Vi a entrevista, uma excelente entrevista a um dos militares mais sérios e respeitados que a Armada já teve. Aliás, o mesmo já tinha dado uma excelente entrevista ao simpático programa Por Outro Lado do mesmo canal. O que o Alm. Vieira Matias - antigo CEMA - disse foi que o atraso exagerado por parte de Portugal e as promessas vazias levaram a uma describilidade perante a NATO, não da arma submarina em si, mas das promessas feitas pela classe política. Assim, passaram a não contar com tal componente. Ainda assim, devo referir que se espera já para Março a assinatura do contracto, o que seria no mínimo incoerente, quase uma triste coincidência... ou talvez não... :roll:
Contudo, refira-se que faz parte da NATO a França, que ficou bastante afectada - economicamente não, claro (se bem que um país da NATO a operar o Scorpéne da DCNI, seja publicidade sem preço
) com a não escolha do seu produto, pelo que não seria supreendente vê-la a boicotar a compra do produto alemão. No entanto, é apenas uma especulação, se bem que não seja improvável que haja na NATO um lobby contra essa aquisição. Basta, aliás, lembrar que o Secretário-Geral é holandês, tal como um dos submarinos que saiu derrotado de uma das fases do concurso.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
Não sei muito mais sobre o assunto, mas foi algo que ouvi no Jornal 2 desta noite.
Falaram dos Albacora, e de que quando o último navio da classe for abatido ao serviço será o submarino mais antigo do planeta, com a idade de 42 anos. Entrevistaram um espanhol que dizia que os Daphné deles eram religiosamente abatidos quando completavam 30 anos por razões de segurança. Depois entrevistaram um oficial da Armada que defendeu que as condições de segurança seriam sempre respeitadas, mas que enquanto o navio fosse seguro continuavam a usá-lo.
Depois um almirante comentou a notícia de a NATO dizer que Portugal não precisa de submarinos. Segundo ele, em primeiro lugar Portugal não tem submarinos só para agradar à NATO (ele não disse isto exactamente por estas palavras, mas...). Depois, atribuiu a verdadeira razão do comunicado às necessidades da NATO de ter uma relação de forças fiável, e como Portugal já anda a dançar o vira dos submarinos há 12 anos (outra expressão que não foi usada, claro) os comandos da NATO decidiram dizer a Portugal que se não quer ter submarinos que não tenha, mas que faça qualquer coisa.