Roller Wave ??

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jango

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Roller Wave ??
« em: Setembro 18, 2006, 08:21:45 pm »
Gostaria de colocar uma duvida, poderá alguém esclarecê-la...
Apanhei a meio um documentário na semana passada num canal da TVCAbo, uma reportagem sobre o afundamento do petroleiro Prestige...a determinada altura pareceu-me que eles davam como possibilidade para as causas do afundamento uma enorme "onda cruzada" ( roller wave??) que embateu no casco do petroleiro e abriu um rombo de 50 metros de comprido por 10 metros altura, que viria a causar o afundamento do Petroleiro. Ontem Domingo, vi o filme Poseidom, em que o argumento baseia o afundamento deste com o mesmo tipo de onda. Um filme é um filme mas relativamente ao Prestige tratou-se de um documentário e  estamos a falar de um petroleiro com capacidade de carga de mais de 100.000 toneladas, ou seja, do tamanho ou maior que os Porta Aviões americanos. Ora eu pensava que navios desta dimensão eram virtualmente inafundáveis, que tinhamos chegado a uma dimensão de navios e a um nivel de tecnologia em que seria legitimo pensarmos que não existiria força da natureza, tempestades, ciclones, ondas gigantes, icebergs ou que quer que seja, que afundassem um navio destas dimensões. Será que estamos tal como os conterrâneos do Titanic, terrivelmente equivocados?? Pode uma onda gigante cruzada virar e afundar um Porta Aviões norte americano de 105.000 toneladas???
 

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manuel liste

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Re: Roller Wave ??
« Responder #1 em: Setembro 18, 2006, 08:56:33 pm »
Citação de: "jango"
Gostaria de colocar uma duvida, poderá alguém esclarecê-la...
Apanhei a meio um documentário na semana passada num canal da TVCAbo, uma reportagem sobre o afundamento do petroleiro Prestige...a determinada altura pareceu-me que eles davam como possibilidade para as causas do afundamento uma enorme "onda cruzada" ( roller wave??) que embateu no casco do petroleiro e abriu um rombo de 50 metros de comprido por 10 metros altura, que viria a causar o afundamento do Petroleiro. Ontem Domingo, vi o filme Poseidom, em que o argumento baseia o afundamento deste com o mesmo tipo de onda. Um filme é um filme mas relativamente ao Prestige tratou-se de um documentário e  estamos a falar de um petroleiro com capacidade de carga de mais de 100.000 toneladas, ou seja, do tamanho ou maior que os Porta Aviões americanos. Ora eu pensava que navios desta dimensão eram virtualmente inafundáveis, que tinhamos chegado a uma dimensão de navios e a um nivel de tecnologia em que seria legitimo pensarmos que não existiria força da natureza, tempestades, ciclones, ondas gigantes, icebergs ou que quer que seja, que afundassem um navio destas dimensões. Será que estamos tal como os conterrâneos do Titanic, terrivelmente equivocados?? Pode uma onda gigante cruzada virar e afundar um Porta Aviões norte americano de 105.000 toneladas???


Está demostrado por la investigación del caso Prestige que ese petrolero sufría de graves problemas estructurales. De hecho, estaba haciendo su último viaje rumbo al desguace cuando una ola partió un flanco del buque, mal reparado en unos astilleros chinos.

Un buque de 100.000 toneladas nada tiene que temer de un temporal fuerte, siempre que esté en buenas condiciones de navegación.
 

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Yosy

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« Responder #2 em: Setembro 18, 2006, 09:01:18 pm »
Não é a "roller wave" de que fala, mas sim uma "rogue wave". Este é um fenónemo científico provado, mas muito raro, conhecido como superondas - ondas enormes capazes de virar um navio (capsize) se for pequeno, ou parti-lo, se for grande. De qualquer modo, afundamentos, tendo em conta a quantidade de navios a navegar, são raros.

Não existem navios inafundáveis actualmente (e dúvido que alguma vez existirão - a Natureza tem forças incríveis). Existem sempre perigos para navios, mas eles mudam caso sejam navios pequenos ou grandes.

O pior que pode acontecer a um navio a navegar com mar bravo ou numa tempestade é (além de fogo abordo - sempre perigoso) é a máquina (motor) falhar - algo muito raro de acontecer, pois existem muitas seguranças a bordo e todos os sistemas estão em duplicado (ás vezes em triplicado ou mais).

Para navios pequenos, o perigo a navegar em tempestades é o "capsize" - virar de bordo. Nos grandes, o perigo é partir (literalmente - devido ao seu tamanho o capsize é quase impossível, mas como existe muito peso á proa e popa, ele pode partir-se no meio).

O problema do Prestige foi ser um navio velho e sem casco duplo. Actualmente (e foi por isto que ele não foi autorizado a entrar nas nossas águas) todos os petroleiros têm que ter casco duplo - um casco dentro de outro. Assim se o casco exterior for danificado não há perigo de derrame. Durante uma tempestade, houve um rebentamento num dos tanques do navio e ele, sendo como era, ficou condenado.

Citação de: "manuel liste"
Un buque de 100.000 toneladas nada tiene que temer de un temporal fuerte, siempre que esté en buenas condiciones de navegación.


Uma tempestade é sempre de temer, não importa qual seja o navio.
 

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emarques

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« Responder #3 em: Setembro 19, 2006, 01:24:50 pm »
Não é só o tamanho da onda, é também a forma. Normalmente as ondas em alto mar não fazem aquilo que se costuma ver na praia de formar "parede" e quebrar. Em vez disso, é como se o navio passasse por uma colina. Só que de vez em quando forma-se uma onda com uma forma atípica para a qual os cascos não são desenhados, e as forças inesperadas abalam muito a estrutura. Às vezes destroem-na totalmente, ainda mais no caso do Prestige, que como o manuel liste diz não estava exactamente nas melhores condições à partida.
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.