Vai ser Construída em Sines a Maior Refinaria da Península

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TOMKAT

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Vai ser Construída em Sines a Maior Refinaria da Península
« em: Dezembro 09, 2005, 10:29:20 pm »
Mega projecto em Sines.

4000 milhões de euros vão ser investidos em Sines na construção de uma refinaria, que a ser construida vai ser a maior da Peninsula Ibérica e uma das maiores da Europa.
Os capitais vão ser essencialmente árabes e americanos, aparecendo como provável "testa de ferro", Patrick Monteiro de Barros, o mesmo que à pouco tempo defendeu a construção em Portugal de uma central nuclear, sem custos para o Estado.
De referir que o negócio da refinação é, no presente, altamente rentável,
e que vai duplicar a capacidade de refinação em Portugal, sendo a sua produção essencialmente destinada à exportação.
Prevê-se a criação de 400 postos de trabalho directos, e pela reacção do Ministro da Ecónomia, é ponto assente a anuência do estado à construção da dita refinaria.
IMPROVISAR, LUSITANA PAIXÃO.....
ALEA JACTA EST.....
«O meu ideal político é a democracia, para que cada homem seja respeitado como indivíduo e nenhum venerado»... Albert Einstein
 

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pedro

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« Responder #1 em: Dezembro 09, 2005, 11:57:11 pm »
e uma boa ideia cria postos de trabalho e ficamos com a maior refinaria da peninsula iberica. :lol:  :lol:  :lol:  :lol:
 

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Dinivan

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« Responder #2 em: Dezembro 10, 2005, 07:17:14 pm »
Ya era hora, Portugal tiene actualmente un déficit de productos refinados del petroleo ¿no?
 

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Marauder

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« Responder #3 em: Março 05, 2006, 01:42:54 pm »
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Monteiro de Barros exige nova central eléctrica para construir refinaria em Sines  


 
O acordo para a construção da nova refinaria de Sines está mais complicado devido à intensificação das exigências de Patrick Monteiro de Barros. Em negociações com o Governo para a realização do investimento de 5,2 mil milhões de euros, o promotor exige a instalação de uma megacentral de co-geração para a produção de electricidade e redução de resíduos, com uma potência de 500 megawatts (MW).

O projecto da nova refinaria tem associada a negociação da tarifa de venda da electricidade e garantia de ligação à rede eléctrica da central. A Direcção Geral de Geologia e Energia deu parecer negativo e a posição do Governo é não apoiar projectos de co-geração acima dos 100 MW, mas a solução poderá passar pela revisão das tarifas de co-geração. Segundo o «Jornal de Negócios» o objectivo é criar um tecto semelhante ao que foi feito para as eólicas. O projecto para a nova refinaria de Sines pode vir a receber apoios públicos até 20 por cento dos 5,2 mil milhões de euros.

A refinaria obteve já a licença de localização, faltando ainda a avaliação e estudo de impacte ambiental, a atribuição pelo Governo de licenças gratuitas de dióxido de carbono para cobrir parte das emissões da nova unidade e as licenças industriais.
 


de:
http://www.ambienteonline.pt/noticias/d ... hp?id=3668
 

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Marauder

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« Responder #4 em: Maio 06, 2006, 12:43:59 am »
Citar
Nova refinaria de Sines perde sócio americano

O sócio americano de Patrick Monteiro de Barros abandonou o projecto da nova refinaria em Sines, embora admita voltar a associar-se ao investimento desde que seja implementado e numa outra fase.


Segundo refere a imprensa desta sexta-feira, citando a agência Dow Jones Newswires, o norte-americano Tom O'Malley, que é um dos principais «sócios» do projecto de Monteiro de Barros para Sines cansou-se de esperar pela decisão do Governo português e aceitou um convite para presidir à Petroplus, uma empresa controlada pelo grupo Carlyle.

Isto acontece a escassas semanas do final do prazo para um acordo entre o Governo e os promotores do projecto (30 de Maio). Segundo referem o DN e o DE, as negociações entre as partes estão num impasse e a polémica em redor da duplicação das emissões de CO2 veio complicar o andamento do processo.

Para justificar o abandono do projecto em Sines, O'Malley refere-se aos atrasos no arranque do projecto e a alguns contratempos. «Este e outros atrasos deixaram aqueles que estão interessados no futuro do projecto em suspenso», disse Thomas D. O'Malley à Dow Jones.

No entanto, «se o projecto for em frente, então a Petroplus pode, e ponho a ênfase na palavra pode, estar interessada», diz o empresário americano.

05-05-2006 8:55:16


de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=66602

Era uma vez....
 

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Yosy

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« Responder #5 em: Maio 06, 2006, 05:22:26 pm »
:(

De qualquer modo isto não significa que o projecto não vá para a frente.
 

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Marauder

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« Responder #6 em: Maio 09, 2006, 01:46:03 pm »
Citação de: "Yosy"
:(

De qualquer modo isto não significa que o projecto não vá para a frente.

Verdade...

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Manuel Pinho desafia Monteiro de Barros a reformular projecto

O ministro da Economia, Manuel Pinho, assegurou hoje que não houve ruptura com Patrick Monteiro de Barros e desafiou o empresário a reformular o projecto da nova refinaria de Sines, para que possa ser apoiado pelo Governo.


Manuel Pinho explicou que não se tendo chegado a acordo sobre as emissões de dióxido de carbono (C02) e os incentivos financeiros até ao final de Maio, como estava previsto, não existe agora uma data- limite para a reformulação do projecto da refinaria Vasco da Gama.

«É um desafio que lanço aos promotores do projecto. Quero deixar muito claro que, se o projecto não for remodelado, o Governo não o irá apoiar», afirmou Manuel Pinho aos jornalistas, à margem da conferência «Portugal em Exame», organizada pela Revista Exame.

Segundo o ministro, não existe uma data-limite para a reformulação do projecto, embora inicialmente fosse fixado o dia 31 de Maio para o fecho das negociações.

«Quando não se verificam todas as condições é melhor parar a tempo do que fazer algo que mais tarde se pode pagar a um custo elevado», disse.

Os pontos críticos do projecto são, segundo Manuel Pinho, as emissões de C02, «mais elevadas do que o inicialmente previsto», e a composição dos incentivos financeiros.

«Estão em causa incentivos financeiros muito elevados e temos de ser muito cuidadosos na forma como os utilizamos, pois trata-se do dinheiro dos contribuintes», afirmou.

«É necessário captar investimento, mas não a qualquer preço», sublinhou.

O nível máximo de incentivos permitidos pela Comissão Europeia para um investimento deste tipo é de 20%.

O ministro considerou ainda não ter sido precipitado na assinatura de um memorando de entendimento em final do ano passado com o empresário.

«Quando nos apresentam um investimento deste calibre, vemo-lo com bons olhos, é assinado um protocolo de entendimento e depois são negociados os detalhes. Quando não se chega a acordo é melhor deixar uma mensagem clara sobre a necessidade de reformular o projecto», defendeu.

Manuel Pinho afirmou ainda existir grande interesse no sector petroquímico da região devido às qualidades do Porto de Sines.

«Estou confiante de que haverão projectos muito interessantes nesta área», afirmou.

Diário Digital / Lusa

09-05-2006 12:02:00


de:
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro%5 ... news=66781
 

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Yosy

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« Responder #7 em: Maio 09, 2006, 07:08:47 pm »
Só espero que a refinaria seja mesmo construída. Ao contrário dos outros mega-projectos (aeroporto da Ota, TGV) quase ninguém criticou este.
 

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superbuzzmetal

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« Responder #8 em: Maio 10, 2006, 02:41:12 pm »
Citação de: "Yosy"
Só espero que a refinaria seja mesmo construída. Ao contrário dos outros mega-projectos (aeroporto da Ota, TGV) quase ninguém criticou este.


Desde que mudem a percentagem de co2 e que o governo não tenha que pagar mais que o combinado também espero que seja construída, caso contrário penso que é apenas uma tentativa de aproveitamento descarado por parte do Patrick Monteiro.
Peace through superior firepower.
 

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fgomes

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« Responder #9 em: Maio 10, 2006, 10:27:17 pm »
Esta história está muito mal contada!
O que é certo é que o governo aproveitou este assunto para sua propaganda destinada a subir nas sondagens e não cumpriu o acordo de confidencialidade que tinha com os promotores deste projecto.
 

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NVF

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« Responder #10 em: Maio 11, 2006, 01:07:35 am »
Felizmente temos aqui insiders que nos ajudam aperceber o que se passa.
Talent de ne rien faire
 

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superbuzzmetal

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« Responder #11 em: Maio 12, 2006, 05:42:39 pm »
Ó Fgomes, não queres aprofundar essa tua teoria ?
De qualquer maneira mesmo que tenha quebrado o acordo de confidencialidade, penso que o governo agiu bem mesmo que tenha puxado um pouco a brasa à sua sardinha.
Peace through superior firepower.
 

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Luso

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« Responder #12 em: Maio 13, 2006, 12:19:13 am »
Condições para se verificar o "fenómeno":

- 1.º Ministro sabidola;
- Ministro da tutela sabidolazeco que quer agradar ao superior;
- Empresário sabidola que conhece bem a estirpe dos dois primeiros;
- Conjuntura favorável ao investimento (combustíveis, desemprego);
- Os amigalhaços juntam-se e "decidem" tudo, mais certamente em jantarada. Não se discutem pormenores, legalidade, factores a ter em conta, etc. Não se perde tempo em detalhes mesquinhos, porque suas excelências não se sujam com essas coisas. Afinal, não faz parte das suas competências. A eles cabe a "estratégia"...
- Depois da jantarada anuncia-se o projecto como garantido e espera-se que algum tótó alinhe no jogo de o aprovar. Afinal não foi em jogadas destas que eles chegaram onde chegaram?

- Pois bem: não funcionou.
Mas o PM não pode perder a cara. E é aí que entra a GALP, empresa pública. Não era mesmo para "aparecer" uma refinaria?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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typhonman

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« Responder #13 em: Maio 13, 2006, 01:07:17 am »
Vou-me encher de massa :lol:
 

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AugustoBizarro

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« Responder #14 em: Maio 13, 2006, 11:15:14 pm »
Eu acho imensa graça a isto tudo.

Então afinal quem é Patrick Monteiro de Barros ?  Qual a sua fortuna pessoal? É empresário?  ou Industrial?

Uma Refinaria, ainda por cima não sendo muito pequena, não é um mero empreendimento empresarial, é um empreendimento Industrial.

Ora então porque é que este senhor, está sempre a aparecer na televisão e nos jornais, falando como se tivesse milhares de milhões de euros do bolso dele, como se tivesse algum poder de decisão.

Se o dinheiro não é dele, então não deveria ser ele a falar, muito menos da forma como fala, parecendo ás vezes que a refinaria iria ser 100% propriedade sua.

E se a refinaria for feita com capital estrangeiro, o lucro , após impostos, vai todo embora.

Então porque motivo é (foi!) este investimento apresentado ao público como algo de interesse nacional, quando no fundo seria um investimento estrangeiro, muito provávelmente com subsídios estatais. Investimentos á moda da Bombardier.

Este indivíduo , Patrick Monteiro de Barros, tem a mania do protagonismo.

O ideal seria que ele estivesse calado durante muitos e bons anos.

Senão mais uns anos e vem propor um Espaçoporto, uma Fábrica de Aviões, um arranha-céus com 500 metros, ou qualquer fantasia do género, propondo projectos quando no fundo o homem não tem dinheiro !

Se não tem dinheiro e está a defender projectos que obviamente não pode pagar nem sequer uma fracção ínfima, então está meramente a fazer uma campanha de marketing, ou a trabalhar a soldo de estrangeiros, ou pior, a tentar fazer umas coroas ás custas de contactos internacionais e benefícios estatais.

Se ele tivesse dinheiro, o projecto seria feito quer o governo quizesse ou não. A aparente certeza da proposta contrasta com a forma súbita como se cancela tudo. passando do 80 ao 8 (ou neste caso, 0 !).

Mas é muito engraçado, pois, suspeito mesmo, que se fosse um grupo 100% composto por capital nacional (empresários portugueses portanto),
e o houvesse rumores de ajudas estatais,  viriam os histéricos da europa reclamar que não pode ser, o estado não pode interferir no mercado, etc.

Mas ainda bem que esta novela chegou ao fim.

Por isso já sabem, da próxima vez que ouvirem o Patrick Monteiro de Barros na televisão a propor nem que seja a construção de uma cabine telefónica, pura e simplesmente desligem a televisão ou a rádio, esse homem não é para levar a sério.