A manter-se a situação actual, a população portuguesa a curto/médio prazo vai continuar a baixar em termos numéricos, apenas compensada por alguma imigração que vai ficando por cá.
Olhemos para a classe média em concreto que é o espelho da sociedade:
A estrutura da nossa sociedade está a mudar a um ritmo que o estado não está a acompanhar em termos de medidas para incentivar a taxa de natalidade.
À duas ou três décadas atrás os netos eram criados na sua grande maioria pelos avós.
Agora com a mobilidade que a população é obrigada a ter, cedo os filhos se afastam dos pais, construindo a sua vida muitas vezes longe dos seus locais de nascimento.
Por necessidades materiais ambos os membros do casal necessitam de trabalhar, então aos avós metêmo-los em lares de 3ª idade, aos filhos metêmo-los em creches, jardins de infância, amas, etc. com os custos financeiros e socias inerentes.
Concordo com o Miguel quando diz que o estado devia apoiar mais, financeiramente, quem quer ter filhos.
Eu, que não sou rico (infelizmente

) já disse noutro tópico tempos atrás que tenho um filhote com 4 anos, a caminho dos 5, e que recebia do estado 12 euros de abono de família mensais.
Devo corrigir um lapso "tremendo" que cometi,... não são 12 euros,...
são 10 euros. Uma fortuuuuuna.
É o contributo que recebo do estado por colocar mais 1 português no mundo.
ps. 10 euros correspondem a cerca de 5% do que pago mensalmente pelo jardim de infância em que o filhote está.