http://www.aereo.jor.br/2017/05/11/malvinas-35-anos-por-que-as-bombas-nao-explodiram-parte-9/Mitos sobre as bombas argentinas nas Malvinas
(MITO) As bombas não explodiram porque foram lançadas a baixa altura.
(RESPOSTA) Os militares da Força Aérea Argentina tinham pleno conhecimento técnico das limitações do envelope de lançamento das bombas (incluindo cálculos feitos em computador com os parâmetros de lançamento). Na verdade essas limitações se davam pelas características originais das espoletas, cujos tempos eram baseados em conceitos de segurança para a aeronave lançadora (segundo relato de militares argentinos nunca passou pela cabeça deles a execução de missões suicidas). No início do conflito foram lançadas bombas (Expal de 250 kg) sem espoletas modificadas que efetivamente não explodiram (este é o caso do ataque ao HMS Glamorgan e da bomba que se alojou no compartimento de cargas do mercante argentino ELMA Formosa, atacado por engano – a espoleta não teve tempo para armar a bomba).

Por muito que este conjunto de artigos tenha o seu interesse, não deixa de ter uma noção algo caricata do que era a guerra naval de 1982, nomeadamente no atlântico sul. Em primeiro lugar, qualquer dos navios atingidos por bombas lançadas dos aviões argentinos a baixa altitude, levava além dos misseis, Seacat, Seawolf e Seadart, uma ou duas peças de 114 mm, além de duas peças de 20mm. Ponto dois: A FAA só deu barraca nos combates aéreos e mesmo modificando as espoletas das bombas e usando algumas com para-quedas de freio, é mais que evidente que a "treta" do "preferimos uma única bomba" é que os lixou. A partir da altura que passaram a usar 3 bombas de 250 kg acertaram no triplo dos navios pois a lei das probabilidades aumentava muito mais, bem como de alguma explodir. 3- A Marinha usava bombas Snakeye, e no ataque à HMS Ardent é irrelevante que o navio estivesse avariado, já que o Seacat não disparou assim como a peça de 114 mm e as duas de 20 mm num avião a baixa altitude que até com uma fisga podia ser atingido (e o mau tempo ou o sal tanto afecta espoletas, como misseis ou radar de tiro). A verdade é que as Snakeye acertaram e não é por os aparelhos lançadores levantarem mais uns metros que a probabilidade de serem atingidos aumentou consideravelmente. Na verdade com muito menos trabalho de modificar espoletas e testar configurações, a ala aérea da marinha conseguiu melhores resultados (nem falando nos exocet). 4- As perdas da FAA foram altíssimas, por isso independentemente dos bons ataques aos navios e efctuados, o balanço nunca pode ser brilhante, quanto muito aceitável ou positivo. 5- O que fez a FAA contra as tropas britânicas? Nada. Nem com os Pucará, que pasme-se, numa ilha sem praticamente árvores, tinham sido enviados para as Falklands com Napalm. 6 - Enviar aparelhos de qualquer tipo para combater umas F.A. avançadas sem cobertura, contra-medidas electrónicas, nem chaff ou flares é brilhante? Eu chamo-lhe outra coisa, e certamente que os pilotos abatidos também. 7 - Se em vez de 5 navios os "bifes" tivessem perdido 10 não tinham pensado duas vezes, ainda por cima com o Vaticano e o Perú a patrocinarem umas negociações de paz? A imprensa britânica bem como o seu povo não são os brasileiros ou portugueses. Ver Brexit. 8 - Um mimo a dos Mig 17, norte-vietnamitas e do Terrier (Atlântico sul e sueste asiático tem tudo a ver, desde o tempo ao material empregue). Talvez o poder naval deva ler umas coisas sobre "defesa aérea" do Vietname do Norte e sobre misseis Terrier, Migs 17, alcances, performance e para que foram feitos sos sistemas de armas em questão. Adiantando só: O A4 e Dagger são aviões de ataque, o Mig 17 é um caça de superioridade aérea adaptado para ataque. Por ultimo, começa a irritar esta mania de tentar "limpar" os Argentinos, vindo até de alguns países que foram alvo das suas acções ou estavam em vias de ser. O desempenho da Argentina nas Falklands ao nível aéreo foi apenas razoável, pois falharam em muitas coisas, perderam tempo com situações dúbias quando da mesmas forma que receberam assistência da Marinha para preparar os ataques mais valia receberem bombas Snakeye e a forma táctica de serem usadas. E muito se deve à aviação da Marinha para ser razoável, já que dos ataques de exocet, aos empregando a snakeye, passando pela retirada dos Aermachi das ilhas, coloca apenas a Faa com ataques aos navios e com uma perda enorme de aviões, inclusive Camberra e C130, passando pelos Mirage aos Pucára. Considerar "brilhante" só pode ser uma piada de bloggers que só fazem "passagem" de informação sem cruzamento de dados, ou pior, sem pensarem.Aliás, a imagem destas conclusões é um espelho das mesmas...


http://www.thinkdefence.co.uk/operation-black-buck/post-conflict-and-raf-stanley/Saudações