Lisboa vai ter sete novos centros de saúde
A Câmara de Lisboa anunciou hoje que a cidade "vai ter sete novos centros de saúde", no seguimento de um protocolo, firmado em 2009, de cedência de terrenos para a construção dos equipamentos pelo Ministério da Saúde. Em comunicado, a autarquia refere que vão nascer na capital "sete novos centros de saúde" - no Alto do Lumiar, em Santa Maria de Belém, em Benfica (na Rua Rodrigues Migueis e no Bairro da Boavista), em Carnide, Campolide e no Martim Moniz - que, no total, vão servir 102.000 residentes na cidade.
Segundo disse à Agência Lusa fonte da autarquia, estes centros de saúde ficaram previstos num protocolo assinado com a tutela em 2009 que pressupunha a cedência de terrenos municipais para a construção dos equipamentos por parte do Ministério da Saúde. A conclusão das obras estava marcada para o verão do ano passado.
Contactada hoje pela Lusa, fonte da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo disse, no entanto, que "não está definida ainda a calendarização" para estas obras. Na reunião de executivo municipal de quarta-feira, o presidente da câmara, António Costa (PS), afirmou que o ministro da Saúde irá anunciar na sexta-feira o calendário de abertura destes equipamentos.
O anúncio de Paulo Macedo está previsto ocorrer durante a cerimónia de assinatura de um contrato com a Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) para a venda de duas lojas no empreendimento do Martim Moniz, para onde está prevista, há dois anos, a construção de um centro de saúde com capacidade para 18.000 pessoas "de centros de saúde circundantes, alguns dos quais sem condições ideais de atendimento", explica a ARS.
Segundo informação publicada na tarde de hoje no Portal da Saúde, a ARS "investiu dois milhões de euros na compra do espaço, de uma área de cerca de 1.700 metros quadrados, que deverá iniciar a sua atividade no próximo ano".
De acordo com o protocolo assinado pela Câmara de Lisboa e a tutela em 2009, a construção dos seis centros de saúde, incluindo o já concluído do Bairro da Boavista, estimava um investimento de cerca de 7,1 milhões de euros.
Segundo os dados do protocolo, a unidade da Alta de Lisboa, previa uma área de construção de 1.686 metros, num terreno de 2.200 metros quadrados e num investimento de 1,7 milhões de euros. A unidade de Belém deverá custar 900.000 euros, com uma área de construção de 843 metros quadrados, instalada num terreno com 1.807 metros quadrados.
Já o Centro de Saúde da Boavista, em Benfica, com um custo previsto inicial de cerca de 500 mil euros, está concluído há quatro meses, mas ainda não abriu, o que tem motivado a indignação dos moradores e autarcas locais.
Também em Benfica, a unidade da Rua Rodrigues Miguéis tem um custo estimado de 1,4 milhões euros e uma área de construção de 1.363 metros quadrados, num terreno com 2.400 metros quadrados.
Para a construção de um centro de saúde em Carnide, no antigo parque de artistas de circo, onde viviam famílias em caravanas e que foram realojadas pela Câmara de Lisboa, foi assinado no final de 2010 um protocolo entre a autarquia e a tutela.
Estava previsto um investimento de 1,4 milhões de euros para a construção do equipamento de 1.363 metros quadrados, num terreno de 4.800 metros quadrados.
Por fim, a construção do Centro de Saúde de Carnide no mercado que a autarquia cedeu ao Estado, segundo informou fonte autárquica, tem um custo estimado de 1,2 milhões euros, ocupando uma área de construção de 1171 metros quadrados, instalada num terreno com 2445 metros quadrados.
A necessidade da construção destes equipamentos ficou firmada na Carta de Equipamentos de Saúde, concluída pelo município em 2009, que apontava para a necessidade de novas unidades nas áreas de influência dos centros de saúde de Benfica, Lumiar, Sete Rios, Olivais, Marvila, Ajuda e Alameda.
O documento firmava também a necessidade de criação de mais de 1.500 camas ou lugares em unidades de cuidados continuados.
Lusa