Queiroz e Madaíl já aprovaram naturalização de Liedson
Jogador assinou carta de intenção na terça-feira; presidente da federação pediu parecer técnico ao seleccionador nacional.
A naturalização de Liedson e a consequente chamada à selecção nacional foi ontem discutida em reunião da Direcção da Federação Portuguesa de Futebol (FPF). O presidente Gilberto Madaíl deu o sim, mas só avança com o processo após uma reunião com Carlos Queiroz. "A direcção tomou, ainda, conhecimento de uma carta enviada pelo jogador do Sporting, Liedson, onde o atleta manifesta o desejo de poder vir a representar a selecção nacional pelo que, antes de ser tomada qualquer decisão sobre a matéria, foi solicitado parecer técnico ao seleccionador nacional", pode ler-se no comunicado federativo.
Depois de na terça-feira à tarde um elemento da equipa técnica ter ouvido do jogador do Sporting o desejo de vestir a camisola das quinas e ter assinado o documento necessário para dar início ao processo, a federação discutiu o assunto na reunião de direcção. Este foi o primeiro passo para dar andamento à naturalização, a exemplo do que fez com Deco em 2003 e Pepe em 2007.
O passo seguinte é a conversa entre Gilberto Madaíl e o seleccionador nacional. E sabe o DN, que só depois de Carlos Queiroz ter pensado na convocação do jogador do Sporting é que as coisas começaram a andar.
Após o jogo de Portugal na Albânia (dia 6 de Junho) e com a Estónia (10 de Junho) a federação tentou saber junto do Sporting em que pé estava o processo, pois julgavam que o clube já tinha entregue os documentos para a naturalização. Como tal não tinha acontecido, a equipa técnica resolveu tomar o pulso da situação e quis saber o que pensava e queria Liedson. Seguiu-se a conversa com um elemento da equipa técnica da selecção nacional. O avançado ficou satisfeito e Carlos Queiroz convencido, pois só Hugo Almeida tem sido opção regular no ataque. Hélder Postiga, Djaló, Edinho e Orlando Sá não tiveram uma época regular que desse garantias ao técnico.
O jogador reside e trabalha em Portugal desde 2003 (vai cumprir os seis anos necessários para pedir a nacionalidade portuguesa por naturalização), mas o processo normal demora entre três a cinco meses. E faltam apenas menos de dois meses para os decisivos jogos com a Dinamarca (5 de Setembro) e a Hungria (9 de Setembro). A solução é fazer uso do estatuto de "utilidade pública" da federação para agilizar o deferimento do pedido especial ao abrigo do n.º 6 do art. 6.º da Lei da Nacionalidade. E para estes casos não há um prazo definido.
DN