A Verdade Sobre a Economia Espanhola

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papatango

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« Responder #15 em: Dezembro 20, 2006, 09:46:16 pm »
Não encontro nenhum dado relevante sobre as relações economicas entre Portugal e a Alemanha em nenhum dos links.

O que disse, é que as exportações portuguesas para a Alemanha reagiram conforme a economia alemã melhora.

A dependência de um único cliente é má para qualquer fornecedor. É uma regra básica, no caso espanhol, há os problemas políticos que igualmente desaconselham o aumento das relações econónicas.

Logo, a dependência do mercado espanhol, se for exagerada, será sempre negativa. Acho mesmo que no caso espanhol, ela pode-se transformar num cancro mortal.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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JoseMFernandes

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« Responder #16 em: Dezembro 20, 2006, 10:35:39 pm »
Papatango
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O tópico é de Terca-feira à tarde.
Não é assim tão antigo.

Julgo...que talvez Cabeça de Martelo se refira a um assunto iniciado com  título "arranjado" por mim em Abril deste ano " ESPANHA:as sombras das fraquezas sob a luz do crescimento"."Uma economia das mais dinâmicas mas tambem mais vulneráveis" diziam então especialistas europeus em economia, desde Cavalier e Silipo ao Patrick Artus .Tratava-se da minha parte,  uma simples chamada de atenção de alguns economistas, e apenas isso... mas realmente sem seguimento notável por aqui...
Para bem de Espanha (e Portugal) esperemos que continue a tratar-se  essencialmente de "especulação" teórica...
 

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manuel liste

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« Responder #17 em: Dezembro 21, 2006, 08:38:53 am »
ALEMANHA
RELAÇÕES ECONÓMICAS COM PORTUGAL - ICEP


ESPANHA
RELAÇÕES ECONÓMICAS COM PORTUGAL - ICEP


Eu vejo que o crescimento da economia espanhola ajuda a subir as exportações portuguesas, que aumentaram num 60% entre 2001 e 2005. Enquanto, o mercado alemão se reduziu para os produtos portugueses.

Algum problema porque as empresas portuguesas exportem a Espanha? Eu compro a empresas portuguesas, e não vou deixar de fazê-lo para que Portugal possa exportar mais a Alemanha  :?:  :lol:
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #18 em: Dezembro 21, 2006, 10:53:09 am »
Não Manuel, nós não queremos os Euros Espanhóis, mais vale estarmos no desmprego do que exportar para a pérfida Espanha... :roll:

Agora a falar a sério, eu quero lá saber para onde vão os produtos Portugueses, eu quero é que as empresas em Portugal consigam prosperar e criar postos de trabalho. Espanha está bem, óptimo! Portugal está bem, ainda melhor! É tempo de pararem de comparem Portugal com Espanha, porque apesar de sermos vizinhos as duas economias são radicalmente diferentes.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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manuel liste

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« Responder #19 em: Dezembro 21, 2006, 11:04:47 am »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Não Manuel, nós não queremos os Euros Espanhóis, mais vale estarmos no desmprego do que exportar para a pérfida Espanha... :roll:

Agora a falar a sério, eu quero lá saber para onde vão os produtos Portugueses, eu quero é que as empresas em Portugal consigam prosperar e criar postos de trabalho. Espanha está bem, óptimo! Portugal está bem, ainda melhor! É tempo de pararem de comparem Portugal com Espanha, porque apesar de sermos vizinhos as duas economias são radicalmente diferentes.


É curioso, mas o primeiro que faz comparaçoes é o INE português. Polo demáis, de acordo.

A imprensa internacional faz muitos artigos a respeito da economía espanhola, uns máis favoráveis que outros. Nao há porque comentalos tudos.
 

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Tiger22

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« Responder #20 em: Janeiro 31, 2007, 04:41:06 pm »
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España será la próxima víctima de un crack en la zona euro, según ‘The Economist’

España será la próxima víctima de un crack en la zona euro. Esta afirmación la hace Olivier Blanchard, miembro del departamento económico del prestigioso Massachussets Institute of Technology (MIT), en un reciente artículo en The Economist titulado Beggar thy neighbour. La información habla de la recuperación alemana y del complicado horizonte que se presenta para nuestro país fruto de su baja competitividad.

Blanchard ve a España como la próxima víctima de lo que él llama “las depresiones que rotan bajo el euro”. A su juicio, la Unión Económica y Monetaria está caracterizada por la sucesión de booms y quiebras, cada uno en un país. Un típico ciclo stop-go empieza con un aumento localizado de la demanda, que lleva al incremento de salarios, pérdida de competitividad y finalmente a un descenso prolongado. Desde que los tipos de interés a corto plazo en la Eurozona no se adaptan a los ciclos individuales de cada país, la autoridad monetaria no puede atenuar ni los booms, ni los pinchazos.

Según el modelo de Blanchard, el crack migra a través de la zona monetaria de acuerdo a cambios en los costes salariales. Un largo periodo de incrementos en los sueldos por encima de la media, que no van acompañados de aumentos de productividad, dejará eventualmente al país en una significativa desventaja competitiva que puede llevar a España a la ruina.

Tal es el caso de España, donde el cóctel de salarios crecientes y una productividad inactiva nubla la perspectiva de una economía que, en la pasada década, ha crecido una media del 3,7% anual. A la información de The Economist no se le escapa que este crecimiento espectacular ha estado sustentado por los booms inmobiliario y de crédito, que son vulnerables a mayores tipos de interés. Y cita el informe en el que la OCDE señalaba la semana pasada que la alta inflación estaba minando la competitividad española.

Peligrosamente sobrecalentada

Para Blanchard, España está en un punto potencialmente peligroso. Un signo claro de disfunción es el déficit por cuenta corriente, que ascendió al 8,8% del PIB el pasado año, según la OCDE. De hecho, tenemos en estos momentos el segundo déficit por cuenta corriente más grande del mundo medido en dólares y nuestra economía parece, siempre según la revista, peligrosamente sobrecalentada. Por si fuera poco, la productividad por hora cayó el 0,5% el año pasado, continuando una tendencia negativa que data de mediados de los 90. Estos desequilibrios pueden plantear problemas, quizás, en una unión monetaria donde los costes de los ajustes salariales son altos. En América, por el contrario, esto se resuelve de forma menos dolorosa, porque los trabajadores se mueven de los estados más deprimidos a los menos.

En una Eurozona que disfruta últimamente de un raro periodo de optimismo, la bonanza no se produce en los 13 países que la integran por igual. La recuperación alemana supone un desafío para los países del sur de la Zona Euro. Sin la opción de la devaluación, la perspectiva a medio plazo para nuestro país parece menos que atractiva.

http://www.elconfidencial.com/noticias/ ... 2007&pass=





Este já deve ser o enésimo aviso. Depois não digam que não sabiam. Temos que apostar nos EUA, Alemanha, Inglaterra, China e PALOPS. O resto é paisagem!
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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garrulo

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« Responder #21 em: Janeiro 31, 2007, 06:47:30 pm »
Si señor, que explote y se lleve a Zapatero por delante.
España tiene el 107% de la renta de la UE, Portugal el 75%, entramos al mismo tiempo. No seremos tan tontos.
 

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papatango

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« Responder #22 em: Janeiro 31, 2007, 09:45:28 pm »
Os "Avisos" começam a ser preocupantes.

E fazendo uma análise tão séria quanto possível, isto está complicado.

Independentemente das opções do Sócrates, a realidade das relações económicas entre os países da União Europeia é a que é, e a nossa dependência da Espanha, se bem que menos significativa que o que às vezes parece, não deixa de ser preocupante.

Ao contrário de outros países da União Europeia da nossa dimensão como a Bélgica ou a Áustria, que têm vizinhos maiores, nós não temos outros vizinhos e por isso não podemos de um momento para o outro fazer alterações que amorteçam os problemas na Espanha.

Eu também acho que se deve tentar vender produtos em Espanha, só que não se deve depender desse mercado.

Se houver problemas na Espanha eles inevitavelmente vão acabar por nos complicar a vida.
Como já disse anteriormente, se a crise na Alemanha justificou parte da nossa crise de exportações, agora que a crise na Alemanha parece mostrar sinais de se reduzir, teremos uma crise na Espanha para justificar outra crise.

De vantajoso no entanto, é que no caso das empresas exportadoras, a exportação para o mercado espanhol, não só abre mercados como torna as empresas mais competitivas e quanto mais não seja por isso, é uma vantagem.

Outro problema, no que respeita às empresas espanholas, é o da venda abaixo do preço de custo, para rodar stocks. Não é possível a empresas portuguesas lutar contra preços de empresas muito maiores que têm facilidade em utilizar este tipo de expedientes.
O resultado evidentemente, é que se as empresas portuguesas não vendem, vão à falência.
O Dumping, é uma forma de destruir concorrentes e reservar o mercado para momentos melhores.

No computo geral, a opção economica do Sócrates "Espanha, Espanha. Espanha" terá feito algum sentido, mas acredito que foi um erro estratégico.

Nós (e os nossos empresários) não somos estúpidos, e sabemos muito bem que há que aproveitar as vantagens do mercado espanhol. Aliás, como recentemente foi afirmado até na TV, o investimento português em Espanha é maior que o investimento espanhol em Portugal.
Estamos a entrar, de "mansinho" e sem precisar de fazer barulho.
Os espanhóis compram produtos portugueses sem sequer saber que os estão a comprar.

Embora tenha sido um desastre por causa do Plano Real, acredito que a opção do Guterres pelo Brasil, era uma opção mais adequada.

Os países africanos são uma opção, mas cada vez mais estão voltados para a China.

Creio que é tempo de pensar que África não se restringe aos países de língua portuguesa.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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garrulo

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« Responder #23 em: Janeiro 31, 2007, 10:25:30 pm »
Pues si que son tontos sus empresarios , si tan peligroso es el mercado español,no exporten.
España tiene el 107% de la renta de la UE, Portugal el 75%, entramos al mismo tiempo. No seremos tan tontos.
 

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manuel liste

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« Responder #24 em: Fevereiro 01, 2007, 03:10:56 pm »
Nunha cousa ten razón o Papatango: ter mercados de exportación diversificados é o mellor para calquera economía, pois a fai menos vulnerable as oscilacións internacionáis.

Por outra banda, non teño prexuizo ningún á compra de produtos portugueses. Os produtos portugueses non teñen que se esconder para que os compren en España, e a demostración está na gran suba das exportacións cara a España dos últimos anos. O problema das empresas portuguesas está noutros mercados, non en España.

Para rematar, comentar de pasada que a economía española subiu un 3,8% en 2006, según o Banco de España, e un 4% no último trimestre dese ano. A crise non chegou, se cadra. Haberá que ter paciencia...  :D
 

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pablinho

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« Responder #25 em: Março 02, 2007, 02:47:22 pm »
Nos 80: España hundese.
Nos 90: non vos ilusionesdes que esto se acaba
No 2007: proximo crakc dentro de nada...
E aqui estamos, todos os paises pasan crise.

Tiguer non esteas tan contento, dependedes tantode nos que,  gusteche ou non se España se hunde vos os afundides connosco asi que empeza a rezar para que o que pronosticas non se cumpra.
 

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JoseMFernandes

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« Responder #26 em: Março 03, 2007, 05:56:30 pm »
O economista Daniel Amaral no EXPRESSO (3/3/2007)


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Ventos da Ibéria

 Os espanhóis estão em tudo: na televisão, na banca, na indústria, nos serviços
   
  Para quem leia jornais todos os dias, o fenómeno é incontornável: só se fala da Espanha. Há financiamentos e parcerias, fusões e aquisições, compras e ameaços. O importante é estar. E os espanhóis estão em tudo: na televisão, na banca, na indústria, nos serviços. O tema é redondo: mercado ibérico, economia ibérica, iberismo. E os inquéritos tornaram-se inevitáveis: concorda com a criação da Ibéria? Mas esta é uma coluna de economia, não de política. Fui ver de onde sopra o vento.

Olhando o último quinquénio, verifica-se que o PIB espanhol cresceu a um ritmo de 3,2% ao ano, mais ou menos o dobro da Zona Euro e quase seis vezes o paupérrimo crescimento português. E, se alargarmos o horizonte, o impacto é ainda maior. Há dez anos, o rendimento «per capita» espanhol era igual a 80% da média europeia; hoje é igual a 93%. Mas, no mesmo período, o equivalente português regrediu de 70% para 66%. Que fez a Espanha, e nós não fizemos, para alcançar este sucesso?

Primeiro que tudo, aumentou o PIB potencial. E fê-lo de duas maneiras: por um lado, apostando num modelo que privilegiava o emprego - a taxa de desemprego, que chegou a ultrapassar os 20% da população activa, está hoje na casa dos 7%, em linha com os padrões europeus; por outro, dotando a estrutura produtiva dos capitais necessários - o crescimento do investimento, no seu pico mais alto, chegou a exceder o dobro do crescimento do produto. Melhor era impossível.

Mas, como sabemos, ter potencial não chega. É preciso utilizá-lo. E aqui entra a segunda vaga. A Espanha, beneficiando do facto de ter uma taxa de desemprego muito elevada, controlou exemplarmente os salários, fazendo acréscimos em linha com a inflação e retendo os ganhos de produtividade para embaratecer os produtos. A batalha da competitividade, decisiva nesta fase, foi exemplarmente ganha. E as contas públicas, controladas até ao milímetro, fazem hoje inveja aos melhores.

Tudo bem então em Espanha? Não. De há uns tempos a esta parte, nuvens negras começaram a toldar o horizonte. Primeiro, a componente emprego ficou mais difícil e o crescimento teve de se virar para a produtividade. Depois, a inflação disparou, sugerindo sobreaquecimento e desequilibrando a balança de transacções correntes. E, por último, sobreveio a crise do imobiliário, uma bomba-relógio à beira da explosão. A Espanha de hoje tem semelhanças com o Portugal de 2000. Mas nós falhámos. Será ela capaz de dar a volta por cima?

Eis os ventos que passam. Faz sentido um mercado ibérico? Ele já existe, nas relações de troca que se fazem todos os dias. E uma economia ibérica, no sentido em que duas forças se juntam para criar uma força comum? Nada a opor: o importante é que haja serviços de qualidade a um preço justo, independentemente de quem vier a prestá-los. Então uma Ibéria país? Bom… Não sei… Talvez… Esperem um bocadinho… Senti um calafrio aqui dentro... Serão efeitos de Aljubarrota?...

Claro que isto não é racional. É bloqueio. Mas Ibéria não: eu gosto de ser português.

 

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« Responder #27 em: Março 07, 2007, 12:18:33 pm »
PIB 4º Trimestre año 2006 (respecto al mismo periodo año anterior): +4%

Producción industrial enero 2007 (respecto al mismo periodo año anterior): +5,1%
 

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old

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« Responder #28 em: Março 08, 2007, 03:53:56 pm »
Ese tal Daniel Amaral esta un poco resentido?
Le ocurre algo malo ?

Creo que refleja fielmente a Portugal. Vive anclado en el pasado, (en aljubarrota concretamente ;)

España tiene que dejar de crecer a este ritmo. Es cuestion de tiempo, luego vendra una desaceleracion progresiva y suave. Nada de bancarrotas ni cataclismos varios. Son ciclos economicos naturales, salvo claro esta, haya alguna crisis con materias primas estrategicas (gas petroleo) que sacudirian a todo el mundo.

Lo ganado en estos años con mucho mucho esfuerzo hace que finalmente se hayan reducido las distancias con Francia Alemania o U.K.


A Portugal lo que mas le interesa es un vecino desarrollado y lo mas fuerte posible, porque como Espanha caiga no me quiero ni imaginar que ocurriria con Portugal.
 

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JoseMFernandes

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« Responder #29 em: Março 09, 2007, 11:16:43 am »
Citação de: "old"
Ese tal Daniel Amaral esta un poco resentido?
Le ocurre algo malo ?
Creo que refleja fielmente a Portugal. Vive anclado en el pasado, (en aljubarrota concretamente ;)
(...)
Lo ganado en estos años con mucho mucho esfuerzo hace que finalmente se hayan reducido las distancias con Francia Alemania o U.K.

A Portugal lo que mas le interesa es un vecino desarrollado y lo mas fuerte posible, porque como Espanha caiga no me quiero ni imaginar que ocurriria con Portugal.


Não noto no artigo em referencia ressentimento e muito menos ódio do autor (um economista que não está no topo dos especialistas da área económica em Portugal, mas obviamente beneficia  da grande dimensão do semanario  onde escreve), em relação a Espanha.Comparado com  alguns autores (sobretudo franceses, va lá saber-se porquê  :?

Cumprimentos