Rivalidades entre policias

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ricardonunes

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Rivalidades entre policias
« em: Julho 03, 2006, 07:20:50 pm »
Estupefacientes apreendidos em 2005 em Portugal - Esclarecimento
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Vários órgãos de comunicação social, invocando como fonte um relatório da Policia Judiciária (PJ), publicaram nesta data notícias onde se afirma designadamente que “Policia de Segurança Pública fez metade das apreensões de droga” “PSP apreende mais droga do que a Policia Judiciária”, “no ano passado (a PSP) apreendeu 67,6 por cento do total de heroína confiscada, 59 por cento de cocaína, 57 por cento de haxixe e 45,8 por cento do total de ecstasy capturado pelas autoridades”.

Porque tais afirmações não correspondem integralmente à verdade e são susceptíveis de induzir nos leitores uma falsa percepção e avaliação da realidade e do papel das várias forças de segurança no combate ao tráfico de estupefacientes, a Direcção Central de Investigação do Tráfico de Estupefacientes da Policia Judiciária em nome do rigor e da objectividade, esclarece o seguinte:

No decurso de 2005, a PJ apreendeu um total de 15.160,431 quilogramas de cocaína, (83,8% do total apreendido a nível nacional), a Polícia Marítima (PM) apreendeu 2.239,220 quilogramas de cocaína, (12,4% do total apreendido a nível nacional); a Direcção Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo (DGAIEC) apreendeu 587,573 quilogramas de cocaína, (3,2% do total apreendido a nível nacional); a PSP apreendeu 61,189 quilogramas de cocaína, (0,3% do total apreendido a nível nacional); a Guarda Nacional Republicana (GNR) apreendeu 31,957 quilogramas de cocaína, (0,2% do total apreendido a nível nacional); o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) apreendeu 2,252 quilogramas de cocaína, (aproximadamente 0,01% do total apreendido a nível nacional), e a Direcção Geral dos Serviços Prisionais (DGSP) apreendeu 0,926 quilogramas de cocaína, (aproximadamente 0,001% do total apreendido a nível nacional).

No decurso de 2005, a PJ apreendeu um total de 145,619 quilogramas de heroína, (80,5% do total apreendido a nível nacional); a PSP apreendeu 22,537 quilogramas de heroína, (12,5% do total apreendido a nível nacional); a GNR apreendeu 8,008 quilogramas de heroína, (4,4% do total apreendido a nível nacional), e a DGAIEC apreendeu 4,359 quilogramas de heroína, (2,4% do total apreendido a nível nacional).

No decurso de 2005, a PJ apreendeu um total de 13.140,213 quilogramas de haxixe, (46,5% do total apreendido a nível nacional); a GNR apreendeu 12.153,717 quilogramas de haxixe, (43% do total apreendido a nível nacional); a PSP apreendeu 2.184,449 quilogramas de haxixe, (7,7% do total apreendido a nível nacional); a PM apreendeu 764,525 quilogramas de haxixe, (2,7% do total apreendido a nível nacional); a DGSP apreendeu 7,592 quilogramas de haxixe, (aproximadamente 0,01% do total apreendido a nível nacional), e a DGAIEC apreendeu 4,777 quilogramas de haxixe, (aproximadamente 0,01% do total apreendido a nível nacional).

No decurso de 2005, a PJ apreendeu um total de 192.173 unidades de ecstasy, (89,9% do total apreendido a nível nacional); a PSP apreendeu 19.525 unidades de ecstasy, (9,1% do total apreendido a nível nacional); a GNR apreendeu 2.069 unidades de ecstasy, (aproximadamente 1% do total apreendido a nível nacional), a DGSP e a DGAIEC apreenderam, respectivamente, 9 e 1 unidades de ecstasy.

Estes dados constam no Relatório Anual – Estatísticas 2005 relativo ao Combate ao Tráfico de Estupefacientes em Portugal, documento oficial de âmbito nacional, onde se divulgam os resultados globais de todas as entidades com competências nesta área criminal.

Mais se informa que este Relatório foi divulgado à Comunicação Social em 6 de Fevereiro findo, em conferência de imprensa, na qual participaram representantes de todas as entidades, designadamente da PSP.

3 de Julho de 2006

Comunicado oficial da PJ
Potius mori quam foedari
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #1 em: Julho 04, 2006, 10:05:52 am »
Este tipo de situação é infelizmente normal. Acho que em todos os paises isto acontece, é algo que é inato no ser humano, a rivalidade bem direccionada até pode ser positiva, o problema é quando começam a atropelar-se uns aos outros.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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lecavo

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« Responder #2 em: Julho 21, 2006, 01:37:42 am »
Com uma polícia unica e nacional, acabavam-se estas "coisas"!!!!!
Um abraço.

--Lecavo
 

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vaz_f

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« Responder #3 em: Outubro 05, 2006, 02:16:55 pm »
Sim, tambem concordo com uma policia unica. Se tivessemos a POLICIA NACIONAL não havia nada das vergonhas que há. Parece tudo muito sorridente na revistas e na Tv, mas na realidade estas policias lutam ferozmente umas contra as outras por notoriedade e muiiiitos euros. Enfim não sei porque este gosverno não vê isto. Poupa milhoes e a policia funcionava muiiito melhor.
Vaz_F
 

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foxtrotvictor

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« Responder #4 em: Outubro 05, 2006, 08:12:00 pm »
Não tenho muita fé, mas vamos a ver lá para Fevereiro como isto fica.

Eu já lidei em duas e não há duas sem três.
 

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golex

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« Responder #5 em: Março 06, 2007, 07:28:24 pm »
Aqui vai mais uma acha, até os sindicatos se degladiam:

"A APG/GNR rejeita a equiparação da GNR a força de segurança de âmbito rural

A APG rejeita a equiparação da GNR a força de segurança de âmbito rural.
Na edição de hoje do Jornal O Público, no artigo a propósito da reestruturação das forças de segurança, intitulado “GNR substitui PSP em 24 localidades ainda este ano”, é citado um comunicado emitido pelo Sindicato dos Profissionais de Polícia – SPP e no qual a GNR é considerada “uma força de segurança vocacionada para as áreas rurais”.
Só um profundo desconhecimento da orgânica e competências atribuídas à Guarda Nacional Republicana e do trabalho que é desenvolvidos pelos seus profissionais ou intenções veladas e escusas podem justificar tal afirmação.
Numa altura em que o desenvolvimento cultural e tecnológico atinge níveis consideráveis e é cada vez a maior imprecisão entre os tipos de criminalidade e modelos de policiamento, não se compreende a persistência em configurar a GNR como força de segurança não vocacionada para a segurança urbana.
A GNR desempenha uma vasta actividade policial em cerca de 85 % do Território Nacional; na fiscalização das vias rodoviárias e infracções fiscais e aduaneiras; na protecção da natureza; no patrulhamento marítimo; em missões especiais e de manutenção de Paz – e até detém competência para a realização do inquérito criminal. Dificilmente poderá qualificar-se a GNR, como uma polícia rural.
Os profissionais da Guarda Nacional Republicana não enjeitam a sua capacidade para gerir a segurança nas zonas rurais, mas a GNR é mais que isso! – É uma Força de Segurança de feição integral, apta e capacitada para intervir e actuar em todas as circunstâncias independentemente dos locais ou das pessoas.
A atribuição à GNR, do conceito de polícia rural, visa manter os profissionais sem direitos e dar à Guarda, uma imagem de atraso, que só pode partir de quem desconhece a realidade desta Instituição.
A Associação dos Profissionais da Guarda – APG não pode deixar demonstrar o seu repúdio pelas afirmações contidas no referido comunicado.
Entende este sindicato que a substituição da PSP pela GNR nas zonas urbanas é um paradoxo por entender que esta última está exclusivamente vocacionada para as zonas rurais. Ora, a APG entende que o paradoxo reside no facto de dirigentes de um Sindicato da PSP, que obrigatoriamente deveriam ter um conhecimento profundo do modelo de Administração Interna e das competências atribuídas a cada força de segurança façam semelhantes afirmações.
Para APG é evidente que não é denegrindo a imagem das outras forças de que se vai sentir o contributo positivo das Associações e Sindicatos aquando da reestruturação e jamais se irão traduzir e mais confiança e segurança para os cidadãos.
Assim, a APG lamenta a visão deturpada que este sindicato tem da GNR e que é reveladora dos seus propósitos e rejeita deste já o conteúdo do referido comunicado."
 

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Trafaria

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« Responder #6 em: Março 07, 2007, 09:40:34 pm »
Por norma não me revejo em nada do que diz e publica esse sindicato mas desta vez sou obrigado a dar-lhes razão.

Por outro lado esses senhores da APG demonstram nem os regulamos da sua força conhecerem. A GNR é, de acordo com a lei e primeiro que tudo, um Corpo Especial de Tropas e secundariamente uma força tambem policial. Acho ser do ambito do senso-comum e portanto inegável que a sua principal e mais conhecida actividade é o patrulhamento das áreas rurais. Eles nao gostam, a gente sabe, aquilo de andar a pé por montes, bouças e berças é custoso e ao parece que pouco prestigiante... mas deviam gostar, afinal ninguém os obrigou a alistarem-se nessa tropa.
« Última modificação: Março 18, 2007, 11:20:39 pm por Trafaria »
::..Trafaria..::
 

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golex

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« Responder #7 em: Março 08, 2007, 11:20:56 pm »
Citação de: "Trafaria"
Por norma não me revejo em nada do que diz e publica esse sindicato mas desta vez sou obrigado a dar-lhes razão.

Por outro lado esses senhores da APG demonstram nem os regulamos da sua força conhecerem. A GNR é, de acordo com a lei e primeiro que tudo, um Corpo Especial de Tropas e secundariamente uma força tambem policial. Acho ser do ambito do senso-comum e portanto inegável que a sua principal e mais conhecida actividade é o patrulhamento das áreas rurais. Eles nao gostam, a gente sabe, aquilo de andar a pé por montes, bouças e berças é custoso e ao parece que pouco prestigiante... mas deviam gostar, afinal ninguém os obrigou a alistarem-se nessa tropa.


a ignorância tem de facto o dom de se revelar em todo o seu esplendor e o sr. trafaria demonstra ter um grande desconhecimento do que é o serviço da guarda e do que é servir na guarda.
a designação de rural é de facto desprestigiante mas só neste país k tem a mania dos titulos antes dos nomes.
A gnr tem a missão através da dispersão do seu dispositivo assegurar a defesa de todo o teritório nacional de ameaças internas e externas caso as forças armadas não possam ou não o queiram fazer. como o próprio nome indica a grande missão da guarda é defender a républica.
 

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Trafaria

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« Responder #8 em: Março 09, 2007, 02:06:10 pm »
Citação de: "golex"
A gnr tem a missão através da dispersão do seu dispositivo assegurar a defesa de todo o teritório nacional
Não, não é em todo o território nacional. O texto a seguir foi retirado do site da GNR, mas podia tê-lo sido do da PSP, ambos dizem basicamente a mesma coisa, ou seja, “cada macaco no seu galho”, cada força na sua área de jurisdição: a PSP nas ilhas e cidades do continente e a GNR nas berças, montes e aglomerados menos relevantes. Como vê não inventei nada, está escrito e é essa a realidade no terreno, a que todos conhecemos.

(...)As atribuições da Guarda são prosseguidas em todo o território nacional e na zona marítima de respeito, com exclusão das zonas legalmente cometidas a outras forças ou serviços de segurança, nas quais a sua intervenção depende:
a. Do pedido destas autoridades ou da sua ausência na zona;(...)



Citação de: "golex"
como o próprio nome indica a grande missão da guarda é defender a républica.

Ah pois, agora sim… está percebido, é que eu sou monárquico!

Deduzo assim estar dispensado de obedecer ao sinal de paragem e outras instruções quando provindas dos soldados da Rural.
Obrigado!
« Última modificação: Março 18, 2007, 11:06:34 pm por Trafaria »
::..Trafaria..::
 

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golex

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« Responder #9 em: Março 10, 2007, 03:40:33 am »
talvez o sr. trafaria não saiba mas no pós 25 de abril viveram-se em Portugal tempos politicamente conturbados com os militares das forças armadas a exercerem uma pressão politica através da ameaça permanente de golpe de estado, assim, a gnr, continuando a missão que já vinha do antecedente, tinha e tem uma posição priveligiada para a defesa do território nacional e das suas populações, dada a disposição do seu efecivo no terreno, caso as forças armadas decidissem rebelar-se. isto é claro que tem exclusivamente a haver com a vertente de a gnr ser uma força militar que em tal situação de crise da defesa nacional passaria para a tutela do ministério da defesa. e embora nos dias de hoje esses fantasmas pareçam esfumar-se no pó do tempo a verdade é que essa capacidade ainda existe.
no que diz respeito ao serviço policial que é o seviço normal da guarda e para o qual os seus militares são treinados peço desculpa se lhe fiz parecer, sr. trafaria, que queria ir para o seu galho (seja ele qual for), esteja descançado que ninguem lho quer.
a designação de rural até poderá estar correcta, no sentido de que a tal dispersão no território nacional dá origem a postos territoriais com 15 elementos e menos, sem beliscar o racio que alguem considerou aceitavel de 476 agentes de autoridade para 100 000 habitantes, mas provavelmente alguns milhões de portugueses, que vivem em sedes de distrito e outras grandes cidades, são capazes de se opor à classificação de rural da sua santa terrinha, quem sabe, calhando até alguns que gostam de atirar com o "rural" como se fosse uma pedra ao telhado de vidro alguém.
Portugal ainda é uma républica e será uma républica enquanto os portugueses assim o quiserem, assim sendo é o estado português que governa Portugal, decidindo que instituições fazem o quê selecionando os elementos que lhes pertencem e concedendo-lhes a autoridade para cumprirem as missões que lhes são cometidas. assim sendo informo-o que apesar de ser monarquico (convertido recentemente ou não) estando no território nacional está sujeito às leis nacionais não estando por isso dispensado de parar quando os militares da gnr lhe fizerem o tal sinal de paragem. se decidir não parar a punição são só 500€ ao proprietário ou ao condutor que este indicar como o infractor, só lhe peço é que não  atropele um desses ratos do campo, é que apesar de todo o desprezo que lhe merecem esses homens para além de serem agentes de autoridade e de estarem a trabalhar para a sua segurança independentemente das dificuldades, da insegurança, da falta de meios e de apoio generalizada, pese ainda o facto de que a maioria tem também familia em casa á espera deles .
 

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« Responder #10 em: Março 10, 2007, 04:03:47 am »
Citação de: "golex"
talvez o sr. trafaria não saiba mas no pós 25 de abril viveram-se em Portugal tempos politicamente conturbados com os militares das forças armadas a exercerem uma pressão politica através da ameaça permanente de golpe de estado, assim, a gnr, continuando a missão que já vinha do antecedente, tinha e tem uma posição priveligiada para a defesa do território nacional e das suas populações, dada a disposição do seu efecivo no terreno, caso as forças armadas decidissem rebelar-se. isto é claro que tem exclusivamente a haver com a vertente de a gnr ser uma força militar que em tal situação de crise da defesa nacional passaria para a tutela do ministério da defesa. e embora nos dias de hoje esses fantasmas pareçam esfumar-se no pó do tempo a verdade é que essa capacidade ainda existe.
no que diz respeito ao serviço policial que é o seviço normal da guarda e para o qual os seus militares são treinados peço desculpa se lhe fiz parecer, sr. trafaria, que queria ir para o seu galho (seja ele qual for), esteja descançado que ninguem lho quer.
a designação de rural até poderá estar correcta, no sentido de que a tal dispersão no território nacional dá origem a postos territoriais com 15 elementos e menos, sem beliscar o racio que alguem considerou aceitavel de 476 agentes de autoridade para 100 000 habitantes, mas provavelmente alguns milhões de portugueses, que vivem em sedes de distrito e outras grandes cidades, são capazes de se opor à classificação de rural da sua santa terrinha, quem sabe, calhando até alguns que gostam de atirar com o "rural" como se fosse uma pedra ao telhado de vidro alguém.
Portugal ainda é uma républica e será uma républica enquanto os portugueses assim o quiserem, assim sendo é o estado português que governa Portugal, decidindo que instituições fazem o quê selecionando os elementos que lhes pertencem e concedendo-lhes a autoridade para cumprirem as missões que lhes são cometidas. assim sendo informo-o que apesar de ser monarquico (convertido recentemente ou não) estando no território nacional está sujeito às leis nacionais não estando por isso dispensado de parar quando os militares da gnr lhe fizerem o tal sinal de paragem. se decidir não parar a punição são só 500€ ao proprietário ou ao condutor que este indicar como o infractor, só lhe peço é que não  atropele um desses ratos do campo, é que apesar de todo o desprezo que lhe merecem esses homens para além de serem agentes de autoridade e de estarem a trabalhar para a sua segurança independentemente das dificuldades, da insegurança, da falta de meios e de apoio generalizada, pese ainda o facto de que a maioria tem também familia em casa á espera deles .


 :Palmas:

Cumptos
A realidade não alimenta fóruns....
 

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Yosy

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« Responder #11 em: Março 10, 2007, 03:50:16 pm »
Citação de: "golex"
talvez o sr. trafaria não saiba mas no pós 25 de abril viveram-se em Portugal tempos politicamente conturbados com os militares das forças armadas a exercerem uma pressão politica através da ameaça permanente de golpe de estado, assim, a gnr, continuando a missão que já vinha do antecedente, tinha e tem uma posição priveligiada para a defesa do território nacional e das suas populações, dada a disposição do seu efecivo no terreno, caso as forças armadas decidissem rebelar-se. isto é claro que tem exclusivamente a haver com a vertente de a gnr ser uma força militar que em tal situação de crise da defesa nacional passaria para a tutela do ministério da defesa. e embora nos dias de hoje esses fantasmas pareçam esfumar-se no pó do tempo a verdade é que essa capacidade ainda existe.
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a designação de rural até poderá estar correcta, no sentido de que a tal dispersão no território nacional dá origem a postos territoriais com 15 elementos e menos, sem beliscar o racio que alguem considerou aceitavel de 476 agentes de autoridade para 100 000 habitantes, mas provavelmente alguns milhões de portugueses, que vivem em sedes de distrito e outras grandes cidades, são capazes de se opor à classificação de rural da sua santa terrinha, quem sabe, calhando até alguns que gostam de atirar com o "rural" como se fosse uma pedra ao telhado de vidro alguém.
Portugal ainda é uma républica e será uma républica enquanto os portugueses assim o quiserem, assim sendo é o estado português que governa Portugal, decidindo que instituições fazem o quê selecionando os elementos que lhes pertencem e concedendo-lhes a autoridade para cumprirem as missões que lhes são cometidas. assim sendo informo-o que apesar de ser monarquico (convertido recentemente ou não) estando no território nacional está sujeito às leis nacionais não estando por isso dispensado de parar quando os militares da gnr lhe fizerem o tal sinal de paragem. se decidir não parar a punição são só 500€ ao proprietário ou ao condutor que este indicar como o infractor, só lhe peço é que não  atropele um desses ratos do campo, é que apesar de todo o desprezo que lhe merecem esses homens para além de serem agentes de autoridade e de estarem a trabalhar para a sua segurança independentemente das dificuldades, da insegurança, da falta de meios e de apoio generalizada, pese ainda o facto de que a maioria tem também familia em casa á espera deles .


 :Palmas:

A "Guarda" (como chamam à GNR nas santas terrinhas) é uma força muito querida por todos os portugueses. Tenho um grande respeito por eles, porque sempre que precisei os GNRs deram sempre grande ajuda quando eu e amigos nos metemos pelo Portugal profundo. E muitas vezes são obrigados a fazer omeletes sem ovos.
 

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Artic Fusion

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« Responder #12 em: Março 11, 2007, 12:35:09 am »
Também tenho bastande simpatia pela GNR...pena serem tão rígidos...mas sendo militares tem de ser.  :)
 

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ricardonunes

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« Responder #13 em: Março 26, 2007, 11:17:27 am »
GNR é acusada de assegurar missão da PSP à margem da lei

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A GNR e a PSP abriram uma porta de conflito, na sequência de uma acção de segurança pessoal a um responsável da Polícia moçambicana, que esteve em visita a Portugal até final da semana passada. É que a GNR fez toda a segurança pessoal ao responsável e respectiva comitiva, quando a lei determina que essa competência é exclusiva da PSP, soube o JN. A verdade é que o caso, classificado como uma intromissão, está a causar mal-estar no Corpo de Segurança Pessoal da PSP, a quem cabe esta missão, com acusações de que a GNR, numa atitutde despesista, está a tentar ganhar competências nesta área.

A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP-PSP), a principal organização sindical da PSP, admitiu ao JN já ter conhecimento do caso "É mais uma das muitas situações de desrespeito da GNR face às missões que, por lei, estão atribuídas à PSP". O presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, acrescenta ainda que, no ano passado, enviou vários ofícios à Direcção Nacional da PSP onde era relatadas "interferências semelhantes por parte da GNR".

O responsável pela Polícia moçambicana chegou a Portugal na quarta-feira passada e esteve hospedado com a comitiva no Hotel Tivoli até sexta-feira, dia em que regressou a Moçambique. Porém, a PSP só deu conta de que a segurança pessoal estava a ser feita pela GNR quando elementos do Corpo de Segurança Pessoal se deslocaram ao Tivoli em serviço e depararam com o aparato de segurança à volta do responsável moçambicano. Para além do mais, o Hotel Tivoli está localizado no centro de Lisboa, que "é uma área que está debaixo da competência territorial da PSP", aponta Paulo Rodrigues.

"Sem estar a menosprezar a qualidade nem a importância da entidade, não havia grandes preocupações de segurança face à pessoa em causa", apontou, ao JN, uma fonte da Direcção Nacional da PSP. Antecedendo a visita de uma entidade estrangeira é sempre feita uma avaliação de risco, a cargo dos Serviços de Informações de Segurança (SIS). No caso de personalidade de países africanos de língua oficial portuguesa o grau de risco é mínimo. "São questões reavaliadas com regularidade e, neste momento, é esta a avaliação", apontou uma fonte policial.

Competência exclusiva

No entanto, apontam fontes da PSP, a GNR empenhou pelo menos duas equipas de segurança. Que nem sequer deviam operar, porque se a segurança pessoal é da competência exclusiva da PSP não faz sentido haver outra Polícia a trabalhar nesse âmbito. "Sabemos que a GNR tem vindo a formar elementos de segurança pessoal, quando não tem competência para tal", apontaram as mesmas fontes, salientando que essa circunstância acaba por contrariar a lei.

A ASPP lembra, por seu turno, que a reforma encetada pelo Ministério da Administração Interna tem como um dos objectivos acabar com redundâncias entre a PSP e a GNR de forma a reduzir os gastos e ganhar mais capacidade operacional. Porém, dizem os responsáveis sindicais, "se as coisas continuam desta maneira, então a reestruturação não tem consequências reais. Isso é muito mau e ficamos sem perceber qual foi o objectivo governamental".

Responsáveis da Guarda negam concorrência

A GNR, através da 5ª Repartição do Comando-Geral, reconhece ter feito a segurança pessoal ao responsável pela Polícia moçambicana. Mas, sustenta o mesmo organismo, apenas porque a personalidade "veio a convite da GNR". "Foi apenas nesse âmbito que fizemos a segurança e há um acordo de princípio entre o Comando-Geral da GNR e a Direcção Nacional da PSP quando há situações similares". A 5ª Repartição reconhece igualmente que a GNR tem vindo a dar formação aos seus elementos na área da segurança pessoal. Porém, salienta, trata-se apenas de antecipar situações como a que agora ocorreu. "Não temos intenção de tirar a segurança pessoal à PSP, cuja missão é muito bem desempenhada, mas temos que ter homens preparados para situações em que a GNR é chamada a fazê-lo, sempre que as entidades são convidadas por nós".
 JN

E ainda

PSP e GNR disputam freguesia com casino

Citar
O policiamento da freguesia de Valdanta, em Chaves, está a gerar polémica entre a PSP e a GNR locais. Ambas as forças reclamam para si a supervisão da localidade. O súbito interesse na freguesia em causa poderá estar relacionado com o casino, que está a ser construído no local, e que deverá abrir portas na passagem de ano 2007/2008. E na base da confusão quanto ao policiamento está uma omissão no novo mapa de intervenção de cada força, definido recentemente pelo Ministério da Administração Interna, para clarificar confusões geradas por causa da existência de freguesias partilhadas pelas duas autoridades.

Para a GNR, o facto de a freguesia em causa não constar do rol de locais que eram partilhadas e que foram entregues na totalidade a uma ou a outra força, de acordo com uma resolução do Conselho de Ministro publicada recentemente, significa que Valdanta lhes continua a pertencer.

"Para mim, não há confusão nenhuma. Se a freguesia não vem lá referida é porque fica como está", defende uma fonte da GNR de Chaves, acrescentando que já terá pedido esclarecimentos aos seus superiores hierárquicos.

"Estrategicamente, Valdanta tem mais nexo ser patrulhada pela GNR. Primeiro, porque já há um conhecimento do terreno e as pessoas já nos conhecem, segundo, porque é a freguesia onde está implantado o quartel", argumenta ainda a mesma fonte.

A PSP tem outro entendimento. Baseada num documento interno (Direcção Nacional da PSP) que lhes atribuiu a freguesia em causa e que, por isso, reclamam. No entanto, para a GNR, o documento que é válido é a resolução do Conselho de Ministros, onde não é feita referência à freguesia de Valdanta e, por isso mesmo, parte do princípio de que a mesma continua a pertencer-lhe. Aliás, a GNR continua a patrulhar o local.

Ao que tudo indica, hoje estará já marcada uma reunião entre os comandantes locais das duas forças, no sentido de a situação ficar clarificada.

Ao que o JN conseguiu apurar, o repentino interesse nesta freguesia poderá estar relacionado com o policiamento no futuro casino. Além de, à semelhança do que acontece nos jogos de futebol, as patrulhas no local fazerem parte dos denominados serviços gratificados (pagos) - caso os proprietários do empreendimento o requisitem -, em termos de intervenção policial, trata--se de um equipamento com potencial elevado de ocorrências, que poderão gerar acções de alguma projecção para a força policial que a vier a supervisionar.

Negócio de 30 milhões de euros

O futuro casino de Chaves, uma obra do grupo Solverde, que, em 2002, ganhou a concessão da Zona de Jogo Vidago/Pedras, deverá ficar concluído no final do ano. Além do casino propriamente dito, que irá incluir 200 "slot-machines", uma sala de jogo tradicional, uma sala para espectáculos e um restaurante, o empreendimento da família Violas incluiu ainda um hotel de 4 estrelas, com cerca de 75 quartos. O investimento ronda os 30 milhões de euros. Além do público da zona onde está implantado, são os espanhóis das cidades mais próximas do país vizinho que estão na mira dos investidores.

A contrapartida anual que a Solverde terá de pagar ao Estado pela concessão é de cerca de 15 por cento das receitas brutas geradas no jogo

JN
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Leão_Marinho

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« Responder #14 em: Março 28, 2007, 02:53:45 am »
golex!!! assino por baixo! só acrescentado mais uma coisinha ao seu discusso... caso alguém me tente atropelar aquando do meu sinal de paragem... pensem bem... 50000 veses!!!! é que eu sou daqueles, que ainda tem a filosofia de que apesar de não fumar prefiro cigarros a flores... e mais não digo... nem me foi perguntado!!
PS: golex gostei daquela de ratitos cinzentos do campo... estiveste bem!
À Leão Marinho que nunca mim ganastessssss!