Esta realidade, que muitas vezes é esquecida vem deitar mais luz sobre os problemas dos nacionalismos europeus, e da criação artificial de estados durante o século XIX, mas mesmo antes.
A Italia e a Alemanha são o caso mais conhecido, mas antes disso, temos a Espanha e a Grã Bretanha, que são associações mais ou menos forçadas de países que outrora tinham as suas características próprias.
O problema no Reino Unido é antigo, e afecta como todos sabemos também a vizinha Espanha, e estes são provavelmente os mais conhecidos casos, mas não são os únicos.
Em diferentes níveis, o norte de Itália e algumas regiões da Alemanha têm problemas de identidade, na Bélgica, a Flandres e a Valónia detestam-se civilizadamente.
Este movimento, tornará os estados menos coesos, em estados mais débeis, e isto pode resultar num aumento do poder de um governo central em Bruxelas, o qual cada vez mais os estados mais pequenos vêm como garantia do seu direito à independência ou soberania.
Podemos estar perante a presença de algo parecido com o antigo império de Carlos Magno, que tentou recuperar a ideia da unificação durante o periodo do Império Romano.
Neste cenário de atomização, curiosamente, países de dimensão média, como Portugal, passam a ter uma importância maior.
O reverso da medalha, é que a União Europeia, que já não funciona bem com os actuais 25/27 membros, funcionará ainda pior se aparecerem países como a Escócia, a Padania, a Catalunha, a Flandres, e em casos extremos mesmo Hesse, ou a Baviera.
Cumprimentos