Procura-se Presidente

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Tiger22

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Procura-se Presidente
« em: Julho 24, 2005, 12:04:48 am »
Procura-se presidente da República que alegando instabilidade pela demissão de um ministro secundário com apenas 4 meses no poder, decidiu convocar eleições antecipadas a um governo apoiado por uma maioria estável no parlamento, e que agora, passados também 4 meses de um governo PS, quando um ministro de estado e das finanças se demite por não conseguir apoio do Primeiro-ministro para levar por diante o seu plano de austeridade e reestruturação do estado, e quando outro ministro de estado e dos negócios estrangeiros insinua no exterior que Portugal é um país de corruptos, esse mesmo presidente anda muito calado e desaparecido de cena (M.I.A?).

Se alguém o encontrar por favor digam-lhe para não voltar!!!

Prof. Cavaco: Estamos todos à sua espera para correr com esta escumalha que insiste em querer fazer pior que o Guterres.
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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Benny

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« Responder #1 em: Julho 25, 2005, 03:27:56 pm »
Não se preocupe - Aí vem o Dr Mário Soares para nos resolver os problemas todos :wink:

Benny
 

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Luso

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« Responder #2 em: Julho 25, 2005, 05:34:18 pm »
Isso! E depois a sua recandidatura!
 :mrgreen:

Isto é mesmo ingovernável com tipos destes. Mas comigo não, violão.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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komet

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« Responder #3 em: Julho 25, 2005, 08:18:19 pm »
Quando se pensa que não é possível bater mais no fundo, aparece o Mário Soares a candidatar-se à presidência, sinceramente sinto terror com a possibilidade de o homem ir parar lá em cima... bolas já nos aconteceu de tudo, só falta o PCP ou BE começar a ganhar eleições, mas nessa altura Portugal certamente deixará de existir.
"History is always written by who wins the war..."
 

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Miguel

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« Responder #4 em: Julho 25, 2005, 08:52:09 pm »
Tanto em Portugal como noutros paises Europeus estamos a bater no fundo da politica....

corupção,abusos de poder,inercia,mentiras etc...
fui isto que levou o fim da monarquia em Portugal em 1910 e noutros paises...
 

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Luso

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« Responder #5 em: Julho 25, 2005, 09:48:38 pm »
A respeito do fim da Monarquia gostava que o nosso excelso historiador dee serviço, Doutor Papatango, fizesse algumas considerações sobre esse momento histórico e, se entender sensato, fizesse algumas comparações entre o momento presente e o período 1895-1910.
Creio que as coisas estavam difíceis antes da morte de D. Carlos mas a tender para a normalização, depois de se ter assumido que a "alternância" demonstrou ser ruinosa para o país...
É uma ideia vaga que tenho e provavelmente errada, mas...
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komet

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« Responder #6 em: Julho 25, 2005, 10:47:00 pm »
E do período 74/75/76 já agora?  :P
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Luso

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« Responder #7 em: Julho 25, 2005, 11:07:55 pm »
Agora a pergunta será: Procuram-se Generais.
Porque os presidentes já mostraram o que valem.
E o único que prestou foi Eanes (General). Excelente exemplo de homem mas um pouco ingénuo.
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NotePad

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« Responder #8 em: Julho 26, 2005, 01:54:26 pm »
Alberto João Jardim à presidencia!!!

Mário Soares à Camara ...                             ...de Gás!!!
 

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Luso

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« Responder #9 em: Julho 27, 2005, 02:09:06 pm »
- Pinto da Costa à Presidência!!!
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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NotePad

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« Responder #10 em: Julho 28, 2005, 04:54:35 am »
peinto da costa?!?!?!?! fuod@$$€ !!! esse bastardo!!! e eu digo bastardo para não lhe chamar filho da put@!
 

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papatango

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« Responder #11 em: Julho 28, 2005, 08:17:43 pm »
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No canto III dos Lusíadas, Camões, o maior poeta da língua portuguesa, que naquela obra, conta a História de Portugal, refere-se ao rei D. Fernando filho de D. Pedro, que é acusado de ter sido um mau Rei e de ter deitado quase a perder o reino. Efectivamente, tão desastrada foi a governação de D.Fernando, que a sua morte levou ao fim da primeira dinastia, e à quase destruição de Portugal, quando o Rei de Castela, exigiu os seus direitos de sucessão ao trono português.

Em Portugal, vivemos desde 1995 num plano descendente. A economia parece funcionar cada vez pior, a produtividade é baixa e não consegue aumentar, os governos são instáveis, porque são fracos, e isto mesmo tendo um suporte parlamentar.

As razões dos problemas são muitas, diversas, e dariam para escrever livros inteiros. No entanto é impossível olhar para 10 anos perdidos sem olhar para o denominador comum. A pessoa, que ficará para sempre ligada a estes tristes dez anos da História de Portugal.

Essa pessoa chama-se Jorge Sampaio e é até ao fim de 2005, o Presidente da República.

É fácil fazer análises à posteriori. Depois de terem ocorrido, os erros podem-se identificar com facilidade. No entanto, por alguma coisa numa democracia se elegem pessoas supostamente competentes para dirigir os destinos das nações. É suposto que as pessoas que tomam nas suas mãos as rédeas e os destinos das nações, sejam pessoas capazes, detentoras da necessária sagacidade, inteligência e largueza de vistas.

Infelizmente, quando se critica a classe política em geral, está-se na prática a admitir que não há no país pessoas com essas qualidades, ou então, não há pessoas com essas qualidades entre aquelas que, controlando ou estando próximo das esferas que detêm o poder, mais possibilidades têm para se eleger.

A III República amoleceu, e tanto amoleceu que agora está podre, não tendo provavelmente já possibilidade de recuperação possível.

As coisas começaram a correr mal no fim da década de 90, quando vários políticos começaram a alertar para a criação de um monstro. No entanto, os dirigentes do país, encolheram os ombros e nada fizeram. A sua formação política normalmente de esquerda, e de influência francesa, diz que qualquer recuperação económica passa forçosamente pelo Estado. Sem o Estado, a recuperação não é possível. Logo, estão justificado os investimentos do Estado, e os consequentes deficits.

A decadência da III República, fica marcada por dois casos que sendo apenas dois, são significativos do que ocorreu.

O caso da vitória da corporação do vinho tinto.


Um deles, foi o caso da tentativa de alterar a taxa máxima de alcoolémia permitida aos condutores de 0.5 para 0.2 gramas de álcool por litro de sangue.

Sabe-se que o português gosta de “pinga”. Seja o tradicional vinho, ou a cada vez mais omnipresente cerveja, o português acha que o álcool não faz mal e que até dá saúde.

Anos e anos de uma governação inepta que promovia o álcool afirmando que beber vinho era dar de comer a um milhão de portugueses, não justificam os altos consumos, mas dão uma ideia de como a sociedade encara o consumo de álcool.

Durante o governo de António Guterres, tentou-se reduzir o limite máximo de álcool no sangue, com o intuito de ajudar Portugal a reduzir o numero de mortes na estrada. Números e estatísticas, que constituem infelizmente uma fonte de vergonha para Portugal, como se o país não tivesse já demasiados recordes para se envergonhar.

No entanto, a reacção foi violenta. De vários sectores, se levantaram lobbies, grupos de pressão e pessoas “desinteressadas” a defender a manutenção de uma taxa de alcoolémia que ajuda a envergonhar o país com números crescentes de mortos, estropiados, famílias destroçadas e vidas alteradas para sempre.

Apoiados no poder que os grupos de produtores de vinho tinham, nomeadamente a estranha capacidade que estes grupos tiveram de “convencer” deputados do PSD, na altura na oposição, e em mil e uma pressões, vindas de dentro do próprio partido do governo, a lei, não passou.

Os portugueses assistiram impávidos ao escândalo.

A saúde dos cidadãos, os mortos na estrada, as vidas, as pessoas, de nada importavam quando se tratava de defender os interesses económicos de gente que não se importa com quem morre desde que morra bêbado.

O governo tinha-se rendido. O interesse vil do dinheiro do álcool tinha ganho a batalha contra a lei.

Guterres rendeu-se e Jorge Sampaio, que deveria ter agido perante um tamanho assalto ao poder por parte de grupos de pressão ilegítimos - que em nenhum lugar receberam mandato para fazer leis em Portugal - nada fez.

Os portugueses, que já não acreditavam no governo, passaram a acreditar ainda menos.

O caso de Barrancos.

Em Agosto de 1999, percebendo que o Estado estava a perder força, o próprio comandante da GNR de Moura, dá cobertura ao que na altura era considerado crime, e o governador civil de Beja, ciente de que um governo fraco não teria capacidade para reagir, coloca-se do lado das pessoas que violaram a lei. As touradas com touros de morte, claramente proibidas em Portugal pela lei, realizaram-se nas barbas dos agentes da autoridade, numa descabelada demonstração de violação por parte do próprio comandante da GNR de Moura, do seu juramento como militar, que o obrigava a defender Portugal, e por isso a defender as leis da nação. Inaceitável seja-se ou não a favor das touradas com a morte do touro.

Mas, escândalo dos escândalos, mais tarde o próprio Presidente da República, mais alto magistrado da Nação, e garante máximo da soberania do país e do Estado, emite declarações que não só desculparam objectivamente os prevaricadores, como resultaram ainda, na criação e aprovação de um Decreto-Lei, que permite a realização de touradas com a morte do touro na arena.

O país, mais uma vez assiste de boca aberta.

O país fica absolutamente consciente de que é apenas necessário fazer barulho, ou então ter muito dinheiro, para mais facilmente poder ter muitos deputados “amigos” para que qualquer lei, por mais absurda, traidora, genocida ou imoral que seja, tenha a sua aprovação garantida no parlamento.

A constituição de 1976, deu ao Presidente da República, uma capacidade que não é comum nas repúblicas parlamentares, como a nossa claramente tende a ser. No entanto, embora o sistema seja parlamentarista, são dadas ao presidente prerrogativas, para que este as utilize. Ao se abster de as utilizar, ou utilizando-as tarde demais, o cidadão Jorge Sampaio, demitiu-se das suas funções de Presidente da República.

Com António Guterres, com o apoio objectivo de Jorge Sampaio, foi transmitida aos portugueses a imagem de um Estado débil, fraco e incapaz. Para os muitos cidadãos que ainda vêem no Estado a unica protecção contra as injustiças, é a pior das imagens que se pode passar.

Jorge Sampaio, não irá seguramente para nenhum canto heróico de algum poeta do futuro, mesmo que cantado como o fraco presidente que foi. No entanto, o seu mandato, pontilhado aqui e ali por algumas acções positivas, foi na sua generalidade tão fraco, tão desmotivador, tão cinzento, tão demonstrativo do ponto de desleixo a que pode chegar a autoridade do Estado, e do ponto a que pode chegar a situação quando os governantes se abstêm de governar, que será seguramente lembrado como o pior presidente eleito na história de quase cem anos da República Portuguesa.

Esperemos também que, como D. Fernando, não fique conhecido como o último Rei de uma dinastia decadente.


http://m.1asphost.com/Forumhistoria/
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
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TestDummie

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« Responder #12 em: Julho 29, 2005, 03:06:23 am »
Oias a todos

O nosso Presidente tem tido muitas falhas ao longo dos seus mandatos, deveria ser duro e ter uma posição mais firme em muitos aspectos.
A desculpa da estabilidade política que a mim não me interessa nada se for para manter uma situação imprópria tem sido utilizada pelos partidos PS e PSD e deveria cair em saco roto no que diz respeito ao Presidente.

Relativamente ao Mário Soares, embora seja um Tubarão Político e o MAIOR POLÍTICO PORTUGUÊS, não se deveria candidatar.

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Prof. Cavaco: Estamos todos à sua espera para correr com esta escumalha que insiste em querer fazer pior que o Guterres.


A escumalha é sempre a mesma começando pelo cavaco e acabando nele. Realmente neste país a política é uma m#rd# só mudam as moscas.

Quanto ao cavaco salvar a situação?
 
 :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

A memória do português é curta se não lembrava-se que o sr.cavaco:

1. Foi o ministro da economia em que a manelinha foi sua secretária de estado no tempo da AD levando o país quase à bancarota.

2. Passou 10 anos, 8 dos quais com maioria absoluta, fazendo auto-estradas por tudo o que era lado (claro que ele tinha a CEE senão nem isso) e mamarrachos em vez de fazer as reformas da função pública necessária. Pior, deu cabo da função pública de vez!
Não apostou na educação e tecnologia, razões pelas quais as empresas actualmente fogem para fora e não para dentro.

A situação actual do país foi criada nos Governos desse, decididamente não grande homem que dá pelo nome de cavaco, e mantida por todas as outras bestas que lhe seguiram, guterres, barroso, santana e sócrates, porque com este será mais do mesmo.

Boas a todos
 

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NVF

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« Responder #13 em: Julho 29, 2005, 03:46:39 pm »
Excelente texto PT. De facto, Sampaio e' uma figura fraca, muito fraca (e eu ate' votei no gajo).

Quanto a Cavaco, confesso que nao gostava muito dele. No entanto, nos ultimos tempos, ele posicionou-se mais ao centro — ai o que as eleicoes levam um homem a fazer —, mas mais importante que isso, Cavaco tem algo que neste momento e' de extrema importancia para o Pais: autoridade. Cavaco e', sem duvida, um tipo democratico, mas a com pulso firme e autoridade, alias a sua propria figura austera exala autoridade.

Nao tenho duvidas que Cavaco e' o presidente que Portugal precisa. Mais, o seu magisterio pode influenciar decisivamente Socrates, que tambem me parece um tipo autoritario — apesar dos seus 'tiques' — e que so' talvez nao exerca a sua autoridade de forma mais acentuada por estar no partido que esta'. Vamos ver...
Talent de ne rien faire