É preciso ver onde estes navios ASW vão atuar… se fôr no triângulo estratégico português e nas aproximações a Gibraltar, a necessidade principal é conseguir pesquisar rapidamente vastas zonas de oceano e poder atacar e destruir alvos sub-superfície, incluindo drones. Não é preciso conseguir lidar com ataques de saturação de mísseis anti-navio, por exemplo. Para isso precisamos de um navio com capacidade de auto-defesa de ponto ou, no máximo, de área local e muitos e muitos drones com VDS e, eventualmente, mesmo torpedos.. portanto, a ideia do CEMA faz todo o sentido… uma ou duas Bimby ASW para substituírem as VdG fazem mais sentido que fragatas clássicas.
Claro que no que diz respeito à NATO e operações em teatros de média e alta intensidade, vamos ter que continuar a ter fragatas do mais moderno possível… uma Marinha com 10 NPO com kits de luta MCM e ASW para operações no litoral (águas castanhas), 2 Bimby ASW vitaminadas para operações em oceano aberto (águas azuis) e 2-3 fragatas Tier 1 e 3-4 submarinos para operações de alta intensidade seria o ideal e não seria muito caro… se cada Bimby vitaminada custar uns 300 milhões e mais dois SSK 500-600 milhões cada, com menos de 2000 milhões fazia-se a festa, com a exceção das substituição das BD.
JohnM, convém não esquecer uma peça muito importante no combate ASW, refiro-me à inexistência de heli, embarcado, nos futuros, NPO3S.
Se a Marinha, ou o Sr CEMA, pretende atribuir essa missão aos NPO, aos quais eu deixaria de chamar NPO e passaria a designa-los como Corvetas ASW, mas entendo perfeitamente a estratégia do CEMA, será necessário que essa " terceira serie ", possua o que as primeiras nunca tiveram, um hangar para que na missão ASW, o elemento aéreo, tripulado, esteja presente, e não me venham com a teoria dos drones, porque para atacar um submarino, ou se usam torpedos misseis ou bombas/minas, e, que eu saiba apenas os helis embarcados tem a capacidade de transportar essas armas, além de que para efectuar uma abordagem o meio mais rapido e eficiente possivel, o heli sendo muito superior à lancha ou ao semi rígido.
Mas, quando, há uns anos, por aqui, se abordou a possibilidade da Marinha possuir navios de menor deslocamento, a partir do conceito dos NPO, para combater no Atlântico, vozes houve, que se levantaram contra, afirmando que esse tipo de navios não suportaria as condições do Atlântico e não seriam eficazes.
Ora, pelo que agora parece, a versão ASW, a ir avante, será a partir do mesmo casco, com alterações na superestrutura, de modo a acomodar os módulos para tal missão, e, muito possivelmente um/dois lançadores de torpedos, o que utilizando uma guarnição bem inferior à de uma fragata, não mais de 60/70 Almas, é uma excelente ideia/proposta " parida" pelo CEMA.
Será que o Almirante percebe menos que alguns foristas do FD ??
Em 2016, há mais de sete anos, dei inicio a um topico sobre a possibilidade de alterar o NPO, de modo a poder ser um Navio combatente, tipo corveta, às tantas, vai avante.
Do NPO2000 para a futura corveta
https://www.forumdefesa.com/forum/index.php?topic=12482.0Abraços