Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa

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Vicente de Lisboa

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« Responder #1455 em: Outubro 20, 2008, 02:17:54 pm »
Acabei de perceber que armamento estes meninos vão ter. Por favor digam-me que a coisa é reconfiguravel para aguentar mais qualquer coisinha, nem que seja no luso espirito do desenrasca...
 

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luis filipe silva

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« Responder #1456 em: Outubro 20, 2008, 02:49:43 pm »
aguadoce 1 escreveu:
Citar
.O que me ocorreu foi se seria posivel utilizar uma configuração minima de armas (configuração Patrulha)em 9 dos 10 NPO

Não serão 10 NPO, mas sim 6 (seis) NPO e 2 (dois) Navios de Combate à Poluição.
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Luis Filipe Silva
 

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« Responder #1457 em: Outubro 20, 2008, 03:21:03 pm »
Citação de: "Vicente de Lisboa"
Acabei de perceber que armamento estes meninos vão ter. Por favor digam-me que a coisa é reconfiguravel para aguentar mais qualquer coisinha, nem que seja no luso espirito do desenrasca...


para fiscalização de pesca dá e sobra... :roll:
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LM

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« Responder #1458 em: Outubro 20, 2008, 03:34:20 pm »
Citação de: "Vicente de Lisboa"
Acabei de perceber que armamento estes meninos vão ter. Por favor digam-me que a coisa é reconfiguravel para aguentar mais qualquer coisinha, nem que seja no luso espirito do desenrasca...

A questão é saber se o custo de "aguentar mais qualquer coisinha" compensa... e, como pode verificar por post's anteriores, a maioria pensa que não, se o objectivo for ter uma corveta - tipo de navio que não compensa para a nossa realidade geoestratégica.

Se o projecto existente comporta mais capacidades? Pode, mas nunca será uma corveta, conforme aqui explicado pelo mestre Luis Filipe Silva:

Citar
Embora eu também não perceba de estructuras navais, existem diversos factores para o casco dos NPO não se prestar a ser convertido em corveta.

1- O seu conceito é baseado em plataforma civil.

2- Não foi mínimamente pensado para absorver choques resultantes de combate, minas, absorsão do "coice" de armamento mais pesado.
(Quando estive embarcado numa corveta, o disparo da peça de 40 mm. foi o suficiente para fazer abrir uma balsa salva-vidas, e rebentar algumas canalizações no refeitório).

3- Toda a subdivisão interna foi concebida para um meio não combatente:
Paióis, limitação de avarias, sistemas de combate, sistemas de armas, geração de energia, tudo tinha que ser alterado, saindo mais barato projectar um navio de raíz.

4- Outro ponto desfavorável, é que um navio tipo corveta bem armado, não tem actualmente utilidade na Armada devido ao custo/eficácia em relação a uma fragata.

Mas pode ter mais capacidades - eu defendo a existencia de 2 unidades "especiais", mas sem nunca serem "navios de guerra"/corvetas:
Citar
Hoje é que o LFS nos corre a pontapé!! O lurker disse tudo - eu ao início, confesso, também cria "corvetas", mas cada vez mais penso que a unica coisa boa neste processo foi definir claramente o NPO como um navio "paramilitar" com funções quase totalmente "policiais"...

Corvetas (ou navios a imitar corvetas) apenas seria um esbanjar dos nossos muitos escassos recursos e sem grande uso na nossa realidade geoestratégica (quando comparada com a da Grécia, por exemplo)...

Dito isto... vou tornar a repetir-me:
- A peça de 40mmL60 é um perigo para as missões do NPO, coloquem .50" de apoio pelo menos (30mm em plataforma Typhoon também era bom...).
- Os casos recentes na costa da Somália fazem-me defender 2 dos NPO com capacidades mais "musculadas" para missões policiais (ie nada de misseis...) - um 57mm, FCS, comunicações reforçadas, radar tipo SCANTER 410, alguma capacidade "Electronic warfare support measures"... na minha opinião vai haver necessidade de começar a patrulhar certas zonas devido a piratas / guerrilheiros e enviar uma fragata é demasido "caro"... também podem acompanhar uma fragata em algumas operações "military operations other than war", como as nossas "velhas" corvetas fizeram na evacuação da Guiné-Bissau.
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cromwell

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« Responder #1459 em: Outubro 20, 2008, 03:35:09 pm »
Citação de: "Feinwerkbau"
segundo o que sei a entrega do primeiro está prevista para Março de 2009, caso não existam mais contra-tempos..........................


paaaahhhhhhhhhhhh se se põem a alterar o projecto da coisa nesta fase do campeonato, só temos patrulhas lá pra 2020  :shock:

Quanto à data de entrega, ainda bem, mais vale tarde que nunca. :roll:
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Vicente de Lisboa

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« Responder #1460 em: Outubro 20, 2008, 04:31:45 pm »
Obrigado pelas respostas!

Mas se a ideia é então apenas patrulhar/policiar, então para quê fazer meninos de 80 metros? Bem sei que não se pode enviar cascas de noz para o Atlantico mas caramba, como está o NPO parece um tipo muito musculado com um pénis de bébé.
 

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LM

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« Responder #1461 em: Outubro 20, 2008, 05:19:16 pm »
Citação de: "Vicente de Lisboa"
Obrigado pelas respostas!

Mas se a ideia é então apenas patrulhar/policiar, então para quê fazer meninos de 80 metros? Bem sei que não se pode enviar cascas de noz para o Atlantico mas caramba, como está o NPO parece um tipo muito musculado com um pénis de bébé.


É um dos casos em que tamanho é importante e muito... é uma das condições para aguentar o nosso mar, que um dos mais difíceis (em especial os Açores no inverno) - claro que o projecto tem que também ser o indicado e um dos custos que vamos ter é estabilizadores activos.

Já tive conversas com um antigo tripulante de uma corveta em missão SAR nos Açores no inverno e é um meio muito exigente tanto para as máquinas como para o pessoal.

E aço é barato, o que custa é o "recheio"/sistemas.
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luis filipe silva

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« Responder #1462 em: Outubro 20, 2008, 06:02:00 pm »
Vicente de Lisboa escreveu:
Citar
Mas se a ideia é então apenas patrulhar/policiar, então para quê fazer meninos de 80 metros? Bem sei que não se pode enviar cascas de noz para o Atlantico mas caramba, como está o NPO parece um tipo muito musculado com um pénis de bébé.

LM escreveu:
Citar
É um dos casos em que tamanho é importante e muito... é uma das condições para aguentar o nosso mar, que um dos mais difíceis (em especial os Açores no inverno) - claro que o projecto tem que também ser o indicado e um dos custos que vamos ter é estabilizadores activos.


Actualmente a fiscalização das águas da Madeira é feita com navios da classe Cacine, e já foi feita com lanchas da classe Argos (II) devido ao mar ser relativamente calmo. Nos Açores já foi feita com caça-minas da classe Faial, patrulhas das classes Boavista e Cacine, e depois passou a ser feita ccom as corvetas. Além das condições do mar, a dispersão das nove ilhas do Arquipélago exige um navio grande e com pouca guarnição, o que lhe dá uma grande autonomia em combustível, aguada e víveres, podendo assim estar mais dias no mar. Utilizar uma corveta para fiscalizar a pesca e o contrabando fica caríssimo, e não  justifica tal investimento.
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« Responder #1463 em: Outubro 20, 2008, 08:05:48 pm »
Ok, faz sentido. Obrigado cavalheiros.
 

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« Responder #1464 em: Outubro 20, 2008, 09:34:09 pm »
o exemplo da Classe inglesa RIVER de OPVs partilha da mesma filosofia

http://www.naval-technology.com/projects/river_class/

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« Responder #1465 em: Outubro 21, 2008, 09:21:38 am »
e para a Venezuela... :roll:

Citar
First OPV for Venezuela Navy

NAVANTIA LAUNCHES THE FIRST PATROL BOAT FOR VENEZUELA


This is the first unit of a contract of 8 ships signed in 2005




San Fernando-Puerto Real shipyard, in Southern Spain, launched on 16th. October, the firs of the series of 4 BVL, patrol boats for the control of the coast, that navantia is building for the Venezuelan Navy. The ship was named “Guaicamacuto” and her godmother was Mari Carmen La Riva de Quintana. This ceremony was presided by the Venezuelan Ambassador in Spain, Alfredo Toro, the Chief of the Venezuelan Navy, Pedro González, the President of Navantia, Juan Pedro Gómez-Jaén, and other relevant guests.

These ships have been designed by Navantia for defence missions of the sea around Venezuela: protection of the fishing area, protection against smuggling and drug traffic, as well as the defence of the maritime traffic in general.

Main characteristics:

Coast Vessels:
Length: 79.90 m.
Width: 11.50 m.
Depth: 7 m.
Displacment: 1,500 t.
Speed: 22 knots
Autonomy: 4,000 miles
Crew: 34 + 30

The delivery of thes 4 untis will be from August 2009 to July 2011. As part of this contract, Navantia is also building 4 patrols for the control and protection of the exclusive economic area, to be delivered from May 2010 to July 2011.

Besides the important work for the shipyards of Navantia until 2.012, this contract means an important commercial milestone for the company, as it outlines its position in this market, with an own last generation project.


http://www.navantia.es/irj/portal/anony ... Level=true
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« Responder #1466 em: Outubro 21, 2008, 11:57:57 am »
Por outro lado, os computadores a operar esses navios são todos Magalhães. :lol:
 

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« Responder #1467 em: Outubro 21, 2008, 12:48:51 pm »
boas

Para quem diz que as obras nos navios, deve reparar melhor nas fotos. Nas fotos vê-se que um deles ja possui um radar enquanto o outro ainda não
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Upham

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« Responder #1468 em: Outubro 21, 2008, 12:55:45 pm »
Boa tarde confrades foristas!

Já faz um tempo que que não posto por aqui, embora venha meter o nariz de vez em quando.

E pegando na questão de "meter o nariz" ligada ao tópico NPO 20?? (sabe-se lá quando), pelo que li no caso destes navios concebidos para patrulha/vigilância em alto mar (Atlântico Norte Central) faz sentido um navio sólido e simples de grande autonomia, e para fiscalizar pescadores ou eventualmente abordar um navio suspeito (pesca/cargueiro/turismo/passageiros, emigrantes africanos clandestinos, traficantes, etc), não fará tanto sentido uma "coisa" muito grande, até porque quanto maior a "coisa" mais caro fica o navio. Estarei certo?

Mas, e as "orelhas" do tipo (navio). Penso que sendo um navio de patrulha/vigilância, ai sim faria sentido o investimento em equipamento de vigilância electrónica. Ocorre-me a transformação que os Americanos fizeram em, se não estou errado, dois navios da classe Stalwart, (Navios de Vigilância Oceânica/Operações Anti-Tráfico de Droga)?

O que pensam os restantes foristas?

Cumprimentos!
"Nos confins da Ibéria, vive um povo que não se governa, nem se deixa governar."

Frase atribuida a Caio Julio César.
 

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luis filipe silva

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« Responder #1469 em: Outubro 21, 2008, 02:09:26 pm »
Upham escreveu:
Citar
Mas, e as "orelhas" do tipo (navio). Penso que sendo um navio de patrulha/vigilância, ai sim faria sentido o investimento em equipamento de vigilância electrónica. Ocorre-me a transformação que os Americanos fizeram em, se não estou errado, dois navios da classe Stalwart, (Navios de Vigilância Oceânica/Operações Anti-Tráfico de Droga)?

Creio que estarão equipados com aparelhos IR. Nas operações anti- tráfico de droga, normalmente há articulação entre as polícias, a Armada e a FAP, a qual fornece meios mais efectivos de rastreio.
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Luis Filipe Silva