O Ministro da Defesa garantiu que os contratos, no valor de 500 milhões de euros, assinados em 2004 com os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), para a modernização da Marinha Portuguesa “vão ser cumpridos”, integralmente.
Santos Silva, que falava na cerimónia de entrega provisória do primeiro navio de patrulha oceânico à Marinha, assegurou que as medidas de austeridade não irão afectar este contrato, assinado por Paulo Portas, na altura ministro da Defesa do Governo de Durão Barroso.
“Apesar da actual conjuntura, marcada pelo Plano de Estabilidade e Crescimento, que determina que até 2013 haja suspensão de novos projectos de reequipamento militar, estes já estavam em curso e vão seguir a calendarização programada”, sustentou.
O navio de patrulha entregue, o primeiro de uma série de seis, leva cinco anos de atraso em relação à data inicialmente prevista. O próprio presidente do Conselho de Administração dos ENVC, Veiga Anjos, admitiu que a empresa poderia “ter feito muito melhor, com menores custos e melhores prazos”.
Para o ministro “é um atraso para corrigir”, que justificou com o facto de se tratar de um protótipo. No entanto, adiantou que a partir de agora os próximos deverão ser construídos “a um ritmo mais acelerado”.
Para Santos Silva este navio simboliza a importância do reequipamento da Marinha, numa altura que se está a ser estudada a duplicação da Zona Económica Exclusiva do país para os 3,6 milhões de quilómetros quadrados.