A Força Aerea tem a alguns anos um destacamento permanente com um casa 212 em S.Tomé.
Alguem sabe se com a substituição do Aviocar por outro aparelho (C-295?), do qual apenas serão adquiridos 12 contra os 24 aviocar existentes , vai mermitir manter esse destacamento.
Portugal tem mantido, a meu ver bem, um Aviocar estacionado em S. Tomé e Principe essencialmente para efectuar o transporte aéreo entre a ilha de S. Tomé e a ilha do Principe em caso de necessidade e vôos regulares para transporte essencialmente de bens de primeira necessidade (medicamentos,etc,), dada a exiguidade de meios aéreos que S. Tomé tem ao seu dispôr.
Há uns anos S. Tomé apenas dispunha de um Bimotor turbo-hélice destinado essencialmente para uma carreira regular entre S. Tomé e o Gabão (Liberville). Como a carreira para a ilha do Principe pelo avião são- tomense apenas acontecia de 4 em 4 dias creio, a aviocar fazia essa carreira de 2 em 2 dias.
Eu próprio usufruí do vôo do Aviocar gratuitamente para na ida e volta para o Principe graças à boa vontade do comandante do Aviocar numas boas férias passadas em S. Tomé. (Boa vontade e umas cervejolas
).
Agora como se descobriu importantes jazigas de petrólio em nas águas territoriais de S. Tomé, quando os C-295 chegarem já haverá poder económico nesse país para aumentarem a frota de aviões, pelo que seria injustificável manter esse meio aéreo ou outro nesse local.
A não ser que interesse político-económicos superiores justificassem a manutenção dum meio aéreo português nesse local.
Há muitas histórias estranhas que se passam/passaram em S. Tomé
as quais devem aconselhar a uma ponderação cuidada para uma futura decisão a tomar.
Por exemplo vocês sabiam que o "aeroporto" de S. Tomé, durante o "reinado" de Pinto da Costa (não o presidente do FCP, mas o presidente que assumiu o poder em S. Tomé após a independência), foi alugado a um obscuro empresário sul-africano por 90 anos.
Que esse mesmo empresário tinha estacionados normalmente no "aeroporto" um jacto privado de média dimensão e um bimotor
(tipo C130 só com 2 motores), os quais tinham um hangar destinado a eles, mordomias que só o Aviocar usufrui-a noutro hangar.
Que esse mesmo empresário ocupava um dos antigos palácios senhoriais
deixados pelos portugueses onde os únicos negros que se viam eram 2 negros que estavam do lado de fora do portão de acesso a esse palácio, e lé dentro viam-se Filipinos (segundo os habitantes locais) armados de Kalashnikov ao ombro.
É preciso cuidado ao tomar decisões, especialmente quando agora parece que descobriram "a galinha dos ovos de ouro", vulgo petróleo.