Antes de mais condolências à família do agente abatido.
Agora falando do sucedido duma forma analítica...
Estão a ser demasiados os agentes de autoridade abatidos em serviço.
O que é que está mal nas nossas forças de segurança?
Falta de meios humanos?
Falta de meios materiais?
Falta de capacidade técnica para enfrentar este tipo de criminalidade?
Algo vai mal nas nossas forças de segurança.
Meios humanos.
A escassez de meios humanos em certas zonas do país é evidente.
A deslocalização de meios para zonas mais carenciadas pode ser uma forma errada de resolver a questão (como a história do lençol curto, tapa-se a cabeça descobrem-se os pés).
Esta escassez não pode ser corrigida num ápice, a formação dos agentes a isso obriga.
Desconheço o número de admissões na Escola Superior de Polícia, no caso da PSP, para opinar sobre isso.
Meios materiais.
É evidente a escassez de meios ao dispôr das forças de segurança.
Os célebres "espigões", os meios mais adequados para efectuar barragens policiais em estradas, evitando a exposição dos agentes ao perigo, como foi o caso sucedido, parece que só existem nos comandos distritais da PSP, pelo que a comunicação social reportou.
A ser verdade isto não dá para entender.
Estes meios podem, devem, ser postos imediatamente ao serviço.
Os custos deste equipamento não é comparável á perca duma vida humana.
A isto há a acrescentar o tipo de armamento disponibilizado a essas forças, a maioria das vezes ridículo perante as situações que ocorrem.
Capacidade técnica.
Estarão os nossos agentes de segurança a receber formação adequada a este tipo de criminalidade que já começa a ser comum em Portugal?
Os casos mais mediáticos que ultimamente aconteceram parecem indiciar que as nossas forças de segurança não têm procedimentos adequados para estas situações.
Custa-me a entender que em situações como a ocorrida, em que era evidente o risco, um criminoso seja mandado parar sem haver alguém pronto a reagir dando cobertura a algo que corra mal.
Não alongando mais o post ... são apenas alguns aspectos que me fazem pensar.