Viva!
Estamos a falar de um grupo muito heterogéneo de atiradores. Alterna-se operacionais com treino regular, com administrativos que não vão tantas vezes à carreira de tiro. Isto só por si, já pode ser justificativo de alguns disparos que aparecem por ali meio "tresmalhados".
Mas estou convencido, que alguns dos disparos que se vêm um pouco fora do local esperado, têm outra origem. Faz parte do treino, fazer tiro de reacção policial. O atirador parte para o exercício com a pistola no coldre e sem munição na câmara (obrigação regulamentar na PSP), tendo apenas dois segundos para fazer fogo contra um alvo ameaçador. Passados os dois segundos o alvo esconde-se novamente. Na ânsia de efectuar o disparo dentro do tempo e na zona correspondente ao grau de ameaça, (o atirador tem de sacar a arma, introduzir munição na câmara, apontar e fazer fogo) alguns elementos com menos treino e mais ansiedade provocam alguns daqueles impactos “tresmalhados” (normalmente acontece no primeiro disparo).
Como passam por ali cerca de vinte elementos por dia, semanas a fio, não admira que a zona de tiro apresente aquela imagem. Este equipamento não para, funciona de segunda a sexta-feira. Sempre que é terminada a instrução num lugar, a carreira de tiro móvel é deslocada durante a noite, para às 09H00 do dia seguinte ser iniciada a instrução a mais vinte elementos por dia.
Este equipamento foi caríssimo, mas o benefício dele resultante justificou e justifica o investimento. Alguém aqui sugeriu a compra de outro equipamento, para dar uma maior resposta ás necessidades. Pois a DN da PSP já pensou nisso e parece que no próximo ano, vai entrar uma segunda carreira de tiro móvel em funcionamento.