Relativamente à segunda guerra, no que respeita à guerra defensiva, nomeadamente aquela levada a cabo pelos alemães, quando estive a escrever os textos sobre a queda de Berlim, foi notável a capacidade de defesa dos alemães na frente de Berlim, contra as tropas soviéticas, na proporção de 1 para 10.
Nos planaltos de Seelow, onde se decidiu o destino do principal exército alemão, na frente de Berlim, a desproporção era enorme, mas mesmo assim, ao alemães, mesmo relativamente mal equipados, consiguiram desenvolver uma defesa contra os russos, durante mais de dois dias, e foram vencidos, principalmente pela total superioridade aérea das forças russas.
A guerra defensiva tem muito que se lhe diga, e embora se considere que a proporção 1:3 defensor:atacante, muito depende da organização da defesa, do seu moral, do nível de abastecimentos e das tácticas utilizadas no campo de batalha.
Grande parte da defesa alemã, deveu-se ao pequeno canhão mecanizado HETZER
http://www.areamilitar.net/Historia/1945_QuedaBerlim/1945_AquedaBerlim_armas.asp?mod=Hetzer
de fabrico checoslovaco. A Wermacht, o exército alemão, era equipada com estes carros “inferiores” enquanto que as SS (as tropas de elite) eram equipados com carros muito mais poderosos, embora em menor numero, como o Jagdpanther
http://www.areamilitar.net/Historia/1945_QuedaBerlim/1945_AquedaBerlim_armas.asp?mod=JagdPanther
Mesmo nos últimos dias, havia rivalidade entre a Wermacht e as SS. A ideia de que os alemães estavam equipados com grandes armamentos e com grandes tanques (Panther e Tiger) é um mito.
A guerra defensiva, pode ser feita, mesmo com armas inferiores, desde que adequadas para a função. O HETZER, é a prova, e o HETZER de hoje, pode ser ainda mais barato, equipado com misseis anti-tanque.
O problema principal dos alemães, (além da desproporção e da quebra da frente a sul de Berlim, acabou por ser a sua debilidade aérea.
É uma reflexão interessante, quando pensamos da defensabilidade do continente português.
Cumprimentos