Exército Portugues o melhor do Mundo!

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Miguel

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« Responder #30 em: Janeiro 08, 2007, 08:09:26 pm »
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A Guerra do Ultramar é de facto um feito notável para um país com menos de 8 milhoes de habitantes, sem experiência naquele tipo de guerra e que teve de se adaptar e substituir todo um arsenal do tempo da 2ª guerra mundial. E houve militares notáves: Oficiais, Sargentos e Praças


Nenhum Exército podia ter feito o esforço que fez o nosso durante 13 anos.

E hoje somos a unica antiga potencia colonial com boas relaçoes diplomaticas com as suas antigas provincias.

E se finalmente pela paz e os erros cometidos dos dois lados, voltamos a viver todos juntos num mundo Lusofono?

O meu maior desejo era esse.
 

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Yosy

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« Responder #31 em: Janeiro 08, 2007, 08:23:06 pm »
^^^^ é típico dos tugas darmo-nos bem com toda a gente. Não há um lugar no mundo onde não haja um Silva ou um Lopes ou um Ferreira.
 

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Lightning

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« Responder #32 em: Janeiro 08, 2007, 09:10:07 pm »
Citação de: "Miguel"
Nenhum Exército podia ter feito o esforço que fez o nosso durante 13 anos.

Bem isso é um exagero bem grande, porque é que nenhum podia ter feito o que fizemos? É verdade que foi um grande esforço, mas ouve outras guerras, travadas por outros paises, que também foram grandes esforços, por exemplo os franceses na Indochina tiveram batalhas terriveis, morreram mais franceses do que americanos no Vietname, a "Bush War" da Rhodésia foi travada com "um punhado" de militares e na década de 80 foram considerados pelo comando da NATO como o melhor exercito de contra-guerrilha do mundo, não quero dizer que foram melhor ou pior do que os portugueses, mas também tiveram muito valor na guerra que travaram, assim como outros paises que não referi.

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E hoje somos a unica antiga potencia colonial com boas relaçoes diplomaticas com as suas antigas provincias.

Mas que más relações é que o Reino Unido, a França ou a Espanha tem com as ex-colonias?

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E se finalmente pela paz e os erros cometidos dos dois lados, voltamos a viver todos juntos num mundo Lusofono?

O meu maior desejo era esse.


Que tal perguntar isso aos brasileiros e aos povos africanos, acho que não é bem o objectivo deles... :shock:
 

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balburdio

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« Responder #33 em: Janeiro 09, 2007, 11:24:58 pm »
Citação de: "papatango"
É que eu estava a falar de exércitos, ou seja de forças terrestres e não navais.

Coloco todas as vitórias conseguidas com chefes estrangeiros, num capítulo à parte, pelo que em termos de estratégia militar não nos resta muita coisa.
Quando vamos falar de D. Nuno alvares Pereira  e por exemplo de Aljubarrota, o que vemos é que a maior parte da nobreza estava ao lado dos castelhanos e que mais uma vez foi o povo que lutou.

Em África, quem deu o corpo ao manifesto, foram os milicianos e os recrutas  vindos de lá de trás os montes, dos montes do Alentejo, das campinas do ribatejo ou do vale do Douro, a quem davam uns meses de instrução e mandava com uma arma às costas para as picadas da Guiné ou de Angola.

Eles aguentaram a dureza, porque estavam habituados à dureza da vida no próprio país.

um soldado americano, no Vietename, tinha muito mais dificuldades. Habituado à Coca Cola e a Hamburgers e a uma vida relativamente fácil.

Mas o soldado português, habituado a viver num casebre sem condições, à luz das velas, a comer à lareira, sopa cozinhada numa panela de ferro de três pernas, não achou grande diferença.

Foi a rudeza dos soldados, ajudou Portugal a lutar durante tanto tempo. Quem  vive habituado a levar porrada, não nota quando leva mais uns sopapos.

Depois, tivemos os meninos betinhos da universidade que fizeram manifestações e foram para África como castigo. Eles achavam aquilo mau. Tão mau, que começaram a criar consciência política nos soldados  "bimbos".

As chefias, essas ficaram em grande parte em Portugal. As cadeiras precisavam de uso  :twisted:

Cumprimentos


uma tendencia curiosa esta, a de tentar re-escrever a história (e a própria realidade) uma moda presistente criada pelos movimentos ditos populares (que de populares nunca tiveram grande coisa)
A verdade é que a guerra, tal como a história é feita pelos grandes. são eles não só quem lidera as forças nas guerras como tb são eles afinal quem decide fazer a guerra e a paz
o povo limita-se a alimentar a carnificina nos campos de batalha.

depois vem esta lamuria caduca pró-abrilenta tão cara à esquerda do nosso país.
como se para ser bom soldado seja preciso ser um pobre coitado "habituado a levar porrada" .
no meu dicionario isso descreve um desgraçado medroso que foge aos primeiros tiros, mas enfim!
a verdade é nós sempre fomos bons soldados, todos nós! os ricos e os pobres, aliás mais os ricos porque têm tempo livre para brincar com armas a sério e não com foices e outros utensílios de lavoura.
já os romanos diziam isso de nós, e os romanos tiveram a melhor organização militar de todos os tempos!
os mouros e os otomanos também não achavam graça nenhuma ás nossas brincadeiras, na Índia temiam-nos a ponto de preferir o suicídio ao combate. e os otomanos eram temidos por toda a europa.
Napoleão em pessoa presenciou os nossos soldados profissionais em combate e ficou petrificado, e Napoleão achava que o seu 'exército de cidadãos' o melhor do mundo. Mas não era! bem comandados por oficiais profissionais britanicos e portugueses e treinado, o nosso exercito, composto já não de cidadãos mas de soldados profissionais, era, em conjunto com o exercito britanico, a melhor força de combate do mundo.

Em Aljubarrota, ao contrário do que dizem os "sabichões" de trazer por casa, os cidadãos apenas formavam a parte da turba ululante que pouca coisa fez.
a batalha foi ganha muito pelos bons ofícios dos besteiros e arqueiros, soldados profissionais portanto.
posteriormente os portugueses perseguiram a cavalo os espanhois infligindo grandes baixas. que se saiba só a nobreza ou soldados profissionais possuiam cavalo.
mesmo a tão laureada ala dos namorados era composta por jovens fidalgos(ainda sem estatuto de cavaleiros) que nesse dia combateram a pé, como parte da estrategia de D. Nuno Álvares Pereira.

e em Africa? o que vemos?
mais uma vez quem faz a diferença, são os oficiais e os profissionais treinados por estes: pára-quedistas, fuzileiros e comandos. os magalas milicianos só lá estão como espectadores da morte, muitas vezes da sua própria.

nós somos um dos povos da europa com mior tradição de exercito profissional, os nosos politicos sempre descuraram a preparação da população para a guerra, de forma que quando a guerra começava eram apanhados de calças na mão com uns poucos milhares de soldados profissionais.
a falta de experiencia em formar exercitos por conscrição popular sempre foi um dos nossos grandes problemas militares.
por esse motivo (organizacional) recorremos muitas vezes a especialistas estrangeiros como o mencionado conde de Lippe.
a partir do sec 19, com as campanhas napoleonicas, isso mudou de alguma forma, mas voltámos a cair no fim desse mesmo seculo.
com a 1ª guerra mundial houve novamente a necessidade de mobilizar as massas para a guerra, os resultados foram desastrosos!
em contraste, a organização conseguida nos anos 60 para acudir às provincias ultramarinas foi um sucesso, se bem que não imediato e com altos e baixos. A formação das milicias era a suficiente, principalente considerando a boa qualidade das forças especiais e da estrategia de guerra no geral.
os principios eram os correctos, seguindo mais as doutrinas inglesa e francesa que a americana, considerada (devido ao vietname) falivel.
por outro lado a formação tecnica segue a linha americana, mais pragmatica e facil de implementar(também menos exigente) que a inglesa por exemplo (que exige praticamente todo um exercito de cariz profissional).

a modernidade mostra-nos que o futuro é o dos exercitos profissionais, o factor numerico está tão desvalorizado que mobilizar massas é visto como algo de terceiro mundista e perfeitamente inutil como se viu no iraque.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #34 em: Janeiro 09, 2007, 11:56:40 pm »
Eu nem queria postar nada neste tópico...mas enfim cá vai a minha contribuição.
Eu acho que os Portugueses fazem sempre um bom serviço por onde passam; e sabem porquê?! Não é porque temos armas XPTO, ou porque somos "muita bons", ou seja lá o que for; mas porque o soldado Português na sua maioria é HUMILDE! Pois é, mesmo nas unidades de elite, onde a norma é todas dizerem que são superiores, mesmo aí há uma humildade que não encontramos na maior parte das vezes noutros países. Também há o facto do soldado Português cumprir com a sua missão, e isso vê-se muito claramente nas missões de manutenção/imposição de Paz na Bósnia, Kosovo, Afeganistão, etc. Todos nós sabemos que as tropas Portuguesas apresentaram-se nesses TO muitíssimo mal equipadas (se comparar-mos com os outros contingentes). Se mostrar-mos trabalho (que mostramos) e se fomos muito elogiados foi porque o soldado Português deu o seu melhor para a missão, mostrou-se humilde e afável com as populações locais. Os Portugueses quando recebem alguém tentam sempre falar a lingua ou pelo menos tentar perceber o turista e quando vai lá fora acontece a mesma coisa. Quantas vezes uma pessoa vai à Espanha e eles...nada! Vão a França e tentem falar em Inglês com eles para ver o que acontece. Coisa boa não é de certeza!

Meus senhores não é preciso recordar coisas que aconteceram à séculos atrás, basta ver o nosso presente, mal equipados, mal apoiados pelo governo, os nossos soldados levam o bom nome de Portugal aos 4 cantos do mundo. Sempre foi assim e sempre será assim!
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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balburdio

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« Responder #35 em: Janeiro 10, 2007, 05:27:31 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Eu nem queria postar nada neste tópico...mas enfim cá vai a minha contribuição.
Eu acho que os Portugueses fazem sempre um bom serviço por onde passam; e sabem porquê?! Não é porque temos armas XPTO, ou porque somos "muita bons", ou seja lá o que for; mas porque o soldado Português na sua maioria é HUMILDE! Pois é, mesmo nas unidades de elite, onde a norma é todas dizerem que são superiores, mesmo aí há uma humildade que não encontramos na maior parte das vezes noutros países. Também há o facto do soldado Português cumprir com a sua missão, e isso vê-se muito claramente nas missões de manutenção/imposição de Paz na Bósnia, Kosovo, Afeganistão, etc. Todos nós sabemos que as tropas Portuguesas apresentaram-se nesses TO muitíssimo mal equipadas (se comparar-mos com os outros contingentes). Se mostrar-mos trabalho (que mostramos) e se fomos muito elogiados foi porque o soldado Português deu o seu melhor para a missão, mostrou-se humilde e afável com as populações locais. Os Portugueses quando recebem alguém tentam sempre falar a lingua ou pelo menos tentar perceber o turista e quando vai lá fora acontece a mesma coisa. Quantas vezes uma pessoa vai à Espanha e eles...nada! Vão a França e tentem falar em Inglês com eles para ver o que acontece. Coisa boa não é de certeza!

Meus senhores não é preciso recordar coisas que aconteceram à séculos atrás, basta ver o nosso presente, mal equipados, mal apoiados pelo governo, os nossos soldados levam o bom nome de Portugal aos 4 cantos do mundo. Sempre foi assim e sempre será assim!


deveria haver um nome para isto, já que é praticamente um movimento.
humildade? nunca ganhou qualquer guerra!!!

a humildade é apanagio de quem tem mesmo de ser humilde sem opção.

nós fazemos "bom serviço" porque a malta dura que anda nestas lides faz jus à opinião geral sobre os portuguese: a saber, para quem tem algumas dúvidas (isto é a opinião patente num relatorio da OTAN de meados dos anos 80):
- "o soldado português é particularmente rude e resistente, adapt
ável e desembaraçado, pecando mais pela disciplina que pelas aptidões militares."-
quem assim descreveu o nosso soldado era num especialista em instrução militar americano, que teria ficado particularmente impressionado com aquilo que viu.
 

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balburdio

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« Responder #36 em: Janeiro 10, 2007, 05:38:15 pm »
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Bem isso é um exagero bem grande, porque é que nenhum podia ter feito o que fizemos?

não é um exagero, é a realidade, somos de facto o único pais a ter sustentado uma guerra de contra-insurreição em tres frentes simultaneas, conservando sempre ao fim o ascendente militar.



Citar
Que tal perguntar isso aos brasileiros e aos povos africanos, acho que não é bem o objectivo deles... :shock:[/


os brasileiros e africanos são aquilo que se chama de patriotas-dor-de-cotovelo! o país deles é o sempre maior do mundo.
 

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Yosy

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« Responder #37 em: Janeiro 10, 2007, 05:54:49 pm »
Citação de: "balburdio"
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Bem isso é um exagero bem grande, porque é que nenhum podia ter feito o que fizemos?

não é um exagero, é a realidade, somos de facto o único pais a ter sustentado uma guerra de contra-insurreição em tres frentes simultaneas, conservando sempre ao fim o ascendente militar.


Isso é treta. Só Angola estava mais ou menos controlada. Na Guiné estavamos derrotados e em Moçambique não faltava muito.
 

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Luso

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« Responder #38 em: Janeiro 10, 2007, 07:14:37 pm »
Em Moçambique estavamos derrotados?
Certamente seria onde teriamos resolvido o problema.

As propagandas ainda subsistem. Eu cai nelas durante muito tempo e só delas saí à minha custa.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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ricardonunes

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« Responder #39 em: Janeiro 10, 2007, 07:28:57 pm »
Um livro bastante interessante sobre o assunto "Africa - A vitória traída" dos Generais J. da Luz Cunha, Kaúlza de Arriaga, Bethencourt Rodrigues e Silvino Silvério Marques :wink:

Citar
Este é o importante documento dos quatro Generais, a vitória era possível. Em Angola estava à vista. A estratégia Soviética, porém atacou em Lisboa. E aqui ganhou o que estava a perder em África
Potius mori quam foedari
 

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Yosy

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« Responder #40 em: Janeiro 10, 2007, 08:50:40 pm »
Leiam a PIDE/DGS na Guerra Colonial para ver o estado a que tinhamos chegado. A Guerra Colonial viu as FAs baterem-se bem e com honra, garantindo 13 (TREZE) ANOS ao governo para lidar com a situação (porque apenas poderia ser com uma solução política).
 

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ricardonunes

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« Responder #41 em: Janeiro 10, 2007, 09:16:22 pm »
E a solução politica acabou por ser adoptada, e o resultado foi o que todos nós sabes :?

Salazar afirmou uma vez

Citar
Ainda não existe uma elite em Angola capaz de administrar o pais independente. Nem na comunidade branca nem na comunidade negra


Terá sido uma afirmação profética ?
Potius mori quam foedari
 

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papatango

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« Responder #42 em: Janeiro 10, 2007, 11:07:35 pm »
A pior coisa numa força militar (ou das piores) é o excesso de confiança.

Em Portugal, para piorar as coisas, quando achamos que somos os melhores, normalmente descuidamo-nos e as coisas acabam por sair mal.
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Citação de: "balburdio"
depois vem esta lamuria caduca pró-abrilenta tão cara à esquerda do nosso país.
como se para ser bom soldado seja preciso ser um pobre coitado "habituado a levar porrada" .
no meu dicionario isso descreve um desgraçado medroso que foge aos primeiros tiros, mas enfim!
:roll:

O que move as forças de um país pequeno, ou de um exército pequeno é a energia do desespero e o medo. O medo move montanhas.

Todas as pessoas têm medo, e os portugueses têm tanto medo quanto os outros. Grande parte das nossas principais vitórias deve-se a isso.

Para ser soldado não é preciso ser um pobre coitado. O que afirmo é que os nossos soldados em África não passavam disso. E são ou foram as condições de vida duras e miseráveis que o tornaram mais resistente. Tão resistente em África, como para fugir à guerra a salto para França.
O governo português viu-se obrigado a efectuar acordos com os franceses para tentar parar a sangria.

Durante grande parte da História, fomos um povo encostado ao mar, que prefere não lutar, mas quando tem que defender-se defende-se.
Mas não tenhamos ilusões.

Sempre que me falam do alto treino e da capacidade dos militares, lembro-me da primeira missão portuguesa no estrangeiro depois da guerra, na antiga Jugoslávia, em que a primeira coisa que os nossos «rambos» fizeram foi levar granadas para a caserna para lhes rebentarem nas mãos.

Miudos, ou melhor, putos! Nada sabiam sobre a realidade, mas estavam numa tropa de elite, provavelmente cheios de ilusões sobre a grande qualidade do soldado português...

Nós não somos melhores que ninguém. Reagimos violentamente se nos encostam à parede, mas somos apenas pessoas. Seres humanos iguais aos outros. As diferenças que nos caracterizam foram as que foram determinadas pela geografia, pela produtividade da terra, nada mais.

Cumprimentos

Nota: Os americanos fizeram apreciações sobre os militares portugueses nos anos 50 e essa análise continuou actual por muito tempo.
A robustez do soldado português (e a indisciplina) sempre foram uma característica reconhecida. São características que facilmente encontram explicações históricas.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #43 em: Janeiro 11, 2007, 10:45:45 am »
Citação de: "balburdio"
deveria haver um nome para isto, já que é praticamente um movimento.
humildade? nunca ganhou qualquer guerra!!!

a humildade é apanagio de quem tem mesmo de ser humilde sem opção.

Não sei se ganha guerras ou não, mas que faz de nós bons soldados nas missões de manutenção/imposição da paz...faz!

Citar
nós fazemos "bom serviço" porque a malta dura que anda nestas lides faz jus à opinião geral sobre os portuguese: a saber, para quem tem algumas dúvidas (isto é a opinião patente num relatorio da OTAN de meados dos anos 80):
- "o soldado português é particularmente rude e resistente, adapt
ável e desembaraçado, pecando mais pela disciplina que pelas aptidões militares."-
quem assim descreveu o nosso soldado era num especialista em instrução militar americano, que teria ficado particularmente impressionado com aquilo que viu.


Olha eu não sei se a malta é assim tão dura. Eu tive um treino duro, mas andavas uns quilómetros e chegavas ao Entroncamento...lá garanto-te que o treino era/é (?) do mais frouxo possível!
Rude? Os meus melhores camaradas na tropa eram tipos espectaculares, às vezes um pouco intepestivos, mas isso é próprio da idade (18/20 anos). A adaptabilidade é uma caracteristica dos Portugueses, isso e a curiosidade. É isso que levou ao pobre rapaz levar o resto de uma bomba de desfragmentação par a caserna. O mais engraçado ( :roll: ) é que nem Portugueses nem Italianos tentaram impedi-lo... Na minha unidade a disciplina era nota dominante, não havia dúvidas (nem podia haver). Fiquei em dúvida é com essa parte do "aptidões militares", o que é que queres dizer com isso?
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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MaisAlto

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« Responder #44 em: Janeiro 11, 2007, 10:02:01 pm »
"Em Moçambique estavamos derrotados?
Certamente seria onde teriamos resolvido o problema. "

Não, não era...

Na Guiné estávamos resumidos a Bissau e arredores, o resto era dos "turras" e dos bichos. Em Moçambique perdemos a iniciativa quase desde o inicio do conflito, por uma razão simples: a FRELIMO era a única força opositora e estava bem organizada, inicicialmente do ponto de vista político a que foi acrescentando a capacidade militar. Mesmo com a Nó Górdio, não conseguimos rigorosamente nada de importante, a não ser dar umas semanas de algum alívio aqueles que estavam nas nossas quadrículas, deixando de ser flagelados de forma tão assídua e regular. Pouco tempo depois, voltou tudo ao antigamente. Em Mueda e em todo o planalto dos Macontes, sair do arame farpado para fazer patrulhas nos arredores, era já por si uma operação militar. Mesmo com a superioridade área, a FAP voava cada vez mais alto assim que apareceram os Strella e correram rumores de SAM-2 vindos do Norte.
Em Angola correu a nosso favor, durante algum tempo, o facto de serem 3 os opositores e não haver coordenação entre eles. Porém, a partir do momento em que a UNITA e o MPLA ganham peso internacional e apoios militares, as nossas hipóteses militares reduziram-se drasticamente. Poderíamos, eventualmente, arrastar a situação de Angola durante mais alguns tempos, alguns anos talvez, mas chegaríamos ao ponto de, também aí, ficarmos "cercados" dentro das cidades. A Spínola não causava impressão esta situação, como várias vezes afirmou sobre a Guiné. "Eles que fiquem com o mato". Porém, era no mato que parte substancial das populações vivia, que a agricultura era efectuada (que os mesmo é dizer que daí advinha o abastecimento alimentar às cidades...) e era para o mato que o nosso IN ( por ex. a FRELIMO e PAIGC) trazia os repórteres estrangeiros, convidando-os a circular livremente em território libertado do colonialismo. E eles faziam-no. Ora, como poderíamos nós afirmar a nossa soberania nos territórios, quando depois os jornalistas passavam dias no mato juntamente com os ditos terroristas à vista desarmada da cidade de Bissau ...