.
Potius mori quam foedari
 

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Jorge Pereira

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« Responder #143 em: Fevereiro 09, 2007, 10:20:23 pm »
Citação de: "RedWarrior"
Citação de: "Jorge Pereira"
O Estado deve é dar condições a essa mulher para ser mãe com toda a dignidade.
A maternidade/paternidade é o melhor momento na vida do casal, não queiras que isso seja imposto, não queiras que isso seja uma fatalidade. Assim como o Estado deve dar condições às mães para a maternidade, também deve dar condições a quem não quer, por variadíssimas razões, ou não se sente preparada para o ser. Uma coisa não impede a outra.

Citação de: "Jorge Pereira"
Nunca deverá é optar pela opção mais fácil
Não tem a ver com ser fácil ou não, tem a ver com o querer ou não ser mãe.


Eu não quero impor nada a ninguém. Quem não quer filhos que não os “faça”. Se os “fazem” têm de os assumir. É uma questão de responsabilidade. É simples!

Aliás, se formos por aí também podemos aplicar isso a quem já é pai/mãe. E se de repente o querem deixar de ser? O que fazemos com os filhos?
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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Jorge Pereira

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« Responder #144 em: Fevereiro 09, 2007, 10:33:37 pm »
Citar
Maria José Nogueira Pinto
Jurista

Responsabilidade é uma das palavras de ordem da campanha do "sim". Votar "sim" - dizem - é ser responsável. Apresentam este "sim" como única solução para a despenalização da prática de aborto, como única forma de pôr um ponto final no aborto clandestino. E repetem - vezes sem conta - que é isto e apenas isto que está em causa no referendo de dia 11.

Mas aquilo que este "sim", que se diz responsável, não esperava era que muitos portugueses percebessem que, afinal, não é só isso que estará em causa no dia 11. Aquilo que este "sim" não esperava é que esta pergunta suscitasse - quando confrontada com as evidências - tantas outras perguntas. Perguntas para as quais este "sim" e a lei que oferece não encontram respostas.

Hoje o "sim" já não utiliza as palavras de ordem de 98. Este conceito de responsabilidade vem substituir a famosa frase "na minha barriga mando eu"; nem vemos mulheres, como vimos em 98, declararem orgulhosamente ter feito um aborto. O "sim" - o mesmo "sim" de 98 - percebeu que não poderia fazer esse tipo de campanha, ou utilizar esse tipo de argumentos. Se o aborto clandestino, sobretudo pelos riscos que lhe são associados, nos choca, o aborto legal - violência irreversível sobre outro - também nos choca. Porque temos hoje ainda mais certezas e estamos mais próximos desse outro. Então este "sim", que se diz responsável, arrancou do seu argumentário a sequer consideração desse outro. Porque não pode negar a sua existência, ele acaba por ser - numa lógica de debate e ponderação de valores - extremamente incómodo.

Será então responsável uma lei que - naquilo que é um conflito de interesses e ponderação de valores - ignora de forma absoluta uma das partes, a mais vulnerável, negando-lhe qualquer condição ou benefício de dúvida?

É uma lei que assenta numa negligência, não podendo pois ser responsável.

Sabemos também que este "sim" oferece como única resposta a liberalização e financiamento do aborto a pedido até às dez semanas. A mãe que quer abortar corre contra o tempo. Contra o prazo estabelecido pela lei. Por isso esta lei não oferece - e muito dificilmente poderia oferecer - aconselhamento, tempo para reflexão e ponderação de outras soluções. É por conseguinte uma lei cega. Uma lei que ignora condições sociais e financeiras. Uma lei que não dá tempo ou espaço para momentos de fragilidade, vulnerabilidade, dúvida ou angústia.

Será então responsável uma lei que - para casos tão distintos, protagonizados por mulheres tão diferentes - a todos responde com o aborto? Resposta rápida, única, legal e higiénica. E será esta a resposta que as mulheres portuguesas querem ouvir? Não esperarão elas mais que isso?

Este "sim" - dizem - acabará com o drama do aborto clandestino, e afirmam, mesmo contra a evidência dos números, que não irá contribuir necessariamente para o aumento do número total de abortos. Sabemos bem que, tal como no Reino Unido, em Espanha, em França ou nos EUA, os números vão aumentar. Porque ao número de abortos que se realizariam na clandestinidade - e agora se realizarão em estabelecimento de saúde autorizado - somar-se-ão os milhares de abortos que serão feitos porque esta prática passou a ser legal, livre e financiada. E para além do aborto legal continuaremos a ter o aborto ilegal: das mulheres que perderam a corrida contra o tempo e abortam depois das dez semanas, das mulheres que - pressionadas por um sentimento de culpa ou embaraço - não se dirigem ao SNS, onde terão de ser identificadas. Das jovens e adolescentes que, sendo menores, continuarão a optar pela clandestinidade a ter de enfrentar os seus pais.

Será responsável uma resposta que - prometendo a diminuição do número de abortos - acabará por contribuir para o seu aumento exponencial?

Este "sim" responsável apresenta-se também - por oposição ao "não" - como aquele que respeita a dignidade das mulheres portuguesas. Este "sim" acusa o "não" de má-fé. O "não", dizem - ao alertar para a evidência comprovada de que o número de abortos, após a liberalização, aumenta - parte do pressuposto de que as mulheres abortarão de "ânimo leve". O aborto não será utilizado como método anticonceptivo, dizem. E neste ponto o "sim" não negligencia, não é cego nem omite. O aborto não será utilizado como método anticonceptivo, exactamente porque se apresenta como solução pós-concepção. É que o "sim" - que se diz responsável - pretende consagrar a maternidade - após ser um facto - como uma opção. E a mulher que - against all odds - decidir ser mãe em condições emocionais, sociais ou financeiras difíceis sê-lo-á por opção. Opção pela qual poderá ser inteiramente responsabilizada. A maternidade - direito e opção - é cada vez mais entendida na segunda perspectiva.

O "não" - o "não" responsável - acredita que a aposta deve ser feita antes. O "não" entende que não se pode baixar os braços: são precisas mais e melhores respostas. Educação sexual, planeamento familiar, verdadeiras políticas de apoio à família. Políticas que existem e funcionam nos países - tantas vezes citados por este "sim" que se diz responsável - e que têm legislações menos restritivas em relação à prática de aborto. Se este "sim", que é responsável, nos aponta outros países como exemplo, que não esconda nem omita os outros exemplos que talvez prefiramos seguir.

O "sim" - que se diz responsável - de que vos falo é o "sim" efectivamente responsável por criar e reforçar, neste momento, outras soluções que não o aborto. De certa forma, ao oferecer- -nos esta solução, este é o "sim" responsável que se desresponsabiliza.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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RedWarrior

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« Responder #145 em: Fevereiro 09, 2007, 10:40:44 pm »
Citação de: "papatango"
O que eu gostava de saber, é o que é que os partidários do aborto vão fzer às mulheres que abortarem depois das 10 semanas...
Na minha opinião, é preciso legislar mais e melhor sobre esse assunto de acordo com os mais recentes estudos. De facto, depois do referendo, parece que fica ali uma teia perigosa entre o aborto despenalizado ate às 10 semanas e as causas de exclusão da ilicitude que se prolongam até às 24 semanas. Mas ainda não foi legislado nada. Vamos esperar para ver.
 Se as mulheres mesmo assim forem penalizadas depois das 10 semanas fora dos 3 casos de excepção, já terá sido um grande avanço.

Citação de: "Jorge Pereira"
Eu não quero impor nada a ninguém.
Queres impôr uma gravidez indesejada.

Citação de: "Jorge Pereira"
Aliás, se formos por aí também podemos aplicar isso a quem já é pai/mãe. E se de repente o querem deixar de ser? O que fazemos com os filhos?

 Aí é diferente, eles primeiro tomaram a decisão de serem pais e depois arrependeram-se. É completamente diferente de haver uma gravidez indesejada, não há uma predisposição à partida.
A primeira vítima de todas as guerras é a verdade
 

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papatango

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« Responder #146 em: Fevereiro 09, 2007, 10:57:22 pm »
Citação de: "Redwarrior"
Na minha opinião, é preciso legislar mais e melhor sobre esse assunto de acordo com os mais recentes estudos. De facto, depois do referendo, parece que fica ali uma teia perigosa
Eu diria que antes de aceitar em referendo se se deve ou não interromper uma vida, se deveria estudar e esgotar TODAS as possibilidades de legislar.

Só então, se não houvesse forma de evitar o problema, se deveria perguntar às pessoas.

Desta maneira, apresenta-se a mulher como uma vitima, pobrezinha, colocada perante a barra do tribunal e indefesa...

Mas oculta-se que na realidade se CONTINUA a exigir que a mulher se apresente perante os tribunais.

Ou seja: Do ponto de vista dos principios não muda nada!
Se o principio é o de que nenhuma mulher deve ser aprisionada por praticar um aborto, então a lei TEM que ser universal.

Com este referendo, abre-se uma porta para que de aqui a uns anos, se faça o que está na cabeça de muitas almas "livres".

Se se aborta até às 10 semanas, e se já se abriu o precedente, alguém me explica porque não se pode abortar aos oito meses?

Ou aos nove meses menos um dia?

Não há nenhuma razão para não se autorizar o aborto aos nove meses menos um dia. NENHUM.

Se a mulher deve ser livre para decidir, então tanto o deve ser às dez semanas quanto aos nove meses.

A este tipo de contradição, eu chamo hipocrisia.

Cumprimentos
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« Responder #147 em: Fevereiro 09, 2007, 11:04:42 pm »
Sugeria que ás 00H00 do dia 10, daqui a cerca de uma hora se tivesse o devido respeito pela reflexão necessário ao acto eleitoral que que se vai praticar.
Talvez que o tópico fosse bloqueado temporáriamente, e reabrisse após o acto eleitoral.
Fica a ideia :wink:
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« Responder #148 em: Fevereiro 10, 2007, 02:38:19 pm »
Concordo plenamente com o ricardonunes  :wink:
 

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ricardonunes

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« Responder #149 em: Fevereiro 11, 2007, 05:20:22 pm »
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(dados oficiais)
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