Portugal poderá vir a ceder recursos hídricos a Espanha

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Raul Neto

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Portugal poderá vir a ceder recursos hídricos a Espanha
« em: Julho 27, 2005, 07:50:16 pm »
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    Água: Portugal poderá vir a ceder recursos hídricos a Espanha
     
    Portugal poderá vir a ceder àgua à Espanha  
     O presidente da Junta da Estremadura pediu hoje a Portugal que cedesse água do Alqueva a Espanha, pedido que foi reiterado pela ministra espanhola do Ambiente.

    27/07/2005
       
    Francisco Nunes Correia
     
    (16:53) O ministro português do Ambiente, Francisco Nunes Correia, disse que a quantidade de água pedida pelos agricultores não irá afectar Portugal - pelo menos é essa a ideia transmitida num relatório preliminar já encomendado pelo Governo.
     
    Nunes Correia esteve hoje reunido com a sua homóloga, Cristina Narbona Ruiz, na primeira conferência sobre a Convenção de Albufeira - um encontro onde foi discutida a gestão dos rios comuns a Espanha e Portugal.
     
    Tal como o previsto, Madrid invocou pela primeira vez o regime de excepção em relação ao rio Douro devido à seca.

    O ministro português do Ambiente diz compreender a atitude do país vizinho, até porque, diz Francisco Nunes Correia, "a Espanha vai debitar apenas menos 15% da água prevista".


    Para ouvir as declarações do ministro em audio  :arrow: http://www.rr.pt/noticia.asp?idnoticia=141302[/list]
     

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    komet

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    « Responder #1 em: Julho 27, 2005, 08:03:46 pm »
    Eles não pensam duas vezes quando reduzem os nossos caudais para satisfazer as suas necessidades, e agora veem com esta conversa?
    "History is always written by who wins the war..."
     

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    Dinivan

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    « Responder #2 em: Julho 27, 2005, 08:12:57 pm »
    No se trata de dar agua ahora, dado que estamos en sequía comprendería a los portugueses que se negararan a transferir agua.
    La construcción de las infraestructuras necesarias para hacer esa transferencia tardarían 2 o 3 años en construirse, y lo que es muy importante, una cañería puede usarse en las dos direcciones. Así en el futuro, cuando uno de los dos países necesite agua urgentemente, se la puede vender el otro.
    En cuanto a la reducción de los caudales... estamos en sequía, los ríos tienen menos agua y por tanto es normal que también dejemos escapar menos agua, de hecho, esta situación está recojida en el tratado que firmaron nuestros respectivos gobiernos, así que no hay razón para enfadarse. Aunque eso si, espero que las decenas de desalinizadoras que se están construyendo en España ayuden a paliar esta situación... ¿como anda Portugal en ese sentido?
     

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    Dinivan

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    « Responder #3 em: Julho 28, 2005, 10:54:40 am »
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    A ministra espanhola do Ambiente, Cristina Narbona Ruiz, formalizou ontem o pedido, que já tinha sido feito, em Junho, pelo presidente da Região da Extremadura. O Governo português aceitou dar água a Espanha.

    Até Setembro, segundo o acordo ontem firmado pelos dois ministros do Ambiente, o caudal do Douro é reduzido em 15 por cento, enquanto as águas da albufeira Alqueva serão transportadas, dentro de dois anos, para os regadios da Extremadura espanhola.

    Os ambientalistas não percebem porque Portugal não definiu os caudais mínimos neste encontro ibérico.

    Os ministros do Ambiente de Portugal e Espanha anunciaram estas medidas no final do primeiro encontro bilateral ocorrido no âmbito da Convenção de Albufeira, assinada em 1998 e em vigor desde 2000, que regula a cooperação dos dois países para a protecção e aproveitamento sustentável das águas das bacias hidrográficas comuns (rios Douro, Tejo e Guadiana).

    Nunes Correia diz que, de acordo com os termos da convenção, quando “os níveis de precipitação não atingem determinados valores, Espanha pode invocar o regime de excepção. No conjunto dos três principais rios, Douro, Tejo e Guadiana, os valores registados levaram a que Espanha invocasse o regime de excepção para o Douro”.

    O ministro português do Ambiente diz que a Espanha “não tem uma máquina de fazer chuva”. Nunes Correia garante que, pelo menos sobre as águas do Tejo e do Guadiana, “vão ser escrupulosamente cumpridos os valores previstos na convenção”.

    No que diz respeito ao Douro, o ministro considera “satisfatórios” para Portugal os valores acordados: a Espanha compromete-se a deixar passar para Portugal, até Setembro, 230 milhões de metros cúbicos na barragem de Miranda e 377 milhões de metros cúbicos na de Saucelle.

    A ministra espanhola, Cristina Narbona Ruiz, afirma que, por “solidariedade e responsabilidade de Espanha para com Portugal”, para não afectar a produção hidroeléctrica portuguesa, estes valores são suficientes. Está ainda prevista a redução do caudal do Douro em apenas 15 por cento, apesar de a redução das chuvas corresponder a 40 por cento”.

    A governante espanhola acrescenta que até agora as águas espanholas corriam para Portugal e “espera agora que possa haver um fluxo contrário”.

    Em declarações ao CM, Francisco Ferreira, da associação ambientalista Quercus, acusa Portugal de estar numa posição “muito complicada e submissa face a Espanha, que de vez em quando nos fecha as torneiras”.

    “Espanha faz dois pedidos de água a Portugal, no Douro e no Guadina, e o o nosso País aceitou. Não se percebe que do empreedimento do Alqueva, que custou 2,5 mil milhões de euros, sejam os espanhóis os primeiros a beneficiar e não os portugueses”, critica.

    ALGARVE FICA SEM POMARES

    A situação de seca extrema no País obriga a medidas excepcionais de racionalização de água, algumas já em curso na região do Algarve. O ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, disse ontem que a redução do regadio dos pomares “vai reduzir a produção de fruta, mas será suficiente para a sobrevivência das árvores”. Outras medidas passam pela reactivação das captações de águas subterrâneas e uma melhor gestão das águas superficiais. De fora fica o recurso à dessalinização, já em funcionamento em algumas localidades turísticas espanholas. “É uma solução demasiado cara”, disse o ministro português, afastando assim essa possibilidade, pelo memos para já. Contudo, sublinhou que essa pode ser uma solução para os empreendimentos turísticos privados de grande dimensão.

    SEM PREJUÍZO

    O ministro Correia Nunes, diz que “os interesses dos portugueses não serão afectados” com o desvio de água do Alqueva para os regadios da Extremadura.

    TRANSVASES

    Sobre os transvases espanhóis do Tejo para o Segura, o ministro diz que essa possibilidade está prevista num convénio de 1969 e é “um direito de Espanha”.

    AJUDA EUROPEIA

    A Comissão Europeia poderá autorizar Estados-membros a apoiar países vítimas de seca, como Portugal e Espanha, e concederem ajudas a agricultores afectados por “condições extremas”.

    ALQUEVA

    Portugal não tem capacidade técnica para usar a água do Alqueva, faltam infra-estruturas de transporte da água da albufeira para os campos.

    http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=168368&idselect=10&idCanal=10&p=94
     

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    Luso

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    « Responder #4 em: Julho 28, 2005, 01:48:40 pm »
    Para quê água quando há vinho? :?:
    Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...