Militares portugueses vão assessorar soldados afegãos em Cabul
Um destacamento de 29 militares dos três ramos das Forças Armadas portuguesas partiu hoje para o Afeganistão, numa missão destinada a assessorar o exército afegão durante próximos seis meses.
«Neste momento, a nossa missão é organizá-los [os militares], quer ao nível das suas tarefas de Estado-Maior, quer ao nível de comando», declarou aos jornalistas o Tenente-Coronel Dias Henriques, comandante do destacamento antes da partida do aeroporto militar de Figo Maduro, em Lisboa.
Sobre a situação no Afeganistão, em que as últimas notícias dão conta de alguns conflitos e mortos, Dias Henriques desvalorizou, mas admitiu «respeito».
«Acho que o treino que tivémos é suficientemente esclarecedor e bom para que tenhamos respeito pelo que se lá passa e para que tenhamos cuidado», acautelou o comandante da força portuguesa.
A tranquilidade reina no grupo de militares que se dizem preparados para a missão.
Em declarações à Agência Lusa, o segundo sargento César afirmou estar «descansado e consciente» quanto à sua preparação e manifestou-se apto para «servir de força de reacção rápida aos instrutores que vão dar instrução a outras unidades, intervir e defender».
O contigente de 29 militares, que seguiu para o Afeganistão num avião C-130, vai render a actual equipa OMLT (Operational Mentor Liaison Team) destacada em apoio de assessoria ao Exército Nacional Afegão, e que opera na região de Pol-E-Charki, em Cabul.
O destacamento português, cuja orgânica e composição obedece aos requisitos definidos pela NATO, permanecerá durante seis meses em território afegão, cifrando-se em 74 o número de militares portugueses a operar no Afeganistão.
Lusa