O país tem um governo, mal ou bem, é um governo legitimo eleito pelas pessoas. Podemos até dizer que estavam todas drogadas quando votaram, mas a realidade é a expressa pelos resultados eleitorais.
O nosso sistema eleitoral, não nos permite a expressão, por exemplo junto dos deputados eleitos, pois os deputados não nos devem nada, nem nós os conhecemos a eles.
Esta situação, criada pela constituição de 1976, potencia o poder dos partidos politicos e das suas estruturas, e sufoca a democracia participativa. Transformou a democracia numa partidocracia, em que o cidadão deixa de facto de poder falar.
Ainda agora temos mais um caso tipico, que é o da nova lei do aborto.
Não podendo haver referendo, há partidos no parlamento que, democraticamente, afirmam que "... isto nem é preciso referendo, que a malta resolve isto no parlamento e sem votos..."
A cultura dos nossos politicos é esta.
Mas, não nos podemos esquecer que mesmo indirectamente, acabamos por ser nós a eleger as pessoas que nos governam. Temos um pouco de responsabilidade.
Para ajudar, temos os casos de Felgueiras, Gondomar etc... em que as pessoas, quando perguntadas, aceitam ser governadas por pessoas que se sabe terem problemas com a justiça, aceitando mesmo que os autarcas roubem.
Temos aquilo que merecemos.
É um facto que, muitos de nós não se revêm neste tipo de governação que parece querer fazer marchar as Forças Armadas, no sentido da dissolução.
Mas as pessoas votaram, e ninguém tem legitimidade para dizer que não tinham razão.
Cumprimentos