www.publico.ptSaúde de João Paulo II agravou-se nas últimas horas
31.03.2005
O Papa João Paulo II contraiu uma febre alta causada por uma infecção das vias urinárias, anunciou esta noite o porta-voz do Vaticano Joaquin Navarro-Valls, dando conta de um agravamento da sua situação clínica nas últimas horas.
"O Santo Padre contraiu hoje uma forte febre causada por uma infecção das vias urinárias", disse Navarro-Valls, acrescentando que João Paulo II já está a receber os tratamentos adequados, à base de antibióticos.
"A sua situação clínica está a ser vigiada de perto pela equipa médica do Vaticano", adiantou. Um dos médicos que acompanha o Papa, Rodolfo Proietti, disse que não está previsto nenhuma nova hospitalização.
Informações não confirmadas, citadas esta noite pelas estações de televisão italianas, avançam que o Papa já terá recebido o Sacramento dos Enfermos (Santa-unção). Este sacramento é prestado a pessoas que estão doentes e não apenas àquelas às portas da morte, lembra a Igreja.
Apesar da Praça de São Pedro estar encerrada ao público, algumas pessoas começam a chegar ao local, depois das notícias do agravamento da saúde do Papa.
João Paulo II, de 84 anos, esteve hoje em repouso durante todo o dia, depois de ontem ter aparecido por breves minutos à janela da Praça de São Pedro para abençoar os fiéis.
Ontem, o Papa começou a ser alimentado através de uma sonda gástrica para melhorar o contributo calórico e favorecer uma recuperação das suas forças. De acordo com fonte do Vaticano, o Sumo Pontífice terá perdido cerca de 19 quilos desde a sua operação, a 24 de Fevereiro.
Fui baptizado em criança, mas não me pediram a opinião; não fui à catequese, nem segui para o crisma. Hoje não ligo patavina à religião (estou entre o ateu e o agnóstico) e as questões religiosas não me aquecem nem me arrefecem. Tenho muito respeito por quem é crente e pratica os ditames da sua religião, salvo quando se põem a explodir coisas e pessoas e a chatear o vizinho do lado. Não tenho nada contra o Papa João Paulo II pessoalmente, embora torça o nariz à organização que ele chefia ("uma cambada de ladrões, gatunos e chupistas"), e até acredito que tenha sido uma das personagens mais relevantes do séc.XX e um grande líder religioso. Mas esta história do seu estado de saúde já enjoa. É óbvio que o pobre homem já não manda em nada há anos, já não está na posse das suas faculdades intelectuais e é mantido vivo artificialmente pela máfia cardinalícia que o rodeia e não o deixa morrer. Chega a ser confrangedor vê-lo arrastar-se penosamente para as cerimónias no Vaticano (lembrem-se da imagem dele na 6ª de Páscoa).
Esta trista história faz-me lembrar um filmezeco que saiu aqui há uns anos: Fim-de-semana com o morto...