Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #3555 em: Março 26, 2014, 07:17:33 pm »
Citação de: "mafets"
Citação de: "Edu"
Não fazia ideia que o NPO 2000 não incluia nenhumas dessas caracteristicas de sobrevivência tipicas em navios militares. É comum que navios mais vocacionados para a patrulha não incluam essas caracteristicas ou é algo que só afecta o NPO 2000?
Se for para acções não combatentes por norma não inclui pois são navios baseados muitas vezes em cascos civis de forma a serem mais baratos de construir e operar para tarefas na ZEE, como policiamento, fiscalização, busca e salvamento, etc (http://en.wikipedia.org/wiki/Patrol_boat) . Por norma os OPV modernos é que incluem estas características de combate e podem assim ser usados em missões fora das aguas territoriais: http://sistemasdearmas.com.br/nav/modmbopv.html
Actualmente a maioria dos países ou prefere navios modulares ou coloca em serviço OPV (que podem ser utilizados em pelo menos zonas de combate de baixa intensidade, isto apesar de existirem OPV mais bem armados e equipados que muitas corvetas ou mesmo fragatas). Por norma já não optam por soluções como os P-400 ou a Albóran que praticamente só podem fazer missões não combatentes.



Cumprimentos
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #3556 em: Março 26, 2014, 07:18:50 pm »
Citação de: "papatango"
Bom, o NPO-2000 é em muitos aspectos um navio com caracteristicas civis.
Ele não é no entanto completamente desprovido de características que são comuns em navios militares.
Tanto quanto me lembro o navio tem uma área protegida no centro, construção adequada para permitir a instalação de uma peça de artilharia de tiro rápido e estrutura para garantir a operação de um helicóptero, o que também implica reforços em pontos chave. A cablagem também terá sido objeto de proteção especial, o que não é comum em navios civis.

De qualquer forma, todo o projeto foi pensado para um navio que dá 20 nós e que pode navegar a velocidade baixa durante muito tempo.
Esta característica é adequada para o que se espera do navio.

De resto a única coisa que os dinamarqueses têm e que faz sentido em Portugal são os patrulhas Flyvefisken, mas a operação desses navios é cara, embora possa ser mais barata que a das corvetas. O Flyvefisken precisa de 20 homens para navegar e pode atingir 30 nós, o que é provavelmente demasiado para um patrulha.
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #3557 em: Março 26, 2014, 07:19:51 pm »
Citação de: "chaimites"
Citação de: "Edu"
Não fazia ideia que o NPO 2000 não incluia nenhumas dessas caracteristicas de sobrevivência tipicas em navios militares. É comum que navios mais vocacionados para a patrulha não incluam essas caracteristicas ou é algo que só afecta o NPO 2000?

 Quem disse que não tem?
Que mania de lançar bitaites  sem saberem do que falam.

O Navio foi construido em aço classe  A+  com duplo fundo e casco duplo

o NPO esta compartimentado em 5 pavimentos e 10  anteparas estanques sobrevivendo com  5 anteparas e pavimentos  continuos completamente alagados

os motores diesel ou eletricos, e os grupos geradores  estão posicionados de forma a que com qualquer  antepara alagada mesmo com  5    o navio continue a ter energia e propulsão.  
 
  com mais de X    (esta parte é segredo de estado)  anteparas e pavimentos  contínuos  alagados o navio parte ao meio  e  mesmo assim as anteparas não alagadas  flutuariam   (a parte alagada afundaria) :roll:
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #3558 em: Março 26, 2014, 07:20:58 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Nãaaaaaaaa, aquilo é um iate pintado de verde. c34x
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #3559 em: Março 26, 2014, 07:22:06 pm »
Citação de: "Edu"
Citação de: "chaimites"
Citação de: "Edu"
Não fazia ideia que o NPO 2000 não incluia nenhumas dessas caracteristicas de sobrevivência tipicas em navios militares. É comum que navios mais vocacionados para a patrulha não incluam essas caracteristicas ou é algo que só afecta o NPO 2000?

 Quem disse que não tem?
Que mania de lançar bitaites  sem saberem do que falam.

O Navio foi construido em aço classe  A+  com duplo fundo e casco duplo

o NPO esta compartimentado em 5 pavimentos e 10  anteparas estanques sobrevivendo com  5 anteparas e pavimentos  continuos completamente alagados

os motores diesel ou eletricos, e os grupos geradores  estão posicionados de forma a que com qualquer  antepara alagada mesmo com  5    o navio continue a ter energia e propulsão.  
 
  com mais de X    (esta parte é segredo de estado)  anteparas e pavimentos  contínuos  alagados o navio parte ao meio  e  mesmo assim as anteparas não alagadas  flutuariam   (a parte alagada afundaria) :roll:

A minha intervenção foi mesmo no sentido de admitir que não sabia chaimites. Mas fico extremamente agradado por ver que afinal o navio tem essas capacidades que o podem tornar um navio combatente. Por outro lado é ainda mais desanimador que se termine o programa NPO 2000 assim, só com duas unidades contruidas, e agora se pense em comprar lá fora.

As suas elucidações chaimites penso que fazem ver a todos que com a adopção por exemplo de uma peça Bofors de 57 mm (ou até mesmo Oto Melara 76mm), sensores melhorados e eventualmente alguma defesa anti-aérea (CIWS? RAM?) a Marinha Portuguesa teria à sua disposição navios com capacidade por exemplo que combate à pirataria, de apoio a tropas em desembarque e até eventualmente na ausência de melhor operar como escoltador oceânico.
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #3560 em: Março 26, 2014, 07:23:04 pm »
Citação de: "mafets"
Citação de: "chaimites"
Citação de: "Edu"
Não fazia ideia que o NPO 2000 não incluia nenhumas dessas caracteristicas de sobrevivência tipicas em navios militares. É comum que navios mais vocacionados para a patrulha não incluam essas caracteristicas ou é algo que só afecta o NPO 2000?

 Quem disse que não tem?
Que mania de lançar bitaites  sem saberem do que falam.

O Navio foi construido em aço classe  A+  com duplo fundo e casco duplo

o NPO esta compartimentado em 5 pavimentos e 10  anteparas estanques sobrevivendo com  5 anteparas e pavimentos  continuos completamente alagados

os motores diesel ou eletricos, e os grupos geradores  estão posicionados de forma a que com qualquer  antepara alagada mesmo com  5    o navio continue a ter energia e propulsão.  
 
  com mais de X    (esta parte é segredo de estado)  anteparas e pavimentos  contínuos  alagados o navio parte ao meio  e  mesmo assim as anteparas não alagadas  flutuariam   (a parte alagada afundaria) :roll:

Chamites, à excepção do controle de danos e dos tanques de combustível (que tem lógica que existam e tenham protecção pois numa acção de policiamento ou de combate ao narcotráfico à troca de tiros), tudo o resto não é encontrado em navios civis ou não combatentes (por exemplo a colocação dos motores ou geradores tanto é valida para um navio atingido por fogo inimigo como por exemplo abalroado por outra embarcação)?
Alem disso o que afirmei foi que por norma os navios não combatentes não usam muitas das caracteristicas dos projectos dos  navios combatentes, deixando em aberto que cada caso é um caso.  E qual é o tipo de projéctil que a borracha balística aguenta? 12,7mm, 20mm, 40 mm? A construção interior usa que componentes? Qual resistência do Aço tipo A à ogiva dum exocet? a uma bomba de 250kg? a um projéctil de 76mm? a um RPG? Existe alguma matéria entre o casco duplo do navio? Onde são acomodadas as munições? Etc.


Estamos a falar de questões importantes antes de artilhar o navio e o enviar para uma zona de guerra (quantas tragédias como  Atlantic Conveyor é que querem?). Ainda por cima tem uma motorização para uma velocidade a rondar os 20 nós, possui apenas radares de navegação e o sistema de controle da peça de artilharia é electo-optico. Não tem contra-medidas, chaff e quando se fala em instalar uma peça de artilharia de 57 ou 76mm é preciso ver até que ponto isso pode alterar o cento de gravidade do navio (no Brasil colocar torres de 114 mm em corvetas deu mau resultado).


Volto a lembrar que as tipo XXI também tinham muitas destas características e o resultado com apenas bombas de 250kg foi o que se viu. Agora, ninguém está a dizer que o projecto NPO 2000 não tinha "pernas para andar" em termos de evoluir para um navio mais capaz (mesmo um OPV) agora como está construido é uma embarcação para cumprir muito bem missões de fiscalização, mais não. Além disso com o custo de 50 milhões a unidade, mesmo que o preço baixasse para os 40 milhões comparem com os OPV chilenos que custaram 45 milhões.



Saudações
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #3561 em: Março 26, 2014, 07:24:01 pm »
Citação de: "Edu"
Citação de: "mafets"

Certo Chamites, mas À excepção do controle de danos e dos tanques de combustível, tudo o resto é encontrado em navios civis ou não combatentes. E qual é o tipo de projéctil que a borracha balística aguenta? 12,7mm, 20mm, 40 mm? A construção interior usa que componentes? Qual resistência do Aço tipo A à ogiva dum exocet? a uma bomba de 250kg? a um projéctil de 76mm? a um RPG? Existe alguma matéria entre o casco duplo do navio? Onde são acomodadas as munições? Etc.
Estamos a falar de questões importantes antes de artilhar o navio e o enviar para uma zona de guerra. Ainda por cima tem uma motorização para uma velocidade a rondar os 20 nós, possui apenas radares de navegação e o sistema de controle da peça de artilharia é electo-optico. Não tem contra-medidas, chaff e quando se fala em instalar uma peça de artilharia de 57 ou 76mm é preciso ver até que ponto isso pode alterar o cento de gravidade do navio (no Brasil colocar torres de 114 mm em corvetas deu mau resultado).

Volto a lembrar que as tipo XXI também tinham muitas destas características e o resultado com apenas bombas de 250kg foi o que se viu.

Bem parece-me a mim que a utilização de borracha balistica apenas interessa enquanto estiver-mos a falar de projecteis não explosivos. Portanto tudo o que seja munições acima de 20 mm provavelmente não relevante que a borracha consiga vedar ou não. Penso também que um navio civil não seja construido com aço de classe tão elevada, mas não sei. Relativamente a aguentar uma bomba de 250 kg, bem se uma fragata de deslocamento muito superior não aguenta não se acredita que um navio patrulha menor aguente. No entanto numa situação em que esteja sujeito a ser bombardeado com bombas de 250 kg ou mesmo misseis anti-navais é algo que me parece que só possa acontecer num conflito simétrico declarado, situação onde mesmo uma corveta terá dificuldade de actuação.
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #3562 em: Março 26, 2014, 07:25:00 pm »
Citação de: "mafets"
Citação de: "Edu"
Citação de: "mafets"

Certo Chamites, mas À excepção do controle de danos e dos tanques de combustível, tudo o resto é encontrado em navios civis ou não combatentes. E qual é o tipo de projéctil que a borracha balística aguenta? 12,7mm, 20mm, 40 mm? A construção interior usa que componentes? Qual resistência do Aço tipo A à ogiva dum exocet? a uma bomba de 250kg? a um projéctil de 76mm? a um RPG? Existe alguma matéria entre o casco duplo do navio? Onde são acomodadas as munições? Etc.
Estamos a falar de questões importantes antes de artilhar o navio e o enviar para uma zona de guerra. Ainda por cima tem uma motorização para uma velocidade a rondar os 20 nós, possui apenas radares de navegação e o sistema de controle da peça de artilharia é electo-optico. Não tem contra-medidas, chaff e quando se fala em instalar uma peça de artilharia de 57 ou 76mm é preciso ver até que ponto isso pode alterar o cento de gravidade do navio (no Brasil colocar torres de 114 mm em corvetas deu mau resultado).

Volto a lembrar que as tipo XXI também tinham muitas destas características e o resultado com apenas bombas de 250kg foi o que se viu.

Bem parece-me a mim que a utilização de borracha balistica apenas interessa enquanto estiver-mos a falar de projecteis não explosivos. Portanto tudo o que seja munições acima de 20 mm provavelmente não relevante que a borracha consiga vedar ou não. Penso também que um navio civil não seja construido com aço de classe tão elevada, mas não sei. Relativamente a aguentar uma bomba de 250 kg, bem se uma fragata de deslocamento muito superior não aguenta não se acredita que um navio patrulha menor aguente. No entanto numa situação em que esteja sujeito a ser bombardeado com bombas de 250 kg ou mesmo misseis anti-navais é algo que me parece que só possa acontecer num conflito simétrico declarado, situação onde mesmo uma corveta terá dificuldade de actuação.

Vamos lá por os "pontos nos is".

Um navio que por exemplo seja usado numa missão na Somália, pelo menos os RPG tem de estar preparado para aguentar, possuir sensores capazes de detectar pequenos alvos, dar mais que 20 nós e ter um helicóptero orgânico, além de armamento mais abrangente do que uma torre ligeira e metralhadores de 12,7mm. Depois, uma coisa é o fabrico para uma missão de fiscalização da Zee outra é por norma aquilo que um navio destas características esta preparado para receber em termos de equipamento e material de guerra. É bem construído, com Aço classe A, óptimo, quer dizer que é bem resistente (muitas das características de construção não são do conhecimento do público portanto manda-se bitates de acordo com as informações disponíveis e a mais não se é obrigado)apesar de actualmente existir material ainda mais resistente, mas por exemplo que tipo de controlo de danos tem? Danos de combate? Depois, para colocar sensores é preciso espaço, seja interior seja exterior e tem esse espaço? Por exemplo quantas toneladas de Upgrade pode suportar? ou para colocar equipamento é preciso tirar outro?. Mesmo navios usados em missões em áreas de menor risco, por exemplo incorporam equipamento de detecção de pequenos alvos da Tales ou algo similar (que as K. Dormen belgas receberam recentemente) e mesmo se tenha a questão é se vale a pena colocar sem mexer nos motores, produzidos para velocidades na casa dos 20 nós.
A Stark aguentou um missil exocet o que aponta para a importância da uma boa construção e de materiais capazes seja aço de classe A ou outro qualquer. E quanto a bombas de 250kg ou mais apenas num conflito assimétrico lembrem-se do caso do USS Cole. Portanto, um navio para combater eficazmente mesmo num conflito de baixa intensidade precisa de algo mais, e se não for em construção é sensores e armamento.
Se muitos países estão a converter as suas fragatas ou corvetas em patrulhas como os EUA com as Perry ou os Espanhóis com as "Descubierta" é porque viram vantagens nisso em relação a patrulhas não combatentes, antes de lançarem os seus OPV. Portugal fez a mesma coisa, mas por azar as suas corvetas eram mais antigas.



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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #3563 em: Março 26, 2014, 07:26:29 pm »
Citação de: "chaimites"
o aço e igual á de todos os navios militares construidos por essa Europa fora
a borracha e igual a de todos,  os materiais interiores... iden  aspas aspas.

Porque pensas que foi tão dificil e moroso aos ENVC conseguirem a cadeia logistica para o fornecimento de materiais a instalar nos NPO200? material de parteleira  ja nós tínhamos.  

 mafets

bombas, misseis......  Não ha chapa nenhuma que aguente a cabeça de um exoccet voando a 900 km/ h........Afundamento ou não .isso depende de muita coisa e de muitas variáveis.  

o objetivo de um  missil não é afundar o navio,  é  deixa-lo fora de combate,   ate que por norma são guiados entre 2 a 5 metros acima  do nivel do mar e detonam a carga incendiaria,  depois do míssil penetrar dentro do navio.  
depois depende do trabalho da equipa anti avarias do navio,,do estado do mar  etc etc

certinho para obter afundamento é um torpedo.
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #3564 em: Março 26, 2014, 07:27:35 pm »
Citação de: "mafets"
Citação de: "chaimites"
o aço e igual á de todos os navios militares construidos por essa Europa fora
a borracha e igual a de todos,  os materiais interiores... iden  aspas aspas.

Porque pensas que foi tão dificil e moroso aos ENVC conseguirem a cadeia logistica para o fornecimento de materiais a instalar nos NPO200? material de parteleira  ja nós tínhamos.  

 mafets

bombas, misseis......  Não ha chapa nenhuma que aguente a cabeça de um exoccet voando a 900 km/ h........Afundamento ou não .isso depende de muita coisa e de muitas variáveis.  

o objetivo de um  missil não é afundar o navio,  é  deixa-lo fora de combate,   ate que por norma são guiados entre 2 a 5 metros acima  do nivel do mar e detonam a carga incendiaria,  depois do míssil penetrar dentro do navio.  
depois depende do trabalho da equipa anti avarias do navio,,do estado do mar  etc etc

certinho para obter afundamento é um torpedo.

Chaimites, o HMS Shefield não foi afundado com um torpedo (conheço pelo menos 3 casos pós II guerra mundial em que de facto foi torpedo e ...  :mrgreen:  ), ou foi? Se tivesse o radar de longo alcance ligado (estava desligado pois estava a contactar Londres via satélite) tinha detectado o míssil. O Eliat também não foi um missil SS-n-2(a USS Stark aguentou o exocet)? As corvetas La Combattante iraquianas com o Harpoon? E que material foi usado na construção interior das tipo XXI (passo a citar, "plástico, fibra de vidro, esferovite, razões que explicavam o baixo preço e que se relevaram catastróficas em combate" In "Navios de Guerra" Hugh Lyon, Salamander Bocks)? Porque derreteu a estrutura de alumínio do HMS Sir Galahad com o incêndio a bordo em que o navio ficou em tão mau estado que foi afundado ao largo)? Não, o material não é todo igual em todo o lado mesmo em navios de combate e volto a lembrar o porta-contentores que nas Falklands ardeu de "fio a pavio" (mostrando o erro que é colocar um navio não capacitado para o combate no meio de um conflito). Portanto é normal que existam dúvidas quanto à construção de navios de combate e não combatentes e não são apenas para implicar com o que é nacional (na imagem logo abaixo esta uma fragata da classe Leander (Hms Plymouth), mais caras e bem construídas foi atingida por varias bombas e não afundou).
 
As variáveis englobam as que disse, mais as de construção, sensores, compartimentação interna,etc. Se o NPO 2000 as possui é óptimo (por normas os navios apenas de patrulha não as têm, basta ver os P-400) e tinha todas as características como eu sempre disse para evoluir para um navio mais capaz, ou mesmo uma corveta totalmente equipada para missões de guerra quem sabe até assimétrica. Agora uma coisa é o que poderia ser outra é o que na realidade é (mesmo tendo em conta o preço e outros projectos no mercado).


Portanto com os actuais sensores, armamento, com a ausência de helicóptero orgânico, motorização actual (mesmo tendo em conta a boa construção, sistema de controlo de avarias, comportamentos estanques, etc, que os colocam pelo menos superiores por exemplo em relação à construção naval britânica mesmo em termos de alguns navios de guerra) servem para fiscalizar muito bem a ZEE mas não para missões mesmo em áreas de baixa intensidade. E nessa aspecto à que sermos realistas (e não julgar que é simples implicância com o que é nacional).





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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #3565 em: Março 26, 2014, 07:28:49 pm »
Citação de: "papatango"
Citação de: "chaimites"
Citação de: "Edu"
Não fazia ideia que o NPO 2000 não incluia nenhumas dessas caracteristicas de sobrevivência tipicas em navios militares. É comum que navios mais vocacionados para a patrulha não incluam essas caracteristicas ou é algo que só afecta o NPO 2000?

 Quem disse que não tem?
Que mania de lançar bitaites  sem saberem do que falam.

O Navio foi construido em aço classe  A+  com duplo fundo e casco duplo

o NPO esta compartimentado em 5 pavimentos e 10  anteparas estanques sobrevivendo com  5 anteparas e pavimentos  continuos completamente alagados

os motores diesel ou eletricos, e os grupos geradores  estão posicionados de forma a que com qualquer  antepara alagada mesmo com  5    o navio continue a ter energia e propulsão.  
 
  com mais de X    (esta parte é segredo de estado)  anteparas e pavimentos  contínuos  alagados o navio parte ao meio  e  mesmo assim as anteparas não alagadas  flutuariam   (a parte alagada afundaria) :roll:

Chaimite -> A esmagadora maioria das características que você refere, são características de navios civis.

Casco duplo e fundo duplo.
Sistemas reduntantes para evarias electricas e mecânicas.
Pavimentos com anteparas estanques.
Colocação de motores de forma a que o navio não perca completamente a capacidade de se mover mesmo a velocidade reduzida.

Diga-me, por exemplo, (fora o óbvio) que características tem o NPO, que o Atlantida para os Açores não tivesse ?
Você não conseguiria certificar um navio sem a maioria dessas características. Um navio para transporte, um Iate de luxo, ou por exemplo um navio-fábrica.

O aspecto exterior não diz tudo, mas diz muito, muitíssimo.

Cumprimentos
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #3566 em: Março 26, 2014, 07:30:10 pm »
Citação de: "chaimites"
Mafets

obvio que o navio precisa  de radares que detetem o perigo disparem o alarme, ativem as defesas de proximidade
 
e acima de tudo que   preparem o navio para o embate!   tripulação nos respectivos postos, compartimentos  estanques fechados etc etc  

 deve haver aqui foristas  que  estiveram na Marinha e devem saber  os procedimentos

como ja te disse não ha chapa que resista á cabeça de um exoccet ou harpoon ou outro com outro nome qualquer,  por isso mesmo nas tempos modernos  os couraçados deixaram de ter razão de existir.    se o missil passar as defesas é uma questão de rezar para não rebentar com muitos compartimentos e depois conter o alagamento e ou o  incendio  dentro dos limites dos compartimentos afetados

 O NPO é todo em aço:  casco e superestrutura  e os compartimentos  travam o alagamento e são corta fogo.

  Mas um navio  que é  atingido por um  missil ou  uma bomba afunde ou não, fica fora de combate, ou muito limitado,  por isso tem que ter defesas para não ser atingido.
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #3567 em: Março 26, 2014, 07:31:17 pm »
Citação de: "chaimites"
Citação de: "papatango"
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Citação de: "Edu"
Não fazia ideia que o NPO 2000 não incluia nenhumas dessas caracteristicas de sobrevivência tipicas em navios militares. É comum que navios mais vocacionados para a patrulha não incluam essas caracteristicas ou é algo que só afecta o NPO 2000?

 Quem disse que não tem?
Que mania de lançar bitaites  sem saberem do que falam.

O Navio foi construido em aço classe  A+  com duplo fundo e casco duplo

o NPO esta compartimentado em 5 pavimentos e 10  anteparas estanques sobrevivendo com  5 anteparas e pavimentos  continuos completamente alagados

os motores diesel ou eletricos, e os grupos geradores  estão posicionados de forma a que com qualquer  antepara alagada mesmo com  5    o navio continue a ter energia e propulsão.  
 
  com mais de X    (esta parte é segredo de estado)  anteparas e pavimentos  contínuos  alagados o navio parte ao meio  e  mesmo assim as anteparas não alagadas  flutuariam   (a parte alagada afundaria) :roll:

Chaimite -> A esmagadora maioria das características que você refere, são características de navios civis.

Casco duplo e fundo duplo.
Sistemas reduntantes para evarias electricas e mecânicas.
Pavimentos com anteparas estanques.
Colocação de motores de forma a que o navio não perca completamente a capacidade de se mover mesmo a velocidade reduzida.

Diga-me, por exemplo, (fora o óbvio) que características tem o NPO, que o Atlantida para os Açores não tivesse ?
Você não conseguiria certificar um navio sem a maioria dessas características. Um navio para transporte, um Iate de luxo, ou por exemplo um navio-fábrica.

O aspecto exterior não diz tudo, mas diz muito, muitíssimo.

Cumprimentos

Assim muito por alto o regulamento SOLAS que regulamenta a  segurança dos navios a nivel interncional  determina que um navio como o Atlantida ou o Costa Concordia (que afundou!)  deve manter a flutuabilidade com dois compartimentos alagados em simultaneo,  dois compartimentos á proa, dois á ré e dois a cada bordo  

  O Costa Concordia afundou  com 5 anteparas  alagadas, um navio com caracteristicas militares como o NPO 2000  não afundaria.

tembem devido a outra caracteristica todos os 5 pavimentos do NPO 2000 são estanques em navios civis isso não se verifica os pavimmentos estanques situam~se  pouco acima  da linha de agua,  quando devido ao alagamento dos compartimentos  o navio começa a adornar a agua começa a entrar por esses pavimentos não estanques e um apos o outro alaga todo o navio ate ao momento do afundamento total.
 

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #3568 em: Março 26, 2014, 07:32:24 pm »
Citação de: "papatango"
Citação de: "chaimites"
Assim muito por alto o regulamento SOLAS que regulamenta a segurança dos navios a nivel interncional determina que um navio como o Atlantida ou o Costa Concordia (que afundou!) deve manter a flutuabilidade com dois compartimentos alagados em simultaneo, dois compartiomentos á proa, dois á ré e dois a cada bordo
O Costa Concordia afundou com 5 anteparas alagadas, um navio com caracteristicas militares como o NPO 2000 não afundaria
Por acaso, tanto quanto percebo, o SOLAS refere dois compartimentos contiguos. O Costa Concordia começou a adernar com cinco compartimentos contiguos alagados.

Mas portanto, essa seria uma das excepções. Já que casco duplo, fundo duplo, sistemas redundantes etc. são comuns.

O NPO-2000 não é um navio civil, é um navio operado por militares.
Mas um navio civil pode ser adaptado para utilização militar. Na origem estará porém sempre um navio civil.
Os primeiros MRAP são exemplo disso. Eles eram basicamente camiões modificados, com blindagem adicional, que correspondia a especificações militares. Eram camiões militarizados e que correspondiam a especificações pedidas pelos militares, mas não deixaram nunca de ser camiões militares modificados.

Como você disse, naturalmente não é a qualidade do aço que transforma um navio num navio militar, porque nenhum navio resiste a um Exocet. É toda a estrutura, proporções, áreas onde o navio será submetido a maiores esforços que têm que ser especificamente desenhados para resistir a pressões e tensões que um navio civil nunca vai sofrer.
São tensões resultado da operação do navio a alta velocidade com mar até condição 5, sem sofrer danos estruturais, por exemplo.

E por isso um navio militar tem que ser desenhado e pensado desde o principio. Um navio que vai andar no máximo a 20 nós não vai nunca ter esse problema, pelo que não precisa ser preparado para isso.
É por isso que os cascos civis modificados são muito mais baratos que os cascos desenhados para atingir velocidades muito mais elevadas.

Isto obviamente não quer dizer que o NPO não tenha características militares, nem que não seja adequado para a função para que foi pensado.
 

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Lightning

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Re: Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa
« Responder #3569 em: Março 26, 2014, 07:33:36 pm »
Citação de: "mafets"
Citação de: "chaimites"
Mafets

obvio que o navio precisa  de radares que detetem o perigo disparem o alarme, ativem as defesas de proximidade
 
e acima de tudo que   preparem o navio para o embate!   tripulação nos respectivos postos, compartimentos  estanques fechados etc etc  

 deve haver aqui foristas  que  estiveram na Marinha e devem saber  os procedimentos

como ja te disse não ha chapa que resista á cabeça de um exoccet ou harpoon ou outro com outro nome qualquer,  por isso mesmo nas tempos modernos  os couraçados deixaram de ter razão de existir.    se o missil passar as defesas é uma questão de rezar para não rebentar com muitos compartimentos e depois conter o alagamento e ou o  incendio  dentro dos limites dos compartimentos afetados

 O NPO é todo em aço:  casco e superestrutura  e os compartimentos  travam o alagamento e são corta fogo.

  Mas um navio  que é  atingido por um  missil ou  uma bomba afunde ou não, fica fora de combate, ou muito limitado,  por isso tem que ter defesas para não ser atingido.
Chamites, uma coisa é a capacidade do missil ou bomba, sorte no que atinge, etc, outra é são questões de construção. Está claramente provado que a USS Stark não afundou porque foi bem construída, a HMS Playmouth a  mesma coisa, enquanto HMS Shefild, a HMS Antilope  ou HMS Ardent muit teve a ver com problemas de construção e poupança ao usar materiais desadequados à construção naval (para assim atingir um preço de produção inclusive mais baixo que unidades mais antigas). Estamos a falar da Royal Navy onde os procedimentos de treino nos marinheiros que controlam os danos são os mesmos (é evidente que depois há diferenças de equipas, experiência, etc, que influenciam o resultado). Os próprios navios tipo XXI que foram pensados para alta velocidade, mar agitado e são navios militares sofreram danos resultantes da operação no atlântico sul  em que a estrutura não aguentou a ondulação. Mesmo as tipo XXII tiveram alguns problemas com o mar enquanto que as unidades da classe Leander (mais antigas mas sem constrangimentos de preço no custo final) "passearam" durante o conflito. Ressalvo ainda que o uso de cascos civis para aplicações militares tem casos de sucesso na Classe Iwo Jima ou na actual Blue Ridge, que sendo navios de comando com modificações extensas foi feita com base num casco de cargueiro é actualmente a classe de navios mais antiga da US Navy http://en.wikipedia.org/wiki/Blue_Ridge_class_command_ship. Mais, o uso até praticamente À fadiga do material de Cruzadores como os Sverdlov russos ou os IOWA norte-americanos (os quais ainda podem voltar voltar a activa se for necessário)demonstra que apesar do poder de destruição das armas modernas muito da forma como se construía os navios antigamente ainda é apreciada (http://en.wikipedia.org/wiki/Iowa-class_battleship).







Agora, navio militar não é só construção (que pelo que diz nos NPO 2000 é robusta e resistente, o que é bom principalmente face a outros navios que não o são e dava garantias quanta a futuras classes pois tem mais características militares que projectos similares como a Island e Castle Class Britânica ou a Savióla espanhola, que são mesmo navios não combatentes e sem possibilidades de se tornarem em algo mais). Temos de ver defesas, armamento, sensores, helicóptero orgânico, como tudo isto cabe no projecto (se for possível) e qual o impacto na motorização que possui (nomeadamente para quanto cai a velocidade máxima). Depois, como se comporta o navio com esta panóplia de equipamento em alto mar, com aguas agitadas e se é estável (As corvetas Inhaúma tornaram-se um problema que levou à construção da Corveta Barroso, bem modificada). Por ultimo, quanto custa tudo isto e se é viável construir em serie face ao que há no mercado e quanto à possibilidade no futuro de receber modificações.




E aqui é que a "porca torce o rabo". Se um navio basicamente para a fiscalização e não combatente já está nos 50 milhões vejamos o custo (mesmo que  a partir da terceira unidade descesse para 40 milhões) se não subiria para 60, 70 ou mesmo 80 milhões, ficando ao preço de algumas fragatas e mais caro que um OPV. Portanto, mesmo com tudo o que disse temos de pensar nestas questões e não é para mandar bitates ou ser do contra mas sim por questões de viabilidade de projecto.





Cumprimentos