Dr. Mário Soares "Desapareça"

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Luso

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« Responder #15 em: Novembro 29, 2005, 01:28:56 am »
- Ah Padeira!!!!

Papatango, a sentinela atenta à perfídia que ameaça a Nação!!!
E aqui, no Fórum Defesa! :G-beer2:

*Como se faz um smilie com lacinho, olhos vidrados, sorriso sinistro e uma pá de padeiro?*
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Charlie Jaguar

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« Responder #16 em: Novembro 29, 2005, 03:23:10 am »
Citação de: "Luso"
Eu considero Cavaco o menos mau. E por me dar a ideia de autoridade, de sobriedade vou votar nele. Além de o julgar mais interventivo. E ter conhecimentos de economia. E uma outra vantagem: não é eloquente nem palavroso, qualidades elementares do vigarista.

Bem Luso, existe muita boa gente que é "palavrosa e eloquente", que tem dotes de oratória mas nem por isso é vigarista. Penso que talvez aqui tenha generalizado demais embora eu perceba que tenha aplicado os adjectivos referindo-se à nossa classe política em geral. Mas como a História comprovou durante tantos séculos, não é dos que falam demais que se deve desconfiar ou temer: é precisamente dos que falam de menos, daqueles que se parecem movimentar nas sombras (vide tabu). Veja-se o exemplo do actual Primeiro-Ministro, o Engº José Sócrates; pouco disse durante a sua campanha eleitoral e obteve a primeira maioria absoluta na história do Partido Socialista. E o que disse já foi "desdito".

Concordo consigo quando diz que Cavaco Silva tem conhecimentos de Economia; disso ninguém tem dúvida. Mas e a vertente social? Será que o desemprego, a velhice, a pobreza ou a baixa taxa de natalidade vão passar a ser vistos apenas como frias percentagens inscritas num gráfico? É que Aníbal Cavaco Silva é um amorfo social, um ser sem qualquer preparação nesse sentido.

E concordo ainda com o Luso no facto de Cavaco Silva não ser eloquente ou palavroso. Isso é verdade. Não mais iremos adormecer durante os 45 minutos que leva em média um discurso do Dr. Jorge Sampaio; iremos antes ser presenteados com insípidos discursos de conteúdo "pogramático", como se fosse a lição de casa da disciplina de Matemática.

Mas como sou um dos muitos portugueses que ainda não se dá por vencido quanto a esta questão, opto por escolher um pensamento de Virgílio: Labor improbus omnia vincit * (o trabalho persistente tudo vence). Ou seja, até 22 de Janeiro muito poderá acontecer nem que seja a possibilidade do Prof. Cavaco Silva se tornar a engasgar (de vez, se possível) com um doce típico da época festiva que agora se inicia.  :jok:




*Pensamento de Virgílio (Geórgicas, 144 e 145)
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Moi

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« Responder #17 em: Novembro 29, 2005, 11:44:42 am »
ÌIIIIIPPPPÀÀÀÀÀÁÀAÀÀ`estava-me a escapar este tópico...

Ora bem, também recebi um mail há dias a dar conta que este e mais outro jornalista teriam sido afastados dos seus postos. Aguardei provas. Até agora nada. Ora, como recentemente recebi outros mails a dizerem mal do Soares, como aquele em que dizia que o gatuno era o dono dos terrenos da OTA e afinal era um empresário qualquer, logo reconhecido por grande empreendedor, dou-lhe o mesmo entendimento.


Mais em relação ao artigo. Há um ponto em que concordo completamente. A cegueira desmesurada com que virou as costas ao Atlântico, querendo ver-se livre rapidamente do passado, e se virou para a Europa (CEE). Também sou da opinião que deveriamos ter entrado mais tarde, com outro poder argumentativo. Todavia, quem beneficiou com tanto subsidio foi Cavaco.

Quanto às suas ligações com o PCP. Vamo-nos reportar ao PCP de 75, que tinha um apoio popular muito mais amplo e frenético. As sedes foram atacadas no Norte, nalgum norte o religioso, e o que fez Cunhal, esse terrorista, pediu aos militantes para não resistir, como o fez em muitas ocasiões, como no 25 de Novembro (que foi realizado com o seu consentimento de que não ia fazer nada). Não fosse a cegueira ideológica de alguns e rapidamente se percebia porque é que muitos dos comunistas dissidentes acham o PCP um partido pequeno-burguês, o contrário do «ensinado» por Lenine.

Quanto a Angola, ao PCP, ao Cunhal e à União Soviética. Esta parte então é hilariante e demonstra um desconhecimento profundo. O poder em Angola foi entregue aos três partidos (MPLA, FNLA e UNITA), o que não se passou noutras ex-colónias, eles é que depois, com uma oportunidade única entraram em Guerra Civil.
Já os recursos ficaram entregues aos Estados Unidos, o que é interessante e revela um entendimento entre potências, no estranho tabuleiro da Guerra Fria, onde obvimante o PCP não entrou.

Agora, se o jornalista foi afastado por incompetência, já compreendo. É que de facto não se pode assinar um artigo destes e sem se saber do que se fala.
« Última modificação: Novembro 29, 2005, 12:29:34 pm por Moi »
 

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Moi

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« Responder #18 em: Novembro 29, 2005, 11:51:46 am »
Ainda duas notas

Os jornalistas não têm por norma escrever artigos de oponião. Quando o fazem, ou são os directores ou pessoas convidadas, por serem algum tipo de mais valia e serem passíveis de fazerem as pessoas comprarem os jornais para as lerem (é para isso que serve o painel de comentadores, para serem a âncora).

A ser jornalista, não assinaria um artigo de opinião no seu jornal. Só podia ter uma colaboração, o que a ser terminada, teria toda a legitimidade pelos critérios editoriais.

Estou a mandar para o ar, mas não deixa de cheirar a podre, esta história.

Por outro lado, esse jornal alemão não é mesmo que em 75 dizia não sei o quê do Cunhal, que ele fazia e acontecia e a guerra civil e tudo o mais?
Entrevista que ele sempre disse nunca ter dado ao longo da sua vida, e factos desmentidos pelo desenrolar dos acontecimentos. Estou novamente a mandar para o ar, mas vai na volta há algo em comum...
« Última modificação: Novembro 29, 2005, 12:30:08 pm por Moi »
 

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papatango

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« Responder #19 em: Novembro 29, 2005, 12:03:48 pm »
http://arraiamiuda.blogspot.com/

Citar

Quem entregou Timor à Indonésia?

Transcreve-se a seguir um trecho de uma notícia do jornal Portugal Diário, em que se afirma que os Estados Unidos receberam de Portugal garantias de que não haveria oposição à invasão de Timor Leste pela Indonésia

Transcrição
========

Poucos meses depois, em Março de 1975, um memorando "ultra secreto" de três paginas endereçado a Henry Kissinger pelo mesmo funcionário do Conselho de Segurança Nacional avisa que a Indonésia receia que "uma retirada apressada dos portugueses deixará Timor enfraquecida sujeita aos instintos esquerdistas de uns poucos lideres do movimento independentista, líderes que os indonésios receiam serem influenciados por Pequim".

O documento informa estarem a crescer as pressões dentro da Indonésia para "acção militar directa".

"Temos alguma informação indicando que estão a avançar preparativos par a essa acção e uma informação que Suharto deu ordens para incorporação de Timor português não mais tarde do que Agosto de 1975, pela força se necessário", lê-se no documento.

"Entidades oficiais portuguesas informaram-nos que não resistirão a qualquer uso da força por parte da Indonésia," acrescenta o documento, sem dar contudo outros pormenores.

O relatório "ultra secreto" descreve a posição da Austrália sobre a possível invasão Indonésia de "ambivalente".
============
Fim de transcrição


Para os mais esquecidos, em Março de 1975, e nos meses anteriores, governava o III Governo Constitucional. Era Primeiro Ministro Vasco Gonçalves, e o homem que falava com os americanos, e era ministro dos negócios estrangeiros chamava-se Mário Soares.

Para bom entendedor, meia palavra basta. Os timorenses já sabem quem abriu a porta ao genocídio indonésio.

A rogo de Brites de Almeida, por não saber assinar

É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
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Moi

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« Responder #20 em: Novembro 29, 2005, 12:24:31 pm »
O caso é que para bom entendedor, meia palavra não basta.

Soares, e já estou a dizer mal dele duas vezes (quem diria...), agradou aos americanos para subir ao poder, basta ver quem era o seu melhor amigo da altura, Frank Carlucci, subordinado do Henry Kissinger. E, na minha opinião, forçou posições de choque para assegurar um lugar no poder, basta ver a sua predisposição para falar em guerra civil, mai que qualquer outro.

Agora, a questão é que Mário Soares era subordinado de Vasco Gonçalves, que era mais conotado com o PCP.

Que conclusões se tiram destes pressupostos?
 

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papatango

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« Responder #21 em: Novembro 29, 2005, 12:41:21 pm »
Moi: Os governos provisórios eram uma confusão completa. O Primeiro Ministro tinha poder, mas não como hoje, porque não tinha sido eleito. As reuniões do consdelho de ministro eram para definir linhas gerais, e lembro que exactamente porque Vasco Gonçalves (como você diz, mais conotado com o PC) não controlava parte dos ministros (entre os quais Mário Soares)  se cria a ideia da "Matança da Páscoa", para como se dizia na altura "fazer sair os ratos da toca".

Os ratos saem da toca em  11 de Março de 1975, e essa revolução que resultou no fim do governo e então sim, na saída de Mário Soares.

Mário Soares só sai do MNE, sendo substituido por Melo Antunes, (Soares continua no IV governo como ministro sem pasta) quando se fazem as nacionalizações, e os amigos dele, começam a ver o futuro em perigo, porque as nacionalizaçoes não íam afectar apenas as grandes empresas, porque se caminhava para um estado comunista tipo Albanês-Cubano.

Se não formos pelas meias palavras, para tentar entender alguma coisa, continuaremos sempre sem entender nada. Afinal, é suposto para as nossas elites, que o Zé, não entenda nada mesmo.

Cumprimentos
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« Responder #22 em: Novembro 29, 2005, 01:04:13 pm »
Papatango compreenderá que estas são questões de difíceis análises e para mim as meias palavras não chegam.

Soares foi o que foi, assim como Vasco Gonçalves, e que por outro lado levanta discussões sobre se «O Companheiro» era levado a sério pelos Estados Unidos, que não era como Carlucci refere em vários dos seus relatórios.

Quanto ás nacionalizações, o perigo poderá ser desmistificado. No entanto, reconheço que algumas foram manifestamente exageradas. Dizia eu as nacionalizações tinham um propósito, que era o de evitar a fuga de capitais em massa e de poder de decisão do nosso país (ambos em mãos dos que andaram de mãos dados com o regime que se depôs, algumas delas fizeram mesmo boicotes ao desenvolvimento do país pós 25 de Abril, como os agrários no Alentejo). A meu ver foram benéficas, exceptuando nalguns casos como disse. É que em Itália, as empresas estatais, à altura controlavam muito mais da economia, e nem por isso era um país do tipo albanês-cubano e em França, Miterrand fez muito pior em 1981 (ou 83 agora não me lembro) e nem por isso foi visto como um estado tipo albanês-cubano.

Mas, concordo com a sua análise sobre a posição de Mário Soares no meio disto tudo, o infiltrado que usou a sua ligação em seu prol. O que não entendo nisto, é como é que alguma direita, nomeadamente a Social-Democrata o critica por isso, afinal de contas ele acabou com o «perigo» (quanto a mim extrapolado para um fim) do PCP tomar as redeas do país.

Novamente temos, no caso de Timor, a mão americana. E que conclusões tiramos disto (descolonização). Quem foi pior para nós, a União Soviética ou os Estados Unidos?

Cumprimentos
 

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papatango

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« Responder #23 em: Novembro 29, 2005, 03:00:53 pm »
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Mas, concordo com a sua análise sobre a posição de Mário Soares no meio disto tudo, o infiltrado que usou a sua ligação em seu prol. O que não entendo nisto, é como é que alguma direita, nomeadamente a Social-Democrata o critica por isso, afinal de contas ele acabou com o «perigo» (quanto a mim extrapolado para um fim) do PCP tomar as redeas do país.

Caro Moi, Há pelo menos dois PSD's

Há o PSD repúblicano, citadino e urbano, e há o PSD que foi feito e criado a partir das antigas estruturas da Acção Nacional Popular (antiga União Nacional) e que se transferiu para o PSD após o 25 de Abril de 1974
(isto segundo o prof. Freitas do Amaral, claro). Logo temos que entender essas realidades, e quem são os interpretes dessas realidades.

Em Viseu, há ainda uma parte do PSD com Mário Soares, na figura de Fernando Amaral. Portanto, ainda hoje essa divisão é visivel.
Mais um bocado e temos que abrir um tópico para as conspirações maçónicas :mrgreen:

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Soares foi o que foi, assim como Vasco Gonçalves, e que por outro lado levanta discussões sobre se «O Companheiro» era levado a sério pelos Estados Unidos, que não era como Carlucci refere em vários dos seus relatórios

A acreditar nos escritos documentados pelo embaixador João  Hall Themido, no seu livro dez anos em Washington, os governantes portugueses eram vistos como um bando de imbecis ingénuos. Chegaram a pedir à embaixada que pedisse encontros com o presidente dos Estados Unidos, (ainda no rescaldo do escândalo Watergate) para negociar a abertura do mercado americano aos tapetes de arraiolos, porque os russos tinham feito a mesma coisa.
Na altura tiveram que lembrar aos governantes portugueses que os Estados Unidos eram uma economia de mercado.

Durante o PREC, a realidade foi a que foi.
Os nossos governantes eram na sua maioria um bando de incapazes.
Bem intencionados, com certeza, mas ingénuos incapazes.

Soares, limita-se a sobressair um pouco no meio de tanta azémola.
Não é nem nunca foi um homem brilhante. É descuidado e desleixado. É o tipo de homem que encolhe os ombros e só à última-da-hora faz alguma coisa. Por isso, e especialmente por isso, é que quando nos tentam dizer que NÃO HAVIA NADA A FAZER em 1975, e que o que aconteceu, e como aconteceu, era inevitável, temos a obrigação de pensar duas vezes e reflectir.

Mário soares já demonstrou ser um homem de compromissos. Já o afirmou aquando da questão do terrorismo de Bin Laden, ao afirmar que se deve negociar.

A partir daí, fiquei convencido de que o processo de 1974/1975, foi negociado (por nossa parte) por um homem de fraco carácter, que aceita negociar com o Diabo, para não ter que se dar ao trabalho de realmente se esforçar.

Por tudo isto, o Mário Soares de 2005, não é o mesmo de 1985. Há 20 anos de distância, de reflexão, de noticias e de verdades (e também meias verdades) que vieram e continuam a vir ao de cima.

Há demasiadas meias verdades ainda por contar neste país. Meias verdades que podem colocar em causa as nossas relações,, por exemplo com Angola. E aí, há demasiados interesses na área PSD que têm que ser defendidos.

É tudo uma questão de compromissos entre alguns sectores das elites.

Uns calaram-se e negociaram, para não se darem ao trabalho de fazer alguma coisa, os outros, calam-se porque os negocios com as antigas colónias até dão jeito.

Aos cidadãos, restam-nos as meias verdades, e a discussão dessas meias verdades, para formarmos uma opinião tanto quanto possivel isenta. Muitas meias verdades, analisadas com racionalidade, cabeça fria e inteligência, acabarão por formar uma verdade inteira.

É por isso que há tanta gente incomodada com realidades como a "blogosfera", e a liberdade de expressão dos cidadãos, vide o caso do blog "Do Portugal profundo".

Cumprimentos
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MERLIN

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« Responder #24 em: Novembro 29, 2005, 03:04:09 pm »
No que respeita ao senhor mario Soares, ainda gostaria que ele explicasse o que é verdadeiramente o seu programa?! Até ao momento, a sua unica preocupação é criticar e atacar o candidato Cavaco Silva, utilizando na maioria das vezes uma certa demagogia barata e oportunista (exemplo: comigo no poder acontecimenyos como em França não vão acontecer!!!), mas nunca enunciando verdadeiras propostas. consegue ser mais patético do que o Jeronimo de Sousa, quando este invoca uma suposta maquinação capitalista que poderia por em causa a democracia??!! A semelhança de muitos outros colegas do Forum, acho que Cavaco Silva sera elaito, não forçosamente por ser o melhor, mas sobretudo por ser o menos mau. ha opessoas que com a experiência que têm (e recuso a falar da idade), devreriam ter mais juizo! mas quando o orgulho e o egocentrismo é mais forte, da nestas coisas.
"Se serviste a patria e ela te foi ingrata, tu fizestes o que devias, ela o que costuma"
Padrea Antonio Vieira
 

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Moi

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« Responder #25 em: Novembro 29, 2005, 03:56:18 pm »
Papatango

Por acaso também gosto das teorias da conspiração, que tal como disse, a falar meias verdades lá se anda um pouco...

Quanto ao livro que fala, já agora pedia-lhe que desse mais informações como o título e a editora, poderá ser interessante ler.

No entanto, no PSD escapou-lhe a sua figura mais importante... Emídio Guerreiro, o fundador. Que por sua vez também foi fundador da LUAR (Liga Unitária de Acção Revolucionária), que fez umas coisas engraçadas antes do 25 de Abril, ligada à esquerda, e que mais tarde muda-se para o PS. A vida deste homem que morreu este ano com 105 anos é muito interessante... mais um grande nome...

Mas como se encaixa ele então na sua análise do PSD?


Quanto ao Soares. Eu curiosamente acho o contrário, acho que ele é extremamente  calculista e como o Vasco Gonçalves disse um dia: uma pessoa disposta a tudo...
Também não acho que seja brilhante, mas muito inteligente, a aliar às outras coisas, isso é.

Quanto à sua mudança de opinião com o passar dos tempos, é normal nos políticos acho, os tais 20 anos de distância. O próprio Freitas do Amaral é exemplo disso. Também criticou as opções dos Estados Unidos antes de ter sido indigitado MNE. Agora, fala de outras coisas. Enquanto assim for, menos mal. O mesmo serve para o Soares.

Quando fala de interesses no PSD e as relações com os EUA, fala do quê, ou de quem? De Pinto Balsemão e do Grupo Bilderberg?
 

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Luso

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« Responder #26 em: Novembro 29, 2005, 09:27:33 pm »
Citar
Enfim, Timor - uma ilha indonésia que não tem grande coisa a ver com Portugal.


Mário Soares, 'Portugal Amordaçado', 1973 (pág. 457)

Um sinal de uma cultura humanista superior.


Outros documentos engraçados em

http://www.aemo.org/asoares/imprensa.html
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papatango

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« Responder #27 em: Novembro 29, 2005, 10:02:46 pm »
Citar
Fiquei espantado com o sentimento patriotico e o portuguesismo dos Timorenses
Almeida Santos, 1975


Citar
"Foi a descolonização possível"
Mário Soares

Na minha terra diz-se:
Apanha-se mais depressa um mentiroso que um coxo.

= = = =

Moi: O livro que referi é o seguinte:

Dez anos em Washington 1971-1981
As verdades e os mitos nas relações luso-americanas
João Hall Themido
Publicações D. Quixote
Colecção "Caminhos da memória"
ISBN 972-20-1262-2

Tem algumas notas curiosas, algumas ridiculas (como a dos tapetes de Arraiolos) e fala por exemplo das negociações para a aquisição de misseis anti-aéreos para Portugal, aquando da guerra dos seis dias, fornecidos por Israel, via Alemanha Federal.

= = =
« Última modificação: Novembro 29, 2005, 10:08:23 pm por papatango »
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« Responder #28 em: Novembro 29, 2005, 10:08:02 pm »
Espero que o Almeida Santos dure o suficiente para ter o que merece.
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fgomes

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« Responder #29 em: Novembro 29, 2005, 10:23:15 pm »
Não tivemos a descolonização possível, mas sim a que a maioria da oposição ao antigo regime quis, ou seja uma debandada vergonhosa que teve a sua máxima expressão na tragédia de Timor.
Por acaso hoje ouvi o comentário de MST na TVI em que ele defendeu que os responsáveis pela tragédia de Timor fossem julgados!