Só umas notas para o “nosso” oceanógrafo de serviço, porque o tempo e a paciência não abundam:
A fulanização, tentando menorizar as pessoas, não leva a lado nenhum..
O que eu disse foi o seguinte ...
Mas eu já bati tantas vezes com a cabeça, que me lembrei de que deveria existir forma de explicar que o mar a norte dos Açores (umas ilhas do Atlantico, que parece que pertencem a Portugal) é dos mais violentos de todo o mundo.E isto transforma um cidadão num oceanógrafo.
Também deve ser preciso ser oceanógrafo, para perceber o que é uma onda, especialmente quando ela nos faz bater no teto

Eu não entendo qual é o problema que o NVF tem com o mapa, que basicamente mostra aquilo que qualquer pessoa sabe ... As águas são extremamente dificeis para quem não só as atravessa, mas tem que desempenhar missões nelas.
- Até nos Grandes Lagos há tempestades violentíssimas (vento extremo, para quem não entende), que geram ondas monumentais capazes de naufragarem navios com centenas de metros de comprimento e milhares de toneladas de deslocamento;
Nevar, também neva em Evora (lá vou levar roda de meteorologista), mas ninguém anda a pedir que se instalem limpa-neves em todos os veículos dos bombeiros.
Uma coisa é você ter neve em Evora, outra coisa é você ter as ruas de Évora constantemente atulhadas de neve durante o inverno
Colocar a primeira imagem que aparece no Google é fazer o mesmo que se critica noutros foristas.
O mapa é relevante, tão relevante que na sua pesquisa ele apareceu em primeiro lugar. e destina-se simplesmente a mostrar o óbvio. O mapa é uma demonstração do que eu afirmei acima, não uma coisa destinada a ocupar espaço e a tentar alterar um tema...
Aliás, nem entendo como tal imagem aparece num artigo científico — um gráfico sem unidades, não significa nada em termos científicos. A imagem que coloquei tem, obviamente, unidades e maior significado para a questão, pois a altura máxima das ondas é mais significativa que a média. Nesta discussão faria, aliás, mais sentido utilizar a mediana do que a média — presumo que não será necessário explicar o porquê;
O mapa colocado foi produzido por professores de uma universidade da Irlanda, terá que perguntar porque é que pessoas com dezenas ou centenas de estudos publicados cometem este tipo de erro. Eu não sei
O que sei, é que o mapa mostra o que acontece e tem relação direta com a realidade.
Finalmente, a utilização abusiva da chamada lei de Murphy, como se tratasse da Lei da Gravitação Universal
Bom, este é o mais hilariante comentário, peço desculpa ...

mas tinha que dizer isto ...
A Lei de Murphy, não é uma lei é muito mais aquilo a que nós chamamos "Adagio Popular" ...
É uma forma de dizer "Tantas vezes o cântaro vai à fonte, que alguma vez, fica lá a asa"
Que eu saiba a Católica não tem nenhuma cadeira sobre "sabedoria popular" que isso ficava muito mal aos senhores doutores ...
- Já sabemos que o NPO é fantástico e complexo. Afinal há por aí muitos porta-vozes da marinheca. O problema é que, ao fim destes anos todos, o número de pessoas que ainda papam grupos de marinheca é cada vez menor.
Bom, quanto às afirmações de marinheca e holistico, que são frases da moda, eu não me posso pronunciar. Eu limito-me a olhar para um navio, a tentar acompanhar o seu desenvolvimento desde o inicio - e dentro das medidas do possível - pois nem me tinha apercebido da questão dos estabilizadores (mea culpa mea maxima culpa).
Os NPO são navios aceitáveis. O seu aspeto relativamente pouco guerreiro tem várias explicações. Ele foi buscar aparentemente alguma coisa às corvetas, ao que consta. Tem capacidade para o pouso de um helicóptero, ainda que não haja certificação, é estável o suficiente, para poder atingir uma velocidade de 20 nós.
Mas ...
Qualquer embarcação tem um centro de gravidade e quando se quer colocar coisas em cima do navio, isso altera o centro de gravidade.
Conheci um caso de uma embarcação em que o dono quis colocar uma nova antena de radar, mas a antena tinha que ser colocada dois metros acima.
Era uma embarcação pequena, mas o radar teve que ser removido por causa da estabilidade.
Todas as afirmações de que se deve colocar um hangar num NPO e um helicoptero (nomeadamente para o mandar para o atlântico no inverno fazem-me lembrar este expoente da construção naval portuguesa :
Uma nota: O acidente era "de projeto" o navio não era estável, tinha que ser muito lastrado para voltar a navegar de forma autónoma e ficava meio afundado, sem poder navegar com ondulação minima.