talvez o sr. trafaria não saiba mas no pós 25 de abril viveram-se em Portugal tempos politicamente conturbados com os militares das forças armadas a exercerem uma pressão politica através da ameaça permanente de golpe de estado, assim, a gnr, continuando a missão que já vinha do antecedente, tinha e tem uma posição priveligiada para a defesa do território nacional e das suas populações, dada a disposição do seu efecivo no terreno, caso as forças armadas decidissem rebelar-se. isto é claro que tem exclusivamente a haver com a vertente de a gnr ser uma força militar que em tal situação de crise da defesa nacional passaria para a tutela do ministério da defesa. e embora nos dias de hoje esses fantasmas pareçam esfumar-se no pó do tempo a verdade é que essa capacidade ainda existe.
no que diz respeito ao serviço policial que é o seviço normal da guarda e para o qual os seus militares são treinados peço desculpa se lhe fiz parecer, sr. trafaria, que queria ir para o seu galho (seja ele qual for), esteja descançado que ninguem lho quer.
a designação de rural até poderá estar correcta, no sentido de que a tal dispersão no território nacional dá origem a postos territoriais com 15 elementos e menos, sem beliscar o racio que alguem considerou aceitavel de 476 agentes de autoridade para 100 000 habitantes, mas provavelmente alguns milhões de portugueses, que vivem em sedes de distrito e outras grandes cidades, são capazes de se opor à classificação de rural da sua santa terrinha, quem sabe, calhando até alguns que gostam de atirar com o "rural" como se fosse uma pedra ao telhado de vidro alguém.
Portugal ainda é uma républica e será uma républica enquanto os portugueses assim o quiserem, assim sendo é o estado português que governa Portugal, decidindo que instituições fazem o quê selecionando os elementos que lhes pertencem e concedendo-lhes a autoridade para cumprirem as missões que lhes são cometidas. assim sendo informo-o que apesar de ser monarquico (convertido recentemente ou não) estando no território nacional está sujeito às leis nacionais não estando por isso dispensado de parar quando os militares da gnr lhe fizerem o tal sinal de paragem. se decidir não parar a punição são só 500€ ao proprietário ou ao condutor que este indicar como o infractor, só lhe peço é que não atropele um desses ratos do campo, é que apesar de todo o desprezo que lhe merecem esses homens para além de serem agentes de autoridade e de estarem a trabalhar para a sua segurança independentemente das dificuldades, da insegurança, da falta de meios e de apoio generalizada, pese ainda o facto de que a maioria tem também familia em casa á espera deles .