"Quanto ao 6.5 Grendel substituir o .50 BMG--talvez não."
Eu não disse isso, Mestre!
Isso é daquelas coisas que não comparam.
Desculpe, não quis dizer que o Luso realmente tivesse feito essa sugestão! Devia ter juntado um

ao meu comentário.
7.62x51 M80 (141 grains) a 2340 fps;
7.62x39 (bala ordinária de 123 grains) a 2350 fps (num cano certamente maior, mas não muito).
Pois, mas o Luso sabe que não é só a velocidade à boca do cano que interessa. Por exemplo, uma bala 7.62x51 FMJ com 147 grains de peso tem à saída do cano 2780 fps de velocidade, 2331 fps às duzentas jardas e 1931 fps às quatrocentas, e a esse ponto perdeu 24,41 polegadas de altura a partir da horizontal. Uma bala 7.62 x 39 FMJ com 123 grains e 2350 fps à saída do cano, tem 1817 fps às duzentas jardas e 1368 fps às quatrocentas, tendo caído 67,80 polegadas da horizontal. (Os dados baseam-se em munição da marca PMC, que pode ter resultados ligeiramente diferentes de outros fabricantes.)
Analisando estes dados, não é nenhuma surpresa que a 7,62x39 perde velocidade mais rapidamente que a 7,62 NATO e tem uma trajectória muito mais curvada. Talvez ainda mais importante seja a retenção de energia kinetica das duas balas à distância de 400 jardas: 507 ft/lbs para a 7,62x39 e 1217 ft/lbs para a munição NATO--uma diferença considerável! (Em comparação, os 5.56 NATO 55 grains retém 438 ft/lbs de energia às 400 jardas e a bala de 64 grains, 462 ft/lbs, com uma perda de altura de 55 polegadas.)
Enquanto isso, uma bala 6,5 Grendel 144 grains FMJ, em testes preliminares disparada dum cano de 21 polegadas, acusa 2450 fps à saída do cano, 2147 quando alcança duzentos metros e aos quatrocentos ainda acusa 1866 fps, com uma perda de altura de 18,19--isto é, tem um pouco menos de velocidade que a 7,62 NATO mas em compensação tem uma trajectória mais “achatada.” Não tenho de momento dados sobre a energia da munição, mas a partir do peso e da velocidade do projéctil, pode-se ter uma idea do que seria.
(Desculpe, tive preguiça de converter tudo para o sistema métrico.)
Também há a questão do “bullet drift,” ou seja, o desvio horizontal do projéctil--tanto o 6.5 Grendel como o 7,62 NATO acusam menos desvio que o 7,62x39.
(Claro, para todas estas comparações ponho de parte factores como o comprimento dos canos e condições atmosféricas.)
Em termos de utilidade em combate, para distâncias curtas o 7,62x39 tem uma vantagem sobre o 7,62 NATO por ser mais pequeno e leve (pode-se carregar mais deles) e com menos recuo, o que teóricamente o faria ser mais certeiro em tiro rápido quando disparado de uma arma ligeira (se bem que na minha opinião, o "design" e equilíbrio da Kalash não são propícios para tiro certeiro de rajada). Mas o M43 perde essa vantagem em comparação com o 6,5 Grendel.
Também já pensei nisso…. Tenho a certeza que as instituições militares americanas nunca iriam adoptar um calibre soviético… (e utilizado por os seus novos maiores inimigos…) Por outro lado, o 7,62x39 foi recebido de braços abertos pela população civil. Tanto a munição como as armas que alimenta compram-se barato. Há anos, uma SKS chinêsa custava menos que $100; hoje ainda compra-se uma SKS jugosláva nova em folha por menos de $200. O 7,62x39 é muito parecido, balisticamente, com o 30-30 americano, um calibre tradicionalmente usado, em Winchester ou Marlin “lever actions” para caçar veado. (Parece estranho, mas na verdade caça-se muito veado por cá com SKS.) E como sabe, a reação fisiológica do cervo quando leva um tiro é parecida com a reação de um ser humano…
- Janus, não se poderia retirar mais rendimento de uma AK47 ao disparar Lapua Scenar 6.5 de 108, 123 ou 139 grains... "sabotadas" do involucro M43???
Aposto que daria umas calcinhas a qualquer .223rem!
Sim, tenho certeza que seria uma munição dos diabos! Mas as munições “sabotadas” (se é que se pode usar essa expressão!) são custosas de produzir e também são um pouco frágeis; e além disso arriscam causar problemas de alimentação em fogo automático.