25 de Abril de 1974

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Lusitanian

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Re: 25 de Abril de 1974
« Responder #300 em: Abril 26, 2011, 10:12:22 am »
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Á 37 anos e um dia atrás, garanto-lhe que já tinha a PIDE em cima só por ter escrito essas linhas..... É que eles não discerniam sequer entre política favorável ou desfavorável ..... Você só escreveu isto, porque pode, e pode-o fazer, exactamente porque houve um dia, em que os militares, cansados de uma guerra que já sabiam não conseguir ganhar, de acordo com um fascista Liberal chamado Spínola, que por mero acaso até é considerado como um excelente militar.....


Cansados de uma guerra que já sabiam não ganhar? Que eu saiba, nós estavamos muito bem (claro com falta de material, muitas baixas e etc, mas a estavamos com grande vantagem, mesmo depois de os rebeldes adquirirem AK-47). Podem confirmar-me isso? Só `perdemos´ devido á revolução certo? Devido a isso, já não fazia sentido lutar por uma terra que iam perder...no entanto acredito que estavam cansados.

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por um regime que desperdiçou 14 anos de esforço, de sangue, suor e lágrimas, sem procurar uma solução
Apesar de entender (no contexto em que referiu), esta frase deixou-me algo desorientado. Se na Madeira e Açores, um movimento independentista ganhar grande escala e armar-se até aos dentes, seria um desperdicio defender a Madeira e os Açores? Podemos muito bem esforçar, sangrar, suar e chorar pois aquelas terras são nossas, são portuguesas. Assim como era Angola e o restante território. História é História e está feito. Mas fico mal, decpcionado por saber que antigamente nós até saltavamos fronteiras afora para conquistar outros territórios e defendê-los (Diu, Macau, e muitas mais, mais de 800 fortes espalhados pelo mundo). E para defender os nossos territórios na era moderna, é desperdicio? Estamos mesmo muito mal habituados...não sei o que realmente mudou para se `cansarem´ de defender a mais sagrada defesa...a patria. Mas sou jovem, e posso estar a dizer coisas sem sentido, mas é esta `visão´ que tenho. A unica esperança é de acharem que realmente, havia outros povos a quem pertencia aquelas terras. E se Portugal, de hoje, fosse atacado, que vá o braço, a perna e o que seja, que iriam defender mesmo até á morte. Espero mesmo esse gesto, e de mim próprio tambem. Mas felizmente para alguns ´cobardes´, Portugal nunca irá para a guerra.

PS: Parece ridiculo e suicida, mas gostava de saber o tal `feeling´ de defender a pátria. Se bem que levar um tiro nos cornos, deva doer como o caraças...mas é sempre em freeente. Peito de ar, e gritaria á portuguesa. Porrada neles  :G-bigun:
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PCartCast

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Re: 25 de Abril de 1974
« Responder #301 em: Abril 26, 2011, 11:19:58 am »
Citação de: "LuisC"
Prezo obviamente a liberdade mas teria abdicado de parte dela só para não ver o país no estado em que está.

O processo revolucionário de 25 de Abril trouxe alguns valores que hoje apreciamos, tal como a liberdade, mas acarretou a perda de outros valores que certamente teriam evitado a grave situação económica e financeira em que nos encontramos.


Meu amigo, as exportações portuguesas estão em alta (maior taxa desde 1996), com as últimas medidas de rigor o Estado conseguiu um acréscimo de benefícios na ordem de 2% em relação a igual período do ano passado....

Digo-lhe exactamente o que disse a um Brasileiro num dos picanços no Youtube...... A crise NÂO È PORTUGUESA.... Foi-nos imposta....

Sinceramente, se tudo se tivesse passado de forma diferente, e o 25 de Abril nunca tivesse existido..... Tenho a certeza que teria existido um 26 de Abril..... e viveria-mos a crise que vive-mos actualmente na mesma :(.

Em Angola, as coisas começaram logo a descarrilar em 1961 (foi onde a guerra colonial começou), e Portugal lutava directamente contra os interesses dos Locais, dos EUA e da União Soviética, os EUA por exemplo apoiavam a UNITA do Jonas Savimbi.....

Na Guiné..... Era um massacre, o exército pedia quase o impossível aos militares, como defender bases  virtualmente impossíveis de defender.... De todos os 3 cenários, era o pior.... Eu tenho um Tio que combateu na Guiné, e acredite, apesar de ele não o dizer, a guerra é um assunto que o incomoda bastante :(.

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Lusitanian

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Re: 25 de Abril de 1974
« Responder #302 em: Abril 26, 2011, 02:17:31 pm »
Err...eu não sei muito, pois aquilo que aprendemos na escola, não é completo. É muito resumido e simplificado (o que é compreensivel, senão o livro teria umas mil páginas). Mas apesar das graves falhas de estrutura do exercito, sempre tive ideia que nós estávamos em vantagem, e que estávamos a aguentar muito bem a guerra, apesar de muitas mortes tambem. Só ganharam força (os rebeldes) quando aconteceu o 25 de Abril, pois os militares ficaram desmoralizados e pararam de receber material, ou seja, manutenção de guerra (além de tambem certos `suspeitos´ venderem-lhes armas).
É esta a ideia que tenho...li tambem que os próprios autores eram militares, e que estavam na frente do cenário, com grande vantagem, apesar dos problemas e das constantes traições de Manuel Alegre na rádio, ao revelar as posições portuguesas. Mas seja como for, é internet e não posso acreditar em tudo o que leio, mas no geral, diziam que estavam a ganhar. Mas se há gentes com parentes ou que tenham mais conhecimentos históricos, por favor façam a vossa justiça, para eu ficar a saber o rigor historico  :) Mas claro isso é em papel...na pratica teria que ver loool. Ver para crer.
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Paisano

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Re: 25 de Abril de 1974
« Responder #303 em: Abril 25, 2013, 11:49:48 pm »
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
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Cabecinhas

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Re: 25 de Abril de 1974
« Responder #304 em: Abril 26, 2013, 01:26:51 am »
Citação de: "Paisano"

Vira o disco e toca o mesmo!
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Sertorio

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Re: 25 de Abril de 1974
« Responder #305 em: Abril 27, 2013, 06:44:13 am »
 

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Re: 25 de Abril de 1974
« Responder #306 em: Abril 27, 2013, 10:39:28 am »
De um lado temos um regime que estava a cair de podre, do outro temos uma "democracia" que de podre não passa.

Será que é só isto que se consegue?! :evil:
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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Re: 25 de Abril de 1974
« Responder #307 em: Abril 27, 2013, 11:14:14 am »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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papatango

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Re: 25 de Abril de 1974
« Responder #308 em: Abril 30, 2013, 12:41:48 am »
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De bandidagem??? Tipo os desgraçados que eram vigiados simplesmente por não irem á missa de Domingo??? Você sabe tão bem que á PIDE não lhe interessavam os bandidos..... O que lhes interessava era aquilo a que eles chamavam de cápulas (todos aqueles que podessem representar perigo para o regime)....

Creio que se criou uma ideia um pouco exagerada sobre as capacidades da PIDE.

Lembro que a antiga PVDE (Policia de Vigilância e Defesa do Estado) teve o apoio da Gestapo alemã aquando da sua formação.
A polícia evoluiu de forma diferente nos territórios ultramarinos, onde chegou a ter forças militarizadas mais ou menos regulares que actuavam mesmo nos países limitrofes.

Mas ainda o Salazar não tinha morrido e já a PIDE (novo nome que sucedeu a PVDE) se começava a distanciar de uma organização repressiva destinada a controlar os que criticavam o estado.

O regime não conseguia ter mão na contestação, como se viu nas crises académicas de meados dos anos 60.

Nessa altura, já tinha surgido uma nova faceta da PIDE, que muita gente convenientemente ignora:

A PIDE tinha-se em parto transformado numa organização de proxenetas e agentes de meninas, que controlavam o lucrativo negócio do sexo especialmente na região de Lisboa.
Muitos PIDES tinham por conta meninas (vulgo Put@s) que alugavam à hora.
Era um comércio de sexo muito diferente da restante prostituição, porque as prostitutas da PIDE tinham a proteção daquela policia e o apoio dos agentes, caso fosse necessário abafar algum caso.

Havia uma guerra constante entre a PSP e a PIDE, porque a PSP chegou a prender prostitutas dos PIDES porque andavam a deambular nos lugares do costume, na área do Parque Mayer e na noite lisboeta nas áreas de alguns dos teatros da capital.
Para resolver o problema, os PIDES chegaram a emitir carteiras profissionais falsas para que as meninas continuassem a trabalhar sem serem incomodadas pela PSP.

É de rir, quando vemos certa esquerda afirmar que o Parque Mayer sempre foi uma área onde a critica ao regime corria solta.
Estas afirmações pretendem passar a imagem de que havia resistência entre o pessoal do espectáculo.

Na realidade os PIDES permitiam uma certa contestação, porque ganhavam com isso, mantendo assim um lucrativo negócio de sexo, deboche e preversão.
O famoso caso Ballet Rose foi um dos mais conhecidos, em que a PIDE defrontou a própria Policia Judiciaria e a situação atingiu um nível de deboche que nem os PIDES conseguiram abafar a violação de crianças por alguns senhores da sociedade, que pagavam à PIDE por proteção nas suas atividades sexuais desviantes.

Para mostrar serviço, os PIDES de vez em quando, apanhavam um comunista ou outro e davam-lhe um enxerto de porrada para dar a impressão de que havia uma policia a tratar de defender o Estado. Se o comuna morresse, melhor, porque assim dava ainda mais a impressão de que a PIDE existia para proteger o estado e não era uma agência de meninas para os senhores da aristocracia do regime.

Desde o final dos anos 60, que para muitos PIDES o negócio do sexo era o que realmente interessava. O PIDES estavam demasiado preocupados em saber quais das prostitutas deveriam servir quais clientes na noite de 25 de Abril de 1974.
Por isso, um grupelho de recrutas de Santarem, rebenta-lhes com uma revolução no focinho, sem que os mais nojentos dos policias da PIDE percebessem o que se estava a passar.
Viram passar os Panhard EBR do Salgueiro Maia, quando ainda estavam a receber das prostitutas os proventos da noite.

Alguém acredita, que uma policia minimamente organizada, não seria capaz de deter um grupelho de recrutas, ou soldados acabados de jurar bandeira, que, como se diz na giria ainda cheiravam a leite ?

O engraçado é que ninguém quer saber disto. Os comunistas, não gostam, porque retira-lhes o estatuto de vítimas do terrível regime «fassista». A esquerda bem-de-vida não gosta, porque muita gente estava ligada ao meio do teatro. Os defensores do regime, não gostam, porque querem ainda acreditar que o regime era um regime de bons costumes, com portugueses tementes a Deus que cumpriam todos os mandamentos.

Existem bairros nos arredores de Lisboa, onde ainda vivem as prostitutas que tinham a sorte de conseguir um PIDE bem colocado que arranjava clientes que lhes «punham casa», como se dizia na altura.

Existe uma outra revolução que ninguém está interessado em estudar. Ainda estão vivos os intervenientes.
É que os PIDES agenciavam meninas para as elites. Mesmo as elites da esquerda que contestava o regime nos cafés de Lisboa.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
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Camuflage

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Re: 25 de Abril de 1974
« Responder #309 em: Abril 30, 2013, 08:19:53 pm »
Há alguma documentação ou referencia história para consulta relativo a isso ao que descreves?

Será que eram "meninas" já adultas ou o negócio rondava a pedofilia? Será que era um todo ou apenas alguns agentes impunes que viviam disso?
 

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Duarte

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Re: 25 de Abril de 1974
« Responder #310 em: Abril 30, 2013, 08:51:45 pm »
Era uma boa forma de obter informações, de vários "sectores" da sociedade...  :mrgreen:
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mccormick

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Re: 25 de Abril de 1974
« Responder #311 em: Abril 30, 2013, 09:32:32 pm »
Pois é caro Duarte. Essas suas informações poderão lá bem no fundo e apenas relativamente ao lenocinio conter alguma verdade. Contudo basta consultar os ficheiros da PIDE disponiveis na Torre do Tombo para se saber que aquela polícia manteve até ao final do regime uma forte repressão, que inclusive se tornou mais forte no seu final  ( o número de detenções e prisões aumentou), provavelmente por suspeita de algumas movimentações subversivas. Ajudaram a manter o regime e o medo que dele havia através da rede de bufos, cerca de 20 mil, que eram pagos pelas informações prestadas. É certo que muitas vezes não atuavam contra o simples cidadão descontente, contudo não exitavam em torturar e prender quem tivesse uma atitude revolucionária mais forte. Sugiro que vá até ao Tombo ler relatórios e talvez perceba a extensão e natureza da atividade pidesca.
 

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papatango

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Re: 25 de Abril de 1974
« Responder #312 em: Maio 01, 2013, 12:42:57 am »
Quem quisesse estudar o fenomeno, teria que falar com as prostitutas, mas há um problema que se levanta logo à partida.
As prostitutas da PIDE eram para os padrões da altura consideradas prostitutas de luxo. Isso levava a que auferissem maiores rendimento, o que lhes permitia, como permitiu, uma vida mais confortável. Passaram por isso para um outro extrato social e não estão muito interessadas em falar nisso.

Não tenho qualquer indicação que leve a acreditar que a PIDE estava ligada a negócios de pedofilia. Há casos como o Balet Rose, mas são casos excepcionais, que atingiam um ponto tal que até a Policia Judiciaria foi metida ao barulho.
Aos restantes casos o pessoal fechava os olhos. Afinal, para uma sociedade patriarcal latina, ir às meninas não tinha nada de mal e não tinha nada a ver com política.
A esquerda e a direita, não se distinguem no que respeita aos negócios do sexo.

Até na sede da PIDE, na António Maria Cardoso, depois de 25 de Abril de 1974, foram encontradas vastas quantidades de material pornográfico.
A quantidade de material pornográfico encontrado era demasiada para ser de consumo próprio de dois ou três agentes.
Será que o material pornográfico foi para a Torre do Tombo ?
resposta: NÃO !

Neste país de púdicos de meia-tigela, estudar as relações entre o sexo, o regime e a oposição seria demasiado. Este país alimentou um escândalo em 1980, porque Sá Carneiro não vivia com a mulher, e quando foi lançada a versão portuguesa do Toppo Giggio, o PCP e alguma esquerda eriçou-se toda porque aparecia uma menina em poses que eram consideradas inadequadas.

A partir de meados da década de 1960, Portugal também foi influenciado pela revolução sexual dos anos 60. É falso que só a partir de 1974 essas influências se notassem. Mas era claramente mais notada nas elites e as elites beneficiavam da proteção ativa da PIDE.
Os agentes da PIDE estavam no negócio da pornografia (que florescia nos anos 60 por toda a Europa) e comercializavam livros, revistas e até filmes pornográficos em Super-8.
Havia concorrência, mas os agentes da PIDE facilmente podiam destruir a concorrência.

A PIDE protegia os interesses dos clientes que estavam interessados em meninas e se dispunham a pagar. A maioria dos clientes eram pessoas da alta sociedade na linha de Cascais (onde há bairros que foram construidos para os senhores da alta sociedade porem casa às meninas), mas havia gente de variados quadrantes políticos.
O problema é que quando se chega ao sexo, deixa de haver esquerda e direita, situação e oposição.

As atividades repressivas, que são documentadas, integram-se perfeitamente com o que relatei. Eles começaram a apanhar comunistas e a dar-lhes mais porrada, para justificar o dinheiro que recebiam.
Mas a eficiência da PIDE há muito que tinha ido por água abaixo.

Caso contrário, como se explica que o 25 de Abril, que a partir do golpe das Caldas da Rainha era quase um segredo de Polinchinelo, triunfasse de forma tão simples e práticamente sem oposição?
Como se explica que em certos setores houvesse tanta liberdade para criticar o regime como em algumas das peças do Teatro de Revista ?
Como se explica a profusão de Coristas e Costureiras, (que eram em número absolutamente desmesurado) ?
(Eram as profissões oficiais das meninas dos PIDES).

Já não havia PIDE, havia apenas uma organização desgastada, completamente corrupta, que servia para os empresários se atacarem mutuamente com acusações. Era como enviar as finanças para investigar uma empresa.
Na altura utilizava-se a PIDE, como hoje se utilizam os tribunais para ataques de parte a parte.

Desenganem-se:
O regime do Estado Novo não caiu por causa de um capitão romântico apontar uns canhões aos ministérios no Terreiro do Paço ou às paredes do quartel do Carmo.

O regime caiu porque estava podre.
Ele acabaria por cair de qualquer forma, porque já só se mantinha por um fio.
A lassidão do regime e a incapacidade para realmente controlar o país são aliás confirmadas por pessoas insuspeitas como Mário Soares, quando afirma preto no branco, que tinha acesso a todas as publicações ditas subversivas, porque as livrarias as comercializavam, apenas não as colocando nos escaparates.
Eu mesmo, tenho uma edição portuguesa do livro vermelho de Mao Tse Tung, editada em 1972 e comprada pelo meu pai.

O romantismo dos portugueses, e os interesses de alguma esquerda romântica e Caviar é que ainda mantêm a farsa e o mito da madrugada libertadora.

Tudo não passa (nunca passou) de um gigantesco embuste.

Cumprimentos
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Luso

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Re: 25 de Abril de 1974
« Responder #313 em: Maio 07, 2013, 11:23:52 pm »
Muito, muito atrasado mas antes que me esqueça de vez.

http://en.wikipedia.org/wiki/Burn!

[
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Burn! (Italian title: Queimada) is a 1969 film directed by Gillo Pontecorvo; starring Marlon Brando. The plot is loosely based on events in the history of Guadeloupe.

The main character is named after William Walker, the famous American filibuster. While based on issues that Walker symbolically represented, the film is not based on the life of Walker.


Plot

Sir William Walker (Marlon Brando), is an agent provocateur sent to the island of Queimada, a fictional Portuguese colony in the Lesser Antilles island group in the Caribbean. The film was originally set on a Spanish island called Quemada, meaning "burnt", but it was changed to Portuguese after the Spanish government found it insulting; however, the language spoken in the film remained Spanish.[1] Walker is sent to organize an uprising of black slaves to overthrow the Portuguese regime because Great Britain wants to get economic control of the island, as it is an important sugar cane producer.

The plan is to replace the Portuguese administration by a formally sovereign state controlled by white latifundists friendly to Great Britain. To realize this project, William Walker persuades the black slaves to fight for their liberation from slavery and for freedom.

José Dolores (Evaristo Márquez) becomes the leader of the rebellion, while white political leaders assassinate the governor and establish a provisional government. After the overthrow of the Portuguese regime, British interests establish a corrupt puppet government, while Dolores is marginalized. Though, slavery had formally ended and the former slaves in theory had rights, a legal and property system was established that forced them to continue to work in the sugar cane plantations in even worse conditions than before.

William Walker leaves the island after the revolution. He comes back to Queimada 10 years later, this time to destroy the black political movement he had helped create. José Dolores has taken Walker's ideas to heart and is now leading a rebel army against the British puppet regime in Queimada. Walker is no longer working for the British government but for the Royal Sugar Company, which organizes its own army and manipulates Queimada politics directly, including ordering the execution of one of its puppet presidents. After this, British troops land on the island, contributing artillery and crack infantry for fighting the rebels. Their main strategy is setting fire to the forests and sugar-cane fields to draw out the rebels—a strategy that achieves its goal but also destroys the reason for Britain's interest in the island.

Eventually, the rebel army is defeated and Jose Dolores is captured. Dolores is offered his freedom in return for renouncing the rebellion. However, Dolores turns down this offer and is hanged, willingly sacrificing himself as a martyr. The movie ends when Walker is killed by a man in the street, seemingly as revenge for Dolores's death.

Theme

William Walker was the name of a famous American filibuster who led a privately backed invasion of Nicaragua in the 1850s. He was overthrown when his government threatened the interests of railroad magnate Cornelius Vanderbilt. The chief protagonist's name and personality are oblique references to this person, although they are of different nationalities.

Brando had the opportunity to have a role on Butch Cassidy and the Sundance Kid but chose instead to work on this film. He also had to turn down a major role in Ryan's Daughter because of this film's production problems.

In his autobiography Brando claims, "I did some of my best acting in Burn!".[2]
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Duarte

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Re: 25 de Abril de 1974
« Responder #314 em: Maio 08, 2013, 12:10:54 am »
Eu já vi este filme, e achei-o insultuoso.  Nada de novo dos nossos "aliados" anglo-saxónicos... :twisted:
слава Україна!
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