Votação

Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?

Sim
30 (47.6%)
Não
33 (52.4%)

Votos totais: 63

Votação encerrada: Janeiro 09, 2007, 07:28:51 pm

Referendo do aborto

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P44

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« Responder #120 em: Fevereiro 05, 2007, 11:04:17 am »
Citação de: "Yosy"
Um argumento (que acabou logo com uma discussão que estava a ter com amigos sobre isto): quem vota "sim" não está a obrigar ninguém a ir abortar, está só e apenas a dar uma opção; que vota "não" está a impor uma moralidade a outros.

Exactamente!

É isto e mais nada!

ESte ARGUMENTO é mais que sério, é SERíSSIMO!

DEMAGOGIA é dizer que por trás disto também andam os Espanhois...bolas que fanatismo tem limites.

Citação de: "RedWarrior"
Porque demos um direito muito mais importante à mãe que o carrega no ventre, o direito de decidir se quer que ele venha ao mundo ou não, antes desde ter consciência que existe.
De qualquer forma, não é isso que o referendo te pergunta. Tens que responder à questão.


Exacto.

Para os Defensores do não a MULHER pura e simplesmente não tem direitos, só o Feto (E nãO venham com demagogias á paulinho das feira que um feto com menos de 10 semanas é um ser vivo! essa nenhuma ciencia conseguiu provar e que disser o contrário não passa de um MENTIROSO...mas já lá dizia Josef Goebbels , "uma mentira repetida inúmera vezes torna-se verdade", regra que os defensores do não cumprem á risca...) :(

Citação de: "papatango"
Eu pergunto porque é que o sindicato mais controlado pelo PCP, o dos professores, tem levantado tantos pruridos com a educação sexual nas escolas, afirmando que os professores não estão preparados para o tema.


Este homem é doido! Vc faz uma PEQUENA IDEIA do que se passa nas Escolas hoje em dia??????
Desculpe mas é apenas mais uma das suas demagogias reles!!!!!
Desde quando é que são os professores que decidem os programas?
Oh Homem acorde!
Desça lá do seu pedestal e venha ver a vida do comum dos mortais!
Deixe-se lá de fantasias e fantasmas...acorde para a realidade e deixe de niventar, chiça! Nunca vi algúem capaz de distorcer a verdade e a realide de tal maneira, a que tudo lhe dê razão!!!!
Se não fosse tão triste era hilariante....
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Luso

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« Responder #121 em: Fevereiro 05, 2007, 01:30:03 pm »
Tanta emoção, P44 :mrgreen:
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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P44

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« Responder #122 em: Fevereiro 05, 2007, 01:42:20 pm »
Citação de: "Luso"
Tanta emoção, P44 :twisted: Detesto Hipocrisias...sempre tive este "defeito" :roll: Isso e "Iluminados", auto-intitulados donos da verdade absoluta , desejosos de impor a vontade de 1/2 dúzia a povos inteiros....

 c34x Eu não tenho nada que se aproveite....

Saludos Cordiales,
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Luso

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« Responder #123 em: Fevereiro 05, 2007, 01:57:58 pm »
Citar
Isso e "Iluminados", auto-intitulados donos da verdade absoluta , desejosos de impor a vontade de 1/2 dúzia a povos inteiros...


- Alguém me chamou?
 :mrgreen:

Candeia que vai à frente ilumina duas vezes.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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ricardonunes

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« Responder #124 em: Fevereiro 05, 2007, 02:12:42 pm »
Citação de: "Yosy"
Um argumento (que acabou logo com uma discussão que estava a ter com amigos sobre isto): quem vota "sim" não está a obrigar ninguém a ir abortar, está só e apenas a dar uma opção; que vota "não" está a impor uma moralidade a outros.

Impor uma moral aos outros?

Citar
Não nos imponhas a tua moral, vamos impor a minha

Frequentemente, basta o menor indício de que uma postura sobre certa lei controversa se inspira em determinadas convicções éticas ou religiosas para despromovê-la, acusando quem a defende de pretender "impor a sua moral" aos outros. Este argumento é uma falácia, explica o filósofo norte-americano Edward Feser, autor de um livro sobre Robert Nozick, em Tech Central Station (31 de Maio de 2005).

Trata-se, segundo Feser, de uma petição de princípio e de uma maneira tendenciosa de descrever a postura rival. Pois toda a gente tem as suas própria convicções morais e não é por isso que são descartadas como candidatas a inspirar legislação. Assim se verifica quando se faz a experiência de usar o argumento contra quem costuma esgrimi-lo. Suponhamos que alguém tinha acusado os partidários da discriminação positiva de "querer impor as suas 'opiniões pessoais' a todos os outros". Replicariam que "não é simplesmente o seu gosto pessoal e subjectivo que os motiva, mas sim o seu compromisso pela defesa da igualdade como ideal moral objectivo". Analogicamente, se alguém se opõe "à pornografia ou ao casamento homossexual, isso não quer dizer, necessariamente, que se opõe porque tais coisas lhe pareçam repugnantes; a sua rejeição pode estar baseada num princípio moral objectivo e racionalmente defensável".

Feser chama a este truque dialéctico que descreve "a falácia anti-conservadora", porque costuma empregar-se contra os conservadores pelos liberais, socialistas ou feministas. A falácia consiste em atribuir as posturas morais dos adversários a meras preferências pessoais, sem admitir a possibilidade de que as suas preferências derivem de juízos que podem ser verdadeiros e, portanto, universalmente válidos. Desta forma, descartam-se os argumentos do lado contrário sem os debater, e dá-se por suposto aquilo que exige ser demonstrado: que o outro não tem razões para justificar a sua postura.

 

Relativismo aparente

 

Outra formulação da falácia é que os adversários pretendem "impor a sua moral como lei" ou "legislar sobre moral". Mas também "liberais e libertários apelam a certos princípios morais para defender as políticas da sua preferência. Como podem então, sem incorrer em incoerência, criticar os conservadores por fazer o mesmo? O liberal não pretende também legislar 'sobre uma moral' quando defende a redistribuição da riqueza em nome da justiça? Não está nesse caso a 'impor as suas opiniões morais' aos ricos? E os libertários não tratam também de 'impor as suas opiniões morais' aos liberais quando procuram deter tal redistribuição?".

"Na realidade, a tese de que 'não devemos impor aos outros as nossas próprias opiniões morais' é muito curiosa. Parece implicar a ideia de que todas as opiniões morais são meramente 'pessoais', no sentido em que não reflectem mais do que gostos ou preferências individuais e, portanto, não se pode justificar a sua 'imposição' a quem não partilha desses gostos ou preferências. A continua invocação desta ideia nas críticas às políticas conservadoras é, provavelmente, a principal razão por que liberais e libertários são frequentemente considerados suspeitos de relativismo moral. Mas como, segundo vimos, liberais e libertários podem ser considerados perfeitos absolutistas nas suas próprias crenças morais e nada adversos a dizer aos outros que deveriam ater-se a elas, é evidente que as suas opiniões não são, de modo nenhum, genuinamente relativistas. De facto, a própria ideia de que 'não devemos impor aos outros as nossas próprias opiniões morais'  soa a imperativo moral absoluto".

 

Um recursos retórico

 

Portanto, o verdadeiro problema não é uma questão geral sobre a "imposição" de posturas morais, mas sim uma questão particular sobre a "validade" de determinada postura. Os utilizadores habituais da falácia deveriam, pois, formular as suas críticas "de maneira mais franca; mas isso seria à custa de perder eficácia retórica". Com efeito, "se um liberal ou libertário dissesse: 'as minhas opiniões são opiniões morais genuínas e as conservadoras são meras expressões de preferências pessoais', ou 'as minhas opiniões morais são correctas e as conservadoras não', já seria óbvio que não estaria a fazer mais que afirmações injustificadas e muito discutíveis. É muito melhor para ele dizer, então, algo como: 'ninguém deve impor aos outros as suas próprias opiniões morais'. Deste modo, o liberal ou libertário parece estar a dizer algo evidentemente verdadeiro (que ninguém deve impor aos outros os seus gostos pessoais, subjectivos e peculiares), quando na realidade está a declarar uma tese extremamente discutível para a qual não avançou justificação alguma (que se deve permitir às opiniões morais liberais e libertárias, mas não às conservadoras, a inspiração de leis)".

O recurso frequente a esta falácia, conclui Feser, adultera o debate público, fomentando o simplismo. "Nem todos os princípios morais devem ser impostos pelo poder do Estado, mas quase tudo o que o Estado faz se baseia em algum princípio moral. É uma frivolidade, portanto, defender que 'não se deve legislar sobre moral', se isso significa que as leis não deveriam inspirar-se em princípios morais controversos. E quase todos os princípios morais são controversos em larga medida: mesmo que as pessoas concordem que o assassinato está errado, frequentemente se divaga em relação àquilo que deve ser considerado assassinato, como se comprova pelas disputas sobre o aborto, a eutanásia e, inclusivamente, sobre o sacrifício de animais. A questão não é, pois, se os princípios morais discutidos devem inspirar as nossas leis, mas sim que princípios morais discutidos - liberais, conservadores, libertários ou quaisquer outros - deveriam inspirá-las".

 

in Aceprensa n.º 77/05

Potius mori quam foedari
 

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papatango

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« Responder #125 em: Fevereiro 05, 2007, 02:59:56 pm »
Citação de: "P44"
Este homem é doido! Vc faz uma PEQUENA IDEIA do que se passa nas Escolas hoje em dia??????
Desculpe mas é apenas mais uma das suas demagogias reles!!!!!
Desde quando é que são os professores que decidem os programas?
Oh Homem acorde!
Desça lá do seu pedestal e venha ver a vida do comum dos mortais!
Deixe-se lá de fantasias e fantasmas...acorde para a realidade e deixe de niventar, chiça! Nunca vi algúem capaz de distorcer a verdade e a realide de tal maneira, a que tudo lhe dê razão!!!!
Se não fosse tão triste era hilariante....



P44 ->

As clinicas espanholas especializadas no aborto, são um facto e não uma invenção minha.

Citar
A dona de uma clinica abortiva espanhola, a acreditar nas imagens transmitidas pela própria televisão do estado RTP, através do seu serviço noticioso das 13:00 de 19 de Outubro de 2006, visitou o Ministério da Saúde, onde pediu garantias de que o Aborto seria legalizado em Portugal, de forma a garantir o investimento espanhol numa clínica abortiva a instalar no centro de Lisboa, próximo à Avenida da Liberdade.


O negócio do aborto em Espanha, é de facto um negócio muito lucrativo. Isto também são factos e não invenção minha.

A somar a isto tudo, está o facto de as clinicas abortivas espanholas, serem tendencialmente muito flexiveis.

Ou seja, mesmo que a criança já tenha 5 meses, fazem o cervicinho como se tivesse apenas 2 meses e meio e cobram uma taxazita adicional.
Médicos que fazem abortos, são por definição e natureza pessoas que violaram o juramento de Hipocrates.
Quem viola um juramento, viola todos, e não há razão nenhuma para acreditar na sua honorabilidade.

= = = = = = = = = = = = = =

Quanto às regras soviéticas de moralidade sexual vigentes no Partido Comunista Português, talvez você não as conheça exactamente muito bem.

O PCP, quanto a temas de sexo, é mais conservador e "Católico" que o CDS. Falam da boca para fora, mas na realidade, os camaradas mais soviéticos são gente muito conservadora. Agora até a Odete Santos foi saneada, que isto de ter mulheres em cargos importantes é perigoso. Vide o que fizeram à Zita Seabra.

A mesma Zita Seabra que tinha sido a favor do Aborto e que agora acha que nos dias de hoje, há suficiente informação e meios para o evitar.
(A Zita Seabra é uma invenção ?)

=====================

Você começa a ser um caso preocupante P44.
Comece a pensar pela sua cabeça, em vez de deixar para os outros essa importante função do cérebro humano.
Vai ver que não se arrependerá.

=====================
Talvez também fosse boa ideia, deixar de atacar o mensageiro, apenas porque não gosta da mensagem que ele transporta.

Também seria interessante tentar entender as mensagens, porque entenderia que muitas das minhas criticas são acima de tudo contra a hipocrisia e contra uma campanha cheia de mentiras e de golpes baixos e sujos, em que até o primeiro ministro colaborou, afirmando que se o Não ganhar, não aceitará que se encontrem formas de evitar que haja mulheres presas (e isto sabendo-se que não há uma unica mulher presa por ter praticado aborto).

Os principios morais são absolutos.
E o direito à Vida, tem que estar acima de todos os direitos.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 

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Jorge Pereira

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« Responder #126 em: Fevereiro 05, 2007, 03:56:36 pm »
Citação de: "Jorge Pereira"
Citar
10 semanas – O embrião atinge quatro centímetros e muda de nome: agora é feto. Todas as suas estruturas já estão formadas. Se for do sexo feminino, já possui até os ovários com seu suprimento de óvulos para toda vida. Nas próximas semanas, este novo ser só terá o trabalho de crescer. A mãe não percebe seus movimentos, mas, lá dentro, ele treina o abrir e fechar a boca e as mãos – os dedinhos ainda são ligados por uma membrana, como pés de pato, mas é capaz de dobrá-los, uma brincadeira divertida no aconchego do útero.

10 Semanas


Citar
O verdadeiro combate pela liberdade

"Eu sou contra o aborto e até acho que está ali uma vida humana. Mas não devo impor esta minha opinião aos outros. Tem de haver liberdade para decidir." Muitas pessoas votarão "sim" no próximo referendo com esta posição. Acham que em tema tão decisivo para a vida da mulher deve dar-se liberdade.

O mais espantoso neste raciocínio é que este é o único campo em que é aplicado. Em todos os outros aspectos sociais ninguém raciocina deste modo. Nunca se ouviu dizer: "Eu até acho que se deve conduzir devagar, mas cada um é livre de andar como quiser"; ou "Eu até penso que não se deve despedir sem justa causa, mas a liberdade empresarial deve prevalecer"; ou ainda "Eu até sou contra a droga, mas cada um que decida". Em todos os sectores da vida o Estado impõe-nos uma conduta e atitude, limites apertados à vigência da liberdade. Só aqui, onde está em causa a protecção de uma vida humana embrionária, só aqui se quer impor a absoluta autonomia.


É evidente que cada um tem liberdade de pensar o que quiser sobre o início da vida humana. Mas quando se fala da destruição dessa vida então essa, como todas as liberdades, tem de ser regulada e protegida. Cada um também tem liberdade de escolher a casa que quiser desde que respeite o plano urbanístico, de escrever o que lhe apetece mas sujeito à lei de imprensa, às regras da privacidade, ao código da publicidade. Quanto mais importante a liberdade, mais regras a defendem. Porque não se protege a liberdade de nascer?

O drama do aborto vem do confronto de duas situações gravíssimas. Quem se propõe praticá-lo só o faz em caso-limite, em situações onde estão em jogo coisas decisivas. Mas o embrião que sofre o aborto tem toda a sua pessoa envolvida nele de forma ainda mais decisiva. Pode compreender-se que o Estado não se meta nas decisões íntimas dos cidadãos. Mas pode deixar à liberdade de cada um a decisão de eliminar a vida de outro? Para mais, inocente? Ter em atenção o primeiro elemento, ignorando o segundo, é uma irresponsabilidade incrível.

Em todos os assuntos o Estado tem uma política, uma regulamentação, um instituto. Fá-lo para garantir o bem-estar, promover a justiça, assegurar o futuro e o progresso. Claro que essas leis e limites criam muitos incómodos, mas sempre em nome de um valor superior. Que bem-estar é mais importante que o do bebé em gestação? Que justiça é mais sublime que a dos inocentes? Que futuro, que progresso para Portugal sem embriões, sem filhos, sem vida? Será que o direito à irresponsabilidade paternal se sobrepõe ao direito à vida?

Vivemos num tempo de causas, de campanhas, de ideais. Defendem-se as águias pesqueiras e as ruínas celtas, a cozinha tradicional e a camada de ozono, o sexo seguro e a higiene dentária. Só as crianças antes de nascer têm de ficar sem protecção... em nome da liberdade? Será que ninguém lhes dá a liberdade sequer de respirar e olhar para o Sol? Será que a liberdade de cada um determinar quando começa a vida humana é mais importante que a liberdade de nascer?

Claro que o Estado quer regulamentar também este tema. Mas só pretende fazê-lo a partir das dez semanas de vida. A lei protegeria o direito à vida, mas só após as dez semanas. Porquê? Por que razão o feto com 11 semanas teria protecção e o de nove não? Que estudo, conceito, ideologia, argumento suporta tal decisão? A resposta, simplesmente, é que dá jeito que assim seja. Há conveniência nesse limite. E o direito à vida ficaria sujeito aos interesses. Não é novidade, pois este tem sido sempre o princípio original da opressão.

O mais patético desta situação é que os filhos e netos daqueles que lutaram para conseguir as nossas liberdades julgam continuar essa tradição combatendo agora pela liberdade de abortar. Os seus pais militaram contra a ditadura e a guerra colonial, os seus avós resistiram à censura e demagogia, ao racismo e genocídio.

Mas na sociedade que sacrifica a liberdade à qualidade de vida, o tema que motiva a intervenção é a liberdade sexual. Mesmo sacrificando a vida do filho.

Pensam copiar velhas glórias, mas não notam que, ao fazê-lo, caem na posição dos antigos opressores. Não vêem que a luta que marcará este tempo, a generosidade heróica da nossa geração, é precisamente a defesa da vida contra a ditadura do hedonismo.
Continuamos a ter heróis no combate pela liberdade, mas esses estão do lado do "não", afirmando a liberdade de nascer, de ter um nome, de ser alguém.

Fonte



Patético é ver como certas “forças políticas” e seus “seguidores” se indignam quando terroristas são enviados para Guantánamo, ditadores sanguinários são enforcados, quando operações militares são levadas a cabo para eliminar terroristas; No entanto, na hora de proteger o mais indefeso dos seres, são os primeiros a “afiar as facas”.

Afinal de que lado estarão?  :roll:

Demasiado triste e confrangedor para ser verdade!
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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ricardonunes

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« Responder #127 em: Fevereiro 05, 2007, 11:54:13 pm »
Citação de: "M. Luther King"
A moral não pode ser promulgada como uma lei [ civil] , mas o comportamento pode ser regulado. Os decretos [ ...] não podem mudar o coração, mas podem limitar a crueldade.

Citar
Nuremberga condenou 10 líderes nazis por "encorajarem e coagirem ao aborto", acto que o tribunal caracterizou como "um crime contra a humanidade" - Michael Schwartz, "Abortion The Nazi Connection." News­letter of the Catholic League for Religious and Civil Rights, August 1978, p. 1
Potius mori quam foedari
 

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« Responder #128 em: Fevereiro 06, 2007, 10:55:42 am »
Citação de: "Luso"
Citar
Isso e "Iluminados", auto-intitulados donos da verdade absoluta , desejosos de impor a vontade de 1/2 dúzia a povos inteiros...

- Alguém me chamou?
 :mrgreen:

Papatango, bolas, vc agora até defende a Zita seabra, uma pessoa sem o menor nivel de integridade , que mal lhe cheirou a um "tachinho" se reconverteu á "social-democracia"....

Ainda o vou ver a pedir para que erguam uma estátua ao José Luis Judas, outro grande paladino da Honestidade :mrgreen: )

Quero lá saber de PCPs , PSs, PSDs e o raio que os parta, eu falo por mim, não ando a seguir a cartilha de ningúem, poça que o homem é chato, deve pensar que sou do comité central.

Mas tb pode ter a certeza, preferia mil vezes ser do Comité Central do que dos Jantares do Caldas, das tias (*cof*cof*cof* esta tosse)....isso sim é que é hipocrisia.

Saudações Marxistas (tendência Grouxo) :P
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #129 em: Fevereiro 06, 2007, 11:05:43 am »
Citação de: "Jorge Pereira"

Patético é ver como certas “forças políticas” e seus “seguidores” se indignam quando terroristas são enviados para Guantánamo, ditadores sanguinários são enforcados, quando operações militares são levadas a cabo para eliminar terroristas; No entanto, na hora de proteger o mais indefeso dos seres, são os primeiros a “afiar as facas”.

Afinal de que lado estarão?  :roll:  :roll:
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« Responder #130 em: Fevereiro 06, 2007, 11:55:52 am »
P44 eu fui contra a invasão pelos Americanos ao Iraque, sou contra aquela coisa a que eles chama de prisão em Guantánamo e no entanto vou votar "não" neste referendo.

Já agora, para descontrair e apesar do tipo ser um acérrimo defensor do "sim" aqui vai um video para o ppl descontrair:

http://www.youtube.com/watch?v=JtDRKmuRwB4
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...[/u].

 

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Jorge Pereira

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« Responder #131 em: Fevereiro 07, 2007, 02:40:07 am »
Citação de: "EntãoéAssim"
Badajoz para nascer, Portugal para morrer

Tenho ouvido ultimamente o sr. Primeiro-Ministro e o sr. Ministro da Saúde,
e com eles todo o séquito que habitualmente os acompanha em coro, insistir
na vergonha que é a afluência de mulheres grávidas portuguesas a Badajoz,
ao que eles dizem para abortar em clínicas dessa especialidade (não sei se
hei-de chamar-lhe médica, ou se ainda não estará reconhecida como tal).

Não podemos permitir a continuação de semelhante escândalo, dizem eles
tremelicantes de patriótica indignação, é obrigação do Estado português
assegurar a todas as cidadãs que o queiram fazer a possibilidade de abortar
livremente e com todas as garantias aqui, no generoso país que é o delas.

Não sei se haverá ou não essa falada romaria abortista, desconheço o facto
e não tenho acesso às fontes de informação de Suas Excelências.

Porém, o que sei de ciência certa é que ouvi não há muito tempo as mesmas
vozes troçando dos atavismos anacrónicos que levavam alguns portugueses a
protestar contra as medidas de Suas Excelências que obrigam as grávidas
portuguesas de extensa zona do país a deslocarem-se para Badajoz a fim de
ali darem à luz. Segundo explicaram então às nossas mentes obscurecidas por
séculos de anti-espanholismo primário, isso de fronteiras já não é do nosso
tempo.

E todos os critérios de racionalidade financeira apontam para a
conveniência da solução que nos arranjaram: as portuguesas que queiram ter
as crianças que vão a Badajoz, que vão muito bem e serão bem atendidas.

Nós não temos dinheiro para essa extravagância de sustentar maternidades
deficitárias, não podemos esbanjar com esse luxo de terem os filhos em
Portugal.
O que os nossos hospitais terão que garantir, isso sim, é que no caso de
estarem interessadas em os abortar poderão fazê-lo por cá, sem listas de
espera nem mesquinhices economicistas. Nem que tenha de formalizar-se uma
via verde para as candidatas, e organizar-se uma equipa permanente só para
isso em cada hospital distrital, e reservar um bloco só para essas
intervenções, e destinar um reforço no orçamento para que não haja falhas
.

Pode lá admitir-se que uma portuguesa tenha que ir abortar a Badajoz!


 :Palmas:  :Palmas:
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Rui Elias

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« Responder #132 em: Fevereiro 07, 2007, 03:04:32 pm »
Eu sou contra o aborto, que considero uma tragédia total.

Sou defensor da vida seja ela intra-uterina, seja a de militares e de facto muitos dos defensores da "vida" aplaudiram uma invasão de um país com base em mentiras e falsidades.

O que acontece em relação ao aborto, não é perguntar se se é a favor ou contra.

Imaginem o seguinte cenário:

Uma mulher jovem descuida-se na toma da pílula, tem uma diarreia ou toma um antobiótico que faz apilula perder o efeito.

De repente vê-se grávida e trabalha a prazo numa fabriqueta de sapatos, onde tem medo de ser dispensada por estar grávida.

O que fazer?

Outro exemplo:

Uma estudante universitária apanha uma buba do caixão à cova na queima das fitas, e vai para a cama com o colega.

De repente no mês seguinte vê-se grávida e para nem dizer aos pais, aconselha-se com uma amiga ou com a colega da turma, arranjam, dinheiro nem que seja na COFIDIS, e diz aos pais que tem que ficar nesse fim de semana em casa da amiga para estudar para um exame.

E aí metem-se as 2 no carro e vão a badajós tratar do assunto.

Ou a adolescente que vai descuidadamente para uma "curte" com o colega, fica grávida, e aí, os pais e o irmão mais velho, para ela não "desgraçar" a sua vida obrigam-na, com coerção a desfazer-se do feto.

Ou etc, etc, etc.

Será que essa 3 mulheres deveriam ir para a prisão ou pelo menos serem julgadas por isso?
 

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Lightning

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« Responder #133 em: Fevereiro 07, 2007, 05:28:37 pm »
Citação de: "Rui Elias"
Será que essa 3 mulheres deveriam ir para a prisão ou pelo menos serem julgadas por isso?


Isso não sei mas de certeza que devem ser responsaveis pelos seus actos, se alguém bate numa criança também é responsabilizada por isso, eu discordo de passar atestados de irresponsabilidade as mulheres.
A primeira deveria saber que o tal antibiotico faz a pilula perder o efeito e as duas seguintes deviam saber que o sexo sem protecção pode levar a ficarem gravidas.
Estamos no seculo XXI, na idade da informação, em qualquer aldeola à internet e tv cabo, não me venham com historias, as pessoas tem que ser responsaveis pelo que fazem!
 

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Jorge Pereira

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« Responder #134 em: Fevereiro 08, 2007, 01:19:00 am »
Citação de: "Lightning"
Citação de: "Rui Elias"
Será que essa 3 mulheres deveriam ir para a prisão ou pelo menos serem julgadas por isso?

Isso não sei mas de certeza que devem ser responsaveis pelos seus actos, se alguém bate numa criança também é responsabilizada por isso, eu discordo de passar atestados de irresponsabilidade as mulheres.
A primeira deveria saber que o tal antibiotico faz a pilula perder o efeito e as duas seguintes deviam saber que o sexo sem protecção pode levar a ficarem gravidas.
Estamos no seculo XXI, na idade da informação, em qualquer aldeola à internet e tv cabo, não me venham com historias, as pessoas tem que ser responsaveis pelo que fazem!


Excelente Lightning, nem mais. Além disso, muitas pessoas parecem esquecer que já existe até uma pílula do "dia seguinte".

Hoje em dia já não há desculpas para se “brincar” de forma irresponsável!
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos